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João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 3 22 –– CCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO GGEEOOMMÉÉTTRRIICCAA DDAASS RROODDOOVVIIAASS O que é uma Rodovia? De acordo com a Lei Nº. 9.503, de 23/09/1997 (Código de Trânsito Brasileiro) que entrou em vigor em 8/01/1998, utilizam-se as seguintes definições: ESTRADA – via rural não pavimentada; RODOVIA – via rural pavimentada; VIA RURAL – são as estradas e rodovias. À forma assumida por uma rodovia dá-se o nome de “corpo estradal”. O estudo da composição geométrica de uma rodovia tem três abordagens: perfil transversal, planta baixa e perfil longitudinal. Perfil Transversal Obtém-se o perfil transversal a partir da intercessão da superfície do terreno natural com um plano vertical, normal e transversal ao eixo da rodovia. Uma seção transversal de rodovia é constituída por duas linhas: 1. Perfil transversal do terreno natural 2. Perfil transversal de projeto ou gabarito Figura 2 – Corpo estradal João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 4 Figura 3 – Seção típica de corte Figura 4 – Seção de aterro Figura 5 – Seção mista Corte Aterro Mista João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 5 Componentes geométricos da seção transversal: Taludes: são superfícies inclinadas que delimitam lateralmente os cortes e aterros. Valor da inclinação: 1:1,5; 1:2; 1,5:1, etc. Off–set: é a interseção dos taludes de corte e aterro com a superfície do terreno natural. (crista do corte, pé do aterro). Figura 6 – Talude de aterro e linha de off-sets Plataforma de Terraplenagem: é a superfície convexa final, construída a partir das operações de terraplenagem, limitada lateralmente por taludes de corte ou aterro. • Largura da plataforma: é função da hierarquia da rodovia. o Plataforma de aterro; o Plataforma de corte: inclui sarjetas de drenagem. • Bordas da plataforma: pé do corte, crista do aterro. • Inclinação transversal ou abaulamento: a inclinação depende da natureza (textura) da superfície de rolamento. • Superelevação: SEc é a inclinação transversal que se dá às plataformas nos trechos curvos a fim de fazer frente à ação da força centrífuga (ou centrípeta) que atua sobre os veículos. O valor da SEc decorre do raio de curvatura. João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 6 • Superlargura: é a largura adicional que se dá às plataformas nos trechos curvos a fim de melhorar as condições de segurança, particularmente no que se refere à inscrição do veículo à curva. Valores SL ≥ 40,0cm. Figura 7 – Representação das forças que atuam em trechos curvos Faixa de Domínio: é a faixa de terras que contém a rodovia e áreas adjacentes. A Faixa de Domínio é necessária para a segurança dos veículos e pedestres. Possibilita condições para alargamentos, duplicações e obtenção de materiais para uso na construção da estrada. As terras desta faixa são desapropriadas pelo Estado. A largura é variável em função da classe da rodovia e do relevo. Plataforma de Pavimentação: é a largura superior do pavimento de uma rodovia. Está constituída por: • Pista: é a parte da plataforma de pavimentação destinada ao tráfego de veículos. Pista simples. Duas pistas (ou pista dupla) separadas por um canteiro central ou divisor físico • Faixa de Tráfego: é a parte da pista destinada ao fluxo de veículos num mesmo sentido. Cada pista possui duas ou mais faixas. • Terceira Faixa: é uma faixa adicional utilizada por veículos lentos nas rampas ascendentes muito inclinadas e longas. João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 7 • Acostamentos: são faixas construídas lateralmente às pistas com a finalidade de proteger os bordos do pavimento e servir, eventualmente, como faixa de tráfego e parada ocasional dos veículos. Esquema geométrico da plataforma de pavimentação Plataforma de pavimentação Figura 8 – Composição visual da plataforma de pavimentação Planta Baixa A Planta Baixa de uma rodovia é a representação plana dos elementos do terreno e projeto. Aco Aco Faixa de tráfego Faixa Eixo João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 8 O terreno é representado por curvas de nível. Um projeto planimétrico é constituído pelo conjunto dos seguintes elementos: • Eixo: é o alinhamento longitudinal da rodovia. O eixo localiza-se na parte central da plataforma. • Estacas: definem e materializam o eixo. O estaqueamento cresce a partir da origem de 20 em 20m. • Alinhamentos Retos (ou Retas): localizados entre curvas horizontais. Trecho retilíneo. Tangente. Intertangente. • Curva de Concordância Horizontal: é o arco ou seqüência de arcos que concordam geometricamente dois alinhamentos retos sucessivos. A curva é caracterizada pelo valor do Raio de curvatura. O valor do raio depende do veículo de projeto e da velocidade. Curva circular simples. Curva de Transição. Curva Composta. Figura 9 – Eixo da rodovia em planta baixa João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 9 Figura 10 – Planta baixa de um projeto rodoviário Perfil Longitudinal Perfil longitudinal é a representação gráfica de um corte vertical no corpo estradal, através de uma superfície perpendicular e coincidente com o eixo da rodovia. Figura 11 – Perfil longitudinal João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 10 Elementos do perfil longitudinal: • Linha do terreno Natural: representa a variação do terreno natural através da interseção deste com a superfície vertical que determina o perfil. Deformação. Escalas horizontal e vertical. • Linha de Projeto ou GREIDE: é uma linha em perfil longitudinal judiciosamente posicionada em relação ao terreno natural. Definição dos cortes e aterros. A posição é influenciada pela Classe de projeto da rodovia. O perfil é cotado em cada estaca. O greide é o projeto em perfil. • Declividade: é a taxa de acréscimo ou decréscimo altimétrico do greide. • Rampa ou Aclive: é um trecho ascendente com declividade constante, segundo a origem do estaqueamento. • Declive ou Contra Rampa: é um trecho descendente com declividade constante, segundo a origem do estaqueamento. • Curva de Concordância Vertical: é a curva que concorda geometricamente duas rampas sucessivas. Normalmente utiliza-se a parábola do 2º grau. É caracterizada pela projeção L. O projeto da curva é definido por condições de visibilidade, custos e operação da via. Figura 12 – Curva de concordância vertical João Fortini Albano Vencedores não usam drogas 11 Figura 13 – Interseção entre duas rodovias (Bulgária) Figura 14 – Rodovia com pista dupla
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