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Tecnologias Assistivas - Políticas Educacionais UNIVESP

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Curso: Licenciatura em Pedagogia (2° semestre) 
Polo: Limeira 
 
 
 
 
 
Tecnologias assistivas, legislação e minorias sociais 
Disciplina: 
Políticas Educacionais e Estrurura e Organização da Educação Básica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limeira - SP 
Setembro de 2018 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologias assistivas, legislação e minorias sociais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado para a disciplina de Políticas Educacionais 
e Estrurura e Organização da Educação Básica, no curso de 
Lincenciatura em Pedagogia da Universidade Virtual do estado de 
São Paulo 
Eaborado por: 
Samira Carolina do Prado – RA: 1814666 
Limeira – SP. 
 
3 
 
ÍNDICE 
 
Introdução........................................................................................................................5 
Definição...........................................................................................................................8 
A educação inclusiva no Brasil......................................................................................10 
As Tecnologias Assistivas no Brasil.............................................................................15 
Conclusão.......................................................................................................................26 
Referências.....................................................................................................................28 
 
 
ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS 
 
Figura 1: Passos para atingir a cidadania plena...........................................................6 
Figura 2: Quadro de acessibilidade educação................................................................7 
Figura 3: Quadro de portadores de deficiências matriculados nas escolas................10 
Figura 4: Matrículas de pessoas deficientes no ano de 1998.......................................10 
Figura 5: Matrícula de alunos necessidades especiais que se matricularam na rede 
regular de entre 1998 e 2003..........................................................................................12 
Figura 6: Número de alunos com necessidades especiais matriculados em Escolas 
Especiais vem caindo.....................................................................................................13 
Tabela 1: Mais algumas leis e decretos formalizados para melhoria da inclusão no 
país..................................................................................................................................13 
Figura 7: Novo símbolo da acessibilidade...................................................................13 
Tabela 2: Leis, decretos e portarias sobre as Tecnologias Assistivas ......................15 
Figura 8: Quadro de metas do Programa Viver sem Limites....................................15 
Figura 9: Símbolos da acessibilidade............................................................................17 
Figura 10: Adaptador de lápis para criança.................................................................17 
4 
 
Figura 11: Bengala para deficiente visual....................................................................18 
Figura 12: Lápis adaptados para melhor preensão e manuseio do material em 
sala............................................................................................................................19 
Figura 13: Colher adaptada para criança. Traz conforto e firmeza durante as 
refeições..........................................................................................................................20 
Figura 14: Colher com fixador de mão em tira, ele se encaixa nos cabos dos talheres 
comuns, facilitando a alimentação de adultos, há também em tamnho menor para 
objetos menores..............................................................................................................20 
Figura 15: Prancheta adaptada para facilitar a leitura dos textos apresentados em 
sala...................................................................................................................................20 
Figura 16: Atividade de alfabetização diferenciada, bingo das letras e palavras, 
trabalhada em sala de recursos....................................................................................21 
Figura17: Cadeira especial com apoiador de cabeça interligado com o 
computador....................................................................................................................21 
Figura 18: Acessibilidade para cadeirante em piscina..............................................21 
Figura 19: Aluna utilizando soroban para resolver cálculos na aula de 
matemática.....................................................................................................................22 
Figura 20: Reglete – punção para escrita em braile....................................................22 
Figura 21: Soroban........................................................................................................23 
Figura 22: Cartaz do Programa Viver sem Limites quanto ao financiamento de 
produtos para portadores de necessidades especiais...................................................25 
 
 
 
5 
 
Introdução 
 
O presente trabalho vem com a proposta de entendimento entre as leis sobre 
inclusão e as medidas tecnológicas que são utilizadas para que essa inclusão aconteça de 
fato. 
Desde a lei criada no império sobre as Escolas de Primeiras Letras, em 15 de 
outubro de 1827, a educação inclusiva é pauta constante no tocante à educação pública 
no país. 
Já que a criança nasce e os pais recebem a notícia de que o filho possui uma 
deficiência, seja ela de que tamanho/grau for, um mundo novo, sobre o que já seria novo, 
se instala. Muitas dúvidas, questões internas, os porquês de como agir, o que fazer, como 
entender. (MACIEL,2000) 
Desde os tempos passados a família sabia que enfrentaria muitos desafios pela 
frente, as dificuldades iam aumentando com o passar do tempo, o acesso era muito 
limitado, as escolas eram escassas e não atendiam por completo as necessidades da 
criança. Com a chegada da idade escolar as circunstancias tornavam-se ainda mais cheias 
de dúvidas e dificuldades. 
A criança era, em um primeiro momento, assistida, mas não educada de fato, 
mesmo sendo explanada a necessidade de integração e escolarização de tais alunos. A 
educação inclusiva passou por muitas mudanças desde sua criação e implantação, a 
princípio com caráter segregador, onde os alunos eram dirigidos às escolas específicas 
sem contato com os alunos “normais”. Depois de muita luta dos pais e das autoridades 
competentes, os alunos foram inseridos nas escolas comuns, mas ainda em ambientes 
separados dos demais, mais lutas e discussões à frente, eles (alunos) foram incluídos no 
ambiente escolar como parte desse ambiente, como prevê o recente documento “Política 
Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva” (BRASIL, 2008) 
que expõe: 
 
 
 
 
 
 
 
...o movimento mundial pela inclusão é uma ação política, cultural, social e 
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, 
aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva 
constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos 
humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que 
avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias 
históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (p. 4) 
6 
 
Ao abordarem o tema, Araújoe Fernandes (2011), trazem a necessidade e a 
importância se incluir uma criança no contexto escolar: 
 
Quanto às escolas, estas têm o comprometimento de promover e dispor tecnologias de 
apoio personalizadas às necessidades individuais de cada criança e/ou jovem com 
deficiências. Com o apoio das novas tecnologias, estes poderão ter acesso às mesmas 
oportunidades educativas que os restantes colegas, desenvolvendo a sua autonomia e a 
expressão das suas capacidades. 
 
Figura 1: Passos para atingir a cidadania plena 
 
Fonte http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/tag/educacao-inclusiva/page/2. Acesso em 19/09/018 
 
Segundo a OMS, uma em cada 7 pessoas no mundo vivem com algum tipo de 
deficiência, cerca de 1 bilhão de pessoas, estima-se que cerca de 45 milhões delas estejam 
no Brasil, onde 20%, do total mundial, estão entre as mais pobres do mundo e 50% do 
total mundial não conseguem pagar por tratamentos, vivendo em condições de risco – as 
meninas são as mais vulneráveis e somente 32% delas concluem o ensino primário nos 
países em desenvolvimento. Esses números mostram o quanto a legislação necessita 
avançar em termos de inclusão. 
Os números de crianças portadoras de algum tipo de deficiência vêm aumentando 
nas escolas públicas do país, principalmente porque os pais estão buscando seus direitos 
e os direitos de seus filhos, especialmente nos últimos anos. 
Figura 2: Quadro de acessibilidade educação 
 
 
7 
 
Fonte http://criancaesperanca.globo.com/platb/infancia-e-juventude-no-brasil/category/acessibilidade, acesso em 
19/09/2018 
Como um país pode incluir, de fato, um aluno com necessidades especiais dentro 
do ambiente escolar com sucesso? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Definições: 
 
Deficiência (s.f.): 
1. Imperfeição, falta, lacuna. 
2. [Medicina] Deformação física ou insuficiência de uma função física ou mental. 
(Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) 
Deformação física ou insuficiência de uma função física ou mental. (Fonte: Dicionário 
Aurélio) 
Em 2006 a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência das Nações Unidas 
(CDPD) define pessoas com deficiência como: 
 
Já para a OMS: “a deficiência é complexa, dinâmica, multidimensional e questionada” 
(OMS, 2011). 
Incluir (v. tr. e pron. | v. tr.) 
1. Pôr ou estar dentro. = ENCERRAR, INSERIR 
2. Inserir num ou fazer parte de um grupo. verbo transitivo 
3. Abranger, compreender, conter. 
5. [Figurado] Envolver, implicar. 
 
Iclusão (s.f.) 
1. Ato ou efeito de incluir. 
2. Existência de uma coisa ou substância dentro de outra. 
3.[Medicina] Corpo estranho no citoplasma de uma célula (ex.: inclusões intracelular- 
res) 
 
Maria Teresa Eglér Mantoan, professora da Faculdade de Educação da 
Universidade Estadual de Campinas, define inclusão como: 
 
 
 
Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo 
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em 
interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena 
e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais 
pessoas. (Nações Unidas, 2006). 
9 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia Assistiva segundo o site Assistiva – tecnologia e educação: 
 
 
 
 
 
 
 
A Subsecretaria Nacional de Promoção dos direitos da Pessoa com Deficiência 
(SNPD), define Tecnologia Assistiva da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, 
ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas 
diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, 
sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os 
que têm comprometimento mental, para os superdotados, para 
as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer 
outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no 
cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não 
conhecemos, já inclusão é estar com, é interagir com o outro.” 
(Nova Escola, maio 2005) 
É um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal 
de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou 
ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e 
consequentemente promover Vida Independente e Inclusão. 
É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, 
serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para 
minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com 
deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: 
Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995). 
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de 
característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, 
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam 
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e 
participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou 
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, 
qualidade de vida e inclusão social. (ATA VII - Comitê de 
Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para 
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - 
Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da 
República) 15 (SEDH, 2009), (CAT, 2006). 
10 
 
A educação inclusiva no Brasil: Leis e implementações 
 
Em 1989, foi editada a Lei nº 7.853, que dispõe sobre o apoio às pessoas com 
deficiência, sua integração social, e sobre a Coordenadoria Nacional para a Integração da 
Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE em 2003 sendo vinculada à pasta de Direitos 
Humanos e em 2010 passou a ser Secretaria Nacional. 
Em 1994 o Ministério da Educação (MEC) cria uma portaria para que os cursos 
de, prioritariamente, Pedagogia, Psicologia e em todas as Licenciaturas a disciplina de: 
“ASPECTOS ÉTICO-POLITICOEDUCACIONAIS DA NORMALIZAÇÃO E 
INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA DE NECESSIDADES ESPECIAIS”, 
prevendo que os docentes sejam capacitados plenamente para ensinar os alunos 
portadores de deficiência de maneira concreta e válida, ano em que também foi assinada 
a Declaração de Salamanca. Documento este que norteia os estudos e bases legais que 
visam a melhoria da educação para a criança portadora de necessidades especiais. Este 
documento também ampliou os horizontes com relação ao tema, abrangendo uma gama 
de situações antes não consideradas como tal e visa o respeito aos interesses, habilidades 
e necessidades de cada criança e a diversidade. 
Crianças com necessidade especiais temporárias, que moram longe das escolas, 
que não conseguem absorver da escola tudo que pode oferecer são alguns dos novos 
parâmetros apresentados na Declaração. 
A Declaração prevê ainda que sejam esgotados os esforços para que isso ocorra, 
e que os investimentos monetários destinados à essa área tenham prioridade, incluindo a 
formação de profissionais capacitados para atender plenamente a comunidade abrangida 
por tal documento. 
Mais tarde a legislação brasileira prevê a educação inclusiva para os alunos 
portadores de necessidades especiais na LBD de 1996 que diz: 
 
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação 
escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de 
necessidades especiais. 
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as 
peculiaridades da clientela de educação especial. 
§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre 
que, em função das condições específicasdos alunos, não for possível a sua integração nas classes 
comuns do ensino regular. 
11 
 
§3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de 
zero a seis anos, durante a educação infantil. 
Art. 59 . Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: 
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às 
suas necessidades; 
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão 
do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor 
tempo o programa escolar para os superdotados; 
III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento 
especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses 
educandos nas classes comuns; 
IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, 
inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho 
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que 
apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; 
V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o 
respectivo nível do ensino regular. 
Art. 60 . Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização 
das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação 
especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder público. 
Parágrafo único. O poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do 
atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, 
independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. (BRASIL. LEI Nº 9.394 de 20 
de dezembro de 1996 LEI Nº 9394/96. ART. 58 a 60) 
 
A Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, aprova o Plano Nacional de Educação. 
O capítulo 8 do PNE fala sobre a Educação Especial. Este documento traz um diagnóstico 
e traça as diretrizes, objetivos e metas para os próximos 10 anos. 
Em 2004, o Decreto nº 5.296, chamado de decreto da acessibilidade, regulamentou 
duas leis federais Lei nº 10.048 e Lei nº 10.098, o que abrangeu mais segmentos como: 
mobiliários, equipamentos urbanos, prédios públicos, serviços de transporte, sistemas e 
meios de comunicação e informação. 
São as leis e decretos que garantem os direitos da pessoa portadora de deficiência 
e por meio deles é que o país avança em direção a uma educação igualitária e efetiva para 
todos. 
A legislação brasileira em muito tem avançado para que a inclusão seja feita de 
maneira homogênea e eficaz, mas não adiantam leis e decretos estarem no papel e não 
serem cumpridos na prática. 
12 
 
Órgãos fiscalizadores atuam rigorosamente para que as leis sejam cumpridas, 
ainda mais em um país onde as pessoas não respeitam nem as vagas de estacionamento 
específicas. 
As escolas inclusivas têm como principal objetivo acolher, integrar e incluir as 
crianças independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais e emocionais. Não 
segregando ou discriminando nenhuma delas. Aos portadores de deficiências e/ou seus 
responsáveis cabe a informação, às unidades escolares de suas necessidades, para que elas 
sejam atendidas e sanadas e a sociedade e ao poder público cabe implementar recursos e 
ações que integrem esse indivíduo/aluno ao ambiente de convivência comum. (Aranha, 
2010) 
Figura 3: Quadro de portadores de deficiências matriculados nas escolas 
 
Fonte http://criancaesperanca.globo.com/platb/infancia-e-juventude-no-brasil/category/acessibilidade. Acesso em 
19/09/2018 
 
Figuras gráficas sobre a evolução das matrículas de crianças portadoras de 
deficiências nas escolas: 
 
Figura 4: Matrículas de pessoas deficientes no ano de 1998 
 
Fonte http://www.ebah.com.br/content/ABAAAArhsAG/inclusao-a-escola-esta-preparada-ela, acesso em 20/09/2018 
 
Figura 5: Matrícula de alunos necessidades especiais que se matricularam na rede 
regular de entre 1998 e 2003 
13 
 
 
Fonte http://www.ebah.com.br/content/ABAAAArhsAG/inclusao-a-escola-esta-preparada-ela, acesso em 20/09/2018 
 
Figura 6: Número de alunos com necessidades especiais matriculados em Escolas 
Especiais vem caindo 
 
Fonte http://www.ebah.com.br/content/ABAAAArhsAG/inclusao-a-escola-esta-preparada-ela, acesso em 20/09/2018 
 
Tabela 1: Mais algumas leis e decretos formalizados para melhoria da inclusão no 
país 
 
Lei Do que trata 
 
11.133, de 14.07.2005 Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoa 
Portadora de Deficiência. 
11.126, de 27.06.2005 Dispõe sobre o direito do portador de deficiência 
visual de ingressar e permanecer em ambientes de 
uso coletivo acompanhado de cão-guia. 
10.877, de 04.06.2004 Altera a Lei no 7.070, de 20 de dezembro de 1982, 
que dispõe sobre pensão especial para os 
deficientes físicos que especifica. 
10.845, de 05.03.2004 Institui o Programa de Complementação ao 
Atendimento Educacional Especializado às 
Pessoas Portadoras de Deficiência, e dá outras 
providências. 
10.436, de 24.04.2002 Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras 
e dá outras providências. 
10.098, de 19.12.2000 Estabelece normas gerais e critérios básicos para a 
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras 
de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá 
outras providências. 
09.144, de 08.12.1995 Prorroga a vigência da Lei nº 8.989, de 24 de 
fevereiro de 1995, que dispõe sobre isenção do 
14 
 
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI na 
aquisição de automóveis para utilização no 
transporte autônomo de passageiros, bem como 
por pessoas portadoras de deficiência física, e dá 
outras providências 
Lei nº 8.859/94 Modifica dispositivos da Lei nº 6.494, de 7 de 
dezembro de 1977, estendendo aos alunos de 
Ensino Especial o direito à participação em 
atividades de estágio 
Artigo 205 da Constituição Federal de 1988 A educação, direito de todos e dever do Estado e 
da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. 
Artigo 6 da Constituição Federal de 1988 Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção 
à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, 
de 2015) 
 
Decreto 
 
 
Do que trata 
Decreto Nº 7.612, de 17 de novembro de 2011 Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa 
com Deficiência - Plano Viver sem Limite. 
Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004-
DOU de 03/122004. 
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a 
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras 
de deficiência ou com mobilidade reduzida 
Decreto Nº 3.956, de 08 de outubro de 2001 Promulga a Convenção Interamericana para a 
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação 
contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. 
DECRETO N° 3.298, de 20 de dezembro de 1999. 
Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 
1989 
Dispõe sobre a Política Nacional para a Integração 
da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as 
normas de proteção, e dá outras providências. 
DECRETO Nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre o atendimento educacionalespecializado 
 
Quando uma criança portadora de necessidades especiais chega em uma escola 
comum, o choque cultural é notório, muitas crianças se afastam por não conhecerem, 
outras por medo, outras por insegurança, mas aos pouco esta convivência vai sendo 
mediada e facilitada por professores e pelos profissionais da escola afim de incluírem a 
criança na comunidade escolar e no cotidiano de maneira natural e saudável, como prevê 
a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2008), em seu artigo 7° 
parágrafo 3: 
 
 
 
 
 
Os Estados Partes assegurarão que as crianças com deficiência tenham 
o direito de expressar livremente sua opinião sobre todos os assuntos 
que lhes disserem respeito, tenham a sua opinião devidamente 
valorizada de acordo com sua idade e maturidade, em igualdade de 
oportunidades com as demais crianças, e recebam atendimento 
adequado à sua deficiência e idade, para que possam exercer tal direito. 
15 
 
As Tecnologias Assistivas no Brasil: Leis e uso 
 
 
Para a maioria das pessoas a tecnologia torna as coisas mais fáceis... 
Para pessoas com deficiências, no entanto, a tecnologia torna as coisas possíveis. (Mary P. Radabough, 
1990) 
 
Figura 7: Novo símbolo da acessibilidade 
 
 
Fonte http://desenvolver-rs.com.br/4015/educacao/novo-simbolo-de-acessibilidade-e-anunciado-pela-onu/, acesso em 20/09/2018 
 
O termo Assistive Technology (AT), traduzido no Brasil como Tecnologia 
Assistiva (TA), foi criado em 1988 dentro da legislação norte-americana conhecida como 
Public Law 100-407 e foi renovado em1998 como Assistive Technology Act de 1998 (P.L. 
105-394, S.2432)12, (Sassaki, 1996), outros termos também já foram utilizados para 
referir-se às TAs como: Ajudas técnicas e Tecnologia de Apoio. 
Tabela 2: Leis, decretos e portarias sobre as Tecnologias Assistivas 
Leis e Decretos Do que trata 
Decreto nº 3.298 de 20 de Dezembro de 1999 
 
Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 
1989, dispõe sobre a Política Nacional para a 
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 
consolida as normas de proteção, e dá outras 
providências. 
DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 
2004. 
Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de 
novembro de 2000, que dá prioridade de 
atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, 
de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas 
gerais e critérios básicos para a promoção da 
acessibilidade das pessoas portadoras de 
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá 
outras providências. 
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 
CAPÍTULO III DA TECNOLOGIA ASSISTIVA 
Art. 74. 
16 
 
TÍTULO IV DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA Art. 
77. 
Decreto 7.611/2011 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento 
educacional especializado e dá outras 
providências. 
Portaria nº13/2007 Dispõe sobre a criação do "Programa de 
Implantação de Salas de Recursos 
Multifuncionais" 
 
As Tecnologias Assistivas (TAs) trazem em seu cerne o objetivo principal de 
facilitar a vida cotidiana das pessoas portadoras de necessidades especiais, fazendo com 
que tenham independência, inclusão social e mais qualidade de vida. 
A criança sobretudo é a mais necessitada e também a mais beneficiada pelas TAs, 
pois elas atuam de maneira muito específica na formação da criança-cidadã, fazendo com 
que ela sinta-se incluída na sociedade da qual faz parte. 
Com este novo cenário escolar as instituições precisaram, e precisam, adaptar-se para o 
recebimento desses alunos sem que eles sejam segregados dos demais alunos e é nesse 
novo tempo que Rocha e Miranda (2009, p. 12) afirmam que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT, 2006), através da portaria N° 142, de 
16/11/2006, diz que: 
 
 
 
 
 
Recursos são todos os equipamentos, produtos ou sistemas desenvolvidos para uso pessoa 
de portadoras de deficiência, afim de melhorar a sua capacidade funcional, de 
acessibilidade, aprendizado etc. 
 
A inclusão social como fator fundamental para equidade e 
desenvolvimento da sociedade brasileira, atualmente, requer que os 
educadores estejam, permanentemente, informados sobre os processos 
educacionais e necessidades especiais das pessoas com deficiência e 
das possibilidades das tecnologias da informação e da comunicação 
estarem a serviço da criação e aperfeiçoamento de tecnologias 
assistivas, proporcionando, à pessoa com deficiência maior 
independência, qualidade de vida e inclusão social, através da 
ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, 
habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, 
amigos e sociedade. 
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de 
característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, 
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover 
a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas 
com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua 
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (CAT, 
2006). 
 
17 
 
O programa Viver sem Limites do Governo do Estado trouxe ainda mais benefícios aos 
portadores de necessidades especiais. Vide imagem abaixo: 
Figura 8: Quadro de metas do Programa Viver sem Limites 
 
fonte http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-
description%5D_0.pdf, acesso em 20/09/2018 
 
O Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA), em 
Campinas, foi inaugurado pelo governo em 2012 e ele faz parte do Programa Viver sem 
Limites 
O Centro orienta uma rede de núcleos de pesquisa em universidades públicas, 
articulando e estabelecendo diretrizes para a produção científica e tecnológica no país, 
que funciona como uma incubadora de projetos e produtos, as mais interessantes são 
encaminhadas ao setor empresarial e então podem sair do papel para ganhar vida e ajudar 
quem precisa. 
Figura 9: Símbolos da acessibilidade 
 
Fonte https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/acessibilidade/index.php?p=19663. Acesso 
em 20-09/2018 
 
 
18 
 
 As chamadas Tecnologias Assistivas (TA), assumem um papel de extrema 
importância dentro das instituições e do cotidiano dos alunos e elas abrangem uma 
infinidade de itens e recursos que auxiliam as crianças portadoras de deficiências no seu 
dia a dia escolar, eles podem variar de acordo com a necessidade de cada aluno. 
O fato de ser chamada “tecnologia” não faz com o que o termo fique preso apenas 
na modernidade de softwares e programas operacionais de computadores, o termo 
abrange as mais diversas atitudes que as escolas e seus professores abordam para a melhor 
inserção deste aluno no ambiente escolar, como rampas de acesso (acessibilidade), um 
lápis com estrutura modificada, utensílios para alimentação e afins. 
Sobre acessibilidade Guimarães (2010), aborda o tema da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Adaptador de lápis para criança: 
 
Fonte http://criancaespecial.com.br/tecnologia-assistiva-como-recurso-para-inclusao-escolar/, acesso em 20/09/2011 
 
As TAs devem ser entendidas e utilizadas como um recurso para promover a 
melhora da qualidade de vida do usuário, no caso a criança, e não do profissional que o 
acompanha nessa jornada de aprendizagem. (Bersch, 2008) 
Podem ser observadas no cotidiano de maneira tão comum que muitas vezes as 
TAs passam despercebidas, isto é, é como se fossem extensões de quem as usa, como asbengalas para cegos, e que possuem diferentes para indicar o grau da deficiência. 
 
Acessibilidade é um processo de transformação do 
ambiente e de mudança da organização das atividades 
humanas que diminuem o efeito de uma deficiência. Esse 
processo se desenvolve a partir do reconhecimento social 
de que deficiência é resultante do grau de maturidade de 
um povo para atender os direitos individuais de cidadania 
plena. 
19 
 
Figura 11: Bengala para deficiente visual 
 
Fonte https://facilitandoacessibilidade.wordpress.com/tag/visao-subnormal/, acesso em 20/09/2018 
 
Sobre o contexto de inclusão escolar, Maciel (2000, p.22), aborda o fato da 
seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
Para que o aluno tenha um acesso concreto à educação, cabe ao professor ficar 
atento às necessidades básicas deste aluno, pois nem sempre a tecnologia do software vai 
garantir seu bem-estar em sala de aula, facilitadores simples podem causar grandes 
impactos na vida escolar do aluno. 
O professor mais que nunca precisa estar alerta sobre as mudanças no público de 
sua instituição de ensino, pois ele sendo cada vez mais diversificado, como prevê a lei, 
exigirá dele, principalmente, e do restante dos profissionais das escolas, um esforço maior 
na busca das tecnologias que possam facilitar a aprendizagem de seus alunos e a inclusão 
dos mesmos no ambiente em que estão sendo inseridos. 
As TAs devem ser facilitadoras do momento de aprender do aluno e quanto mais 
abordadas forem as TAs mais modificações poderão ser feitas para facilitar o aprendizado 
do aluno, muitas delas com custo quase zero para as instituições. Um lápis embrulhado 
em E.V.A. o torna mais firme nas mãos de alunos com paralisias, um livro preso por fitas 
adesivas nas carteiras, facilitam a leitura dos textos apresentados, um copo com canudo 
mais longo, facilita na hora da hidratação e uma outra infinidade de possiblidades. 
A inclusão escolar, fortalecida pela Declaração de Salamanca, no 
entanto, não resolve todos os problemas de marginalização dessas 
pessoas, pois o processo de exclusão é anterior ao período de 
escolarização, iniciando-se no nascimento ou exatamente no momento 
em aparece algum tipo de deficiência física ou mental, adquirida ou 
hereditária, em algum membro da família. Isso ocorre em qualquer tipo 
de constituição familiar, sejam as tradicionalmente estruturadas, sejam 
as produções independentes e congêneres e em todas as classes sociais, 
com um agravante para as menos favorecidas. 
20 
 
A seguir exemplos de alguns facilitadores para a vida cotidiana dos alunos: 
Figura 12: Lápis adaptados para melhor preensão e manuseio do material em sala 
de aula: 
 
Fonte http://umolharparaasdiferencas.blogspot.com/2012/05/fotos-de-engrossadores-de-lapis-para.html. Acesso em 
20/09/2018 
 
Figura 13 Colher adaptada para criança. Traz conforto e firmeza durante as 
refeições: 
 
Fonte http://www.clinicadesenvolvimento.com.br/novo/tratamentos/Orteses-e-Tecnologia-Assistiva-http:--
clinicadesenvolvimentohumano.blogspot.com.br-/16/, acesso em 20/09/2018 
 
Figura 14: Colher com fixador de mão em tira, ele se encaixa nos cabos dos 
talheres comuns, facilitando a alimentação de adultos, há também em tamnho menor para 
objetos menores: 
 
21 
 
Fonte TV Reab https://www.youtube.com/watch?v=Ts6bFjsbMjo, acesso em 21/09/2018 
 
 Figura 15: Prancheta adaptada para facilitar a leitura dos textos apresentados em 
sala 
 
Fonte http://elianelucio.blogspot.com/2012/10/alguns-materiais-de-tecnologia.html, acesso em 21/09/2018 
 
 Figura 16: Atividade de alfabetização diferenciada, bingo das letras e palavras, 
trabalhada em sala de recursos: 
 
 Fonte https://jus-tecnologias-edu.blogspot.com/search/label/Atendimento%20Educacional%20Especializado, acesso em 
21/09/2018 
 
Figura17: Cadeira especial com apoiador de cabeça interligado com o 
computador: 
 
22 
 
 
Fonte https://facilitandoacessibilidade.files.wordpress.com/2015/04/tecnologia-assistivapg.jpg, acesso em 20/09/2018 
Figura 18: Acessibilidade para cadeirante em piscina 
 
Fonte: https://poolrescue.com.br/blog/acessibilidade-para-deficientes-fisicos-em-piscinas-como-
implantar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost, acesso em 21/09/2018 
Figura 19: Aluna utilizando soroban para resolver cálculos na aula de matemática 
 
 
Fonte: Arquivo pessoal – setembro 2018 
 
 
23 
 
Figura 20: Reglete – punção para escrita em braile 
 
Fonte: Arquivo pessoal – setembro 2018 
Figura 21: Soroban 
 
Fonte: Arquivo pessoal – setembro 2018 
Bersch (2008), também faz uma análise: 
 
 
 
 
 
 
Quando uma criança em fase escolar passa a contar com o apoio das TAs, ela 
deixa de simplesmente frequentar a escola e passa fazer a escola e sua compreensão de 
estudo e de mundo evolui e ela evolui junto. 
E Correia (2009) continua: 
A Tecnologia Assistiva deve ser então entendida como um auxílio que 
promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou 
possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por 
circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento. Podemos então dizer 
que o objetivo maior da Tecnologia Assistiva é proporcionar à pessoa com 
deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através 
da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, 
habilidades de seu aprendizado e trabalho (BERSCH, 2008, p. 08). 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo Fonseca (1984), a criatividade e a capacidade de inovação poderão ser 
qualidades inerentes ao próprio indivíduo mas, se não forem estimuladas por uma 
formação adequada, podem nunca ser reveladas em toda a sua plenitude. 
As TAs devem ser abordadas e geridas de maneira responsável e eficiente, nota-
se que o campo é muito abrangente e complexo, mas se trabalhado da maneira correta é 
extremamente eficaz. O Governo Federal, estados e municípios devem agir em 
consonância para que a população portadora de deficiência seja atendia em sua plenitude. 
As TAs ainda encontram muitos desafios para serem implantadas e 
implementadas, seja por resistência social por parte dos que defendem a segregação das 
escolas específicas para o aluno portador de necessidade especial, seja por parte das 
dificuldades de adaptações dos prédios escolares centenários, seja pelos professores sem 
preparo para receber esses alunos em suas salas. 
Segundo Correia: 
 
 
 
 
 Outro fator importante é a fiscalização. É através dela que os direitos dos alunos 
com deficiência serão exercidos, e esta fiscalização não cabe somente aos órgãos 
competentes, mas cabe aos pais, responsáveis legais e a sociedade, pois são tais que 
mantêm contato direto com as crianças. 
 Os recursos disponíveis para a compra de TAs fazem parte dos gastos estaduais e 
federais através de financiamentos, as escolas precisam estar a par destes provimentos e 
solicitá-los quando necessário. Muito pouco se divulga sobre as verbas disponíveis, mas 
elas existem e devem ser utilizadas por quem precisa. No âmbito das pessoas físicas, 
existem financiamentos com juros mínimos para que as pessoas possam adquirir os 
produtos necessários para sua acessibilidade e para o se bem-estar, esses benefícios estão 
As questões de inclusão estão ligadas à acessibilidade, ao 
desenho universal e a ergonomia. O desenho universal tende a ser 
naturalmente inclusivo, favorecendo a biodiversidade humana natural 
e contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida de todos e de 
todas. (CORREIA, 2009) 
 
A nomenclatura de tecnologiasassistivas ou ajudas técnicas aponta 
para uma categorização baseada numa abordagem funcional sendo que 
algumas modalidades de ajudas poderão ser entre outras: Recursos de 
comunicação aumentativa e alternativa Recursos de mobilidade 
Recursos para adaptação de veículos Recursos de órtese e próteses 
Recursos para adaptação postural Recursos de acessibilidade- 
arquitetura e desenho universal Recursos de acessibilidade- acesso ao 
computador e a softwares (CORREIA, 2009) 
25 
 
em quase todos os seguimentos do mercado, incluindo tecnologia da informação e de 
mobilidade. 
Figura 22: Cartaz do Programa Viver sem Limites quanto ao financiamento de 
produtos para portadores de necessidades especiais 
 
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/viver-sem-limite, acesso em 21/09/2018 
E apesar de muito ter evoluído sobre o assunto, muitas dificuldades ainda são 
encontradas como mostra o Relatório Final sobre o tema de 2012: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar de haver conhecimento no sobre TA no país, outras dificuldades 
apontadas no tocante a acessibilidade foram: ausência de fomento 
planejado; ausência de pesquisa e desenvolvimento planejadas; 
ausência de RH especializado na área de saúde; não cumprimento da 
legislação; cadeia produtiva não organizada; ausência de certificação 
em projetos, produtos e serviços; ausência de centros integradores de 
solução em saúde; ausência de programas de qualificação de pessoal 
especializado; ausência de campanhas para inserção das pessoas com 
deficiência (PcD) e sobre TA; ausência de entendimento que há uma 
grande demanda de TA reprimida; ausência de uma cadastro central, a 
partir de cadastros organizacionais individuais, com 20 informações 
sobre as PcD, suas demandas e as capacidades em TA no país; dentre 
outras. (p. 19) 
26 
 
Conclusão 
 
O Brasil possui uma grande parcela da população portadora de deficiências em 
diversos graus, muito tem sido conquistado para que estas pessoas, sobretudo as crianças, 
tenham acesso à educação de maneira adequada e válida. 
O Governo Federal, juntamente com estados e municípios, tem trabalhado para 
que esta população seja bem atendida em suas necessidades 
Após o estudo pode-se observar que muito tem sido feito, mas muito mais ainda 
precisa ser tirado do papel e colocado em prática. A evolução de um país passa também 
por acolher, integrar e incluir seus portadores de deficiência na sociedade de maneira que 
essas minorias tenham as mesmas condições de vida do restante da população. Quando 
se trata da criança em fase escolar esse tema torna-se ainda mais necessário, pois é desde 
a infância que são ensinados valores e são apresentados os primeiros passos à cidadania 
plena. 
Não adianta apenas permitir que tais crianças tenham acesso à educação, é 
necessário que esta criança tenha meios de fazer parte e que ela tenha como absorver a 
educação que a ela é oferecida. 
A efetividade dessas leis, decretos, projetos e portarias só será possível quando o 
conjunto de ações previstas sejam colocados em prática por meio de seus facilitadores. Já 
é possível perceber que é que as questões sobre TAs vão além das paredes das casas e 
tornam-se um ponto importante dentro das políticas sociais (das minorias), educacionais 
e de saúde. 
Impossíveis de serem sanadas por ações solitárias. As leis e projetos já são 
institucionalizados mesmo que ainda sem articulação e sem uma coordenação gabaritada 
para colocar em prática tudo o que é previsto nas leis. 
O cenário de atendimento às necessidades das crianças portadoras de deficiência 
requer uma força-tarefa constante e imediata, mas é importante ressaltar que tais ações 
sejam embasadas solidamente e validadas por seus usuários. Os fatores principais para o 
atendimento devem passar primeiro pelas questões socioeconômicas, isto é, atente-se 
primeiro a população menos favorecida e de baixa renda, analisando sempre as maiores 
deficiências e as que mais dificultam a vida das crianças e logo em seguida os impactos 
que essas deficiências causam nos sistemas de saúde e educação 
27 
 
Mesmo com o avanço das TAs destinadas às minorias, ela se efetiva de maneira 
mais contundente nas classes mais altas do país e nas mais baixas o acesso ainda é precário 
e cheio de empecilhos, mesmo sendo de igual necessidade para ambas. A criança 
portadora de deficiência demanda de um esforço maior por parte da escola e de seus 
profissionais, seja dentro da sala ou fora dela. 
Muito já foi feito, mas há muito a ser feito ainda e tais mudanças só ocorrerão de 
fato quando toda sociedade entender que todos possuem os mesmos diretos e deveres 
perante a lei, sejam elas de ensino especial ou não. 
Após o estudo ficou claro também que as dificuldades passam por vários âmbitos 
da sociedade, já que nem todos os espaços públicos estão preparados para receber os 
alunos, ou não, portadores de necessidades especiais, outra barreira tange no campo do 
próprio currículo, que por muitas vezes dificulta o uso das TAs, mas vale ressaltar que os 
governos e órgãos reguladores têm trabalhado constantemente para que as pessoas 
portadoras sejam integradas e incluídas na sociedade brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
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