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Adenovírus: Características e Hospedeiros

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FACULDADE TERRA NORDESTE
 FATENE- CAUCAIA
 Thaís Lecy de Carvalho
 Isabelle Rodrigues Coelho
 
 
 
 
 ADENOVÍRUS
 
 Caucaia
 2018
1. Introdução
Os adenovírus são vírus pertencente à família Adenoviridae, que contém uma única molécula linear de DNA de fita dupla e se replicam no núcleo celular. Essa família é constituída pelo gênero Mastodenovirus, que infectam apenas a mamíferos; Aviadenovirus, que infectam aves; Atadeenovirus, que inclui alguns adenovírus de bovinos, ovinos, marsupiais e patos; e Siadenovirus, que inclui adenovírus de sapo e peru. Eles foram isolados pela primeira vez na década de cinquenta, em uma cultura de células de adenoide humana. Os virions não são envelopados, tem de setenta a noventa nm de diâmetro e apresenta simetria icosaedrica. Os cápsides são constituídos por 252 capsômeros, 12 capsômeros do tipo penton no vértice do icosaedro, e 240 capsômeros do tipo hexon, nas faces e arestas. Fibras alongadas se projetam da superfície do vírion e são úteis na fixação do vírus às células-alvo. O genoma é constituído por uma única molécula de DNA de fita dupla (dsDNA). São cinquenta e um tipos de sorotipos, que são agrupados em seis espécies (adenovírus humano de A a F). Os adenovírus podem causar uma diversidade de infecções envolvendo o sistema respiratório, ocular, trato urinário e entérico, podem causar também infecções potencialmente letais em pacientes imunodeficientes. São vírus capazes de sobreviver a longos períodos do meio ambiente, devido a essa alta resistência, eles se tornaram agentes endêmicos que não estão sujeitos a variações sazonais. 
2. Desenvolvimento
 2.1 Hospedeiros
A transmissões das infecções por adenovírus e doenças pode variar de esporádica a epidêmica, dependendo do sorotipo viral e da idade da população suscetível, crianças ou adultos. (Trabulsi, Alterthum 2008).
Os adenovírus tem uma variedades de hospedeiros naturais, mas em geral são restritos a uma única espécie ou a espécies relacionadas. Das infecções ocasionadas por adenovírus, as mais graves podem ser em cães e aves.
A infecção pelo agente etiológico adenovírus canino tipo 1 (CAV-1) é o principal causador da Hepatite Infecciosa Canina (HIC) ou Doença de Rubarth. A incidência da moléstia clínica causada por CAV-1 é atualmente muito baixa, devido a eficácia dos procedimentos de vacinação. Anticorpos neutralizadores anti-CAV-1 também são detectados em cães maturos vacinados, sugerindo ser disseminada exposição natural ao vírus (ETTINGER & FELDMAN, 2004). 
A HCI é encontrada em todo o mundo, embora a doença clínica seja cada vez mais rara. A infecção se propaga por meio da urina de cães infectados, os quais podem reter o vírus nos rins e excretá-lo pela urina durante meses após a infecção (McVey, Kennedy e Chengappa, 2017).
A hepatite infecciosa canina pode manifestar-se de forma hiperaguda, aguda e subclínica. Tem como principais sinais clínicos: diarreia com ou sem presença de sangue, febre, dor abdominal, icterícia (raramente), hepatomegalia, aumento da sede, depressão, perda de peso, conjuntivite, uveíte e fotofobia em casos mais severos, prostração e morte do animal. 
O CAV-1 é adquirido por meio de exposição oronasal. Este vírus é encontrado em todos os tecidos, sendo eliminado em todas as secreções durante a infecção aguda. Também é eliminado por pelo menos seis a nove meses na urina após a recuperação do indivíduo. É altamente resistente à inativação, permitindo consequentemente a sua transmissão por meio de fômites e ectoparasitas (Bichard e Sherding, 2004). 
A transmissão é dada de modo direto após a ingestão de urina, fezes ou saliva de animais infectados, via oronasal, porém ele é encontrado em toda superfície do animal. Em muitos casos, a doença é transmitida por ectoparasitas (parasitas que permanecem na superfície externa do cão). 
A resposta imunológica elimina o vírus dos tecidos do hospedeiro geralmente 14 dias após a infecção inicial. Contudo, o vírus pode persistir nos rins e, em algumas vezes, ser excretado na urina por mais de seis meses (QUINN, MARKEY, CARTER, DONNELLY, LEONARD 2005).
os adenovírus bovinos (BAV) são classificados em 10 sorotipos (de BAV-1 a BAV-10), dentre os quais o BAV-3 e o BAV-5 parecem ser os mais patogênicos. Em geral, os adenovírus provocam pneumonia ou enterite, mas apenas em bovinos muito jovens ou com imunossupressão.
É raro a infecção por adenovírus em equinos ter como consequência doença do trato respiratório em equinos sadios, e é comum os potros imunocompetentes desenvolverem infecções subclínicas ou assintomáticas.
Esses tipos de adenovírus infectam aves domésticas e outras espécies de aves pelo mundo todo. Embora, com frequência, sejam isolados de aves aparentemente normais, doenças específicas também estão associadas à infecção por adenovírus (McVey, Kennedy e Chengappa, 2017).
 3. Diagnóstico
A coleta de amostras logo após o aparecimento da doença é importante para o isolamento viral e para detecção de antígenos ou ácido nucleico de adenovírus diretamente na amostra. O isolamento viral é feito com maior eficiência em células humanas. O vírus deve ser tipado por sorologia, utilizando anticorpos de referencia, pelas técnicas de imunofluorecencia e fixação do complemento grupo especificas e inibição da hemaglutinação e soroneutralização tipo-especifica. Podem ser ainda identificados e subtipados por meio da caracterização do DNA por hibridização ou pelos padrões de restrição após ingestão com endonucleases. As técnicas de PCR também estão sendo utilizadas para identificação das infecções por adenovírus. Podem ainda ser diagnosticado de forma direta, em material fecal. (Trabulsi, Alterthum 2008).
O diagnóstico clínico de hepatite infecciosa canina é difícil de ser dado devido ao curso superagudo ou agudo da enfermidade e a pouca especificidade dos sinais clínicos, achados de necropsia e histopatologia. É analisado histórico de febre colapso súbito e dor abdominal. Outros métodos de diagnóstico utilizados incluem um método de PCR para detecção de DNA viral em espécimes clínicos (Kiss et al., 1996), imunofluorescência, o isolamento viral pode ser feito do sangue, secreção da orofaringe, urina e fezes, no período febril. Além disso, na urina há prolongada liberação do vírus após o início da infecção, permitindo o isolamento viral (Woods et al., 1999), microscopia eletrônica e imuno-histoquímica. Um título de anticorpos crescente, usando-se de testes de vírus neutralização ou de inibição da hemaglutinação, é indicativo de infecção ativa por AVC-1 (QUINN, MARKEY, CARTER, DONNELLY, LEONARD 2005). É possível confirmar o diagnóstico de HCI por meio de procedimentos sorológicos (fixação de complemento, inibição da hemaglutinação ou teste imunoenzimático), os quais mostram o aumento na concentração de anticorpos contra o CAV-1. (McVey, Kennedy e Chengappa, 2017).
O diagnóstico do adenovírus bovino requer isolamento do vírus ou exame sorológico. Os adenovírus bovinos podem ser isolados de suabe retal, nasal ou conjuntival. A maioria dos sorotipos não induz os efeitos citopatogênicos característicos antes que ocorram várias “passagens cegas” do vírus.
Há 2 sorotipos de adenovírus equino, determinados por meio de soroneutralização. Para o diagnóstico laboratorial, o vírus é isolado de tecido infectado, material de suabes nasal e ocular em culturas de rins de fetos equinos ou de células de derme fetal. É possível identificar os vírus por meio de microscopia eletrônica, mediante coloraçãoimunofluorescente (IF) ou imuno-histoquímica de tecidos infectados. O ácido nucleico do adenovírus também é detectado por meio de PCR. Testes de neutralização viral e teste de inibição da hemaglutinação são utilizados para detectar a presença e o aumento do título de anticorpos para diagnóstico sorológico de infecções causadas por adenovírus.
No adenovírus de cervídeos, o vírus se dissemina em culturas primárias de células do epitélio respiratório de cervídeos, no entanto, o diagnóstico baseia-se nas lesões histológicas e macroscópicas características, na coloração imuno-histoquímica com antissoro contra o BAV e em procedimento com microscópio eletrônico (McVey, Kennedy e Chengappa, 2017).
4. Tratamento e Controle
Foram utilizados alguns antivirais no tratamento de infecções oculares ou infecções disseminadas pelo adenovírus, principalmente com cidofovir e ribavirina, Mas os resultados não são conclusivos e mais estudos são necessários antes de algum antiviral ser recomendado (Trabulsi, Alterthum 2008).
O tratamento de cães que apresentam HCI consiste em terapia de suporte e tratamento sintomático. Obtém-se o controle da doença mediante vacinação e emprego de rigorosas medidas sanitárias no estabelecimento afetado, mantendo-se os cães expostos em quarentena (McVey, Kennedy e Chengappa, 2017).
O tratamento recomendado é o tratamento suporte até que possa ocorrer recuperação a partir do estágio agudo de infecção e regeneração hepatocelular. Isso geralmente requer fluidoterapia que utilize de soluções suplementadas com potássio e dextrose, tratamento para encefalopatia hepática e antibióticos para complicações bacterianas secundárias (Bichard e Sherding, 2004). 
A melhor forma de prevenção para a Hepatite Infecciosa Canina é a vacinação anual do animal, a vacina polivalente (v8 ou v10), considerada uma das mais importantes e que previne também doenças como a parvovirose, a raiva canina ou a cinomose.
Filhotes com níveis desconhecidos de anticorpos maternos devem ser vacinados duas vezes: com oito a 10 semanas e com 12 a 14 semanas de idade. São recomendados reforços anuais ou a intervalos de dois anos (QUINN, MARKEY, CARTER, DONNELLY, LEONARD 2005).
As epidemias de ceratoconjuntivite podem ser evitadas pela cloração adequada de piscinas e pela assepsia rígida de equipamentos oculares, que também podem transmitir a doença (Trabulsi, Alterthum 2008).
5. Comentários Finais
A hepatite infecciosa viral canina é uma doença rara, que vem sendo controlada pelo estímulo provocado pelas imunizações polivalentes. Além dos sinais clínicos serem inespecíficos, a raridade com que ocorre dificulta o diagnóstico, que, muitas vezes, só é conseguido de maneira definitiva, após a morte do animal. Por ser uma doença de rápida evolução, é imprescindível que se tomem medidas profiláticas como imunização dos pais antes da reprodução e dos filhotes a partir de seis a oito semanas de idade, é importante também que seja feita higienização do ambiente e evitar o contato com animais não vacinados.

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