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DIREITO URBANISTICO MACRO ACESSIBILIDADE

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DIREITO URBANÍSTICO 
 
Docente Dr. José Roberto Fernandes Castilho 
2° Semestre de 2009 
A macroacessibilidade dos órgãos públicos: 
O estudo da Previdência Social, da Secretaria do Estado da Saúde, da 
Defensoria Pública, do CEAMA e do 12º DER. 
 
 
Discentes: 
Artur Felipe da Costa Rosa 
Felipe Paulino Dubiela 
Karen Yumi Sakurada 
Marcos Paulo Bento de Freitas 
Natalia Gironde Ataide 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................02 
2. ANÁLISE DOS CRITÉRIOS.........................................................................03 
2.1. NATUREZA DA VIA PÚBLICA................................................................04 
2.2. IDENTIFICAÇÃO VISUAL........................................................................06 
2.3. TRANSPORTE PÚBLICO..........................................................................07 
2.4. ESTACIONAMENTO.................................................................................10 
2.5. CONDIÇÃO DA CALÇADA......................................................................10 
2.6. PLACAS DE ORIENTAÇÃO.....................................................................11 
2.7. NATUREZA DO PRÉDIO..........................................................................12 
2.8. CONDIÇÃO DO INTERIOR.......................................................................12 
2.9. ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES...............................................13 
3. ANÁLISE DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS.........................................................17 
3.1. PREVIDÊNCIA SOCIAL E SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE...18 
3.2. DEFENSORIA PÚBLICA...........................................................................36 
3.3. CEAMA E 12º DER.....................................................................................42 
4. DISCUSSÕES GERAIS..................................................................................49 
5. CONCLUSÃO.................................................................................................52 
6. REFERÊNCIAS..............................................................................................54 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Este trabalho visa discutir problemas relacionados à acessibilidade da 
população urbana aos órgãos públicos do município de Presidente Prudente. Deste modo a 
acessibilidade será estudada em seu verdadeiro significado, que é muito mais amplo do que 
normalmente se pensa. Será avaliada a acessibilidade dos seguintes órgãos públicos: A 
Previdência Social e a Secretaria do Estado da Saúde, que ficam no mesmo prédio, o CEAMA 
e o 12º DER que assim como os anteriores se localizam em um único prédio, e por último será 
estudado a Defensoria Pública. Conforme a Fig. 1. Cada um desses órgãos será analisado 
individualmente e de forma a entender se ele esta realmente acessível às pessoas que 
dependem de seus serviços e como pré estabelecido será analisado: a natureza da via pública, 
se existe ou não identificação visual, transporte público de fácil acesso, estacionamento na via 
para os usuários do órgão, as condições das calçadas, se existe placas de identificação e 
orientação para chegar ao órgão, se o prédio é adaptado ou construído com a finalidade 
especifica para o funcionamento dos serviços prestados no órgão, se o prédio é adaptado para 
deficientes e as condições de acomodação do interior do imóvel. 
A acessibilidade não é apenas a “facilidade de cruzar o espaço”, mas a 
facilidade de chegar aos destinos. Acessibilidade é subdividida em dois tipos. O primeiro, 
macroacessibilidade, refere-se à facilidade relativa de atravessar/transitar pelo espaço e atingir 
as construções e equipamentos urbanos desejados. Ela reflete a variedade de destinos que 
podem ser alcançados e, consequentemente, o arco de possibilidades de relações sociais, 
econômicas, políticas e culturais dos habitantes do local, tem portanto, alto interesse para a 
análise sociológica do transporte urbano. 
A macroacessibilidade tem relação direta com a abrangência espacial 
empreendidas no nível do planejamento de transporte, que define a constituição básica destes 
sistemas. Na prática, a macroacessibilidade também pode ser alterada no nível do 
planejamento da circulação, por meio de vias de mão única ou pela conexão de vias antes 
desconectadas, o que aumenta muito as possibilidades de interligação e penetração do espaço. 
O segundo tipo, microacessibilidade, refere-se à facilidade relativa de ter 
acesso direto aos veículos ou destinos desejados (por exemplo, condições de estacionamento e 
de acesso ao ponto de ônibus). A acessibilidade esta relacionada ao uso do solo e a forma 
 
 
3 
 
urbana, ambas envolvidas no processo funcional da cidade. Para avaliar os processos de 
acessibilidade e mobilidade populacional, pode-se ater a vários meios de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1 – Localização dos órgãos públicos estudados, em um contexto amplo da cidade. 
 
2. ANÁLISE DOS CRITÉRIOS UTILIZADOS 
 
Para avaliar cada órgão é necessário utilizar critérios, e cada um destes tem a 
suam importância, por isso aqui será feito uma análise dos critérios. 
 
 
 
 
4 
 
2.1. NATUREZA DA VIA PÚBLICA 
 
As vias públicas são constituídas de forma que uma parte da via é dedicada ao 
leito carroçável, por onde circulam os carros, e pela qual os pedestres devem atravessar para 
chegar aos passeios, outra parte é a sarjeta, por onde correm as águas pluviais, e por último 
existe a parte dos passeios que é a parte das vias públicas destinada ao trânsito de pedestres, 
que será analisado mais a frente. 
As vias públicas urbanas podem ser classificadas de forma resumida em vias 
arteriais que são vias largas com interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, 
com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias locais, possibilitando o trânsito entre as 
regiões da cidade, podem também ser chamadas de vias estruturais, pois são aquelas que dão a 
estrutura viária principal da cidade, e recebe uma grande carga viária e define os principais 
acessos da cidade e ligações interurbanas, também existem as vias locais que são aquelas 
caracterizadas por interseções em nível, geralmente sem semáforos, destinadas apenas ao 
acesso local ou a áreas restritas, podemos dizer de forma bem sucinta e generalizada que são 
as ruas do interior dos bairros, também existem as vias coletoras que são caracterizadas por 
receber e distribuir o tráfego das vias locais e alimentam as vias arteriais, ou que recebem das 
arteriais e alimentam as locais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade, por 
último existem as vias de transito rápido que são caracterizadas por acessos especiais com 
trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem 
travessia de pedestres em nível. 
Esses são os principais tipos de vias públicas, e através delas pode-se 
estabelecer uma relação harmoniosa entre fluidez e demanda de veículos, por isso é muito 
importante que o planejamento urbano leve em consideração os tipos de vias que será 
escolhido para determinadas áreas. As vias públicas não podem ser tratadas de maneira 
uniforme, elas devem ser entendidas e tratadas de modo hierarquizado, conforme a função da 
via, ela vai ter uma estrutura diferenciada. 
O sistema viário também pode se caracterizar pelo seu traçado, número de 
faixas, sinalização, iluminação, vegetação, se existe um canteiro central, se é pavimentado, 
entre outras características. 
 
 
5 
 
Com um bom planejamento do sistemaviário se consegue uma segurança 
muito maior, pois com o crescimento progressivo das cidades e das vendas de automóveis faz-
se muito mais preciso pensar no futuro na hora de planejas as vias, pois uma via planejada 30 
anos atrás já não suporta o grande número de veículos dos atuais dias, e quanto maior o 
número de veículos, maior será o número de conflitos e consequentemente de acidentes. Por 
isso é necessário sempre pensar no futuro, se a cidade vai crescer para determinada área as 
vias existentes ali vão suportar o trafego de veículos que ocorrera com esse crescimento. São 
questões como essa que devem ser pensadas pelos planejadores urbanistas na ora de projetar 
as vias da cidade. E não se deve pensar que veículos são apenas carros, também são as 
motocicletas, as bicicletas, os caminhões, entre outros. Com a quantidade de carros existentes, 
e esse número crescendo absurdamente, vai chegar um determinado momento em que será 
quase impossível trafegar com veículos automotores, por isso a questão dos ciclistas é muito 
relevante para o planejamento, eles ajudam a desafogar o trânsito e contribuem com o meio 
ambiente, não poluindo, e não gastando combustíveis, por isso deve-se pensar na instalação 
de ciclovias, pois trará benefícios significativos para a sociedade. 
Em Presidente Prudente existe um número muito restrito de vias arteriais, por 
isso as vias locais acabam tendo que exercer função de vias arteriais. A falta de planejamento 
urbano das vias acaba por gerar conflitos no trânsito, pois não se consegue ter uma harmonia 
quando existem vias exercendo funções que não lhe cabem. 
O sistema viário também é muito importante, pois é nele que será instalado o 
mobiliário urbano, como lixeiras, quiosques, bancas, postes de energia, telefones públicos 
entre outros, e para o instalação desses mobiliários, como postes e telefones, existem algumas 
leis que determinam onde devem ser fixados, mas isso não é obedecido na prática, já outros 
mobiliários, como bancas de jornal,devem ser instaladas através de autorizações municipais. 
É também o sistema viário que exerce a função de estacionamento, permite o 
acesso ao lote, participa temporariamente da drenagem urbana, se encontra a infra-estrutura 
urbana e também ocorre a circulação tanto de carros quanto de pedestres, ou seja, é um lugar 
de passagem. O sistema viário não tem uma função única, muito pelo contrário, exerce 
diversas funções e por isso merece muita atenção dos planejadores. 
 
 
 
6 
 
 
2.2. IDENTIFICAÇÃO VISUAL 
 
O desenvolvimento urbano, raras vezes, se dá de forma ordenada, dificultando 
o atendimento do governo à população, os órgãos públicos tendem a não conseguir suprir a 
demanda crescente da população, entretanto é obrigação da nação e do estado, assegurar, 
como consta no artigo 6º da constituição federal, os diretos sociais dos cidadãos, que se da em 
partes através dos órgãos públicos. 
Poucas vezes, o prédio que abriga estes órgãos, encontra-se em condições 
adequadas para atender sem distinções toda a população. 
Dentre alguns aspectos que deve ser respeitado, com a finalidade de melhor 
prestar os serviços cabíveis a sua alçada, está a identificação visual, bem como, a sinalização 
para acesso dos mesmos. Os prédios, para que seus usuários possam melhor utilizá-los, devem 
ficar com identificação e as placas em local de fácil visualização. 
Caso o órgão seja estadual este deve seguir os parâmetros já estabelecidos pelo 
governo, para utilizar a identidade visual do estado, estes parâmetros estão divulgados em um 
manual de identidade visual elaborado pelo governo e disponível no site do mesmo, (manual 
do estado de São Paulo), o domínio virtual também deve seguir regras para que possam 
assegurar uma melhor identificação visual com as paginas destinadas a acesso aberto, todos os 
sites vinculados a órgãos públicos estaduais devem seguir a resolução CC-9 de 25/02/05. 
A necessidade da identificação dos órgãos públicos, não tem finalidade estética 
somente, a função da identificação escrita dos mesmos propicia uma facilidade para o público 
identificar o órgão procurado, além de todos transeuntes passarem a ter ciência da localização 
para eventual necessidade de utilizá-lo. 
Os edifícios públicos representam a administração e a vida social. Eles 
correspondem aos grandes Ministérios que nos governam: administração, justiça, educação, 
cultura, espetáculo, desportos, saúde, comércio e transportes. Fica notória a responsabilidade 
em estar facilmente visível a identificação desta, uma vez que, dependemos dos órgãos 
públicos para várias questões relacionadas à vida de todos os cidadãos. 
 
 
7 
 
 
2.3. TRANSPORTE PÚBLICO 
 
No Brasil, nas cidades que contavam no passado com serviço de bondes, o caso 
da maioria das de grande e médio porte na época, os ônibus surgiram inicialmente como meio 
de transporte alternativo, oferecendo maior conforto que aqueles veículos sobre trilhos. Com 
efeito, os bancos eram estofados, proporcionando dois assentos de cada lado do corredor, as 
janelas, uma para cada banco, eram contempladas com cortinas, e, até determinada época, 
somente se admitiam passageiros sentados. Isso se alterou depois com a admissão de um 
pequeno número de passageiros em pé, mas de modo a não comprometer confortável 
mobilidade interna no veículo. O contraste com os bondes era gritante; estes, muitas vezes, 
eram abertos nos lados, guarnecidos com bancos de pau em toda a largura do veículo, e a 
admissão de passageiros em pé, nos estribos externos ou nos corredores internos (no caso de 
bondes fechados) era quase ilimitada, produzindo situações de desconforto tanto para eles 
quanto aos felizardos que conseguiam viajar sentados, mas que tinham que se esgueirar em 
meio à multidão para embarcar ou desembarcar. Acresça-se que, por tudo isso, a passagem do 
ônibus era mais cara que a do bonde. 
No decorrer do tempo, houve uma mudança significativa. Salvo uma ou outra 
linha remanescente (Rio de Janeiro e Campos do Jordão), o bonde desapareceu da paisagem 
urbana brasileira, os ônibus passaram a assumir o papel de principal meio de transporte 
coletivo das cidades. No entanto, a vida diária de milhões de pessoas depende em grande 
medida de suas possibilidades de movimentação: para o trabalho, em busca das escolas e 
universidades, para satisfazer suas necessidades culturais, de lazer e de recreação, enfim, para 
atender a todos os requisitos de uma vida moderna. Assim, não é exagero afirmar que hoje, 
nas grandes cidades, o bem econômico e social mais procurado é a mobilidade. 
A mobilidade está vinculada aos aspectos socioeconômicos da população. Ela 
expressa a forma e porque razões as pessoas se deslocam na cidade. O que interfere na 
mobilidade das pessoas é a renda, o gênero, a idade, a ocupação e o nível educacional. Esses 
fatores socioeconômicos diferenciam e determinam as condições de cada pessoa ou grupo 
social de se movimentarem pelo espaço urbano. 
 
 
8 
 
A circulação intra-urbana tem um papel fundamental na vida de qualquer 
cidade. Não se pode conceber uma cidade sem o movimento de pessoas e veículos, logo que, 
os usos do solo não se encontram concentrados nos mesmos lugares. A integração dos 
diferentes usos do solo só pode ser concretizada mediante deslocamentos nos espaços; logo, a 
circulação interna é inerente à vida das cidades ou, então, lhe é uma atividade indispensável. 
O transporte coletivo, por sua vez, exerce papel fundamental nestes 
deslocamentos, visto que é responsável pelo grau de mobilidade de grande parte da população 
urbana. É o transporte coletivo que vai facilitar o acesso do indivíduo a cada uma das 
atividades urbanas, ou seja, vaimediar e compatibilizar as relações entre os locais de trabalho 
e aqueles de residência, entre estes e os locais de comércio, ensino, recreação, etc. 
O sistema de circulação urbano tem nos serviços de transporte uma das 
essências para o desenvolvimento econômico e social, embora a implantação de uma estrutura 
adequada de transportes não seja evidentemente uma condição suficiente para se alcançar 
estágios superiores de desenvolvimento. 
O transporte coletivo é um serviço que está disponível ao público sob as regras 
do mercado. É um serviço que o poder público deve garantir à população, pois é uma 
necessidade pública, assim como educação e saúde. Porém ela esse serviço é prestado por 
empresas privadas que, em acordo com as prefeituras, determinam as tarifas levando em conta 
as taxas do mercado. 
Por sua vez, a distribuição dos meios de circulação é considerada desigual, 
logo a capacidade de consumir espaço é altamente desbalanceada a favor de quem têm acesso 
a transporte particular. Em todas as cidades, muitas pessoas não encontram serviços de 
transporte ligado diretamente origens e destinos. Adicionalmente, muitas cidades não têm 
nenhum arranjo físico ou operacional para facilitar a transferência (integração) e o usuário 
precisa providenciá-lo sozinho, implicando em desconforto e incerteza. 
Os limites físicos e administrativos das cidades são continuamente 
questionados pelo crescente fluxo de pessoas que faz da cidade uma rede de centralidades. 
Isso influencia diretamente no planejamento do transporte público da cidade. Com uma 
grande população e, principalmente se a ter uma grande extensão, como o caso de Presidente 
Prudente, o poder público deve garantir todos os serviços públicos à população. Logo um 
 
 
9 
 
crescimento desordenado na cidade, causa problemas no transporte urbano, moradia, 
segurança e saúde. 
A possibilidade física de realização de deslocamentos na cidade é definida 
como acessibilidade, e refere-se, principalmente, à disposição. A acessibilidade é vista como a 
facilidade de atingir os destinos desejados. Ela é a medida mais direta e positiva dos efeitos de 
um sistema de transporte. Se ele não funciona bem, a população não consegue se deslocar 
para os destinos que lhe cabem, tornando a cidade inacessível. 
Segundo Eduardo Vasconcellos, as condições atuais de transporte e trânsito 
nos países em desenvolvimento são: 
 Infraestrutura: Falta total ou precariedade de calçadas; vias de baixa qualidade; 
pouco tratamento especial para o transporte não motorizado e público. 
 Oferta de veículos: grande possibilidade de bicicletas; oferta baixa ou média de 
veículos de transporte público; alta oferta de transporte privado para grupos de renda média 
ou alta. 
 Mobilidade e uso do transporte: Mobilidade individual geralmente baixa; 
grande variação no uso dos modos, com predominância para os não motorizados e o 
transporte público. 
 Motivos de viagem: maioria das viagens feitas por motivo de trabalho ou 
escola. 
 Acessibilidade: Grande variação nos tempos de deslocamento por modo; 
Transporte privado sempre mais rápido que público; baixa oferta espacial do transporte 
público; tempos longos de acesso a pé ao transporte público; Integração deficiente do 
transporte público. 
 Conforto: baixa qualidade das viagens a pé; Superlotação freqüente do 
transporte público. 
 Gastos: Grupos de baixa renda gastam porcentagem alta da renda com 
transporte e grupos de renda alta gastam porcentagem menor. 
 Segurança de tráfego: Altos índices de acidentes; os usuários mais vulneráveis 
(pedestres) são os mais atingidos. 
 Meio Ambiente: Alta concentração de poluentes em cidades grandes. 
 
 
 
10 
 
2.4. ESTACIONAMENTO 
 
Atualmente, vive-se em uma sociedade em que o número de automóveis vem 
crescendo de forma muito rápida e acentuada, muito mais rápido do que a cidade pode 
suportar em quesitos como prevenções de acidentes, segurança, sinalização das vias públicas 
e oferta de vagas de estacionamento, interferindo diretamente no cotidiano da população. 
Com essa crescente quantidade de veículos nas cidades torna-se ainda mais necessário a 
existência de vagas de estacionamento. 
O estacionamento mantém uma harmonia na cidade, pois é o local onde os 
veículos vão parar no período que os motoristas saem dos carros e tomam a condição de 
pedestres. 
Sem vagas de estacionamento os veículos ficam circulando até encontrarem 
uma vaga, e isso gera uma lentidão no tráfego, aumentando o risco de conflitos já que os 
motoristas prestam atenção na existência ou não de vagas de estacionamentos, assim 
consequentemente ficam desatentos no fluxo do trânsito, e a segurança do mesmo diminui e 
os motoristas acabam estacionando seus veículos mais longe do local onde pretendiam ir. O 
stress que esses problemas de trânsito causam é outro ponto que deve-se levar em 
consideração, já que isso é um problema que afeta grande parte da população, e traz grandes 
riscos a saúde. 
 
2.5. CONDIÇÃO DA CALÇADA 
 
A calçada, ou passeio, é a parte da via pública destinada ao transito de 
pedestres, e é justamente na calçada que se encontra vários mobiliários urbanos como já foi 
descrito no tópico 2.1, e nas calçadas não deve existir nenhuma parte estrutural, despejamento 
de águas pluviais, ou qualquer obstáculo que dificulte a passagem dos pedestres. 
Nas calçadas devem existir identificações para os deficientes visuais de forma 
que os mesmos possam identificar o traçado do passeio, também deve existir rampas para 
deficientes físicos para que façam a travessia de um passeio a outro, a largura das calçadas 
 
 
11 
 
também deve ser o suficiente para que um grande número de pessoas possam se deslocar sem 
problemas. 
Segundo Bittencourt, discutir as calçadas é importante porque elas estão 
envolvidas em alguma etapa de qualquer tipo de deslocamento, além de serem espaços 
fundamentais para o convívio harmônico entre pessoas de diferentes classes, e ainda que as 
calçadas não são apenas um lugar de transição entre a rua e um imóvel, mas é também o 
espaço público que deve possibilitar o deslocamento de todos. 
As calçadas devem oferecer uma mobilidade acessível, segurança, 
continuidade, desenho adequado, e um nível de conforto, esses são princípios que devem ser 
levados em consideração na ora de planejar um passeio, e sempre deve ser pensado que 
pessoas de todos os tipos podem circular por ela tendo em vista isso, o projeto de uma calçada 
deve ser pensado de forma ampla e generalizada. E ainda deve ser levada em consideração 
qual a função que ela exercerá quais os mobiliários urbanos que serão instalados nela, pois 
mesmo com todo o mobiliário urbano deve ainda existir espaço suficiente para o conforto da 
transição dos pedestres. 
 
2.6. PLACAS DE ORIENTAÇÃO 
 
Para que todos possam melhor utilizar os órgãos públicos, fica claro a 
necessidade não somente da identificação do prédio, bem como a vinculação a uma identidade 
para que as pessoas reconheçam os prédios, porém é também de suma importância a 
sinalização indicativa da localidade dos órgãos públicos. 
Em diversos pontos da cidade, as placas de indicação da direção, ajudam a 
população melhor usufruir dos serviços prestados por estes órgãos, sem esta indicação a 
população terá maior dificuldade para encontrar os prédios que abrigam o órgão, assim fica 
defasada a obrigação do serviço público de servir indistintamente toda a população. 
Através da identificação do prédio juntamente com a sinalização indicativa 
urbana, o público utilizar-se-á de forma eficaz, como deve ser os serviços prestados pelos 
governos sejam eles Federais, Estaduais ou Municipais.12 
 
2.7. NATUREZA DO PRÉDIO 
 
Geralmente as edificações que são projetadas com um uso específico e 
predeterminado atendem com maior eficiência as necessidades dos usuários da mesma, mas 
como foi analisado, especificamente na cidade de Presidente Prudente , a maioria dos órgãos 
públicos infelizmente estão instalados em prédios já construídos e que foram adaptados para 
abrigar esses órgãos públicos. Essas edificações quando não sofrem adequadamente as 
adaptações necessárias, transmitem aspecto de improvisação, pois a finalidade do prédio está 
diretamente relacionada a sua infra-estrutura, e a ausência de qualquer previsão em relação a 
sua nova utilização, tendem a revelar carências em referentes ao espaço físico e organização, 
gerando assim desconforto nos locais que deveriam possuir um acesso democrático, e 
principalmente proporcionasse o bom funcionamento interno 
 
2.8. CONDIÇÃO DO INTERIOR 
 
Os prédios públicos, especialmente os que prestam atendimento à 
população, devem ser cercados de uma infra-estrutura que ofereça conforto. Os espaços 
devem ser pensados da melhor forma, para manter o bom funcionamento do órgão. As salas 
de espera devem possuir instalação de cadeiras suficientes para acomodar a média de pessoas 
que os freqüentam, bem como possuir bebedouros e banheiros. Esses também devem ser 
democraticamente acessíveis, obedecendo às normas da NBR 9050. 
Vale ressaltar que além dos aspectos de acomodação do interior do prédio, 
há os aspectos de conforto térmico, acústico, e o visual. A ventilação deve estar propícia para 
suportar as variações térmicas ao longo do dia. Levando em consideração que a cidade de 
Presidente Prudente possui um clima quente na maior parte do ano, devem ser pensadas as 
possibilidades cabíveis para que as salas de espera não fiquem com a temperatura elevada, 
como também não fiquem frias demais. A iluminação torna-se um aspecto importante no 
conforto, mas principalmente para os funcionários do local. Pois serão eles os mais afetados 
com uma precária iluminação. A acústica do ambiente, também é um aspecto mais 
interessante aos funcionários, porém o público é prejudicado com uma má acústica. Em 
 
 
13 
 
lugares muito próximos a ruas movimentadas, por exemplo, pode atrapalhar uma conversa 
entre público e funcionário. 
 
2.9. ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES 
 
O significado da palavra acessibilidade é a possibilidade e a condição de 
alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos 
urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação. 
Os deficientes físicos são aqueles que possuem redução, limitação ou 
inexistência das condições de percepção das características do ambiente ou de mobilidade e 
de utilização de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano elementos, em caráter 
temporário ou permanente. Eles representam 15% do conjunto populacional brasileiro, e para 
que possam ter dignidade em seu atos de vida diários, necessitam de infra estrutura adequada, 
com o mínimo de acessibilidade, pois o deslocamento e a mobilidade são fundamentais em 
uma cidade. 
Permitir que uma pessoa com deficiência exerça sua cidadania de forma plena 
significativa, é implementar os direitos humanos e democratizar o uso das cidades, sendo a 
acessibilidade um dos fatores fundamentais para suprimir as barreiras sociais pela convivência 
com a diversidade dos cidadãos. 
O Brasil é o pais com as melhores leis acerca da acessibilidade, além disso são 
várias as convenções internacionais ratificadas pelo Brasil e por vários outros países que 
visam a equiparação de oportunidades e a garantia dos Direitos humanos, estando desde 2001, 
em elaboração com parceria com a ONU (Organização das Nações Unidas), que proteja, 
defenda e promova os direitos humanos das pessoas com deficiência no Brasil e no mundo. 
Na Constituição da República Federativa do Brasil, o Art. 227 §2° cita que a 
lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de 
fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado as pessoas 
portadoras de deficiência. 
 
 
14 
 
Esse acesso adequado é garantido pelas normas da NBR 9050/2004, essa visa 
proporcionar a maior quantidade possível de pessoas, independente de idade, estatura, ou 
limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do 
ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos. Nessas normas, constam elementos 
fundamentais como o uso de símbolos universais para identificação visual conforme Fig.2, 
comunicação feita por linguagem em Braille e sinais sonoros que os orientem e de texturas de 
pisos diferenciados a seguir, além de medidas especificas das estruturas da edificação tanto 
em seu interior como exterior. 
De acordo com o decreto nº 5926, Art. 19. A construção, ampliação ou 
reforma de edificações de uso público deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao seu 
interior, com comunicação com todas as suas dependências e serviços, livre de barreiras e de 
obstáculos que impeçam ou dificultem a sua acessibilidade.§ 1
o
 No caso das edificações de 
uso público já existentes, terão elas prazo de trinta meses a contar da data de publicação deste 
Decreto para garantir acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade 
reduzida. 
O prazo citado no Art. 19, venceu em 2008 e nenhuma providência foi tomada. 
Referente à analise feita dos órgãos públicos pode-se afirmar que a infra estrutura adaptada, 
quando existem, limitam-se a rampas ou estruturas que são construídas em sua maioria 
ignorando ou desconhecendo as normas da NBR 9050/2004. Sendo um órgão público, esse 
deveria ter no mínimo estrutura adequada de maneira que possibilitasse um acesso 
democrático do local, pois quem transita é tanto a população que freqüenta a edificação como 
os funcionários com alguma limitação física, caso existam. 
É obrigação dos governantes a eliminação ou suavização dessas barreiras 
arquitetônicas, pois facilitaria no acesso aos serviços de que necessitam, além de refletir em 
uma maior inserção social dessas pessoas na sociedade. Como foi citado, o Brasil possui 
teoricamente grande Infelizmente falta organização do poder público e da sociedade civil para 
que sejam efetivamente aplicadas. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.02 – Símbolo internacional de acesso, símbolo internacional de pessoas 
com deficiência visual e símbolo internacional de pessoas com deficiência auditiva 
 
 
 
 
 
 
Fig.03 – Sinalização de corrimões 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.04 - Sinalização de escadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 05 - Sinalização tátil de alerta Fig. 06 - Sinalização tátil direcional 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.07 - Placa de regulamentação de estacionamento em via pública 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig.08 - Bacia sanitária - Barras de apoio lateral e de fundo 
 
É importante ressaltar que a edificação necessita de adaptação para os idosos 
também, pois eles somam 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo 
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto 
considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, 
o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, elecorrespondia a 7,3% da população. 
Em relação aos direitos que os idosos possuem, pode-se destacar o Art.38. do 
Estatuto do Idoso o qual consta no inciso II : eliminação de barreiras arquitetônicas e 
urbanísticas, para garantia de acessibilidade ao idoso. 
 
3. ANÁLISE DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
 
 
 
18 
 
3.1. PREVIDÊNCIA SOCIAL E SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 
 
A Previdência Social e a Secretaria de Estado da Saúde ocupam o mesmo 
prédio por isso serão analisadas simultaneamente, e o que for necessário distinguir, será assim 
claramente feito. 
A Previdência Social é, como está descrito no próprio site da Previdência: “O 
seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública que tem como objetivo 
reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela Previdência 
Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a 
capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego 
involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão.” 
Com essa descrição percebe-se que a Previdência Social é um órgão de total 
importância para a população, e muitas pessoas dependem dos serviços prestados por ela. 
Quase a totalidade dessas pessoas é idosa, e uma grande parte delas não tem uma capacidade 
de locomoção física tão boa quanto um adolescente ou uma pessoa sem deficiência. Por isso 
dependem de meios de transporte que em sua maioria são os transportes públicos coletivos. 
Outras pessoas que não são idosas são por algum motivo incapacitadas e por isso que estão 
recebendo o beneficio federal, tendo em vista isso, a acessibilidade do edifício deveria ser 
levada em consideração e ser bem maior do que o normal. 
E ainda segundo o site da Previdência Social, ela tem como missão “garantir 
proteção ao trabalhador e sua família, por meio de sistema público de política previdenciária 
solidária, inclusiva e sustentável, com o objetivo de promover o bem-estar social.” 
Se a Previdência tem como objetivo promover o bem estar social deveria estar 
bem localizada e de fácil acesso para toda a população já que é um bem público, e 
principalmente para as pessoas a que o órgão é destinado, e neste caso, por esse motivo 
deveria “tomar cuidado” com a acessibilidade, pois não se trata de pessoas com uma boa 
locomoção. 
Continuando a analisar as definições do site, neste há a descrição da Visão da 
Previdência que é a seguinte: “Ser reconhecida como patrimônio do trabalhador e sua família, 
 
 
19 
 
pela sustentabilidade dos regimes previdenciários e pela excelência na gestão, cobertura e 
atendimento.” 
Vê-se mais uma vez que o que esta sendo realmente feito e o que tem por 
definições são coisas quase que controversas, pois no trecho descrito se fala que procura a 
sustentabilidade pela excelência de cobertura e atendimento, mas não tem como ter uma 
cobertura e um atendimento de excelência se o órgão se localiza em um local onde a 
população não consegue chegar facilmente. Se as pessoas não conseguem chegar ao órgão, 
não existe uma cobertura sobre essas pessoas e por isso a visão da previdência não esta sendo 
atingida. 
Na Secretaria de Estado da Saúde são prestados serviços do SUS, e atendem 
uma região de 45 municípios, e as pessoas que lá são atendidas são normalmente de baixa 
renda. De acordo com uma das diretoras da Secretaria de Estado da Saúde existe a intenção do 
INSS para se utilizar do espaço ocupado pelo órgão estadual para a ala de serviços 
relacionados a perícia médica. Segundo o discurso da diretora existe a probabilidade da 
Secretária se mudar para um prédio em total descaso onde funciona o Adolf Lutz, em frente a 
Santa Casa, imóvel que é melhor localizado. 
A Previdência Social, e a Secretaria de Estado da Saúde de Presidente Prudente 
situa-se na rua Siqueira campos, nº 1315, centro, conforme Fig. 09, e esta situado, segundo a 
lei de zoneamento e uso e ocupação do solo,em uma ZCS1, que é uma zona de Comercio e 
Serviço Central, de ocupação vertical. Esta mesma lei determina que o lote deva ter no 
mínimo 500m², um coeficiente de aproveitamento de 4, podendo ser acrescido em 2 mediante 
outorga onerosa, a taxa de ocupação é de no máximo 80% para comércio e 70% para 
edificações exclusivamente residenciais, o recuo não é obrigatório para edificações comerciais 
e 4 em caso de residência, a frente mínima do lote tem que ser de 15 metros, a área mínima do 
terreno por unidade habitacional é de 10, a taxa de permeabilidade para edificações 
comerciais não é obrigatória e 10 em edificações exclusivamente residenciais, e não existe um 
gabarito de altura máxima. 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 09 – Visão da Rua Siqueira Campos no quarteirão da Previdência Social. 
 
Percebe-se que a lei não especifica um gabarito máximo para as edificações, 
isso é extremamente ruim, pois se não existe um gabarito máximo os prédios poderão 
construir na altura que quiserem e isso faz com que não exista uma homogeneidade da zona, e 
prédios muito grandes encobrem a visão dos mais baixos dificultando assim uma visualização 
mais ampla das regiões da cidade. 
Neste caso existe um prédio com mais de 10 andares logo ao lado conforme a 
Fig. 10 mostra, e outro também com mais de 10 andares que também bloqueia a visão de 
quem vem pela Av. Marechal Deodoro, sentido Rodoviária- Santa Casa. 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 10 – Mapa da região da Previdência Social, e da Secretaria de Estado De Saúde, com os 
principais pontos demarcados. 
 
A Rua Siqueira Campos é uma via local de mão única de sentido bairro-centro 
com estacionamento na via, e por isso possibilita que apenas um carro circule por vez na via. 
A rua tem apenas 8 metros de largura, o que é absolutamente ruim se for observar a largura de 
um carro, e neste caso a situação é mais preocupante, pois vários ônibus vindos de outras 
cidades circulam e estacionam próximos ao prédio estudado. Isso ocorre porque a Previdência 
Social atende 20 municípios da região e a secretaria de estado de saúde 45, e também prestam 
serviços para um grande número de pessoas diariamente. 
 
 
22 
 
Segundo informações obtidas pelo diretor de comunicação, a Previdência 
Social atende cerca de 500 pessoas diariamente, e segundo informações da diretoria da 
Secretaria de Estado da Saúde cerca de 400 pessoas, números bastante elevados já que aquela 
região é bastante densa, por ser uma região central, mas tem muitas habitações tanto 
horizontais como verticais. Existem também muitos comércios, principalmente escritórios, os 
comércios são em sua maioria de pequeno porte como lojas de acessórios de carros, produtos 
de selaria, auto-escola, posto de gasolina, entre outros, deve-se ressaltar a presença da Santa 
Casa, e da Rodoviária, que são grandes pólos geradores de tráfego, e por isso necessitam de 
um sistema viário bem planejado e adequado ao fluxo. 
Não só a Santa Casa e a Rodoviária são pólos geradores de tráfego, mas os 
grandes prédios no entorno, os comércios, e até mesmo as casas unifamiliares também. Porém 
em menor escala, mas eles afetam o fluxo do sistema viário, e por isso também são 
importantes. 
Por isso a Rua Siqueira campos onde esta localizada a Previdência Social e a 
Secretaria de Estado da Saúde, é uma rua muito estreita para comportar o tráfego que ela 
recebe, deveria ter pelo menos duas faixas de circulação de veículos. 
As ruas ao entorno também são vias locais e com as mesmas características, 
isso gera uma situação terrível para as pessoas que por lácirculam, a Av. Marechal Deodoro é 
uma via coletora que transporta as pessoas que vem da rodoviária para a Av. Coronel 
Marcondes (e assim vão para Santa Casa, mercados de grande porte que existem na avenida, 
ou ate mesmo para o centro), e vice-versa, também pode coletar as pessoas do interior desse 
“miolo central periférico”, e encaminhá-los para as mesmas regiões já descritas. 
A cidade tem poucas vias arteriais, por isso as existentes são sobrecarregadas, e 
isso não é diferente na Av. Coronel Marcondes, que se localiza duas quadras para noroeste da 
Siqueira campos, esse fato também influencia no fluxo das vias do entorno e assim prejudica 
onde se localiza a Previdência Social. 
A Previdência Social, e a Secretaria de Estado da Saúde estão, tecnicamente 
situados em uma boa região, pois estão perto da rodoviária. Isso é relevante, já que grande 
parte das pessoas que vão procurar os serviços dos dois órgãos são de outras cidades e vão 
para a rodoviária, para depois chegarem aos órgãos. Também esta localizada numa região 
com importantes edifícios da cidade, servindo como ponto de referência, como a Santa Casa, 
 
 
23 
 
o Fórum e a rodoviária. O problema é que com o crescimento da cidade e a falta de 
planejamento, as vias acabam por não suportar o trafego intenso ali existente e geram grandes 
conflitos entre os veículos e os pedestres, além do desconforto da população, e a perda de 
tempo com a lentidão do tráfego. 
A identidade visual dos prédios deste item podem ser avaliados separadamente, 
já que seguem padrões diferentes: no caso da previdência o letreiro é padronizado por um guia 
para todas as agência da previdência. Isso é essencial para criar uma identidade visual para o 
órgão, e em qualquer lugar que a pessoa ver uma placa semelhante facilmente identificara 
qual é o órgão. Porém existe um empecilho, duas árvores de copas grandes, que bloqueiam a 
visão das pessoas que circulam na via, conforme Fig. 11. Essa dificuldade acentua-se pelo 
fato de a placa estar colocada em uma altura maior que o normal, pois o nível do pavimento 
térreo da Previdência esta a 2,72m do nível da rua, conforme mostra a Fig. 11. O tamanho da 
placa da Previdência é bem grande e ocupa toda a fachada do prédio, por isso a placa em si 
esta boa, mas as condições do entorno, e a altura em que esta situada são ruins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fig.11 - Na página anterior. Percepção das diferenças de nível entre a via e o primeiro piso 
da Previdência Social, e o empecilho que as árvores causam na visualização do órgão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 12. Placa de identificação da Secretaria de Estado da Saúde. 
 
Já a Secretaria de Estado da Saúde não possui uma adequada identificação 
visual, conforme a Fig. 12. Existe apenas uma placa de plástico 1,1m de largura x 0,65m de 
altura. Dessa forma as pessoas que passam nas ruas não percebem que naquele local funciona 
um órgão público. Fato este acentuado por a edificação estar a 1,44m em um nível inferior ao 
da rua, conforme a Fig. 13. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Fig. 13 - Na página anterior. Nível da Secretaria de Estado da Saúde inferior ao piso da via. 
O sistema de transporte público que chega aos órgãos deste tópico é dado 
através de ônibus coletivos que tem paradas na Avenida Marechal Deodoro, que é o ponto 
mais próximo, também tem pontos de ônibus na Avenida Coronel Marcondes, próximo ao 
Fórum e ao PUM conforme a Fig. 10. 
O sistema de transporte coletivo de Presidente Prudente é caracterizado pelo 
fato dos ônibus se deslocarem de um lado ao outro da cidade sem existir um terminal urbano 
central em que todos os ônibus se deslocam até ele e a partir daí percorrer as diferentes zonas 
da cidade. Por conseguinte, algumas vezes as pessoas que precisam usar mais de um ônibus 
para chegar ao destino, percorrem uma distância muito maior. Havendo a possibilidade de 
circular dois ônibus com o mesmo nome, porém percorrerem caminhos distintos para um 
mesmo destino, confundindo os passageiros. 
No ponto da Avenida Marechal Deodoro próximo a Previdência Social, passam 
diversas linhas de ônibus, são elas: 
 Jd. Aviação x Aeroporto, a cada 20 minutos; 
 Alexandrina x Rodoviária, a cada 30 minutos; 
 Humberto Salvador x Rodoviária, a cada 30 minutos; 
 Vale verde x Jd. Planalto, a cada15 minutos; 
 Brasil Novo x Centro, a cada 30 minutos, neste caso apenas o Brasil Novo passa na 
Av. Marechal Deodoro 
 São Matheus x Rio 400, a cada 45 minutos; 
 Jd. São Judas x Rio 400, a cada 45 minutos; 
 Jd. Cambuci x Jd. Santa Paula, a cada 1 hora. 
Percebe-se que existem vários ônibus, que passam pela avenida, mas alguns 
bairros são mais privilegiados que outros, por exemplo o bairro Jd. Santa Paula, em que a 
linha de ônibus passa a cada uma hora. O problema é maior para os bairros Cohab, Cecap, 
Maré Mansa, Cobral e outros dessa região, pois as linhas que por ali passam não circulam 
próximo a Previdência Social. 
 
 
26 
 
No ponto da Avenida Coronel José Soares Marcondes, próximo a Previdência 
Social, passam mais linhas de ônibus, mas o ponto fica mais distante dos órgãos estudados 
neste tópico, são elas: 
 Jd. Itatiaia x Maré Mansa, a cada 40 minutos; 
 Jd. Icaraí x Vila Geni, a cada 20 minutos; 
 Jd. Icaraí x Jd. Maracanã, a cada 40 minutos; 
 Centro x Cobral, a cada 40 minutos; 
 Cohab x Brasil Novo, a cada 40 minutos; 
 Jd. Paulista x Jd Monte Alto, a cada 40 minutos; 
 CECAP x Sta. Monica, a cada 40 minutos 
 Ana Jacinta x Centro, via Apec, a cada 25 minutos 
 São Matheus x Terminal Urbano, a cada 40 minutos, neste caso apenas o São Matheus 
passa pela Av. Coronel Marcondes. 
Nota-se que as situações são semelhantes, mas existem bairros como a Morada 
do Sol, que não possuem linhas de transporte público tanto para a Av. Coronel Marcondes, 
quanto para Av. Marechal Deodoro. 
Nas entrevistas realizadas, os relatos são de que as pessoas não usam o 
transporte público por dificuldades de acessibilidade, por ser difícil se locomover para entrar e 
sair do ônibus. Também relatam que é arriscado para a segurança pessoal, ou que fica muito 
longe ir de ônibus, e por isso preferem ir de carro. 
A Previdência Social e a secretaria de estado da Saúde, não possuem 
estacionamentos para os usuários, por isso os que vão de carro são obrigados a estacionar na 
via onde existe um número muito restrito de vagas, ou estacionar em locais mais distantes. Há 
a opção de um estacionamento particular que existe em frente ao edifício, e cujo a hora custa 
R$ 2,00. Dessa forma o poder público não assegura vagas de estacionamentos para os 
usuários. Dificultando a mobilidade e fluidez do trânsito. 
As vagas de estacionamento do quarteirão do edifício e no quarteirão da frente 
são distribuídas da seguinte forma: 2 vagas para deficientes físicos, em frente a Secretaria de 
 
 
27 
 
Estado da Saúde, 2 vagas para idosos em frente a Previdência Social, 1 vaga para carga e 
descarga, com permanência de no máximo 10 minutos, também em frente a Previdência 
Social, no restante do quarteirão existem mais 2 vagas para carga e descarga, também com 
permanência máxima de 10 minutos, e uma vaga livre. Já no quarteirão de frente existem 8 
vagas livres. 
Isso afeta diretamente a população, podemos perceber isso nas entrevistas 
realizadas na Previdência Social, onde pessoas relatam que tiveram que parar o carro até 4 
quarteirões distantes da prédio. Outros preferem ir de carona, para apenas desembarcar e o 
carro sair o mais rápido possível. Com esses dados percebe-se a escassez de vagas de 
estacionamento públicos,e que mais uma vez os particulares são beneficiados pela falta de 
prestação dos serviços públicos. 
Por ser um edifício público os passeios deveriam servir de exemplo para as 
construções privadas. Mas não é isso que ocorre, a largura do passeio é de 3,02m, medida esta 
aceitável se não existisse mobiliário urbano, que neste caso atrapalha a boa circulação dos 
pedestres. Existem dois telefones públicos que estão localizados no centro do passeio, 
conforme mostra a Fig. 14. Há árvores atrapalhando a circulação também. Existe canalização 
de águas pluviais, que são despejadas diretamente sobre o passeio, conforme a Fig. 15, 
constantemente existem sacos de lixos espalhados no seu decorrer, e por ultimo existe uma 
rampa que tem 1 metro de largura, e 36 cm de largura, e ocupa cerca de 1 metro do passeio, 
ela serve para acesso a rampa de deficientes, mas acaba sendo um empecilho para a boa 
circulação de pedestres. Mais uma vez percebe-se o descaso do poder público em bem-servir a 
população, e nos passa esse mau exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 14 – Telefones Públicos que impedem o bom fluxo de pedestres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 15 – Águas pluviais sendo despejadas diretamente sobre o passeio 
 
 
 
29 
 
Nos caminhos percorridos para chegar ao edifício encontramos apenas uma 
placa de sinalização em cada lado da Av. Marechal Deodoro e apenas indicam o INSS, e não 
diz nada a respeito da Secretaria de Estado da Saúde. Portanto quem desejar ir para a 
Secretaria não terá nenhum suporte em termos de sinalização na cidade. E se desejar ir ao 
INSS, por outra rota sem ser a Av. Marechal Deodoro, terá bastantes dificuldades para 
encontrá-lo. 
O prédio dos órgãos deste tópico foi construído em 1969, com 4 pavimentos, 
para abrigar o antigo Ministério da Previdência o MPAS que incorporava 3 órgãos, o 
INAMPS, que era vinculada a saúde, o INPS,que era vinculado aos benefícios, e o IAPAS, 
que era vinculado a arrecadação, mais tarde o INAMPS foi extinto e em 1989 passou a fazer 
parte do SUS, e transformou-se na secretaria de Estado da Saúde, e com isso foi totalmente 
desvinculado do agora INSS, mas continuou ocupando o espaço físico do INAMPS. Portanto 
o prédio foi construído especialmente para exercer as funções que exerce ainda hoje, mas não 
foi projetado para os dias atuais, já que não existe estacionamento para os usuários, e todas as 
rampas de acessibilidade foram construídas recentemente, por isso nota-se que não existia um 
bom planejamento futuro. Hoje por exemplo todos os novos prédios da Previdência Social são 
horizontais e totalmente acessíveis por deficientes. 
As acomodações são distintas entre os dois órgãos que ocupam o prédio. No 
caso do INSS, existem boas cadeiras em número muito significante, como mostra as Fig.s 16 
e 17, mas mesmo assim houve entrevistados que relataram que em dias com muita 
movimentação, existem pessoas que são obrigadas a ficar de pé, mas nos dias em que foi 
analisado, todas as pessoas tinham lugares o suficiente para acomodar-se. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.s 16 e17 – Acomodações da Previdência Social 
 
 
31 
 
Já na Secretaria de Estado da saúde as acomodações são feitas por bancos em 
mas condições, vezes com rasgos, e não são confortáveis, como mostra as Fig.s 18 e 19, para 
as pessoas entrevistadas o atendimento é bom. As fotos foram tiradas em uma sexta feira, e 
nas sextas existe pouca movimentação de pessoas, pois determinadas áreas do 
estabelecimento não funcionam, mas de segunda a quarta feira o movimento é intenso e 
inclusive ficam varias pessoas em pé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 18 e 19 – Acomodações da Secretaria De Estado da Saúde 
No prédio da Previdência Social e da Secretaria de Estado da Saúde há um 
grande fluxo de idosos e pessoas fisicamente limitadas, pois a secretaria é uma órgão público 
voltado para o sistema de saúde e a Previdência Social voltada para assegurar os direitos dos 
contribuintes. 
As análises foram realizadas atendendo as condições estabelecidas nas normas 
técnicas de acessibilidade da ABNT NBR 9050. A edificação possui duas vagas de 
estacionamento para idosos, e uma para deficientes físicos, com placas de sinalização na 
vertical instalada na via pública, as quais estão de acordo com as normas técnicas, porém sem 
a sinalização horizontal na própria vaga, além disso não há rampas de acessibilidade na guia. 
Na calçada não há instalação de piso tátil direcional e de alerta. O acesso à Previdência Social 
pode ser feito tanto pela escada como pelas rampas de acesso conforme as Fig.s 22 e 23. A 
escada possui 16 degraus, medindo 17 centímetros cada um, que somando-os totalizam-se 
2,72 metros de altura, sendo assim uma barreira arquitetônica inadmissível pelo fato da 
população estar exposta ao risco de queda, nos corrimões da escada não há anéis de 
 
 
32 
 
identificação e leitura em Braille . Já a rampa de acesso, está dividida em três segmentos, com 
dois patamares de descanso, a largura da rampa está de acordo com as normas técnicas, a 
primeira rampa possui 5 metros de distancia com 10 % de inclinação, a segunda rampa possui 
4 metros de distancia com 11,25% de inclinação e a terceira rampa possui 1,80 metros de 
distância com 6,66 % de inclinação, todas as inclinações do segmento estão de acordo com as 
normas técnicas. 
Em relação ao interior da Previdência Social, o atendimento à população é feito 
somente no primeiro piso, nesse há um amplo espaço para mobilidade de idosos e deficientes 
físicos, havendo inclusive cadeiras de rodas disponíveis caso seja necessário sua utilização. 
Os sanitários possuem placas de sinalização para deficientes físicos, e toda sua estrutura como 
as barras de apoio e largura da porta estão de acordo com as normas conforme Fig 20 e 21. 
O acesso à Secretaria de Estado de Saúde pode ser feito pela rampa de acesso 
conforme, e pela escada como mostra as Fig. 25 e 26. A rampa de acesso possui uma largura 
de 1,88 metros, sua dimensão é considerada mais do que o recomendável que é de 1,50 
metros, sendo sua inclinação de 13 %, está de acordo com as normas técnicas. A escada 
possui 8 degraus, com corrimões sem anéis metálicos e leitura em Braille. Sua porta de 
entrada é ampla, possui 2,50 metros de largura. Em relação ao interior do prédio é um espaço 
consideravelmente grande, mas com pouca comodidade para idosos, gestantes ou deficientes 
físicos. Os sanitários não possuem nenhum tipo de adaptação, e além disso encontram-se em 
um estado precário conforme Fig. 27 e 28. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 20 – Placa de sinalização do sanitário, para deficientes físicos, a esquerda.
 
 
33 
 
 Fig.21 – Na página anterior. Sanitário da Previdência Social, a direita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.22 - Escadaria de acesso à Previdência Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.23 – Rampas de acesso da Previdência Social 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.24 – Vista superior da escadaria da Previdência Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.25 – Rampas de acesso da Secretaria de Estado da Saúde 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.26 – Escada de acesso à Secretaria de Estado da Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.27 – Sanitário em condição precária da 
Secretariade Estado da Saúde 
 
Fig.28 – Placa de identificação do sanitário em 
condição precária, pertencente à Secretaria de Estado 
da Saúde 
 
 
 
36 
 
3.2. DEFENSORIA PÚBLICA 
 
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo é uma instituição permanente 
cuja função, como expressão e instrumento do regime democrático, é oferecer, de forma 
integral e gratuita, aos cidadãos necessitados a orientação jurídica, a promoção dos direitos 
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e 
coletivos. 
A Constituição Federal a prevê como órgão de função essencial à Justiça e no 
Estado de São Paulo foi criada pela Lei Complementar Estadual nº 988 de 09 de janeiro de 
2006. 
A Defensoria Pública, apesar de ser instituição estadual, não é vinculada ao 
governo. Sua autonomia é prevista pela Constituição Federal e é uma garantia para que os 
Defensores Públicos possam representar os direitos da população sem qualquer tipo de 
constrangimento. Internamente, cada Defensor possui independência funcional para seguir 
livremente sua convicção em cada caso em que atua. 
É dever da Defensoria Pública no desempenho de suas funções, ter como 
fundamentos de atuação a prevenção dos conflitos e a construção de uma sociedade livre, 
justa e solidária, a erradicação da pobreza e da marginalidade, e a redução das desigualdades 
sociais e regionais. 
O Art. 6° da Lei Complementar Estadual n° 988 de 09 de janeiro de São Paulo 
parágrafo 2/I, discorre sobre o direito à qualidade na execução das funções, diz que deve se 
ter respeito no atendimento às pessoas que buscam assistência na Defensoria Pública. E no 
inciso X desta mesma lei diz que deve haver a manutenção de instalações limpas, sinalizadas, 
acessíveis e adequadas ao serviço ou atendimento. 
A defensoria se localiza na rua comendador José Peretti, n° 26, no Jardim 
paulista, a via é local de mão única, com sentido Washington Luiz – bairro, e tem uma caixa 
de rolagem de 6,86 de largura. Essa largura não é o suficiente para essa via pois existem 
estacionamento dos dois lados da rua tornando muito restrito o espaço que o veiculo possui 
para circular. 
 
 
37 
 
A zona onde esta situada, ZR2, zona residencial de até dois pavimentos não é 
muito densa e é circundada por habitações, na parte do bairro e comércios de pequeno e 
médio porte pois esta muito próximo da ZCS1, por isso o edifício da Defensoria Pública, se 
mescla ao contexto das construções do entorno, isto em relação ao edifício, mas se comparado 
o uso da defensoria notara que está totalmente fora do contexto da região, pois é o único 
órgão publico da região. 
A defensoria atrai um número considerável de viagens, mas não o suficiente 
para gerar um congestionamento no trânsito, ou uma lentidão do tráfego, (mesmo sendo 
perpendicular a uma via arterial da cidade que e a Av. Washington Luis) por isso, pode-se 
dizer que a via mais adequada é mesmo uma via local, mas ela deveria ser um pouco mais 
larga, para assim não gerar tantos conflitos entre os carros que circulam e os estacionados. 
Além dos problemas acima citado, a identificação visual do prédio também é 
precária. Apenas na fachada existe uma placa prateada com pouco destaque em relação às 
cores do prédio, bem como em relação aos escritos da própria placa. Os cidadãos visualizam a 
indicação do prédio somente quanto atentam-se para a placa, entretanto esta não identifica de 
forma rápida e fácil o órgão. As dimensões da placa de identificação são reduzidas, com 
apenas 0,70cm de largura por 0,50 cm de altura, conforme a Fig. 29. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 29 – Placa de identificação do prédio da Defensoria Pública. 
 
 
38 
 
As normas não especificam o tamanho que as placas devem ter, somente existe 
o Manual de Identificação Visual para utilização do símbolo e do brasão do estado, na 
identificação da Defensoria Pública as normas para utilização destes símbolos são respeitadas. 
A Defensoria Pública Estadual encontra-se num ponto da cidade afastada da 
maioria dos órgãos públicos de Presidente Prudente. Estes que estão construídos na região 
central da cidade. Inclusive o Fórum que fica situado na Rua Coronel José Soares Marcondes, 
próximo a Santa Casa, que por coerência deveria estar próximo a Defensoria Pública. No 
entanto, o órgão fica na Rua Comendador José Peretti, rua transversal à Avenida Washington 
Luiz, sem nenhum órgão público próximo a ele. Ficando longe dos órgãos que desempenham 
funções parecidas ou complementares, não evitando confusões por parte da população. 
Todavia, as pessoas que utilizam dos serviços prestados na Defensoria Pública 
são de natureza carente, o que dificulta a locomoção de suas casas até o órgão. Nessas 
circunstâncias passam somente quatro ônibus perto da Defensoria, na Avenida Washington 
Luiz. Outros pontos de parada de ônibus localizaram-se distantes do local, como a Avenida 
Manoel Goulart, conforme a Fig. 30 e se nenhum dos dois for assim feito a pessoa deve fazer 
uma parada no Centro e pegar outro ônibus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fig. 30 – Na pág. anterior. Mapa da região da Defensoria Pública, com os principais pontos 
demarcados. 
Abaixo estão listados os ônibus que passam pela Avenida Washington Luiz, 
nos pontos próximos a Defensoria Pública: 
 Jd. Mediterrâneo x Jd.Itapura, a cada 30 minutos; 
 Vale Verde x Jd. Planalto, a cada 30 minutos; 
 Ana Jacinta x Av. Washington Luiz, a cada 1h 20 minutos; 
 Circular x Humberto Salvador, a cada 35 minutos; 
O ônibus Jd Paulista x Eldorado passa pela Rua 7 de Setembro na ida e pela 
Rua Hugo Mielle na volta, outros dois pontos razoavelmente próximos a Defensoria Pública. 
Além da escassez de ônibus circulando na região do órgão, ainda tem a questão 
do intervalo entre os ônibus, chegando a ter ônibus passando a cada 1h 20min para quem 
mora no Bairro Ana Jacinta, que por sinal já se encontra demasiadamente longe do centro 
urbano da cidade. Logo quem mora nesse bairro, perderá no mínimo 40min dentro de um 
ônibus, podendo fazer esse trajeto em pé. Prejudicando seu conforto, já que os ônibus não são 
confortáveis e são barulhentos, balançam e dependendo da temperatura na cidade ele pode ser 
termicamente desconfortável para o cidadão. 
Além desses fatores ligados ao desconforto, tem-se o preço da tarifa de ônibus 
que posse ser reajustada a qualquer momento, valendo-se apenas de aprovação da Prefeitura. 
Que atualmente rege pelo valor de R$2,20, e R$1,10 para estudantes e idosos são isentos da 
tarifa. 
A rua onde se localiza a Defensoria Pública não conta com uma quantidade de 
vagas para estacionamento suficientes para atender a demanda. Dessa forma os carros têm que 
estacionar cada vez mais distante do local, em ruas adjacentes. Pelo fato de não haver no 
prédio garagem, e em frente ao prédio as vagas serem destinadas somente a veículos oficiais. 
A calçada do órgão tem 2,60m de passeio, de acordo com a lei prudentina que 
prevê um mínimo de 2,50m de passeio. A calçada está em boas condições, pintada 
recentemente e sem buracos. Há duas lixeiras a 0,57m da guia. No entanto tem como 
problema o despejo de águas pluviais, diretamente sobre o passeio. 
 
 
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A indicação da localização do órgão, é vista somente muito próximo ao prédio 
da Defensoria, na Av. Washington Luiz, nota-se duas placas, nos sentidos opostos, instaladas 
no canteiro central, o que dificulta a acessibilidade do edifício, conforme Fig. 31. E vale 
ressaltar que a Defensoria Pública esta desconexa dos órgãos que exercem funções 
semelhantes,e se não existir sinalização na cidade a população que necessita dos serviços será 
afetada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig.31 – Placa de Sinalização da Defensoria Pública na Av. Washington Luiz. 
 
A Defensoria Pública é composta por dois antigos blocos de apartamentos, com 
dois apartamentos em cada bloco, de acordo com Fig. 32. Esse prédio foi adaptado para as 
funções do órgão, segundo funcionários do mesmo. De modo que no térreo funciona o 
atendimento ao público, com uma sala de recepção que contem aproximadamente 30 cadeiras 
para a população. No entanto, a Defensoria Pública em Presidente Prudente adota uma 
política de distribuição de senhas pela manhã, no caso 60 senhas, e essas senhas são 
preferencialmente atendidas no período da manhã, porém se as 60 senhas não forem 
atendidas, elas são remanejadas para o período da tarde. Logo, a sala da recepção do prédio 
não comporta o número de senhas que são distribuídas, e muitas pessoas são obrigadas a 
esperar em pé. Como o prédio não conta com nenhum tipo de cobertura, varanda, as pessoas 
 
 
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que não estão na sentadas na sala, estão ao relento do lado de fora da construção, debaixo da 
chuva ou do Sol. O atendimento também é lento, não por incompetência dos funcionários, e 
sim pela própria natureza do serviço prestado. Com isso as pessoas perdem muito tempo para 
serem atendidas. Desde a chegada ao prédio para retirar a sua senha até o momento do 
atendimento. 
No 1° andar a área é restrita aos funcionários. Porém o acesso é feito somente 
de escada, de modo que se for empregado um deficiente físico, ele não terá meios de subir no 
segundo pavimento. Como foi informado, o órgão a algum tempo contou como um dos 
empregados um deficiente físico, este então trabalhava somente no térreo. Ficava então 
privado do direito de ir e vir no seu próprio local de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 32 – Vista do prédio da Defensoria Pública. 
O portão de entrada tem 0,77m de largura, quando deveria ter no mínimo 
1,20m como prevê a Norma da ABNT, para que por ali passe um deficiente físico que use 
 
 
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cadeira de rodas. No entanto, no prédio existe um portão eletrônico basculante, porém os 
seguranças do órgão que podem abri-lo. 
Há também, uma cerca elétrica que chega a estar a 2,00m de altura do chão e 
um ponto telefônico público (orelhão) dentro do prédio. Porém ele não garante que um 
deficiente de cadeira de rodas ou uma criança use-o, por não ter uma altura apropriada para 
eles. 
As análises de acessibilidade foram realizadas atendendo as condições 
estabelecidas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT NBR 9050. No prédio da 
Defensoria Pública não há estrutura que permita a acessibilidade tanto para deficientes 
visuais, auditivos ou com limitações físicas. Não há vagas de estacionamento para deficientes 
físicos, guia rebaixada com a implementação de rampas de acessibilidade e nem a instalação 
de piso tátil direcional e de alerta na calçada, conforme Fig. 32. O portão principal para acesso 
do órgão publico, possui 0,76 metros de largura, o qual está em desacordo com as normas 
técnicas as quais determinam no mínimo 0,80 metros. Em relação ao interior do prédio, pode-
se mencionar que o espaço de espera para o atendimento é reduzido, restringindo assim a 
mobilidade de um deficiente físico para a sua locomoção até a recepção e a sala da advocacia, 
além do desconforto durante a espera do atendimento. Os sanitários possuem placas de 
sinalização para deficientes físicos, com portas medindo 0.90 metros o qual apresenta-se de 
acordo com as normas técnicas exigidas ao contrário da barra de apoio, instalada 
aparentemente improvisada. 
 
3.3. CEAMA E 12º DER 
 
Por serem instalados no mesmo prédio, os dois órgãos serão estudados 
simultaneamente, e o que necessário distinguir assim será feito. 
O IAMSPE (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) é 
uma autarquia ligada à Secretaria Estadual de Gestão Pública cujo principal objetivo é prestar 
atendimento médico aos funcionários públicos estaduais, seus dependentes e agregados. O 
instituto possui três departamentos, um deles é o CEAMA (Centro de Assistência Médica 
 
 
43 
 
Ambulatorial) além de centenas de convênios com importantes hospitais, clínicas e 
laboratórios, que atendem aos funcionários dentro de suas próprias regiões. 
Há 18 Centros de Assistência Médico-Ambulatorial (CEAMAS) localizados 
nas seguintes cidades do interior: Araçatuba, Araraquara, Assis, Barretos, Bauru, Campinas, 
Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto, Santos, São João 
da Boa Vista, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté. Todos têm o 
objetivo de oferecer assistência médica aos usuários de suas regiões. Essas unidades prestam 
orientações e encaminhamentos aos serviços existentes na região, fazem cadastro de usuários 
e emitem guias para atendimento médico de importantes hospitais, clinicas e laboratórios 
sediados em seus municípios. 
Já o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) tem como missão 
administrar o sistema rodoviário estadual, sua integração com as rodovias municipais e 
federais e sua interação com os demais modos de transporte, objetivando o atendimento aos 
usuários no transporte de pessoas e cargas. O DER de Presidente Prudente é responsável por 
toda a região abrangendo vários municípios. E não presta atendimento direto ao publico, pois 
lá são resolvidos questões jurídicas, e a necessidade das pessoas irem ate lá, é pequena, mas 
ele será avaliado pois se encontra no mesmo prédio do CEAMA,mas não será analisado as 
questões internas do DER, pelo mesmo motivo. 
O CEAMA e o 12º DER, se encontram na Rua Siqueira Campos, nº790, 
Centro, é a mesma Rua do INSS, mas em uma altura mais elevada, continua sendo uma via 
local com rua de 8 metros de largura e uma ZCS1 e com os mesmos índices urbanísticos, mas 
a diferença é que agora o órgão se encontram dentro do quadrilátero central da cidade, que 
constitui a região delimitada pelas 4 principais vias arteriais da cidade, conforme mostra a 
Fig. 33, é a área mais importante da cidade, formada quase que exclusivamente por 
comércios. Neste caso fica evidente como as vias arteriais formam a estrutura viária da 
cidade. 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 33 – Planta do Quadrilátero Central, onde as avenidas descritas em cor vermelha 
representam os limites do mesmo. 
 
Por assim ser, o fluxo de carros é muito grande e a procura de estacionamento 
também, gerando assim uma mobilidade muito pequena nessa área. A via continua 
percorrendo o sentido bairro – Centro, e também continua com estacionamentos dos dois 
lados da via, deixando apenas um estreito espaço para os carros que necessitam percorrer o 
leito carroçável da via. 
Pelo grande fluxo de veículos existentes nessa região a via deveria ser mais 
larga e deveria permitir pelo menos que dois carros circulassem ao mesmo tempo, a questão 
que se faz necessária é porque não foi assim feito anteriormente, pois bem a resposta 
provavelmente é dada pela falta de planejamento, quando foi traçada não tinha a visão que 
haveriam tantos carros, ou talvez podem ser estritas para deixar mais espaços para os lotes. 
O prédio, conta com uma placa na fachada, de 2,40m de comprimento por 
1,15m, destacando o principal órgão que o prédio abriga o CEAMA, mas está muito alta, 
dificultando sua visualização. A placa de identificação do DER, é pequena e em estado de 
conservação precário, tem 1,50 m de comprimento por 1,00m de altura, esta instalada acima 
do portãode acesso aos fundos do prédio. 
O prédio desse órgão fica localizado na região central da cidade, conforme a 
Fig. 24, porém não há muitas linhas de ônibus que passam perto do órgão. Existem três linhas 
 
 
45 
 
que passam próximo ao prédio, mas o ponto fica na Av. Manoel Goulart, em frente a Caixa 
Econômica Federal, que são: 
 CECAP x Nova Prudente, a cada 40 minutos; 
 Vale Verde x Planalto, a cada 45 minutos; 
 Jd. Eldorado x Jd. Paulista, a cada 30 minutos; 
 
Logo se o cidadão não morar em um desses bairros, ele deverá fazer uma 
parada no Centro, ou no Terminal, pegar outro ônibus ou andar até o prédio. Considerando 
ainda que as pessoas que utilizam do CEAMA, normalmente são pessoas que estão 
interessados em marcar um consulta médica, supõe-se que ela não dispõe de suas melhores 
condições de saúde para enfrentar uma caminhada do Centro ao local do prédio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 33 – Mapa da região do CEAMA. e 12º DER, com os principais pontos demarcados. 
 
Todo o centro de Presidente Prudente é escasso em termos de estacionamento 
público, por isso os motoristas são obrigados a estacionar ou em estacionamentos privados, 
 
 
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onde a taxa é mais cara que a do estacionamento público com a zona azul, ou se deslocarem 
para as zonas mais afastadas do quadrilátero para assim encontrar uma vaga. Neste caso gera 
outro problema pois os motoristas que não encontram vaga vão circular ate encontrá-la e isso 
aumenta o número de veículos circulando pelo centro. 
No caso do prédio estudado neste tópico a situação é a mesma, além de não 
possuir um estacionamento próprio, as vagas da via são poucas e dedicadas não apenas ao 
órgão mas a todos, são oferecidas 10 vagas pela zona azul, contabilizando as vagas do 
quarteirão do prédio, e o quarteirão a frente, no primeiro em frente ao CEAMA existe uma 
vaga para veículos oficiais, mas não existe vaga para idosos e deficientes. 
Antes dos órgãos públicos, não somente os públicos, mas principalmente pois 
devem servir de exemplo, se instalarem-se em algum prédio, deveria ser levado em 
consideração que as pessoas tem carros, e precisam de lugar para estacionar, e se assim não 
ocorrer a população será diretamente afetada. 
A solução para as vagas de estacionamento do centro talvez seja a instalação de 
edifício ou edifícios garagens nos pontos mais necessitados, sendo assim feito pode-se livrar 
algumas áreas de estacionamento das vias aumentando o fluxo e a mobilidade, e podendo 
inclusive transitar ônibus por dentro do quadrilátero. Mas deve ser feito um estudo prévio da 
oferta e da demanda de vagas de estacionamento oferecidas, e também uma projeção futura 
das mesmas, para a partir daí fazer a escolha dos locais onde serão implantados. 
As calçadas do centro como um todo e inclusive da que se encontra frente ao 
prédio Do CEAMA e do DEM, estão em razoáveis condições de conservação, e a largura 
delas seriam boas se localizadas se localizadas em zonas residenciais. O centro possui um 
intenso fluxo não apenas de veículos como também de pedestres, por isso assim como as ruas 
deveriam ser mais largas, os passeios também deveriam ser, pois com o grande fluxo pessoas, 
muitas vezes essas são obrigadas a sair dos passeios e ir para o leito carroçável pela falta de 
espaço dos mesmos. 
O passeio do CEAMA e do DER, tem 2,95 de largura também possui uma 
árvore que invade a calçada até a medida de 91 cm, mas esta não é um problema para o 
transito de pedestres, não existe mais mobiliários urbanos e ela da continuidade aos lotes 
lindeiros, o que não existe são alguns itens para os deficientes, mas isso será visto mais a 
frente quando for tratado a acessibilidade. 
 
 
47 
 
A identificação de indicação, que deveria existir para ajudar o acesso aos 
órgãos públicos, segundo as pessoas entrevistadas e funcionários abordados, não existe em 
nenhum ponto da cidade, nem mesmo nas proximidades do prédio. Isto acontece tanto no 
CEAMA, quanto no DER. Se a pessoa quiser chegar ao prédio terá como único ponto de 
referencia próximo a Telefônica, que tem a lateral oeste voltada para os órgãos públicos 
conforme Fig. 33. 
O prédio do CEAMA pertence a outro órgão público estadual, o DER 
(Departamento de Estradas e Rodagem), assim foi necessário uma adaptação da edificação 
para a construção do CEAMA. Consequentemente os deslocamentos e a disposição dos 
espaços internos são dados de maneira inadequada, esses fatos prejudicam os usuários, e por 
ser um órgão vinculado a saúde, necessita de uma estrutura especifica. O DER que é o 
“proprietário” do prédio, agora se encontra em uma situação ainda pior, pois ocupa os fundos 
do prédio. 
Em relação a comodidade no interior, o espaço do CEAMA é reduzido e possui 
poucos assentos, porém são suficientes para o número de pessoas que freqüentam, pois não há 
um grande fluxo de pessoas, visto que não são muitos consultórios e o atendimento é feito 
somente com o agendamento de horário, e esses assentos encontram-se em estado de 
conservação precário. Sendo um órgão de assistência de saúde deveria possuir no mínimo 
cadeiras de rodas disponíveis, elevadores e rampas de acesso. Não há instalação de nenhum 
ventilador, ar- condicionado e janelas nas salas de espera, propiciando assim um ambiente 
desconfortável devido à falta de circulação de ar. Há instalação de bebedouros, esses 
encontram-se em bom estado de conservação, ao contrário dos sanitários do local. 
Como o DER atende poucas pessoas, em seu interior não há acomodação para 
o público, por se tratar de um posto de atividades jurídicas e não de atendimento ao público. 
De modo que o interior do prédio não é liberado para a população, então não foi feito análise 
nesse prédio. 
Sendo o CEAMA, um órgão voltado para o sistema de saúde, deveria possuir 
no mínimo uma infra-estrutura adequada não somente para os deficientes físicos como 
também para os idosos, que são os que mais freqüentam o local, mas baseado nas análises 
feitas, informações cedidas pelos funcionários do CEAMA e pela opinião das pessoas que ali 
estavam presentes, o prédio não é democraticamente acessível. 
 
 
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As análises foram realizadas atendendo as condições estabelecidas nas normas 
técnicas de acessibilidade da ABNT NBR 9050. Assim foram observados alguns aspectos 
como a ausência de vagas de estacionamento destinada aos deficientes físicos, assim como o 
rebaixamento da guia para as rampas de acesso e a instalação de piso tátil direcional e de 
alerta na calçada. O acesso para a edificação é feito somente por escadas cujos degraus não 
possuem faixas sinalizadoras, e corrimões sem anéis metálicos e leitura em Braille, conforme 
Fig. 34. O atendimento aos pacientes é feito tanto no térreo como no piso superior, assim a 
mobilidade para esse é feita através de escadas, pois não há elevadores e nem rampas de 
acessibilidade, sendo assim tanto na entrada principal como no interior do prédio, os pacientes 
que possuem limitações físicas precisam ser carregados para obter acesso. Não há sanitário 
específico para deficientes físicos, e os que existem suas dimensões são limitadas. 
Dentre os questionários feitos, foi entrevistada uma senhora, Queomara, 78 
anos, que de acordo com ela usufrui freqüentemente os serviços oferecidos pelo CEAMA, ela 
mencionou alguns aspectos negativos em relação à estrutura da edificação, como a dificuldade 
para subir as escadas. 
 
 
 
 
 
 
Fig.34 - Escada de acesso ao CEAMA 
 
O número de pessoas que o DER atende é muito pequeno, e a entrada é dada 
por um portão de 1,13 m de largura, conforme a Fig. 35, e com a mesma largura segue um 
corredor, conforme

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