Buscar

ACÓRDÃOS PROCESSO CIVIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Análise de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2225658-52.2016.8.26.0000, da Comarca de Sorocaba, em que são agravantes ADIVALDO FERREIRA ALVES e MARIA DE LOURDES MATOS GOMES, é agravado FONTE FOMENTO E COBRANÇA MERCANTIL LTDA. ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 24ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores WALTER BARONE (Presidente sem voto), SILVIA MARIA FACCHINA ESPÓSITO MARTINEZ E SALLES VIEIRA.
Trata-se de agravo de instrumento interposto por ADIVALDO FERREIRA ALVES e MARIA DE LOURDES MATOS GOMES contra decisão que rejeitou a impugnação apresentada pelos agravantes, determinando o prosseguimento da execução ajuizada por Fonte Fomento e Cobrança Mercantil LTDA. Os agravantes alegam que a execução promovida pela empresa Fonte Fomento e Cobrança Mercantil LTDA em seu desfavor permaneceu paralisada por cerca de dez anos devido à inércia do exequente, requerendo, portanto a aplicação da prescrição intercorrente, porquanto já superado há muito o prazo de 05 anos, nos termos do art. 206, § 5º, cc. art. 2028, ambos do Código.
Os agravantes alegam que a execução promovida pela empresa Fonte Fomento e Cobrança Mercantil LTDA. em seu desfavor permaneceu paralisada por cerca de dez anos devido à inércia do exequente. Requer a aplicação da prescrição intercorrente, porquanto já superado há muito o prazo de 05 anos, nos termos do art. 206, § 5º, cc. art. 2028, do Código Civil.
Inicialmente, importante esclarecer que o recurso de agravo de instrumento é cabível, em primeiro grau de jurisdição, contra decisões interlocutórias previstas em lei, sendo decisão interlocutória todo pronunciamento com conteúdo decisório proferido no curso do procedimento, que não encerra a fase cognitiva nem o processo de execução.
O rol do artigo 1.015 do CPC elenca as possibilidades em que o aludido recurso poderá ser interposto, dispondo em seu parágrafo único que “também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário”.
Portanto, o recurso foi utilizado adequadamente no caso em tela.
No que se refere à prescrição intercorrente, Cássio Scarpinella (2014, p.86) a define como “[...] a falta de impulso processual pelo exequente que pode acarretar a perda da ‘pretensão’ à tutela jurisdicional executiva”.
A prescrição intercorrente encontra guarida nos artigos 921, III e 924, que rezam que:
Art. 921.  Suspende-se a execução:
[...]
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
[...]
§ 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.
§ 4º Decorrido o prazo de que trata o §1º sem manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.
Art. 924. Extingue-se a execução quando:
[...]
V - ocorrer a prescrição intercorrente.
No que se refere ao prazo prescricional alegado pelos agravantes, o Código Civil dispõe:
Art. 206. Prescreve:
[...]
§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
Com os argumentos acima elencados, os agravantes requereram a aplicação da prescrição intercorrente.
Contudo, posto houve a suspensão do feito por determinado período, em razão da não localização de bens penhoráveis, bem como não houve a intimação pessoal do exequente para dar andamento ao feito, requisito indispensável para impulsionar o processo, impossível a contagem do prazo prescricional, motivos pelos quais não foi dado provimento ao recurso.
Análise de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos. Acordam os Desembargadores integrantes da Décima Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em dar provimento ao apelo. Custas na forma da lei. Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes Senhores DES. GUINTHER SPODE (PRESIDENTE) E DES. UMBERTO GUASPARI SUDBRACK.
Trata-se de recurso apelação cível interposto pela Caixa Econômica Federal, contra a sentença que acolheu os embargos à Execução opostos por em face de Danielle Cristina Nunes Bruno, em razão de prescrição alegada com base na data de vencimento da última parcela do contrato.
A apelação é o recurso cabível em face de sentença, seja definitiva, conforme art. 487, CPC ou terminativa (sem resolução de mérito – art. 485, CPC), sendo, portanto, o recurso correto utilizado no presente caso.
A Caixa Econômica Federal, inconformada com a sentença, alegou em apelação que a data de vencimento da última parcela o termo inicial da prescrição, o que está correto, uma vez que só com o título vencido é que surge a possibilidade de cobrá-lo judicialmente.
Ademais, a apelada alegou a ausência de título executivo, o que não confere, posto que conforme acórdão a execução foi devidamente instruída com contrato de empréstimo. Por fim, refutou a cobrança de juros moratórios e correção monetária.
Pelo exposto, a decisão deu provimento ao apelo da Caixa Econômica Federal e julgou improcedentes os embargos opostos, invertendo a sucumbência fixada na sentença.
Análise de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
ACÓRDÃO
Vistos etc., acorda, em Turma, a 14ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, em REJEITAR A PRELIMINAR. NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.  DES. MARCO AURELIO FERENZINI (RELATOR).  
Trata-se de recurso apelação cível interposto por Santana do Jacaré Indústria e Comércio de Carnes Ltda contra a sentença proferida nos autos dos embargos à execução ajuizada em face de Joel Geraldo da Costa, onde foi julgado improcedente pelo juiz de primeiro graus o pedido inicial o pedido inicial, condenando a parte ao pagamento de custas e honorários.
A empresa alegou, em preliminar, ausência de documento indispensável à propositura da ação, uma vez que os cheques foram desentranhados para formalização de protesto especial para fim falimentar.
Cheque é uma ordem de pagamento, sempre à vista (ou seja, na data da apresentação deve ser liquidado), sacada contra um banco ou instituição financeira que seja reputada como tal,com suficiente provisão de fundos, pelo sacador em mão do sacado ou decorrente do contrato de abertura de crédito.
Esclarece-se, inicialmente, que a juntada do título extrajudicial é requisito indispensável para a propositura da execução. Vejamos o disposto no Código de Processo Civil:
Art. 798.  Ao propor a execução, incumbe ao exequente:
I - instruir a petição inicial com:
a) o título executivo extrajudicial;
Ocorre que, no presente caso, o título foi devidamente juntado, pois caso não o fosse, sequer haveria ação de execução. Ademais, constou certidão nos autos informando que os originais foram devolvidos e guardados no cofre da secretaria.
No mérito, a apelante aduz que não é devedora dos valores dos cheques, posto que foram emitidos para aquisição de frangos, os quais não foram entregues e que os títulos estão vinculados a causa debendi, ou seja a comprovação da compra e entrega das aves. Refutou a alegação de que os títulos foram recebidos por endosso.
No que tange ao endosso, o Superior Tribunal de Justiça manifestou sobre a execução de cheque, tendo como portador um terceiro de boa fé e decidiu:
"O cheque é título literal e abstrato. Exceções pessoais, ligadas ao negócio subjacente, somente podem ser opostas a quem tenha participado do negócio. Endossado o cheque a terceiro de boa fé, questões ligadas a causa debendi originária não podem ser manifestadas contra o terceirolegítimo portador do título. Lei 7.357/85, arts. 13 e 25. Recurso Especial conhecido e provido, para o restabelecimento da sentença de improcedência dos embargos" 
Apesar dos argumentos utilizados, a apelante não os comprova por meio de documentos a inexistência do negócio, tampouco nega a emissão da cártula.
		Pelo exposto, não configurada a má-fé da embargante ao ajuizar a demanda, não foi dado provimento ao recurso.

Outros materiais