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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: A AVALIAÇÃO EM GRANDE ESCALA NO BRASIL
 BRUNA VALERIO GARCIA DA SILVA DOS SANTOS
CURITIBA
2018
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR: A AVALIAÇÃO EM GRANDE ESCALA NO BRASIL
Relatório exigido como parte dos requisitos
para conclusão da disciplina Avaliação Institucional.
Professor: MARILIA GOMES GODINHO
 
 Curso: Pedagogia
 CURITIBA
2018
1 INTRODUÇÃO 
 
A avaliação institucional é um processo de reflexão da instituição escolar sobre a própria prática pedagógica, é a avaliação do contexto escolar de forma crítica e reflexiva a respeito dos processos educativos, é o levantamento das fragilidades e a busca pela melhoria da qualidade de ensino a partir da identificação de potencialidades. Nesse contexto de busca por excelência na educação dentro da instituição e também na educação de larga escala da educação básica no Brasil, contamos com ferramentas que funcionam como um indicador nacional que monitora a qualidade da educação. 
O Ideb é uma dessas ferramentas e uma das médias utilizadas pelo Ideb é a Prova Brasil, que faz avaliações diagnósticas em larga escala, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. Contamos ainda com outras ferramentas de avaliação na educação básica no Brasil, como a Provinha Brasil, o ENEM e o ENCCEJA, que serão observados nessa prática, além do Plano Nacional de Educação. 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 Pesquisar a Avaliação Institucional da Educação Básica no Brasil 
O que é uma avaliação Institucional
 
 O q ue é a avaliação i ns tit uc io nal? 
A avaliação institucional é uma avaliação aplicada às instituições de ensino, é uma ferramenta que auxilia no planejamento, na gestão e na prestação de contas da qualidade do ensino da instituição. É um processo de discussão e avaliação que visa detectar as fragilidades de um sistema de ensino e exaltar suas potencialidades. 
É o momento de revisar o PPP ( Projeto Político Pedagógico ) dessa instituição, de forma democrática, para se obter as melhorias e ajustes necessários e esperado s nesse processo, por todos os envolvidos : escola, família e comunidade. 
Propor mudanças e apresentar resultados, ouvir, discutir, ajustar e renovar as ações. 
 Co mo é a avaliação i ns tit ucio na l da e duca ção bás ica no B ras il? 
É uma avaliação de larga escala, com o objetivo de avaliar em níveis macro, a qualidade de ensino , utilizando para isso, várias ferramentas de diagnósticos, como S AE B, Provinha Brasil, EN EM, EN CC EJ A.
2.2 IDEB 
 
 O q ue é o ID EB ? 
 
O Ideb é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, ele foi criado em 2007 , ele é uma ferramenta de diagnóstico, que apresenta os resultados da qualidade da educação através de índices sobre o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. 
Co mo o IDEB é calc ula do? 
Como o IDEB é calculado?
Os cálculos apresentados são obtidos através dos dados levantados pelo censo escolar, Saeb e Prova Brasil. 
 
 Qua is s ão as me tas do IDEB ? 
Quais são as metas do IDEB?
Através desses dados diagnósticos, das avaliações de larga escala do Inep, são traçadas as metas com foco na melhoria da qualidade educacional.
2.3 Principais tipos de avaliação na Educação Básica no Brasil 
 
Educação Infantil
A partir de 2019, haverá uma avaliação dos insumos ofertados nas escolas de Educação Infantil: será o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) de Educação Infantil. A iniciativa chega com 9 anos de atraso, uma vez que já está prevista desde 2010, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. A avaliação também está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), e era para ter sido implantada em 2016.
 
Anos Iniciais do Ensino Fundamental
A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) já foi aplicada aos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas três vezes: em 2013, 2014 e 2016 (confira os resultados do último exame). Com a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que antecipou o fim do ciclo de alfabetização do 3º para o 2º ano, o exame está passando por uma transição. A prova prevista para 2018 foi suspensa e um novo teste será aplicado apenas em 2019, para os estudantes do 2º ano. Além da mudança do ano avaliado, a prova terá um novo nome, integrando-a ao sistema de exames: possivelmente se chamará Saeb dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Assim como a versão anterior, o Saeb dessa etapa vai medir o desempenho em leitura, em matemática e em escrita.
 
Anos Finais do Ensino Fundamental
Desde 2005, a cada dois anos, estudantes do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental da rede pública passam por um exame padronizado. Eles respondem a questões de língua portuguesa, com foco em leitura, e de matemática, com foco na resolução de problemas, além de um questionário socioeconômico. Esse questionário ajuda a entender como fatores de contexto externo à escola podem estar associados ao desempenho na sala de aula como, por exemplo, o nível socioeconômico dos pais. Esta avaliação, antes conhecida como Prova Brasil, também foi renomeada e, a partir da edição de 2019, passa a ser chamada de Saeb dos Anos Finais do Ensino Fundamental. Outra mudança é que os alunos do 9º ano passarão a responder questões de ciências humanas e ciências da natureza, conteúdos não contemplados na versão anterior da avaliação. Leia aqui mais detalhes sobre as mudanças do novo Saeb.
 
Ensino Médio
Assim como os alunos de 5º e 9º anos do Fundamental, os estudantes do 3º ano do Ensino Médio da rede pública também prestam o Saeb, respondendo a itens de português, matemática e um questionário socioeconômico. Até 2015, a prova era amostral, isto é, só avaliava um pequeno grupo de jovens que representavam toda a nação; a partir de 2017, no entanto, o exame se tornou censitário, ou seja, todos os alunos prestam. Essa prova contudo, não fornece resultados individuais.
Vale destacar que essa etapa de ensino tem outra - e mais conhecida - avaliação: o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Enem foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar os sistemas de ensino, mas se tornou peça chave nos vestibulares, a partir de sua incorporação aos programas de seleção para a universidade do Governo Federal, onde o desempenho por aluno se tornou critério para preencher vagas em faculdades privadas e públicas. O primeiro programa a incorporar os resultados do exame foi o Programa Universidade para Todos (Prouni), 2004, como um dos requisitos para conseguir bolsas de estudo em universidades privadas. No entanto, o caráter de vestibular foi intensificado a partir de 2010, quando a nota passou a ser utilizada como único critério de seleção via Sistema de Seleção Unificado (Sisu). A partir de 2014, agora com o propósito de assegurar financiamento para o custo das instituições superiores privadas, os resultados passaram a integrar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Diferentemente do Saeb, o Enem é opcional, ou seja, os estudantes que desejam fazer a prova precisam se inscrever.
3 A Organização do Trabalho Pedagógico na Escola Estadual Paranaense
 Autores defendem que o Pedagogo é um profissional que tem o papel de organizar o trabalho pedagógico na escola no que se refere ao planejamento, avaliação e estruturação do Projeto Político-Pedagógico. O Pedagogo, segundo Libâneo, também deve atuar junto aos professores e alunos.
 (...) a atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramentodo seu desempenho na sala de aula (conteúdos, métodos, técnicas, formas de organização da classe), na análise e compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula (LIBÂNEO, 2010, p.61). 
No Estado do Paraná é muito recente a efetivação deste profissional, pois somente em 2004 é que foi realizado concurso público para preenchimento destas vagas, com o objetivo de compor as equipes pedagógicas, hoje presentes nas escolas estaduais. Embora os documentos prescrevam as funções do pedagogo, ainda não há muita clareza.
 Anteriormente não havia uma equipe pedagógica com tais exigências, havia o orientador educacional e a supervisão escolar, porém com funções que atendiam ao contexto político educacional da época. O cargo do Pedagogo era chamado de supervisão escolar. Professores de disciplinas específicas das diversas áreas do conhecimento poderiam ocupá-lo e era também um cargo de confiança, escolhido, indicado pela direção do estabelecimento escolar. Com a aprovação da lei acima, o pedagogo denomina-se professor pedagogo com funções determinadas.
A lei vem corroborar com o reconhecimento e valorização deste profissional da educação, tão importante no processo educativo no âmbito escolar. Importante ressaltar que o pedagogo assume diferentes funções ou denominações conforme a unidade da federação, ou nos sistemas municipais. Na escola pública paranaense o planejamento escolar é composto pela seguinte estrutura: Regimento Escolar; Projeto Político Pedagógico; Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Ação; Plano de Ação Docente, dentre outros. No entanto, na prática, as demandas diárias enfrentadas no chão da escola, nem sempre cooperam para o exercício desta função, bem como as demandas emanadas das mantenedoras. Assim, apresenta-se neste projeto uma breve análise do Regimento Escolar. Previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996). 
O regimento escolar tem a função de normatizar o funcionamento interno do estabelecimento educacional, regulamentar todo o trabalho pedagógico, administrativo e institucional com base nas disposições previamente estudadas e implementadas para cumprimento por todos os envolvidos nas atividades escolares.
 Vários elementos que constituem o trabalho pedagógico sofrem influências do sistema político, econômico e social. Ou seja, a organização do trabalho pedagógico no interior das escolas, nem sempre é resultante de uma prática dialógica e autônoma. De acordo com Freitas, (2000), a escola é território de disputa:
 Há uma tendência para que a função social atribuída à escola capitalista seja transmitida ao seu projeto político pedagógico o qual procura controlar as ações no interior da escola e da sala de aula em meio a tensões, resistências e contradições existentes na disputa pelo controle técnico/político da escola (FREITAS, 2000, p.143). 
A avaliação/objetivos, por exemplo, expressos no projeto político pedagógico, na proposta pedagógica curricular das disciplinas, nem sempre resultam de um pensar pedagógico, um debate crítico e reflexivo tão necessário no processo educativo de ensino e aprendizagem escolar numa perspectiva democrática. No ano de 2011, foi proposto e estabelecido um Caderno de Expectativas de Aprendizagem, (fruto de uma discussão mais aligeirada), o qual contém uma lista de pré-requisitos mínimos que o aluno tem que dominar em cada ano das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. No ano de 2012, foi solicitada às escolas pela mantenedora a elaboração do caderno de gestão denominado de Caderno de Subsídio para Acompanhamento Pedagógico, assim justificado pela SEED: 
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná, em 2011, iniciou na semana pedagógica, em 2011, iniciou na Semana Pedagógica as discussões sobre processos avaliativos e análise de resultados de avaliações externas... Para o ano de 2012, a SEED pretende continuar esse trabalho propondo encaminhamentos para as oficinas dos pedagogos. Para tanto, surge a construção do Caderno de Subsídios contendo reflexões pedagógicas e informações e dados de cada uma das 2530 escolas da Rede Pública Estadual. estas informações e dados contemplam os resultados da Prova Brasil 2005/2007/2009, IDEB 2005/2007/2009, taxas de rendimento escolar de 2007 a 2010, taxas de distorção idade série 2007 a 2010, além de material pedagógico indicando temas e reflexões pertinentes ao processo educativo que podem interferir nos processos de ensino e aprendizagem. (PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Subsídios para Acompanhamento Pedagógico, p.05, 2012).
 Sendo as escolas um espaço marcado também pelas formas de resistência nem todas as escolas produziram. Em 2013, surge o Plano de Ações Descentralizadas (PAD), criado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná. 
Nas semanas pedagógicas, foram disponibilizados instrumentos para compilação de dados das escolas, como: taxas de aprovação, aprovação por Conselho de Classe reprovação e abandono, indicadores importantes para o planejamento.
4 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE OBSERVADA 
Esta pesquisa apresenta dados do ano de 2018. As duas escolas apresentam uma comunidade escolar bastante heterogênea no que tange ao perfil socioeconômico e cultural, isso ocorre pelo fato de atender estudantes provenientes de diferentes bairros.
 4.1 Caracterização do estabelecimento A:
 Oferta Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), Ensino Médio por Blocos, Profissionalizante (Integrado e Subsequente). Oferta também Educação de Jovens e Adultos-EJA, Fase II e III no período noturno. Localizada em um bairro nobre da cidade, atende 2400 alunos. Tem 18 turmas de ensino fundamental, contabilizando neste nível 826 alunos. No ensino médio tem 14 turmas, atendendo 461 alunos. Atende 727 alunos de Educação de Jovens e Adultos, fases I e II. Atende 105 alunos em 06 cursos profissionalizantes. Em relação aos recursos humanos, a escola tem 01 diretor, 01 secretário, 14 pedagogos, 102 professores, 38 agente educacionais. 
4.2 Caracterização do estabelecimento B
O estabelecimento B tem 898 alunos matriculados nos anos finais do ensino fundamental, 522 alunos no ensino médio. Conta com 30 alunos que frequentam sala de recursos multifuncionais. Em relação aos recursos humanos, tem 01 diretor, 10 pedagogos e 02 diretores auxiliares.
4.3 Entrevista com a diretora da escola A 
Segundo a Diretora, a escola organiza-se da seguinte maneira desde 2005: os/as alunos advindos das séries iniciais (rede municipal) que ingressam ao 6º ano, passam por uma avaliação diagnóstica com o instrumento prova, de Língua Portuguesa e Matemática. De posse desses dados, são feitos encaminhamentos para Salas de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática, no contra turno, aos alunos com dificuldade. Os dados também servem de referência para o planejamento e orientação pedagógica. Ficou evidenciado que os critérios adotados na Prova Brasil interferem no planejamento escolar. Por exemplo, com relação ao SAEP e com o PAD, a escola recebe um caderno com os resultados e planejamento de ações, ao qual é dado prioridade também. Porém, em 2013 em função da criação e aplicação do SAEP para o 6º ano, a escola não aplicou a avaliação própria, e sim a externa. A partir dos dados obtidos os trabalhos foram direcionados. Para o 9º ano, os conteúdos deram ênfase aos descritores. Foram realizados 06 simulados para verificar a aprendizagem destes conteúdos e, a partir deste diagnóstico, realizar as intervenções pedagógicas para superar as defasagens. 
4.5 Entrevista com a diretora da Escola B
 Segundo a diretora do colégio B, os professores dos sextos anos percebem defasagens nos alunos nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática. Os alunos com dificuldades nestas disciplinas são encaminhados para as Salas de Apoio, no contra turno. Para o 9º foi realizado simulado, no intuito de prepará-los para responder provas com gabarito, para verificar a aprendizagem e realizaras possíveis intervenções pedagógicas.
TABELA 01 – ATUAÇÃO NA ESCOLA/PARTICIPAÇÃO DA ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES/PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO DE APLICAÇÃO DA PROVA BRASIL DO 9º ANO 
	TÓPICOS
	PEDAGOGO 01
	PEDAGOGO 02
	PEDAGOGO 03
	PEDAGOGO 04
	ATUAÇÃO NA ESCOLA
	Possui 20 anos de profissão, 03 anos na rede estadual. Há dois anos trabalha na Escola B.
	02 anos indo para o terceiro na escola A
	10 anos na Rede Estadual, 03 anos na escola B.
	02 anos e meio na Rede Estadual, 06 meses na escola B.
	CONHECIMENTO E PARTICIPAÇÃO NA ELABORAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR E DO PPP
	Não participou da elaboração, mas fez análise
	Não participou da elaboração dos dois documentos, porque as produções são divididas por período, cada período fica com a responsabilidade de elaborar um documento, depois é analisado e conhecido por todas as pedagogas.
	Participou da reformulação do Regimento Escolar e participa a cada semestre da análise e realimentação do Projeto Político Pedagógico.
	Não participou da elaboração e nem da análise durante a semana pedagógica do início do ano letivo na escola B, porque só assumiu a função na escola em março de 2014.
TABELA 02 - PARTICIPAÇÃO NA APLICAÇÃO DA PROVA BRASIL DO 9º ANO
	 PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO DA 
	APLICAÇÃO DA PROVA BRASIL DO 9º ANO
	PEDAGOGO 01
	Sim. Seleciona as turmas e na correção dos gabaritos (Olimpíadas de Matemática). Orientação aos professores. Pergunta se os alunos fizeram simulados no ano de Prova Brasil. Sim 02 simulados. Perguntei qual era o objetivo dos simulados. A pedagoga disse que era pra se preparar melhor pra prova, questão de concentração em relação ao preenchimento dos gabaritos. Como deveriam agir na hora da prova. Segundo a pedagoga questão de aprendizagem mesmo.
	PEDAGOGO 02
	Acompanhei. Na última prova Brasil acompanhei todo o processo. Na distribuição do Trabalho Pedagógico da escola você ficou com o acompanhamento dos 9º anos? Sim. Daí assim foi um trabalho de conscientização também da importância. Porque o aluno que estuda no período da tarde, ele não gosta de vir de manhã pra escola. Ele tem uma dificuldade. Foi um trabalho bem difícil. Você tem que convencê-lo que precisa frequentar a sala de apoio. O acordar cedo pra ele é bem difícil. Foi um trabalho bem intenso com esses alunos. A mesma coisa com os alunos da manhã, “eu já estudo de manhã, pra quê preciso ir a tarde?”. Então assim, aproveita essa oportunidade. A mentalidade que eles têm da sala de apoio é que sala de apoio é pra aquele aluno que não sabe. Aquele aluno que não aprendeu. Não é só pra isso. Na verdade é para aquele aluno que está aprendendo naquele momento. Então o professor pode voltar um pouquinho e dizer é assim. Nós percebemos o gradativo progresso, até no sentido da diminuição da evasão, reprovação. Então os alunos dos nonos anos como foi feito esse trabalho eles foram muito bem. Fez a diferença. Não só voltado a avaliação externa. O Trabalho ano dessa avaliação é um pouco mais intenso. Mas o simulado, aqui no colégio... Tem todos os anos. Ele existe além dos anos de prova Brasil e SAEP. Os professores cobram trabalham produção de texto com os alunos. Do 6º ao 8º ano, os alunos tem caderno de redação. No 9º ano tem uma ficha (espécie de formulário) para que o aluno tenha noção de quantas linhas devem ser usadas. Os professores já avaliam se teve coerência ou não. Se ele colocou título. O professor corrige e devolve para o aluno. Como são 05 aulas... Uma produção textual a cada mês, o professor consegue trabalhar e avaliar. Uma pena que esse ano não tenha sala de apoio. Nós trabalhamos neste sentido. Mas nós já conseguimos conscientizá-los de que no Ensino Médio devem ter outra postura. Sendo mais cobrados, num ritmo acelerado. Existe um acompanhamento da avaliação escrita.
	PEDAGOGO 03
	Sim, acompanho. Naquele ano, tivemos que trabalhar muito com a sala de apoio. Nosso trabalho ficou focado nisso, para que o aluno venha, para que o aluno participe. Não se evada. Nós focamos o nosso trabalho naquele ano pro nono ano. Para que o aluno vá bem, na prova. Acaba interferindo nisso nosso trabalho, manipulando, não seria essa a palavra, mas focando nisso. Esse trabalho de acompanhamento ocorre em todas as turmas, mas nesse ano foi intensificado.
	PEDAGOGO 04
	Sim. Minha participação foi na distribuição das provas, organização, nas orientações com professores numa forma mais geral. Não especificamente dentro de sala.
TABELA 03- OPINIÃO SOBRE A AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA BASEADAS EM TESTES PADRONIZADOS
	 OPINIÃO SOBRE RELAÇÕES ENTRE GESTÃO 
	ESCOLAR E AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA
	PEDAGOGO 01
	Eu acredito que sim. Tudo que vem a mais... Exatamente agora estou envolvida com a Olimpíada de Matemática... “Tem que sentar, selecionar turmas, organizar... Poderia fazer outras coisas mas não posso, por exemplo atender os alunos em relação ao Conselho de Classe.
	PEDAGOGO 02
	Influenciam sim. Você organiza esse trabalho pedagógico de avaliação em larga escala com o nono ano. Então no início do ano os professores sentaram e analisaram os dados e fizeram um projeto. A partir do IDEB e da Prova Brasil, os professores fizeram projetinhos para trabalharem de alguma forma. Abaixo do desejado elevado eles analisaram. Os resultados do SAEP vieram mais detalhados. Assim os professores puderam analisar os dados e a partir daí desenvolver um trabalho com os alunos que apresentaram baixo desempenho relacionado aos descritores de 6º ano e 9º ano com os alunos.
	PEDAGOGO 03
	A gente desempenha mais do que as nossas funções como pedagoga na escola. “Como Bombril 1001 funções na escola”. Desde professor substituto a Assistente Social, várias funções que a gente tem que desempenhar por conta das necessidades da escola. Tendo que desempenhar vários papéis na escola. É uma rotina discutir dados do IDEB nas semanas pedagógicas, avaliarmos os resultados da nossa escola. É uma prática da nossa escola. Não posso dizer pelas nossas escolas como é feito esse trabalho. Mas aqui na escola é uma rotina. Estramos discutindo porque tivemos esse resultado e ações que temos que desempenhar a partir disso. Como já falei a gente acaba tendo que desempenhar outras funções por conta das demandas impostas a escola. Por exemplo, nosso papel seria a mediação do processo ensino aprendizagem entre aluno e professor e muitas vezes a gente tem que ficar focando o nosso papel para um bom desempenho nessas provas. Não nesse papel de mediação, porque a escola tem que ir bem nessa avaliação, até porque para o Estado ter um bom resultado, ter um bom investimento de organismos que estão envolvidos com essa avaliação... Penso que não isso o foco da escola, muitas vezes essas avaliações eles preparam os alunos pra fazer a prova. O aluno é bom pra fazer aquela a prova, o aluno não é bom em todo o processo de ensino aprendizagem. A escola muitas vezes foca treina o aluno pra tá desempenhando essa prova, pra tá preenchendo corretamente questionário e acaba esquecendo o real papel dela (escola) no processo de ensino aprendizagem. Isso interfere no nosso trabalho, claro. A gente acaba envolvida nesse treinamento. As demandas As demandas, eu não sei te dizer se aumentaram ou se desvirtuaram, acabaram por modificar o papel do pedagogo. A gente deveria estar mediando esse processo. Mediando esse processo de ensino de ensino e aprendizagem. Possibilitando um bom rendimento escolar no final do ano. Principalmente nos anos de Prova Brasil a gente foca num bom resultado na avaliação e não na aprendizagem. O foco não no sucesso do processo de ensino e aprendizagem e sim no sucesso da prova. Ou seja, seria um treinamento para aquela prova. Não posso afirmar que seria em todas as escolas, mas a gente observa que na maioria das escolas, isso é feito. Os esforços são para que a escola vá bem
	PEDAGOGO 04
	Não. Não interferem porque os professores já trabalham durante o ano letivo preparando o aluno para que também se adapte a avaliação. O que interfere é no dia realmente.Que a gente precisa remanejar professor; Criar um horário específico; No dia que interfere mesmo. Uma coisa assim que é pontual.
As pedagogas entrevistadas, todas com formação em Pedagogia e Pós graduação, afirmam não terem tido uma formação específica sobre a temática da avaliação em larga escala. Também afirmam que a autonomia no desempenho de suas funções é relativa. As pedagogas têm autonomia relativa no desempenho de suas funções, ou seja, na organização do trabalho pedagógico no interior das escolas, já que estas funções são desencadeadas a partir das demandas emanadas da mantenedora. Embora cada escola tenha sua realidade escolar, o currículo, o calendário, os ritmos são mais ou menos padronizados, cabendo a cada escola adequar-se. Assim as demandas emanadas da mantenedora em relação às avaliações em larga recebem mais ênfase ou não dependendo da gestão da escola. Um fato marcante é o de haver pedagogo para atender especificamente os nonos anos e as demandas decorrentes da realização da Prova Brasil.
 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Mesmo no colégio, onde não há um trabalho intensivo para melhoria dos índices, focado nas avaliações externas, verifica-se nas observações preliminares que a aplicação das avaliações em larga escala interfere diretamente na organização do trabalho pedagógico, pois devido à ênfase no controle do Estado seja, Federal, Estadual o Municipal, aumentam as demandas pedagógicas no interior das escolas. Demandas ampliadas para dar conta das sistematizações e cumprimento das metas estabelecidas pelo mantenedor ou até organismos internacionais a fim de melhorar os índices. Conforme constatação do Joint Commitee on Standards for Educational Evaluation (1981), "a avaliação é parte inevitável de todo empreendimento humano", citado por CARDOSO (1999). Porém, a questão é: a quem cabe avaliar? Ao Estado cabe a função de Executor (seja na esfera municipal, federal ou estadual). No entanto, nesta atual conjuntura, o Estado assume o papel de Avaliador eximindo-se cada vez mais de sua função primordial. Entende-se que avaliar implica em confrontar dados e atribuir juízo de valor, mas não apenas informar. 
Em uma perspectiva emancipatória, democrática de avaliação da aprendizagem escolar, avaliar é diagnosticar, analisar e realizar intervenção didática pedagógica essencial no processo de ensino aprendizagem. No entanto, o objetivo das avaliações em larga escala diverge deste pressuposto, ao coletar dados e informar, mapear, ao fazer um ranking das escolas, atrelando qualidade da educação aos escores obtidos nos testes padronizados. Tem-se como hipótese, a ser confirmada em pesquisas posteriores, que as avaliações em larga escala provocam estreitamento curricular, tensão, competição entre escolas e professores, estimulando nos pais a seleção de uma ou de outra escola, contrariando a proposta de educação de qualidade para todos.
6. REFERÊNCIAS
 ANDRÉ, T. C. Prova Brasil de Língua Portuguesa e Educação Mínima: Uma Leitura a Partir da Psicologia Histórico Cultural. XI HISTEDBR, Cascavel/PR. 2013 
BRASIL. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação: Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008. 
BRASIL. Ministério da Educação. Avaliação da educação básica. Ensino fundamental. Matemática. Brasília: MEC, SEB; Inep, 2008.
 BRASIL. Ministério da Educação. Projeto de Lei: O PNE 2011-2020: Metas e Estratégias. Brasília: MEC, 2010. Disponível na internet . Acesso em: 12/08/2018. BRASIL. 
Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação-PNE. Portal do MEC. Disponível em: . Acesso em: 29/10/2018. 
CARDOSO, ABÍLIO. Os Enunciados de Testes Como Meios de Informação Sobre o Currículo. In ESTRELA, ALBANO e NÓVOA, ANTONIO (org.) Avaliações em educação: Novas Perspectivas. p.18. Porto, Portugal. Ed. Porto, 1999. 
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