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Linfócitos T e B Resposta Aos Antígenos Prof. Juliana Pinheiro UNIC 2017 LINFÓCITOS B Promove a Imunidade Humoral Receptor específico de Ag na superfície: Imunoglobulina (Ig) ou BCR (B Cell receptor) Após ativação diferencia-se em células de memória ou em plasmócitos Plasmócitos Células produtora de anticorpos (Ac) Raramente encontrados na circulação Presente em tecidos e órgãos linfoides secundários e medula óssea LINFÓCITOS T Induzem a Imunidade Celular Receptor de Ag na superfície: RCT (receptor de cél.T) ou TCR (T cell receptor) Tipos de linfócitos T: TCD8 ou Citotóxico (Tc) – lise das células infectadas. TCD4 ou Auxiliar (Ta) – ativam outros linfócitos. Receptor RCT ou TCR Consiste de duas cadeias polipeptídicas (alfa e beta) unidas por ligações dissulfeto. Possui uma região variável e uma região constante. BCR e TCR DESENVOLVIMENTO DOS LINFÓCITOS Os receptores de antígenos dos linfócitos B e T são muito variáveis com relação a sua especificidade antigênica. Receptores de células B (BCRs, do inglês B-cell receptors) Receptores de células T (TCRs, do inglês T-cell receptors) O repertório diverso de receptores é produzido durante o desenvolvimento das células B e das células T nos tecidos linfoides primários (medula óssea e Timo). Obs: As células B também podem se originar e se desenvolver no fígado fetal e no baço neonatal. Quando formado, o receptor de antígeno passa por testes rigorosos para selecionar os linfócitos que possuem receptores de antígenos úteis. (seleção positiva e seleção negativa - Seleção Clonal) Seleção Clonal Seleção positiva Linfócitos em desenvolvimento, cujos receptores interagem fracamente com os auto antígenos, recebem um sinal que permite a sua sobrevivência. Seleção negativa Linfócitos com receptores fortemente autorreativos devem ser eliminados a fim de impedir reações autoimunes (Auto tolerância) Expansão Clonal Os linfócitos maduros virgens reconhecem o seu antígeno-específico nos órgãos linfoides secundários e param de migrar. Eles se proliferam por vários dias, sofrendo expansão clonal e diferenciando-se, dando origem a milhares de clones de linfócitos efetores armados, todos com especificidade pelo antígeno. Depois deixam os órgãos linfoides e retornam à corrente sanguínea para migrar para locais de infecção. Apresentação e Reconhecimento de Antígenos RECONHECIMENTO ANTIGÊNICO Ativação de linfócitos nos órgãos linfáticos periféricos (Baço e Timo) Linfócitos B Reconhece antígenos livres Antígenos se ligam à seu receptor BCR (imunoglobulina) Linfócitos T Só reconhece antígenos apresentados por CAA através do MHC Antígenos se ligam à seu receptor TCR CAA - Células apresentadoras de Antígenos Células dendríticas - Ativam Linfócitos T virgens (CD4 ou CD8) Macrófagos - Ativam Linfócitos T CD4 Linfócitos B - Ativam Linfócitos TCD4 MHC - Complexo de Histocompatibilidade Maior Grupo organizado de genes que controlam o processamento e a apresentação dos antígenos Moléculas apresentadoras de antígenos MHC Classe 1 Presente em qualquer células nucleada Apresenta antígenos às células T citotóxicas (CD8 ou Tc) Atenção: pode ser expresso também em células dendríticas infectadas por antígenos intracelulares (Apresentação Cruzada) MHC Classe 2 Presente em CAA (Macrófagos, Cél. Dendríticas e Linfócitos B) Apresenta antígenos às cél. T auxiliares (CD4 ou Ta) Função: Regular a quantidade de antígeno apresentado ao sistema Imune Antígenos exógenos Livres nos tecidos e fluidos extracelulares (bactérias, fungos, protozoários, alergenos, helmintos) Processados por Macrófagos, células dendríticas e Células B Apresentação em moléculas MHC II Antígenos endógenos Vírus se replicando dentro das células e formando novas proteínas virais Processados pelas células infectadas do corpo Apresentação em moléculas MHC I RESPOSTA CELULAR MO intracelulares A imunidade mediada por células é o mecanismo de defesa contra os microrganismos que sobrevivem e se multiplicam dentro de fagócitos ou céls não-fagocíticas. Alvos: Vírus, bactérias, fungos e protozoários intracelulares. Tecidos e células Transplantados (célula transplantada é considerada como invasora e ativa resposta celular. Animal transplantado deve receber imunossupressor). Células tumorais. MO extracelulares - Auxilia na resposta Humoral (Linfócito Ta2) Não são responsivos por Antígenos (proteínas) solúveis ou circulantes. (resposta humoral) Reconhece apenas antígenos apresentados pelo MHC. Populações de Linfócitos T T citotóxico (Tc) Reconhece Ag processado em associação com MHC classe I, na superfície de qualquer célula infectada do Hospedeiro. Expressa a Proteína CD8 Função: destruir as células infectadas e células tumorais T auxiliar (Ta) Reconhecem Ag processado em associação com MHC classe II, presentes nas CAA Expressa a Proteína CD4 Função - secretam citocinas que vão: Ativar macrófagos a matar micro-organismos Recrutam leucócitos estimulando a inflamação Amplificam as barreiras de mucosa Ativam linfócitos B Proteínas CD4 e CD8 Necessárias para o reconhecimento de Ag. Ligam-se ao MHC, estabilizam a ligação pra que LT seja ativado (adesão). LINFÓCITOS T AUXILIARES CD4 (TA) Reconhece o Ag nas CAA e iniciam a resposta imune liberando citocinas que irão ativar fagócitos e linfócitos B Subtipos: Ta1 e Ta2 São determinados pelo tipo de Ag que estimulou a RI (intra ou extracelular) e pelas citocinas produzidas. Ta1 Atuam contra MO Intracelulares nos macrófagos e células dendríticas Se o MO fagocitado for intracelular, a CAA passa a secretar IL12, que estimula Ta a diferenciar em Ta1. Citocinas envolvidas IL12 (CAA) - Secretada por macrófagos e céls dendríticas IL2 e INF-y (Ta1) - Ta1 secreta lL2 e INFy, que induzem uma maior produção de Ta1, inibe a população de Ta2 e ativa macrófagos. Macrófagos ativados matam mais MO e secretam mais IL12. Ações Ativa macrófagos que aumentam a fagocitose e destroem MO Estimula produção de IgG que opsoniza MO para fagocitose Ta2 Atuam contra infecções helmínticas (MO extracelular) Promovem a ativação de Linfócito B aumentando a secreção de Ac (IgE) Se o Ag for um parasita ou alergeno, não há a produção de IL12 e a resposta do Ta automaticamente muda de Ta1 para Ta2. Citocinas envolvidas IL4 - promove diferenciação de Ta2, estimula Linfócito B, ativa mastócitos IL5 - estimula crescimento do Linfócito B, ativa eosinófilos IL10 - Inibe função Ta1, inibe função de macrófagos IL13 - estimula crescimento do Linfócito B Ações: Age nos LB para estimular a produção de Ac (IgE) que se ligam aos mastócitos, como IgE. Promove também crescimento e diferenciação de Ta2 Ativa eosinófilos que são importantes para a defesa contra infecções helmínticas Ta1 X Ta2 RESPOSTA HUMORAL X ADAPTATIVA Resposta imunológica depende do tipo de Ag envolvido: extracelular ou intracelular LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS CD8 (TC) Eficazes contra vírus e células tumorais Reconhece antígenos associados ao MHC Classe I Células Virgens são ativadas nor órgãos linfoides periféricos pelas células Dendríticas em apresentação cruzada Células T efetoras reconhece o MHC1 na superfície de qualquer célula infectada pelo MO no corpo Função: Destroem as céls infectadas por MO intracelulares Liberam enzimas que induzem apoptose Granzimas, Perforinas e Serglicina IMUNIDADE CELULAR DO NEONATO Dependente do colostro - Colostro é repleto de linfócitos Existem geralmente poucos linfócitos no leite Absorção do colostro até 6 horas após o nascimento Linfócitos colostrais sobrevivem por até 36h no intestino dos bezerros recém-nascidos, e alguns penetram na parede intestinal através doepitélio das Placas de Peyer e alcançam os linfonodos mesentéricos. Após 2h da ingestão do colostro, leitões apresentam linfócitos maternos na sua circulação sanguínea RESPOSTA HUMORAL Atua contra microorganismos extracelulares, ou até intracelulares obrigatórios como vírus, antes de infectarem as células ou quando são liberados pelas células infectadas. O reconhecimento antigênico acontece nos órgãos linfáticos periféricos Antígenos multivalentes de origem microbiana podem ativar células B por meio do receptor de célula B (BCR - IgM ou IgD) Antígenos proteicos microbianos será apresentados pelas células B pelo MHC II ao linfócitos T auxiliares e estes ativam os linfócitos B. Proliferação (expansão clonal) e diferenciação de células específicas para o antígeno, gerando células B de memória e plasmócitos secretores de anticorpos. Algumas células B ativadas começam a produzir outros anticorpos diferentes (IgG, IgA e IgE) de maior afinidade ao antígeno. Antígenos multivalentes Antígenos Proteicos Antígenos T- dependentes ou Timo dependentes Linfócito B precisa obrigatoriamente apresentar o antígeno ao linfócito T CD4 Auxiliar (Ta) CD4 ativa o linfócito B para que então este possa se diferenciar em plasmócito e produzir anticorpos.
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