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Admin_Planejamento_Social_Unid_II

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5 GESTÃO SOCIAL: A ADMINISTRAÇÃO DE 
ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR
A administração era ignorada pelas organizações do 
terceiro setor até meados dos anos 70, pois se acreditava que 
a preocupação com a gestão dizia respeito apenas às empresas 
que se preocupavam com a política de lucros, não sendo, pois, 
afeta a tais organizações.
No entanto, hoje se reconhece que o processo de gestão 
de organizações do terceiro setor possui especificidades, mas 
é um fator essencial para o desenvolvimento e sobrevivência 
das mesmas, por isso procuram novas alternativas para a sua 
gestão organizacional, buscando, seja na esfera pública ou 
na privada, subsídios para sua modernização e atualização 
gerencial.
A administração passa a ser vista como importante para o 
sucesso dessas instituições e para que atinjam os objetivos a que 
se propuseram.
Assim, as organizações públicas e privadas passam a ser 
vistas como espaços para a captação de tecnologias gerenciais a 
serem incorporadas pelos gestores do terceiro setor.
Isso se dá não só pela absorção de profissionais disponíveis 
no mercado que atuavam como executivos privados, mas 
também pela atuação de consultores, e pela incorporação de 
modelos gerenciais de órgãos e empresas financiadoras das 
organizações do terceiro setor.
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Naturalmente, as técnicas de administração originadas 
pelos setores público e privado não podem simplesmente ser 
transferidas, devem sofrer as alterações e adaptações necessárias, 
tornando-se, assim, mais adequadas às especificidades das 
organizações do terceiro setor, pois, caso contrário, poderiam 
gerar distorções à gestão das organizações, fazendo-as perder 
suas virtudes gerenciais.
Diferentemente do modelo de gestão utilizado em 
organizações públicas e privadas, as políticas sociais das 
organizações do terceiro setor incorporam, em sua formulação, 
o conceito de cidadania. Em tais organizações, não existem 
clientes ou usuários e sim cidadãos- beneficiários.
Os objetivos traçados no processo de gestão de organizações 
do terceiro setor buscam o exercício da cidadania e o bem-
estar coletivo, por isso torna-se necessária a substituição 
de parâmetros quantitativos por critérios que considerem, 
principalmente, a metodologia direcionada à superação dos 
problemas sociais e à evolução do papel que desempenham.
Sente-se a necessidade de tornar conhecida a finalidade da 
organização, a fim de que seus dirigentes, gerentes e demais 
empregados possam canalizar seus esforços para atingi-la, 
e a fim de que a organização seja considerada legítima pela 
sociedade. Outra tendência tem sido definir a finalidade a partir 
de processos mais participativos, com um número maior de 
empregados contribuindo para esta tarefa.
Dentre as particularidades gerenciais presentes em 
organizações do terceiro setor, podem-se citar:
• a proximidade do beneficiário;
• ações em rede;
• estruturas desburocratizadas e enxutas;
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• gestão participativa;
• imagem institucional consolidada;
• motivação da mão de obra voluntária.
Estas características têm sido consideradas como virtudes 
administrativas pelas organizações do setor privado, tendo 
em vista que estas particularidades são apontadas como as 
principais responsáveis por atingir seus objetivos.
Em geral, observa-se que estas organizações realizam suas 
operações com estruturas reduzidas; detêm uma sólida imagem 
institucional; possuem um modelo de gestão participativo, no 
qual a mão de obra (maioria voluntária) permanece motivada 
e centrada no foco principal da organização; permanecem 
próximas aos beneficiários e de seus projetos sociais, podendo 
atender suas necessidades com mais eficácia e; finalmente, 
estabelecem parcerias com outras organizações do mesmo setor 
(ação em redes) visando a superar suas limitações operacionais, 
mobilizar recursos, trocar informações, experiências, etc.
Cabe destacar que a estratégia de formação de redes não 
implica, necessariamente, convergência de interesses nem 
tampouco eliminação da competição. No terceiro setor, essa 
política gerencial manifesta-se na troca de informações, recursos 
e metodologias de um lado, e, por outro, pela intensa disputa 
por fontes de financiamento, reconhecimento social e formação 
de parcerias com o Estado, organismos internacionais e grandes 
corporações privadas.
Observa-se a crescente necessidade de profissionalização 
das pessoas que atuam no terceiro setor, principalmente das 
que ocupam cargos gerenciais com sólida formação e domínio 
de técnicas administrativas e com conhecimento de práticas 
e políticas organizacionais no terceiro setor, que se tornariam 
mais sistematizadas, articuladas e voltadas ao cumprimento dos 
objetivos propostos pelas instituições sociais.
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Tais gestores devem ser capazes de realizar a 
compatibilização entre o ambiente interno e o ambiente 
externo à organização, de modo a buscar novos conhecimentos 
que levem ao aumento da competência gerencial e à 
racionalização da utilização dos recursos disponíveis 
(financeiros, humanos e materiais), viabilizando o alcance dos 
objetivos organizacionais. Devem deter conhecimentos em 
finanças, marketing e administração de recursos humanos, 
além de possuir ou desenvolver habilidades nas relações 
interpessoais e políticas.
Durante o desempenho de sua função, ele deve ser capaz 
de se comunicar de forma transparente e de se relacionar com 
os diferentes envolvidos no processo: voluntários, funcionários, 
financiadores, doadores, mídia, usuários, governo, dentre outros, 
atendendo, ao mesmo tempo, aos interesses e prioridades de 
cada um destes grupos.
Deve ser capaz, ainda, de dividir suas preocupações entre 
problemas de ordem gerencial, como captação de mão de 
obra voluntária aliada ao tratamento de conflitos e assuntos 
estratégicos, além de lidar com problemas relacionados à 
imagem da instituição junto à sociedade.
Devido ao movimento de proliferação de organizações do 
terceiro setor, observa-se o aparecimento de diversos problemas 
que variam da má gestão de recursos até o desvio de verbas.
Pelo fato de essas instituições possuírem um modelo de 
gestão particular, elas enfrentam problemas administrativos 
diferenciados dos encontrados nas organizações dos demais 
setores, implicando riscos no desenvolvimento de seus 
projetos e no questionamento sobre a razão de ser dessas 
organizações.
Para garantir sua sobrevivência, as organizações do 
terceiro setor devem desenvolver um estilo de gestão que 
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lhes permita pensar no futuro e, aomesmo tempo, resolver 
problemas cotidianos que ameaçam a sua sobrevivência em 
curto prazo, principalmente os relacionados à escassez de 
recursos.
 
Os principais problemas inerentes à gestão de organizações 
do terceiro setor relacionam-se com as dificuldades 
encontradas de se especificar, precisamente, os objetivos 
organizacionais e de se estabelecer critérios de avaliação 
para os projetos sociais desenvolvidos por elas.
Muitas vezes tais organizações estão intimamente ligadas 
às empresas que as financiam e sofrem suas influências, 
principalmente em relação à avaliação do trabalho sob a ótica 
da eficiência financeira. No entanto, essa pressão em geral 
não se aplica, já que os objetivos propostos se relacionam 
a conceitos como valorização das pessoas ou melhoria 
da condição de vida de determinada comunidade, cuja 
mensuração deverá se dar por meio de outros parâmetros, 
que não os econômicos.
Tais dificuldades estão levando muitas destas instituições 
a buscar instrumentos eficazes, mas compatíveis de avaliação, 
de forma a conseguirem comprovar a utilidade dos serviços 
prestados, bem como oferecer aos seus patrocinadores, 
credibilidade. 
Para conseguir superar os desafios gerenciais e assim 
garantir o cumprimento dos objetivos da instituição, os 
gestores das organizações do terceiro setor devem ser capazes 
de incorporar novos modelos de gestão, adaptando-os às 
particularidades presentes em suas organizações. Pode-se 
esperar como resultado deste processo: trabalho por meio de 
redes, identificação de áreas de atuação, produtos e cidadãos 
beneficiários, criação de mecanismo de controle e avaliação das 
ações desenvolvidas e alcance de maior visibilidade perante a 
sociedade para divulgação do trabalho realizado.
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Assim, chega-se à conclusão de que essas organizações, como 
quaisquer outras, precisam de um bom gerenciamento para 
conseguir sobreviver. Para que se possa viabilizar a administração 
dessas organizações, torna-se necessário desmistificar as 
necessidades de lucro, levantar e analisar suas particularidades 
e equilibrar as necessidades das organizações com o alcance de 
sua missão final.
Finalmente, pode-se concluir também, que o processo 
de gestão de organizações do terceiro setor é marcado por 
particularidades e complexidades, o que explica por que a 
metodologia gerencial, utilizada em outros setores, é apenas 
parcialmente aplicável nestas organizações, justificando então, 
a necessidade de se desenvolver tecnologias administrativas 
particulares para estas instituições.
6 A UTILIZAÇÃO DA ARTE EM PROCESSOS DE 
INCLUSÃO SOCIAL
Sem sombra de dúvidas, a utilização da arte como meio para 
se atingir mudanças sociais nas comunidades têm sido cada vez 
mais frequente.
Tal afirmação pode ser observada nos diferentes projetos 
desenvolvidos, que têm como meio para atingir seus objetivos, 
ações voltadas para música popular ou erudita, teatro, cinema, 
artes plásticas, etc.
Em geral, estes trabalhos se voltam a comunidades com 
alto risco para crianças e jovens, seja pelo forte apelo do crime 
organizado, seja pela falta de infraestrutura para que os pais 
deixem seus filhos em segurança enquanto trabalham. Assim, 
tais ações cumprem um papel complementar à escola, cuja 
presença e aproveitamento passam a ser exigidos. Assim, a 
criança desenvolve suas habilidades artísticas e ao mesmo tempo 
melhora seu rendimento escolar, já que esta é uma exigência 
dos programas. 
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Apesar de voltarem sua atenção, preferencialmente, às 
crianças e jovens, os projetos não se fecham à participação dos 
adultos. Profissionais que desenvolvem trabalhos nesta área 
afirmam que por meio da arte, as crianças e jovens conseguem 
traduzir sua expectativa de vida e suas mazelas sociais, como 
fome, falta de carinho e revolta pela desigualdade social a que 
estão submetidos.
Outro aspecto observado é o desenvolvimento ou o 
fortalecimento da identidade cultural da comunidade em que o 
trabalho é desenvolvido, já que as apresentações dos trabalhos 
desenvolvidos atingem a comunidade como um todo, que passa 
a se ver retratada nas diferentes manifestações artísticas.
Arte como forma de mudança social
De um modo geral, empreendimentos sociais que 
utilizam a arte como forma de atuação social possuem como 
características:
• apelo diferenciado;
• audiência ampliada;
• concretização da ação;
• crença e formação de empreendedores;
• preservação da identidade cultural;
• consolidação da arte como forma de mudança social.
Em termos de desafios, notam-se as questões de consolidação 
da arte como forma de mudança social, mensuração de resultados 
e atuação em rede.
Apelo diferenciado: há algo de contagiante, diferente 
e descontraído em um primeiro momento, com um apelo 
diferenciado, quando se trata de uma atuação por meio da 
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arte, já que se trata de outra linguagem, muitas vezes não 
verbal, que indica outra forma de comunicação. Ela desperta 
o curioso nas pessoas. Vira uma maneira diferente de superar 
obstáculos ou de descobrir potenciais adormecidos justamente 
por utilizar essa linguagem diferente, que não tem os vícios 
e bloqueios da linguagem usual do cotidiano, ajudando na 
redução de possíveis resistências e fortalecendo o trabalho de 
mudança social objetivado pelo projeto.
O apelo diferenciado que a atividade artística possui é 
importante para incutir valores como disciplina, exercícios, 
técnica, esforço e dedicação, realizando, desse modo, um trabalho 
de promoção humana. Essa atuação permite a percepção de 
anseios e problemas do beneficiário. Tudo isso é comunicado 
por meio de uma linguagem que, da forma tradicional, jamais 
seria possível e este é um fator contagiante.
Audiência ampliada: ligada à questão do apelo 
diferenciado, pode-se dizer que, como o contágio não chega 
apenas ao beneficiário direto da ação, a atuação por meio 
da arte atinge uma audiência ampliada. Ao ver um grupo 
de pessoas pintando, por exemplo, um observador externo 
no mínimo para, querendo ver o que está acontecendo e 
pode até querer se integrar na atividade. Grupos musicais, 
circenses, de percussão ao se apresentarem, chamam muito a 
atenção do público.
O trabalho feito por meio da arte acaba por levar a 
proposição de valor e a missão dos empreendimentos sociais a 
um público além do beneficiário direto de sua ação.
Com esse poder de levar a mensagem ao grande público 
ou a outros públicos que não os beneficiários diretos da 
ação, a atuação social por meio da arte acaba por criar um 
outro canal para levar sua proposição de mudança social. 
Logo, além de promover seu trabalho junto aos beneficiários 
diretos, são sensibilizados e mobilizados para a causa, 
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outros públicos também importantes para a mudança social 
pretendida.Outra vantagem relacionada a isso, é o desenvolvimento 
de uma nova experiência para os beneficiários diretos, já que 
ao fazerem suas apresentações, têm oportunidade de conhecer 
outras localidades, dentro e fora do país, permitindo um 
conhecimento inestimável, além de obterem mais confiança e 
experiência de vida.
O desenvolvimento de trabalhos por meio da arte como 
instrumento de inclusão social, apresenta ainda resultados 
concretos em prazos relativamente curtos, ou seja, este não é 
um trabalho em que os resultados aparecem a médio e longo 
prazo. 
Assim, a cada tela pintada, a cada apresentação de um 
grupo musical, a cada apresentação de um grupo de teatro, seus 
participantes vão criando símbolos, que vão lhes dando sentido 
de plenitude. À medida que os símbolos vão se somando, vai se 
construindo o resgate da autoestima e do conceito de cidadania, 
o que também atinge aos que assistem ao trabalho desenvolvido, 
em geral a própria comunidade que também vive o processo de 
reconhecimento de sua essência cidadã. 
Com a metodologia estabelecida, o desafio seguinte é 
comprovar os resultados dos projetos, analisando e mensurando 
tais resultados. Para tanto, faz-se necessário o desenvolvimento 
de indicadores.
Considerando que o trabalho com arte lida com a atitude das 
pessoas, é muito difícil mensurá-lo. Indicar apenas o número de 
pessoas atendidas não é um indicador válido, pois nada fala a 
respeito da qualidade da forma do trabalho. O grupo Doutores 
da Alegria desenvolveu alguns indicadores como o número de 
vezes em que o médico tocou a criança, o número de vezes em 
que a criança sorria e a redução do tempo de internação. Em 
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bairros de extrema violência, projetos que atuam por meio da 
arte, contabilizam quantidades de pessoas que deixaram de 
atuar na criminalidade para auxiliar nos projetos.
Outro indicador é o aumento do rendimento escolar da 
criança, para poder continuar no projeto, e também o aumento 
da sociabilidade.
Assim, percebemos que como em outras áreas de atuação, 
também em organizações que buscam atuar junto à sociedade 
utilizando a arte como meio, faz-se necessário o conhecimento 
administrativo para estabelecer metas, objetivos, público alvo e 
mensurar resultados.
Resumo
Nesta unidade trabalhamos a questão do controle social 
das políticas públicas, quando analisamos a importância da 
sociedade estar presente e atuante na definição e execução de 
projetos sociais, cuja fonte principal de recurso é pública.
Vimos também os desafios que se colocam para que o exercício 
do controle seja eficaz, como se espera que as políticas públicas 
sejam, bem como os fundamentos jurídicos que embasam esta 
atuação da sociedade civil organizada.
Em seguida, passamos a discutir a importância da 
administração na gestão de organizações do terceiro setor que 
vem ampliando sua participação na elaboração e execução de 
projetos, visando a melhorar as condições de vida da população, 
especialmente aquela que vive às margens da sociedade.
Neste aspecto, procuramos enfatizar a importância da 
profissionalização de gestores que tenham conhecimento 
gerencial e administrativo para estas entidades, que sejam, ao 
mesmo tempo, capazes de atuar junto à população e aos órgãos 
públicos e privados que financiam tais projetos.
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Ainda dentro deste aspecto, destacamos entidades que 
utilizam a arte como meio de inclusão e de transformação 
social que, dadas suas especificidades, demandam um esforço 
maior de seus gestores, além de um conhecimento específico 
na área de atuação.
7 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO
O planejamento é um instrumento administrativo que 
permite analisar a realidade, avaliar os meios e estabelecer 
referenciais, organizando a tramitação adequada de todo 
o processo a que o planejamento se destina, com posterior 
reavaliação. É, portanto, a racionalização da ação.
Trata-se de um processo de deliberação que escolhe e 
organiza ações, antecipando os resultados esperados. Esta 
deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns 
objetivos predefinidos.
Uma atividade predeterminada exige deliberação, 
principalmente quando se volta para novas situações ou tarefas 
e objetivos complexos, ou quando se trata de uma ação menos 
familiar.
O planejamento também é necessário, quando a adaptação 
das ações é pressionada por um ambiente crítico, envolvendo 
alto risco ou alto custo; por uma atividade em parceria com 
terceiros ou por uma atividade que necessite estar em sintonia 
com um sistema dinâmico.
Uma vez que o planejamento é um processo complexo, 
que exige tempo e dinheiro, recorre-se a ele quando é 
realmente necessário ou quando a relação custo/ benefício 
o exigir.
É importante que o planejamento seja entendido como um 
processo cíclico e prático das determinações do plano, o que lhe 
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garante continuidade, havendo uma constante realimentação 
de situações, propostas, resultados e soluções, conferindo-lhe, 
assim, um dinamismo baseado na multidisciplinaridade, 
interatividade, num processo contínuo de tomada de 
decisões.
As experiências de planejamento por parte do Estado, em 
geral estão relacionadas a sua necessidade de reconstrução 
econômica, social e, em algumas situações como o pós-guerra, 
até mesmo física. 
A primeira nação a utilizar o planejamento para sua 
reconstrução foi a União Soviética, após a Primeira Guerra 
Mundial.
Dadas suas características, o planejamento naquela situação 
foi sistematizado de forma centralizada, o que pode ser observado 
na maioria dos planejamentos desenvolvidos, mesmo nos países 
capitalistas e que só vão adotar a prática do planejamento após 
a Segunda Guerra Mundial, quando foi utilizada na França e no 
Japão para suas reconstruções.
Como técnica, o planejamento chega aos países menos 
desenvolvidos entre as décadas de 1950 e 1960.
8 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
O planejamento estratégico que se tornou alvo da atenção 
de muitas empresas, direciona-se para as medidas que uma 
empresa poderá tomar para enfrentar problemas e aproveitar 
oportunidades.
Diferentes empresas chegam à conclusão de que a atenção 
sistemática à estratégia é uma atividade muito proveitosa. 
Empresas pequenas, médias e grandes, fabricantes, comerciantes, 
bancos e instituições sem fins lucrativos podem e devem decidir 
os rumos mais adequados aos seus interesses.
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Dentre as causas para o crescimento recente do planejamento 
estratégico, podemos citar a rapidez com que os ambientes das 
empresas sofrem alterações nos âmbitos econômico, social, 
tecnológico e político. A empresa somente poderá crescer 
e progredir se conseguir ajustar-se à conjuntura, sendo o 
planejamento estratégico uma técnica comprovada para que 
tais ajustes sejam feitos com inteligência.
Trata-se de um instrumentomais flexível que o planejamento 
a longo prazo, tradicionalmente utilizado. Um dos pontos 
fundamentais da estratégia é a seleção de apenas algumas 
características e medidas a serem tomadas.
É um instrumento que força os administradores a pensar 
no que é importante e a se concentrar em assuntos de 
relevância.
Ao lançar mão do planejamento estratégico, faz-se necessária 
a adoção da administração estratégica nas organizações, já 
que não se pode tratar o planejamento estratégico sem entrar 
no processo estratégico, contribuindo, assim, de forma mais 
eficaz com a gestão dos administradores na obtenção dos seus 
resultados.
O processo de administração estratégica
A administração estratégica envolve um processo ou uma 
série de etapas. As etapas básicas incluem:
• análise do ambiente: o processo de administração 
estratégica inicia-se com o estudo do ambiente 
interno e externo à organização, buscando identificar 
os riscos e as oportunidades presentes e futuras;
• definição da diretriz organizacional: ao estabelecer 
a diretriz da organização, será definida a sua meta, 
ou seja, sua missão e objetivos organizacionais, a 
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razão de sua existência, incluindo, neste aspecto, os 
valores e a filosofia que a norteiam e a diferenciam 
das demais;
• formulação de uma estratégia organizacional: 
define as ações para garantir que a organização 
alcance seus objetivos;
• implementação da estratégia organizacional: 
trata-se da implementação efetiva da estratégia, 
a operacionalização do que foi estabelecido como 
estratégia para se atingir os objetivos da empresa;
• controle estratégico: monitoramento e avaliação 
do processo de administração estratégica no sentido 
de melhorá-la e assegurar um funcionamento 
adequado.
9 PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
Quando tratamos de planejamento participativo, não 
estamos falando de se estimular a participação das pessoas. Isto 
existe em quase todos os processos de planejamento.
O planejamento participativo é, de fato, uma tendência 
quando falamos em intervenção na realidade. Como uma 
corrente de pensamento, tem uma filosofia própria e desenvolveu 
conceitos, modelos, técnicas e instrumentos específicos.
Foi desenvolvido para instituições, grupos e movimentos que 
não têm como principal objetivo a missão de aumentar o lucro, 
competir e sobreviver no mercado, mas sim contribuir para a 
construção da realidade social. Tais entidades, governamentais 
ou não, lançam mão desta ferramenta para organizar seus 
processos de intervenção na realidade e vão, aos poucos, 
aproveitando-se do que o planejamento participativo lhes 
oferece para isto.
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Ele parte da constatação de que não existe participação real 
em nossas sociedades, isto é, da percepção de que há pessoas e 
grupos dentro da sociedade que não podem dispor dos recursos 
necessários ao seu mínimo bem-estar, e buscam alternativas 
para corrigir tais injustiças.
Propõe-se uma ferramenta para que as instituições, grupos 
e movimentos possam ter uma ação direcionada a influir na 
construção externa da realidade.
Constrói um conjunto de conceitos, de modelos, de técnicas 
e de instrumentos que permitam utilizar processos científicos e 
ideológicos e organizar a participação para intervir na realidade.
O planejamento participativo pretende ser mais do que uma 
ferramenta para a administração, disponibilizando conceitos, 
modelos, técnicas, instrumentos para definir e fazer as coisas 
certas, com vistas ao crescimento da entidade, do grupo ou 
do movimento popular; pretende ser um instrumento para 
a construção de uma sociedade mais justa. Neste sentido, 
estabelece como sua tarefa contribuir para a construção de 
novos conceitos humanos e humanísticos, de novos valores, 
promovendo o exercício pleno da cidadania.
Pretende ser, essencialmente, o planejamento da decisão de 
quais são as coisas certas a fazer e quais os motivos para fazê-
las, utilizando os instrumentos e as técnicas que permitam sua 
execução com competência.
Acredita que participação efetiva possibilita a garantia da 
satisfação das necessidades básicas de todos, que passam a 
ter o direito de usufruir dos bens. Inclui distribuição do poder, 
propiciando a interferência na decisão sobre o que fazer, para 
que fazer, como fazer e com que fazer.
A realidade da sociedade que passa por grandes 
transformações, e a consciência cada dia maior dos cidadãos 
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prenuncia um mundo com o poder distribuído e não mais 
concentrado nas mãos de alguns, sejam pessoas, governos ou 
instituições. Estamos ultrapassando uma época em que o mundo 
era considerado pronto e determinado para um tempo em que 
é preciso construir a cada momento uma visão de mundo, do 
ponto de vista ecológico e humano. Com isso, firma-se cada vez 
mais a convicção de que não são só os poderosos ou os técnicos 
que têm capacidade de propor alternativas. Todos temos esta 
sabedoria e o direito à participação não pode ser subtraído das 
pessoas.
Cada vez mais se aponta para o tempo em que governar 
ou administrar entidades não governamentais é o mesmo 
que coordenar o processo de definição dos rumos sociais e, 
conjuntamente, administrar os meios para seguir a caminhada 
nos rumos estabelecidos. Neste sentido, vem o tempo em que o 
governante e o dirigente não só dirão que são, mas realmente 
serão, servidores da comunidade.
O planejamento participativo incorpora a visão estratégica 
e situacional. Por entender a ideia de missão de forma mais 
abrangente e situada no contexto da globalidade social, com a 
perspectiva não apenas de ajudá-las a sobreviver, mas a intervir 
na realidade estrutural da sociedade, oferece às instituições, 
grupos, movimentos e organismos governamentais uma 
ferramenta que incorpora as conquistas do planejamento na 
perspectiva situacional e estratégica.
Os passos para o planejamento participativo
1. Marco referencial: inclui uma dimensão política, 
ideológica, de opção coletiva, e divide-o em três partes, 
para: a) compreender a realidade global na qual se insere 
a instituição planejada (marco situacional); b)propor um 
projeto político-social de ser humano e de sociedade 
(marco doutrinal); c) firmar um processo técnico ideal para 
contribuir com a construção deste ser humano e desta 
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sociedade (marco operativo). O planejamento estratégico 
importa-se muito com este primeiro momento, dando-lhe 
o nome de missão, mas deixando-o dentro dos limites da 
sobrevivência e do crescimento da empresa.
2. Diagnóstico: é a ponderação entre a proposta ideal e a 
proposta de prática, tangível. Neste sentido, o diagnóstico 
é a avaliação contínua sobre a prática para verificar a 
distância em que ela está da proposta ideal estabelecida 
em seu referencial. No planejamento participativo, o 
plano não começa com um diagnóstico,mas com um 
referencial.
3. Marco situacional: é a descrição da realidade e da 
prática.
4. Programação: propõe-se a fazer mudanças, fazendo-as, 
refletindo e reprogramando.
É verdade que o planejamento sozinho não realiza aquilo 
que teríamos que fazer e vivenciar; mas é verdade também que 
o planejamento participativo contém os elementos necessários, 
enquanto ferramenta, para realizar o que é vontade de todos 
ou de maiorias expressivas. Naturalmente, para transformar 
a realidade, é preciso que exista um conjunto de ideias e um 
querer que nasça da convicção. De qualquer modo, um contínuo 
processo de planejamento participativo levado, rigorosa e 
persistentemente, tem sido fonte de crescimento de grupos, 
tanto em ideias como em convicções.
Do ponto de vista metodológico, o planejamento 
participativo desenvolveu um conjunto de conceitos, de 
modelos, de processos, de instrumentos e de técnicas para dar 
importância ao crescimento (do coletivo e do pessoal) e, neste 
crescimento, construir o referencial, avaliar a prática, propor e 
realizar uma nova prática. A construção coletiva necessita de 
processos rigorosos que incluem trabalho individual, trabalho 
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em pequenos grupos e plenários para reencaminhamentos. 
Há, no planejamento participativo, um conjunto de técnicas e 
de instrumentos para que se chegue ao que é o pensamento 
coletivo e para evitar discussões polarizadas.
10 PLANEJAMENTO: UMA DISCIPLINA 
IMPRESCINDÍVEL À FORMAÇÃO PROFISSIONAL 
EM SERVIÇO SOCIAL
Partindo da premissa que o planejamento é um processo 
racional e que pressupõe desenvolvimento sequencial, podemos 
afirmar que o serviço social também vem se desenvolvendo ao 
longo da história, e que o planejamento sempre esteve presente 
na sua atuação, desde que a atividade deixou de ser uma prática 
voluntária e passou a ser reconhecida como atividade profissional.
As primeiras manifestações da influência do planejamento 
na profissão são percebidas nas propostas metodológicas de 
intervenção e tratamento social dos usuários dos diferentes 
organismos que absorviam tais profissionais. Sendo assim, 
a racionalidade como atributo essencial do processo de ação 
planejada do serviço social foi fator desencadeador para a 
conformação e o reconhecimento da profissão.
Hoje, fica evidenciada a importância do preparo do assistente 
social, para que este esteja em condições de atuar corretamente 
para avaliação das diferentes situações que enfrenta, em relação 
aos indivíduos, às famílias, aos grupos de pessoas, aos serviços 
comunitários, ao desenvolvimento da comunidade, aos grandes 
programas governamentais, ou às questões de política social 
nacional.
Desde os primeiros documentos produzidos por profissionais 
do serviço social, podemos observar a utilização da expressão 
“plano de tratamento”, o que pressupunha o ato de planejar com 
o cliente os mecanismos que seriam utilizados para a solução do 
seu problema.
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Mais tarde, os profissionais incorporam não só a palavra 
planejamento, mas passam a adotar a sua prática como 
fundamental na execução de suas atividades, dada a necessidade 
de intervir a partir de um planejamento prévio e em conjunto 
com o usuário, o que passa a ser objeto de amplos debates entre 
assistentes sociais, traduzido nos artigos e livros publicados.
Assim, no processo de reconceituação da profissão e ao se 
aproximar da teoria marxista, o serviço social busca na teoria 
da práxis ( ação – reflexão – ação), o seu referencial de atuação 
em conjunto com os usuários dos diferentes serviços em que 
exerce suas funções, e busca no planejamento participativo, os 
instrumentos que lhe permitam atingir seus objetivos.
Dessa forma, planejar a ação como processo natural de 
ordenação, decisão e controle passa a não suprir as demandas 
inerentes à profissão. Surge a necessidade de utilização do 
planejamento como processo e como método.
Pode-se considerar que na fase anterior ao movimento de 
reconceituação do serviço social, o planejamento delineava-
se como um processo, caracterizado pela forma ordenada e 
racional de tomada de decisões.
Posteriormente, ou seja, a partir do movimento de 
reconceituação, o planejamento passa a ser visualizado e 
adotado também como método e instrumento.
Inicia-se então o ensino da disciplina de planejamento na 
formação do assistente social. O processo de repensar a profissão 
traz em seu bojo a necessidade crescente de rever o referencial 
teórico e de instrumentalizar seus profissionais para a prática 
do planejamento, mais como aplicação técnica do que como 
consciência critica da realidade para sua transformação.
Na ação planejada, é a reflexão que garante a dimensão do 
real e permite ainda o caminhar por aproximações sucessivas, em 
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que a prática amplia os conhecimentos da realidade e possibilita 
que se definam novos cursos de ação. Assim, a reflexão parece e 
segue a prática social, numa relação dialética em face da prática 
real, concreta. Novamente nos deparamos com o planejamento 
participativo influenciando diretamente a prática profissional.
Neste sentido, é necessário ao assistente social ter uma 
postura crítica frente ao real, capaz de possibilitar aos usuários 
participação ativa, dinâmica e consciente no processo de 
planejamento.
A participação dos usuários neste processo envolve uma 
questão de coerência profissional, pois o tema participação é 
chave em qualquer debate dentro da profissão, portanto, na 
prática, os usuários não podem ser alijados do processo de 
planejamento, senão estaríamos incorrendo em problema de 
ordem teórico-prática.
Percebemos que os autores de serviço social, com raras 
exceções, trabalham o tema do planejamento. No seu 
entendimento contemporâneo, o planejamento é inerente à 
prática profissional.
Cada vez mais, os assistentes sociais sentem a necessidade 
de incluir o planejamento como instrumento auxiliar da 
metodologia de serviço social.
Anterior ao movimento de reconceituação, reconhecia-se no 
serviço social um processo de “metodologismo” vivenciado a partir 
da visão tripartite do sujeito da ação (caso, grupo e comunidade). 
Após o movimento de reconceituação, houve a necessidade, como 
inferimos anteriormente, de dar cientificidade à profissão.
Podemos perceber assim, que apenas em 1996 se consolida 
o planejamento como uma disciplina indispensável para o 
currículo de serviço social, que vem complementar o estudo dos 
processos de trabalho desta área.
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Atualmente, o planejamento é um instrumento imperativo 
na organização das ações desenvolvidas pelos assistentes sociais, 
conforme estabelece a Lei de Regulamentação da Profissão 
em seu artigo 4º, que aponta, dentre outras, as seguintes 
competências do assistente social:
“[...] II - Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos,programas e projetos que sejam do âmbito do serviço 
social com participação da sociedade civil;
VI - Planejar, organizar e administrar benefícios e 
serviços sociais;
VII - Planejar, executar e avaliar pesquisas que 
possam contribuir para a analise da realidade social 
e para subsidiar ações profissionais;
X - Planejamento, organização e administração de 
serviços sociais e unidades de serviço social. [...]” 
(CRESS, 2000, p. 12-13)
Baseado na mesma lei, o artigo 5º, inciso II, estabelece o 
planejamento, a organização e administração de programas 
e projetos em unidade de serviço social como uma atribuição 
privativa do assistente social.
O serviço social, no seu cotidiano, vem ao longo 
dos anos tentando elaborar e reelaborar propostas de 
planejamento que possam auxiliar no desenvolvimento do 
fazer profissional.
Como apontamos acima, esse movimento é ainda incipiente 
e pouco qualificado, sobretudo por não contar com referencial 
teórico específico.
O planejamento nada mais é do que o exercício 
de racionalidade e ordenação das ações, inerente ao 
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desenvolvimento do ser humano. Sendo assim, cotidianamente 
o utilizamos como processo de prospecção do futuro, a partir 
da nossa realidade.
É indispensável que os assistentes sociais tenham uma 
qualificação para a utilização do planejamento nas atividades 
que desenvolvem nas instituições, e, principalmente, que 
se comprometam junto ao segmento de usuários com 
o processo de elaboração, implantação e avaliação do 
planejado.
É importante destacar que o planejamento não pode e não 
deve ser visto como um processo estático; ao contrário, deve 
ser visto como um processo dinâmico e ativo no cotidiano da 
profissão.
O planejamento está além de uma estrutura mínima, criada 
e reproduzida por alguns assistentes sociais. O planejamento 
de que falamos pressupõe também planificar as ações das mais 
diversas ordens.
Certamente o assistente social deve estar sempre atento à 
questão social e suas múltiplas formas de expressão, para poder 
compor/elaborar um planejamento que possa compreender a 
realidade, que sirva como diretriz para o alcance dos objetivos 
propostos, prévia e conjuntamente estabelecidos. Deve ainda, 
estar disposto a rever o planejamento, a partir do surgimento de 
novas demandas.
11 DESENVOLVIMENTO E INCLUSÃO SOCIAL: 
O PLANEJAMENTO COMO ESTRATÉGIA DE 
INCLUSÃO SOCIAL
Planejar o desenvolvimento na perspectiva da inclusão 
social não é desafio fácil e exige o envolvimento e o empenho 
de amplas e diferentes forças sociais e políticas, presentes na 
sociedade civil, no Estado, e, em particular, no governo.
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Este gigantesco empreendimento não pode ser desenvolvido, 
exclusivamente, pelo governo e menos ainda pela sociedade 
civil. Exige, ao contrário, o exercício do diálogo e da cooperação 
do governo e da sociedade civil na mobilização de recursos e de 
iniciativas.
A responsabilidade primária na efetivação desta empreitada 
pertence ao governo. Não é possível se ter ilusões quanto às 
possibilidades de redução das desigualdades sociais sem a forte 
presença do Estado. A solidariedade do voluntariado, embora 
fundamental do ponto de vista moral e como processo de 
humanização, tem alcance limitado; por outro lado, é improvável 
que o mercado, espaço de competição exacerbada, possa ser, 
paradoxalmente, o lugar da satisfação das necessidades humanas 
e da justiça social.
Todavia, não é qualquer Estado que promove a inclusão 
social e busca alternativas sociais para a população excluída. 
É preciso construir um Estado com conteúdo social, concebido 
mais para as realizações humanas e menos para as transações 
do mercado.
Cabe destacar que este Estado com conteúdo social é 
produto da sociedade civil. Daí a crença de que a efetivação 
do processo de inclusão social seja uma prerrogativa do 
governo em conjunto com a sociedade civil organizada, a 
quem cabe a autoridade para delegar mandato e definir 
objetivos, metas e compromissos históricos do governo e 
do Estado.
Portanto, se efetivamente desejamos a inclusão social, 
precisamos produzir bons governos e boa sociedade civil. O 
bom governo é aquele que, sentindo-se um comissário do 
povo, governa no interesse da coletividade. A boa sociedade 
civil é aquela que, valendo-se de dinâmicas democráticas e de 
mecanismos participativos, ao eleger os governantes, o faz sem 
abdicar da autoridade que lhe foi delegada.
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Nas oportunidades em que se discutem novas modalidades 
de gestão, - e planejar o desenvolvimento com inclusão é algo 
recente - particularmente na perspectiva da descentralização e 
da participação popular, estamos revivendo um dilema: como 
delegar poderes ao governante sem, no entanto, perder a 
autoridade?
Ao discutirmos tais questões estamos apontando para a 
necessidade de mecanismos que permitam à população exercer 
maior influência e melhor controle sobre os atos do governo, já 
que transferimos o poder e não a vontade.
Portanto, a sociedade delega poder, mas não perde a 
autoridade para fazer escolhas. Desta forma, cabe ao povo a 
fiscalização sobre as ações do governo, pois esta atitude é a 
forma mais segura para evitar usurpação e predomínio do 
interesse privado sobre o interesse coletivo.
A utilização da expressão “planejar a inclusão social”, 
subentende que o planejamento do desenvolvimento é uma 
condição necessária, porém insuficiente para assegurar inclusão 
social.
As experiências vivenciadas no campo do desenvolvimento 
planejado produziram mais exclusões e desigualdades 
sociais.
Duas premissas são fundamentais para o sucesso do 
planejamento com inclusão social, a primeira é a existência 
de uma sociedade civil politicamente ativa, civicamente 
convicta, mobilizada e cooperativa. A segunda é a existência 
de governantes democráticos, afeitos ao diálogo responsável, 
moralmente honrados, política e eticamente comprometidos 
com a justiça social e com o ideal de cidadania.
Estas duas premissas não estão dadas, ou seja, ainda 
não existem, contudo são produtos da experiência humana, 
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historicamente possíveis. Aqui, entra o papel dos diferentes 
conselhos (de políticas sociais, de direitos, de defesa, etc.).
Se observarmos atentamente, a maior incidência de 
conselhos está situada no Poder Executivo, exatamente no 
âmbito do governo.
É importante considerar que os conselhos foram concebidos 
com a finalidade de democratizar a gestão das políticas 
públicas e com o desafio de impor limites ao poder autárquico 
dos governantes, por isso tem papel significante em gestões 
descentralizadas e participantes.
Apesar de muitas vezes a burocracia dificultar a ação dos 
conselhos, que se veem mergulhados em relatórios infindáveis 
ou tolhidos em seu papel de gestor e/ou fiscalizador, o ideal 
de democraciaparticipativa que fundamenta a existência dos 
mesmos, parece adquirir vitalidade teórica e prática, nas mais 
singelas experiências favorecedoras do diálogo entre o governo 
e a sociedade.
Neste sentido, os conselhos representam uma importante, 
embora limitada, novidade no processo de gestão das políticas 
públicas em nossa sociedade.
Um dos grandes desafios que os conselhos enfrentam, para 
se credenciarem como experiências inovadoras nas relações 
democráticas entre o governo e a sociedade civil, é a conversão 
destes em câmaras politizadas, em ambientes para o exercício 
de ações propositivas e de trabalho fiscalizador. A resolução 
deste desafio exige a superação de um problema relevante e 
persistente: a baixa representatividade de amplas camadas da 
população da maioria dos seus membros.
É preciso, porém, articular recursos e mobilizar forças, buscar 
aliados na sociedade civil e no governo, construir parcerias e, sem 
declinar do debate político que muitas vezes acentua o conflito 
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de interesses, precisamos encontrar motivos para o exercício da 
parceria entre lideranças credenciadas.
Resumo
Nesta unidade trabalhamos a definição de planejamento 
como instrumento de avaliação da realidade e de proposição na 
solução de problemas, para se atingir um objetivo.
Trabalhamos também o planejamento estratégico, que 
aliado à administração estratégica, busca a definição da missão 
e das metas a serem atingidas, bem como os meios para seu 
sucesso.
Vimos, ainda, o planejamento participativo, voltado 
principalmente para órgãos governamentais ou instituições 
privadas sem fins lucrativos, segundo o qual os envolvidos no 
processo podem e devem ser envolvidos no planejamento, de 
forma democrática, buscando a melhoria da qualidade de vida 
da coletividade.
Achamos importante traçar um paralelo entre o planejamento 
e o serviço social, dada a importância desse no exercício 
profissional do assistente social, que tem no planejamento uma 
de suas funções precípuas.
Finalmente, trabalhamos a questão do planejamento como 
estratégia de inclusão social, tema também bastante relevante 
para o profissional do serviço social.
Referências bibliográficas
AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia. São Paulo: 
Bookman, 2000.
ALBRECHT, K. Programando o futuro. São Paulo: Makron Books, 
1994.
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