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GRUPOS OPERATIVOS
ENRIQUE PICHON RIVIERE
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PICHON RIVIERE
Nasceu em Genebra em 25 de junho de 1907.
Com 4 anos mudou-se para o Chaco (nordeste da República Argentina): cultura Guarani.
Dois mundos diferentes: Desenvolveu um tipo de pensamento que tende a associar o dissociado, que valoriza o contraste, o heterogêneo, o diferente, um pensamento que lhe permite descobrir relações e nexos onde, à primeira vista, essas relações não existem.
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PICHON RIVIERE
A integração das duas culturas lhe permitiu o desenvolvimento de um pensamento aberto, dialético, sem preconceitos, não autoritário ou etnocêntrico, sendo-lhe de grande importância na compreensão do doente mental.
No fim dos anos 30, já formado em psiquiatria e psicanálise, trabalhou como psiquiatra no “hospício de las Mercedes”
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PICHON RIVIERE
A partir destas vivências desenvolveu um método de trabalho e aprendizagem instrumentado pelo contraste e pela contradição, pela heterogeneidade de contribuições e interpretações do real, o que serviu de base à técnica de grupo operativo.
No grupo operativo e através da tarefa, o múltiplo, o heterogêneo, o divergente podem integrar-se numa síntese multiforme que enriquece cada um dos integrantes.
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PICHON RIVIERE
A partir dos diferentes enfoques, das perspectivas trazidas pelos integrantes em sua heterogeneidade, o objeto de conhecimento vai se enriquecendo.
Transformou-se em um estudioso da estrutura familiar, institucional e da ordem social, num indagador do quotidiano.
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PICHON RIVIERE
A sua prática hospitalar o leva a reconsiderar os métodos de cura, a criar técnicas grupais que permitam ao paciente assumir um papel de protagonista na aprendizagem da realidade, recuperando suas potencialidades, sua história, sua cultura e identidade.
Segundo ele, a doença mental consiste num transtorno da aprendizagem da realidade. “quanto mais repetitiva é uma conduta, mais doente está o sujeito”.
*
PICHON RIVIERE
Define o sujeito como síntese ativa de suas relações sociais, como sujeito da práxis.
Desenvolveu uma metodologia destinada a trabalhar sobre os obstáculos que emergem na relação do sujeito e o mundo, vínculo pelo qual se dá a aprendizagem.
Sua técnica de grupo operativo alicerça a proposta de aprender a aprender ou aprender a pensar integrando estruturas afetivas, conceituais e de ação, isto é, o sentir, o pensar e o fazer no processo cognitivo.
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PICHON RIVIERE
Para Pichon precisa ser uma técnica grupal porque o grupo é um sistema de relações destinadas a satisfazer as necessidades de seus integrantes.
Não há vínculo nem grupo sem um fazer, sem uma tarefa, seja explícita ou implícita, consciente ou inconsciente.
Esta tarefa implica num fazer e num refletir criticamente acerca deste fazer e das relações que se vão estabelecendo em função do objetivo proposto.
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PICHON RIVIERE
Aprender a aprender ou aprender a pensar implica na transformação de um pensamento linear, lógico-formal num pensamento dialético que visualize as contradições no interior dos fenômenos e as múltiplas interconexões do real.
Tenciona-se então uma passagem da dependência à autonomia, da passividade à ação protagonista, da rivalidade à cooperação.
*
PICHON RIVIERE
Tal aprendizagem não ocorre sem um custo emocional, para o qual o enquadramento do grupo operativo tenta oferecer um âmbito de continência e de elaboração.
Cada um recupera seu próprio saber e experiência e o saber e a experiência do outro, todos são protagonistas e todos são filhos de sua própria aprendizagem.
O saber produzido no grupo circula rompendo com a questão de que alguém supostamente sabe e ensina e outro que supostamente ignora e aprende.
*
PICHON RIVIERE
O grupo é o instrumento de cura.
É o social que vai determinar o homem.
Todo encontro é um reencontro.
Para Pichon nós não somos, nós estamos.
Até o concreto é flexível.
Pichon faleceu em 16 de junho de 1977 com 70 anos.
*
GRUPO OPERATIVO
“Conjunto restrito de pessoas que compartilham tempo e espaço, articulada por sua MÚTUA REPRESENTAÇÃO INTERNA que se propõem de forma explícita e implícita uma TAREFA e que interagem com complexos mecanismos de assunção e depositação de PAPÉIS”.
 Pichon Riviere
*
ECRO
Ferramenta teórica da psicologia social de Pichon Riviere.
Nasce no campo específico da saúde mental, depois se amplia para outros âmbitos.
Fontes do ECRO (Esquema Conceitual Referencial Operativo): 
Psicanálise: Freud e M. Klein (vida intra uterina, relação vincular, o nascimento.
Materialismo Histórico Dialético: Marx ( o sujeito é o sujeito da necessidade)
Existencialismo: tudo é efêmero, nada é eterno.
Psicologia social americana: o surrealismo (movimento estético), Kurt Lewin.
*
O SUJEITO
A Psicologia Social é vincular.
O homem emerge de uma trama de vínculos e relações sociais.
1º- vínculo: Mãe e filho.
O mundo interno é construído através das relações vinculares.
A doença do sujeito não é só dele, ele é porta voz dos vínculos familiares.
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VÍNCULO
Vínculo: estrutura dinâmica que engloba tanto o indivíduo como aquele(s) com quem interage e se constitui em uma gestalt em constante processo de evolução.
Vínculo: relação bicorporal e tripessoal:
 Sujeito – Objeto – Mútua inter-relação
Cada um tem uma história para ser o que é: verticalidade (história pessoal do sujeito) e horizontalidade(o processo atual que acontece no aqui e agora).
*
MATRIZ DE APRENDIZAGEM
Modalidade com a qual cada sujeito organiza e significa o universo da sua experiência, seu universo de conhecimento.
Construímos a depender de como fomos cobrados.
Vamos construindo um modelo interno de matriz, é uma estrutura em movimento.
*
PAPEL
“Papel é um instrumento de interação, é um modelo organizado de conduta relativo a uma certa posição do indivíduo em uma rede de interação, ligado a expectativas próprias e de outros”
 Pichon Riviere
É através do papel que vamos nos inserir no grupo. Precisam ser rotativos e complementares.
*
OS PAPÉIS:
O porta voz
O líder
O bode expiatório
O sabotador
O impostor
Outros: o organizado; o engraçado, o inteligente, o displicente; o calado; o latifundiário do tempo coletivo.
*
TÉCNICA:
Coordenador (coopensor): ajuda os membros a pensar integrando o pensamento grupal. Assinala as situações manifestas, interpreta a causalidade subjacente e cria, mantém e fomenta a comunicação entre os membros do grupo.
Observador: recolhe todo o material com o objetivo de realimentar o coordenador.
Integrantes
*
MOMENTOS NA SESSÃO DE GRUPO
Abertura: quando se dão os emergentes que devem ser registrados pelo observador e pelo coordenador.
Desenvolvimento: momento em que se trabalha o material emergente
Fechamento: o material reaparece modificado. 
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INSTÂNCIAS DO TRABALHO GRUPAL
Pré tarefa: se põe em jogo as técnicas defensivas do grupo, as resistências às mudanças, ao “entrar na tarefa”. Observa-se a dissociação entre o agir, o sentir e o pensar.
Tarefa: o objeto do conhecimento se torna penetrável através de uma elaboração da ansiedade provocada pela mudança e da integração do pensar, sentir e agir.
Projeto: surge quando se consegue uma pertença dos membros. É o que aparece emergindo da tarefa e que permite o planejamento para o futuro.
*
FENÔMENOS GRUPAIS
Filiação: a filiação é uma aproximação não fixa com a tarefa. Tradicionalmente, é a medida em relação à presença no grupo, à pontualidade do seu início, às intervenções etc.
Pertença: é a realização da tarefa.
Cooperação: cooperar com a aprendizagem do grupo
Pertinência: é o centrar-se do grupo na tarefa prescrita.
*
Comunicação : esse vetor é tomado por Pichon como o lugar privilegiado pelo qual se expressam os transtornos e dificuldades do grupo para enfrentar a tarefa.
Aprendizagem: a aprendizagem operativa no grupo, através da tarefa, permitenovas abordagens ao objeto e o esclarecimento dos fantasmas que impedem sua penetração, permitindo a operação grupal.
Tele: é o grau de empatia positiva ou negativa que se dá entre os membros do grupo. Configura o clima.
Outros: segredo grupal, mistério familiar.
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APRENDIZAGEM
O fenômeno de aprendizagem é obtido pela somatória de informação dos integrantes do grupo, produzindo uma mudança qualitativa no grupo que se traduz em termos de resolução de ansiedades, adaptação ativa à realidade, criatividade, projetos, etc. 
“à maior heterogeneidade dos membros do grupo e à maior homogeneidade da tarefa corresponde maior produtividade”.
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Todo grupo operativo é terapêutico, mas nem todo grupo terapêutico é operativo na técnica de Pichon.
Todo grupo que tiver uma tarefa a realizar e que puder, através desse trabalho operativo, esclarecer suas dificuldades individuais, romper com os estereótipos e possibilitar a identificação dos obstáculos que impedem o desenvolvimento do indivíduo e que, além disso, o auxilia a encontrar suas próprias condições de resolver ou se enfrentar com seus problemas é terapêutico.
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E COMO TORNAR UM GRUPO OPERATIVO?
Um grupo se torna operativo quando preenche as condições preconizadas nos 3 Ms:
 MOTIVAÇÃO para a tarefa.
 MOBILIDADE nos papéis a serem desempenhados.
 disponibilidade para MUDANÇAS que se evidenciam necessárias.
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 ``Os analfabetos do século XXI não serão aqueles que não podem ler e escrever, mas aqueles que não podem aprender, desaprender e aprender novamente.``
 Alvin Toffer

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