Buscar

TRABALHO SOBRE CIDADANIA E ETICA PROFISSIONAL NA ENGENHARIA DE PRODUCAO 3º PERÍODO - CRISTIANO DA SILVA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI 
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES III 
3º PERÍODO 
 
 
 
 
 
ANDREWS SILVA 
ARIEL DAS NEVES BRAGA 
CRISTIANO DA SILVA 
FRANCISCO DAS CHAGAS ALVES DE OLIVEIRA 
SIMÃO PEDRO 
 
 
 
 
 
 
CIDADANIA E ÉTICA PROFISSIONAL 
 
O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO DENTRO DO CONTEXTO ÉTICO E CIDADÃ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teresina – PI 
Março de 2015 
ANDREWS SILVA 
ARIEL DAS NEVES BRAGA 
CRISTIANO DA SILVA 
FRANCISCO DAS CHAGAS ALVES DE OLIVEIRA 
SIMÃO PEDRO 
 
 
 
 
 
 
CIDADANIA E ÉTICA PROFISSIONAL 
 
O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO DENTRO DO CONTEXTO ÉTICO E CIDADÃ 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade realizada para a disciplina de 
Práticas Interdisciplinares III, do curso de 
Engenharia de Produção da faculdade 
Uninovafapi como requisito para obtenção de 
nota. 
 
 
 
Profº Msc: Almir do Nascimento Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teresina – PI 
Março de 2015 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
2 ASPECTOS CONCEITUAIS E HISTÓRICOS DA CIDADANIA 
3 ASPECTOS CONCEITUAIS E HISTÓRICOS DA ÉTICA 
4 CIDADANIA E ÉTICA 
5 CONCLUSÃO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
4 
 
Introdução 
O presente trabalho procura analisar a cidadania e a ética em nosso país 
tendo como foco principal a questão do profissionalismo, mas necessariamente 
das ações do engenheiro de produção dentro destes dois conceitos. Para isso 
inicia-se com um breve estudo dos aspectos conceituais e históricos da ética e 
da cidadania, onde o leitor irá poder se familiarizar com a temática e entender a 
análise a qual se propõe fazer. 
Dentro deste panorama se discutirão as ações do profissional em engenharia 
de produção, as suas virtudes, os seus potenciais para agregar valor e 
tendências na moderna sociedade atual, bem como entender em que aspecto se 
dá esse processo. 
A ética e a cidadania são conceitos bem relevantes em qualquer sociedade 
atual, pois elas são à base da moderna democracia atual, muito além daquela 
vivida na época romana, ou no século XIX. Para o nosso país essa discussão vai 
muito mais além, principalmente por sermos uma democracia relativamente nova, 
comparada com o velho mundo (Europa) ou com os EUA, e durante este 
processo de transição de uma ditadura militar para um governo que em tese se 
alto promoveu como democrático, mas que a suas atividades perante a classe 
mais pobre e humilde não se revelou em suas palavras a expressão máxima da 
cidadania, muito menos para com a ética na vida política e na guia do nosso 
maravilhoso país. 
 Partindo de esta concepção irar-se entender onde o engenheiro de produção 
poderá se encaixar, em que situações as suas ações poderão refleti-lo como um 
profissional tanto cidadã quanto ético, e qual a sua contribuição para a nossa 
sociedade que clama por uma participação mais abrangente das nossas 
empresas e da eficiente das nossas instituições para com as demais pessoas, 
sendo este o ponto primordial para a expansão de um país moderno, civilizado, 
cidadã e ético. 
 
 
 
5 
 
Aspectos conceituais e históricos da cidadania 
De acordo com o dicionário do Aurélio Buarque de Holanda, o termo 
cidadania se refere a toda condição de cidadão, e cidadão por sua vez é 
atribuído o significado de indivíduo em pleno gozo dos direitos civis e políticos de 
um Estado (nação), portanto, a cidadania em síntese reflete o pleno gozo de 
direitos, ou seja, não deve haver restrições ao acesso aos direitos fundamentais 
conquistados e cedidos pelo Estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem 
andar sempre juntos, uma vez que, ao cumprirmos nossas obrigações 
permitimos aos demais também usufrua os seus. 
O conceito de cidadania teve origem na Grécia clássica, sendo usado então 
para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na 
cidade e ali participava ativamente dos negócios e das decisões políticas. 
Cidadania pressupunha, portanto, todas as implicações decorrentes de uma vida 
em sociedade. Com o passar do tempo, este conceito foi sendo modificado, 
englobando uma série de valores de caráter puramente social que juntos 
compilam todos os deveres e direitos dos cidadãos, logo, poderíamos refletir a 
palavra cidadania como sendo o direito de ter direito. 
No Brasil os nossos direitos políticos são regidos por um documento singular, 
presente em boa parte dos demais países, a Constituição Federal, que em um 
dos seus muitos artigos estabelece como princípio da participação na vida 
política nacional o sufrágio universal, ou seja, a decisão de todos de conduzirem 
os rumos do país em que vivem, sendo vedado a recusa deste direito. Nos 
termos da norma constitucional, o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios 
para os maiores de dezoito anos, e facultado para os analfabetos, os maiores de 
dezessete e menores de dezoito anos e ainda para os maiores de setenta anos. 
Fazendo uma análise histórica ainda mais profunda, o famoso historiador 
José Murilo de Carvalho cita de modo categórico e profissional que o termo 
cidadania pode se referir ao exercício pleno dos direitos políticos, civis e sociais, 
uma liberdade completa que combina igualdade e participação numa sociedade 
ideal, talvez inatingível. Este mesmo historiador interpreta que esta categoria de 
liberdade consciente é imperfeita numa sociedade igualmente imperfeita. Nesse 
sentido, numa sociedade de bem-estar social, utópica, por assim dizer, a 
cidadania ideal é naturalizada pelo cotidiano das pessoas. 
6 
 
A palavra cidadania tem sua estrutura etimológica baseada no latim civitas, 
que significa cidade, tal como cidadão (ciudadano ou vecino no espanhol). 
Portanto, nesse sentido, a palavra – raiz, cidade, diz muito sobre o verbete. O 
habitante da cidade no cumprimento dos seus deveres é um sujeito da ação, em 
contraposição ao sujeito de contemplação, omisso e absorvido por si e para si 
mesmo, ou seja, não basta estar na cidade, mas agir na cidade. Logo, a 
cidadania, neste contexto, refere-se à quantidade de cidadão, indivíduo de ação 
estabelecido na cidade moderna. Com base nisso, podemos facilmente ver que o 
individualismo e as omissões individuais frente aos problemas da cidade não faz 
jus a cidadania, uma vez que a cidade e os seus problemas dizem respeito a 
todos os cidadãos que nela reside e vive. 
Vale ressaltar que a conquista da cidadania no Brasil não se deu 
necessariamente de modo pacífico, a própria democracia, foi obtido por meio de 
muitas mortes e conflitos internos que culminaram com a queda da ditadura 
militar e a chegada de governantes realmente eleitos pelo povo. A nossa 
constituição federal é a base fundamentadora de uma série de leis que visam 
garantir os direitos de determinados indivíduos, tais leis formam um conjunto de 
conquistas e direitos advindos de muitas lutas, dentre estes podemos citar o 
direito à liberdade de expressão, o direito de organizar e participar de 
associações comunitárias, sindicatos trabalhistas e partidos políticos, o direito a 
um salário justo, a uma renda mínima e a condições para sobreviver, dentre 
outros, todos eles formam a nossa base da cidadania, são elas que garantiram a 
ascendência de diferentes pessoas a padrões mais igualitários que antes não 
havia. 
Portanto, tratando-se necessariamente da cidadania brasileira, podemos 
perceber por essa pequena análise temporal que ela constitui a soma das várias 
conquistas cotidianas, na forma da lei, de reparaçõesa injustiças sociais, civis e 
políticas, no percurso de sua história e, em contrapartida, a prática efetiva e 
consciente, o exercício diário destas conquistas com o objetivo exemplar de 
ampliar estes direitos na sociedade. Neste sentido, para exercer a cidadania no 
nosso país é necessário a percepção da dimensão histórica destas conquistas no 
percurso entre o passado, presente e futuro da nação. Estamos analisando a 
situação vivida no Brasil, mas os demais Estados pelo mundo a fora tiveram 
situações parecidas ou até piores no longo percurso pela sua liberdade. 
7 
 
Aspectos conceituais e históricos da ética 
Ao fazermos a célebre pergunta: o que é a ética? Vem-nos a mente várias 
idéias, entretanto, uma que abrange de forma pontual é resumida em uma única 
palavra, virtude. A ética está sempre presente no comportamento humano, ela 
leva o homem a questionar suas ações e atitudes, assim tentando definir se são 
boas ou más, corretas ou incorretas. 
A Lei de Talião foi à primeira tentativa de encontrar uma forma “justa” de 
regular a ação de um indivíduo para com os demais, o famoso “Olho por olho, 
Dente por dente” foi durante muitos anos um pilar fundamental de justiça para 
com os delitos cometidos por alguém a outrem, e uma forma a qual alguns 
atribuem uma forma ética de julgar um caso. 
Os gregos buscam valores e conceitos universalmente válidos para a ética, 
Sócrates coloca no homem e na questão do autoconhecimento a melhor forma 
de viver com sabedoria e encontrar a felicidade, Platão enfatiza a justiça como 
principal virtude a ser seguida, pois ela dá a medida para as ações humanas, 
Aristóteles estuda a questão dos meios e fins, a responsabilidade moral à justa 
medida como medida da virtude. 
A filosofia medieval buscou durante muito tempo se basear na religião para 
obter meios de orientar, convencer o homem a agir por meio de valores éticos, 
dentre os filósofos mais destacados e que mantinham idéias a cerca da ética 
mais evasiva temos, Hobbes, segundo ele as regras e os valores éticos são 
criados artificialmente com o Estado, são formas de conduta vantajosas que 
permitem ao homem viver em sociedade e encontrar maneiras de satisfazer seus 
desejos; para Rousseau, o homem perde sua naturalidade, ele cria em sociedade 
vícios e paixões que não são naturais, o Estado tem o papel de regular e orientar 
a ação dos indivíduos, de satisfazer seus desejos; para Nicolau Maquiavel, a 
ética e a política estão separadas, o Estado deve prevalecer com os meios 
necessários de satisfazer seus desejos, “os fins justificam os meios”; para David 
Home a razão não é o fundamento da ação moral, o sentimento e os valore sim, 
a fonte das ações morais está nos sentimentos; para Kant, a única forma de ação 
realmente livre é a ação por dever, a força da razão para orientar a conduta 
humana; já para Freud, a moralidade é necessária para controlar os desejos que 
afetam internamente o indivíduo, a sociedade ao seria responsável pelas ações 
8 
 
desmedidas do homem, mas, sua parte inconsciente que nem sempre possui 
limites, é preciso desenvolver a razão e direcionar para a sublimação. 
A ética é a tentativa de evitar a punição e o julgamento, é mais fácil educar a 
ação por meio da razão e dos sentimentos do que reparar efeitos indesejados, 
não é possível mapear e punir todas as ações injustas, mas, é possível pensar 
todas as ações em termos de justo e injusto. 
Dentre todas as preocupações que motivaram a reflexão desde os primórdios 
da nossa cultura, também chamada de cultura ocidental, é bem possível que a 
ética tenha sido a primeira. Por tudo o que se conhece da civilização grega em 
seus períodos arcaicos, e com base no pensamento filosófico da época que 
vimos logo acima, soube-se que as elaborações místicas, as religiões, a poesia, 
a tragédia, a organização da vida política e outras manifestações do pensamento 
ocupavam-se intensamente com o significado ético da vida humana. Quando nos 
voltamos para as primeiras tentativas de ordenação do pensamento em função 
da explicação do mundo e do lugar que o homem nele ocupa, notamos 
imediatamente a mescla dos objetivos de compreensão do cosmos, como ordem 
física, com a preocupação em atingir os princípios de caráter ético que 
fundamentam e governam a organização do universo. Tanto é assim que não se 
pode separar com exatidão o conhecimento físico da reflexão acerca dos valores 
intrinsecamente ligados à dinâmica do mundo natural. 
Entretanto, o que caracteriza essa concepção ética é a incondicionalidade do 
ato moral. Mas será possível mantê-la? Não será mais realista considerar que o 
peso dos fatores psicológicos, sociológicos, históricos, etnológicos, religiosos em 
nenhuma hipótese poderá ser abstraído da escolha moral? Pelo contrário, só 
existiria escolha na medida em que todos esses fatores, como motivações 
internas e externas, se colocam diante do indivíduo, fazendo parte da sua vida e 
dos seus atos, favorecendo, dificultando, esclarecendo um esvaziamento da 
concretude que caracteriza a escolha moral. A liberdade não será sempre 
inseparável da situação concreta em que é exercida? 
A ética, portanto, está intimamente ligada à moral, ou seja, as idéias de certo 
e errado, de bom e mal, de justo e injusto, tem relação direta com a moralidade 
do indivíduo, é claro que a decisão de ser ético ou não cabe a cada um, 
entretanto, por vivermos em uma sociedade complexa, com regras e critérios 
rigorosos de convivência esse pensamento passa a ter a noção de coletivo. 
9 
 
Cidadania e ética 
Com base no conceito de cidadania que abordamos anteriormente, ser 
cidadão é, portanto, ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade 
perante a lei, ou seja, ter os seus direitos civis respeitados. É também participar 
no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis 
e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que 
garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva, o direito à educação, ao 
trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. 
A relação que se pode fazer entre a cidadania e a ética em um contexto mais 
histórico provem da filosofia clássica, onde a ética, por exemplo, não se resumia 
apenas ao estudo da moral, mas buscava a fundamentação teórica para 
encontrar o melhor modo de viver e conviver, isto é, a busca do melhor estilo de 
vida, tanto na vida privada quanto na vida pública. Mas o que o engenheiro de 
produção tem a haver com tudo isso, existe alguma relação entre ser cidadão e 
ético e atuar no campo da engenharia de produção? 
A resposta é clara, sim, existe uma relação íntima e direta nisso tudo, basta 
observar o código de ética dos profissionais da engenharia como um todo, onde 
o engenheiro de produção também se encontra. Toda a sociedade brasileira vem 
intensificando as ações em torno de mecanismos de controle e de fiscalização 
das atividades que interferem direta ou indiretamente em seu cotidiano. Ao longo 
dos últimos 43 anos aproximadamente, o Conselho Federal de Engenharia e 
Agronomia (Confea) disponibiliza o Código de Ética Profissional da Engenharia e 
da Agronomia, um documento que deve ser observado por todos os profissionais 
que fazem parte deste conselho, e nunca, em hipótese alguma poderá ser 
violado, sob pena de perda do registro e processo administrativo. 
Mas o que isso impacta no nosso tema? Esse documento que existe em 
todas as profissões busca refletir o caráter ético dos profissionais dentro da 
sociedade em que se atuam, ele serve para formalizar o bom caráter do 
profissional, o tão quanto as suas ações podem ser confiadas, podem ser tidas 
como verdadeiras e de superioridadeelevada a fim de concretizar as suas ações 
e lhe atribuir um senso de moralidade que norteiam o mercado e a nossa 
economia como um todo. Logo, a ética está intrinsecamente ligada a conduta de 
todos os profissionais mediante o seu código de ética. 
10 
 
E o engenheiro de produção assim como todos os demais tem uma conduta 
profissional a ser seguida e mantida, seja diante dos projetos que assina e 
autoriza, seja diante de uma defesa de pesquisa operacional, seja diante de uma 
nova marca a ser ofertada no mercado, a sua credibilidade será testada em suma 
pelo seu rigor em cumprir os mandamentos do seu código de ética profissional. 
Se ele autoriza um projeto ou um produto a ser vendido e este por sua vez causa 
algum dano ao consumidor ou ao meio ambiente o engenheiro de produção 
passará a ter a sua conduta nos mais diversos campos, seja no campo ético, 
profissional, moral, econômico, em fim, todos que venham a se aplicados, 
questionada e este passará a ser restringido do mercado de trabalho. 
Mas se ele passará a não mais fazer parte do universo profissional em que 
antes atuava, pode-se dizer que este engenheiro de produção teve a sua 
cidadania usurpada? Não necessariamente, o que se teve foi apenas um dano no 
seu aspecto ético, mas ele continuará a ter a sua liberdade, os seus demais 
direitos respeitados, entretanto, a sua vida profissional, muito provavelmente 
deverá ser modificada, pois se ele cometeu um delito de caráter econômico e qe 
gerou prejuízos para outros, a sua imagem fica manchada, e a sua reputação 
também. 
Portanto, o pleno exercício da sua profissão passará a ficar restringido por um 
longo tempo, isso de certa forma fere um pouco a sua cidadania, tendo em vista 
que o seu direito sócio-econômico foi lhe retirado temporariamente, até que se 
mostre claramente que a falta de conduta profissional não lhe foi 
necessariamente intencional, mas sim ocasional provocada por erros de cálculos 
ou por informações erradas repassadas por terceiros. 
Logo, o engenheiro de produção é um profissional que tem que ter a 
cidadania e a ética como pontos primordiais para a plena execução das suas 
funções, um erro, pode ocasionar problemas nestes dois âmbitos, principalmente 
pelo que concerne ao seu Código de Ética, que no caso do Confea enuncia os 
fundamentos éticos e as condutas necessárias à boa e honesta prática das 
profissões da Engenharia e da Agronomia e relacionam direitos e deveres 
correlatos de seus profissionais, nos quais o engenheiro de produção está 
inserido, logo, as ações do profissional de engenharia terão impacto na vida 
social e econômica de uma determinada população, e nessa questão um erro ou 
uma má postura significará um problema não para um, mas para muitos. 
11 
 
Conclusão 
A prática da profissão de engenharia de produção é fundamentada nos 
seguintes princípios éticos, os quais o profissional deve pautar em sua conduta, 
tendo em vista principalmente que a profissão é um bem social da humanidade e 
o profissional é o agente capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores a 
preservação e o desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e 
de seus valores, a profissão é um bem cultural, construído permanentemente 
pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-
se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida 
do homem, a profissão de engenheiro de produção é alto título de honra e sua 
prática exige conduta honesta, digna e cidadã, por tudo isso, e pelo que vimos 
dos aspectos que dizem respeito à cidadania e a ética, é visível que a execução 
das atividades de engenharia de produção é norteada por um profundo caráter 
humano e social, que atenda aos anseios de empresas e de consumidores, que 
provoquem uma melhoria na qualidade de vida das pessoas, dos serviços que 
estas procuram e de certa forma garantam o seu bem estar e um acesso mais 
digno de produtos e serviços com qualidade e feitos de modo honroso e digno, 
que não fira a imagem do país e de seu povo. 
A ética sempre será pautada nas ações do engenheiro de produção, pois as 
suas atividades deverão ser conduzidas sempre pautando os sensos de certo e 
errado, de bom e ruim, de justo e injusto, de honesto e desonesto, de leal e 
desleal, isso formará a sua base de ação e onde os prováveis delitos ou 
desavenças terão um custo bem elevado. 
A sua cidadania também será testada, uma vez que um profissional antiético 
sendo descoberto por alguém terá a sua vida econômica, financeira e profissional 
restringida e provavelmente a sua condição humana sofrerá com isso, mas deve-
se ter em mente sempre que os direitos individuais sempre serão mantidos, 
tendo em vista que vivemos em um país democrático e cujas instituições são 
relativamente creditáveis para o julgamento justo das infrações e dos delitos 
cometidos tanto por pessoas comuns como por profissionais em suas mais 
diversas áreas, e aqui o engenheiro de produção está obviamente inserido. 
 
 
12 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
SEVERINO, Antonio Joaquim; “O agir pessoal e a prática social: a ética e a 
política”, SP, Cortez, 1992, pp. 192-195; 
COMPARATO, Fábio Konder. A nova cidadania. Lua Nova, CEDEC, São Paulo, 
n. 28/29, p. 85-106, 1993; 
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos Humanos e Cidadania. 2. Ed. São Paulo: 
Moderna, 2004; 
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: O longo caminho. Rio de 
Janeiro: Civilização Brasileira, 2001; 
VIEIRA. Liszt. Cidadania e globalização. 2. Ed. Rio de Janeiro - São Paulo: 
Record, 1998; 
ARICÓ, Carlos Roberto. Arqueologia da ética. São Paulo (SP). Ícone, 2001;

Outros materiais