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AULA 09 PENAL I

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Espécies de Conduta: 
a) A conduta pode ser dolosa ou culposa. 
b) A conduta pode ser comissiva ou omissiva. 
O tema “dolo” e “culpa” estão ligados à voluntariedade do crime. Essa 
voluntariedade que, no começo estava na culpabilidade, mudou para o fato 
típico. 
 
1 - CONDUTA DOLOSA – DOLO: 
Art. 18 - Diz-se o crime: Crime doloso I - doloso, quando o agente quis o 
resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;” 
Dolo é a vontade consciente dirigida a praticar ou assumir o risco de praticar a 
conduta prevista em lei como crime (tipo penal incriminador) ou assumir o risco 
de praticá-la.” Obs: a liberdade do movimento é matéria da culpabilidade. Para 
a conduta, basta que o movimento humano seja voluntário e consciente. Se foi 
livre ou não, isso é matéria da culpabilidade, não pertence ao dolo. 
2 - ELEMENTOS DO DOLO: 
a) Elemento Cognitivo: é conhecer o que está acontecendo 
b) Elemento volitivo: é a manifestação de vontade direcionada a pratica do ato 
concreto. 
13 - ESPÉCIE DE DOLO: 
a) Dolo direto de primeiro grau: Nesta espécie, a intenção/ finalidade do 
agente está voltada à produção de um resultado desejado. 
b) Dolo indireto: quando, apesar de querer o resultado, a vontade não se 
manifesta de modo único e seguro em direção a ele. O dolo indireto subdivide-
se em: 
dolo alternativo: quando o agente quer um dos eventos que sua ação pode 
causar. Exemplo: atirar para matar ou ferir 
dolo eventual: o sujeito ativo prevê o resultado e, embora não seja este a razão 
de sua conduta, aceita-o. o agente prevê pluralidade de resultado , porem dirige 
a conduta para a realização de somente um deles aceitando produzir o outro. 
c) Dolo eventual: é um tipo de crime que ocorre quando o agente, mesmo sem 
querer efetivamente o resultado, assume o risco de o produzir. 
 
 - TEORIAS DO DOLO: 
1) Teoria da Vontade: Essa teoria diz que dolo é a vontade consciente de 
praticar a conduta prevista em lei como crime, de praticar a infração penal. 
 2) Teoria da Representação: Dolo é quando o agente, prevendo o resultado 
como possível, mesmo assim prossegue com conduta. 
 
2 - CONDUTA CULPOSA – CRIME CULPOSO: 
“Art. 18 - Diz-se o crime: Crime culposo II - culposo, quando o agente deu causa 
ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.” 
 É a conduta voluntária que produz um resultado não querido ou aceito pelo 
agente, mas que foi por ele previsto (culpa consciente) ou lhe era previsível 
(culpa inconsciente), e que podia ser evitado se o agente atuasse com cuidado. 
Art. 33. Diz-se o crime: II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a 
cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou especial, a que estava obrigado 
em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, 
prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-
lo. 
 
- Elementos do crime culposo: 
a) Conduta: O crime culposo consiste numa conduta voluntária que realiza um 
fato ilícito não querido pelo agente, mas que foi por ele previsto ( culpa 
consciente ) ou lhe era previsível ( culpa inconsciente ) e que podia ser evitado 
se o agente atuasse com o devido cuidado. 
Conduta humana voluntária . A voluntariedade está relacionada à ação, e não 
ao resultado. 
B) VIOLAÇÃO DE UM DEVER DE CUIDADO OBJETIVO: ocorre quando o agente 
viola um dever de cuidado imposto a todos, atua em desacordo com o que 
esperado pela sociedade e pela lei. Formas de violação do dever de cuidado 
objetivo (modalidades da culpa): 
- IMPRUDÊNCIA: é a ação descuidada (afoiteza). Sempre por ação. Ex: atravessar pela 
placa “Pare” sem parar e acabar atropelando alguém; passar sinal vermelho etc. 
- NEGLIGÊNCIA: é a falta de precaução, falta de cautela. Sempre por omissão. Ex: 
omissão de cautela e deixa arma ao alcance de crianças. 
- IMPERÍCIA: é a falta de aptidão técnica para o exercício de profissão, arte ou ofício. 
Tem diploma, mas o caso concreto demonstra que não possui perícia para tanto. Ex: 
atirador de elite que mata; médico que amputa a perna equivocadamente etc. 
C) RESULTADO: todo crime culposo produz resultado naturalístico. Assim, sempre será 
crime material, pois depende de resultado naturalístico para sua consumação. 
(Resultado naturalístico . Não haverá crime culposo se, mesmo havendo falta de 
cuidado por parte do agente, não ocorrer o resultado lesivo a um bem jurídico 
tutelado. Assim, em regra, todo crime culposo é um crime material ) 
D) NEXO CAUSAL ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO: a conduta imprudente, 
negligente ou imperita tem de ser a causa do resultado. 
E) PREVISIBILIDADE: o resultado produzido deve estar abrangido pela 
previsibilidade do agente. É a possibilidade (potencialidade) de conhecer o 
perigo decorrente de sua conduta. Não se confunde com previsão, pois nesta a 
pessoa conhece o perigo. 
F) TIPICIDADE: para que o agente responda por crime culposo é necessário a 
previsão expressa em lei da forma culposa, sob pena de só poder ser praticado 
dolosamente. CP, Art. 18 - Diz-se o crime: Parágrafo unicoo - Salvo os casos 
expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão 
quando o pratica dolosamente. 
Crime culposo não ofende o princípio da legalidade, pois, apesar de ser um tipo 
abertos (exige um complemento valorativo a ser dado pelo juiz, segundo o caso 
concreto), contém um mínimo de determinação legal. 
 
 
 
 
Elementos do crime culposo 
 Conduta voluntaria- a vontade do agente se limita a pratica de uma ação 
 Inobservância do dever de cuidado- conduta descuidada ou perigosa 
 Tipicidade- é preciso a previsão legal da culpa 
 Previsibilidade- é a possibilidade de prever aquilo que normalmente acontece 
 Nexo causal – entre a conduta do agente que deixa de observar o seu dever de 
cuidado e o resultado advindo. 
 Ausência de previsão _ não tem como prever o resultado 
 Resultado – lesão a um bem jurídico/ modificação ao mundo externo 
 
Espécies: Culpa Consciente e Inconsciente 
Culpa Consciente: ocorre quando o agente prevê o resultado, mas espera que 
ele não ocorra, supondo poder evitá-lo com a sua habilidade 
Culpa Inconsciente: o agente não prevê o resultado, que, entretanto, era 
objetiva e subjetivamente previsível. 
 
Distinção entre dolo eventual e culpa consciente: 
No DOLO EVENTUAL, o agente Prevê o resultado, mas Não quer, mas assume o 
risco. 
Na culpa consciente, o agente Não prevê o resultado (que era previsível) e Não 
quer e não aceita o resultado. 
OBS: Caracteriza-se a culpa consciente quando o agente prevê o resultado, mas 
espera, sinceramente, que ele não aconteça. 
 
Crime agravado pelo resultado: modalidades; o crime preterdoloso: 
Crime preterdoloso 
Previsto no artigo 19 do CP. 
 
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente 
que o houver causado ao menos culposamente. 
 
Existem várias espécies de crimes agravados ou qualificados pelo resultado: 
Crime doloso agravado pelo dolo (Ex: homicídio qualificado) 
 
Crime culposo agravado pela culpa (Ex: incêndio culposo qualificado pela morte 
culposa) 
 
Crime culposo agravado pelo dolo (Ex: homicídio culposo qualificado pela 
omissão de socorro) 
 
Crime doloso agravado pela culpa (Ex: lesão corporal seguida de morte). 
 
Somente essa quarta espécie é que configura um crime preterdoloso. 
Nem todo crime agravado pelo resultado é caracterizado por preterdolo. 
 
No preterdolo temos dolo no antecedente e culpa no consequente. 
No crime preterdoloso, portanto, o agente pratica delito distinto do que havia 
projetado cometer, advindo da conduta dolosa resultado culposo mais grave do 
que o projetado. 
 
Cuida-se de uma figura hibrida, havendo concurso de dolono antecedente e 
culpa no consequente. 
 
O clássico exemplo é a lesão corporal seguida de morte (dolo na lesão corporal, 
mas culpa na consequência "morte"). 
 
Elementos do crime preterdoloso: 
 
- Conduta dolosa visando determinado resultado. 
- Provocacao de resultado culposo mais grave do que o desejado. 
- Nexo causa entre a conduta e o resultado 
- Tipicidade (não se pune preterdoloso sem previsão legal). 
 
OBS: Se o resultado mais grave advier de caso fortuito ou força maior não há 
preterdolo, sob pena de responsabilidade penal objetiva.

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