Buscar

Direito Penal - 1 Bimestre/ 2015 - Professor Heitor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PENAL - 1 BIMESTRE 
Arts. 1 ao 5 e 13 ao 18 (salvo o 17)
Crime é uma conduta humana que ocorre no mundo terreno, bem como um resultado que se submete a um tipo penal.
Quando eu lembro de crime eu lembro de lei, não há crime sem lei anterior que o defina não há pena sem prévia cominação legal, PRINCÍPIO DA LEGALIDADE DOS CRIMES E DAS PENAS “nullum crimen, nulla poena sine praevia legem” (Art. 1 CP). Tem que ser uma lei efetivamente vigente quando eu tenho a prática do fato criminoso, vacatio legis não. É instituída por lei ordinária ou complementar, medida provisória não. O legislador da cumprimento a esse princípio da legalidade penal construindo tipos penais.
Tipo penal: é o modelo legal, abstrato e genérico que descreve a conduta e o resultado criminosos. Quando no mundo dos fenômenos é concretizada a conduta e o resultado presentes no tipo penal essa conduta adquire tipicidade penal.
Tipicidade: é a adequação de um fato que eu realizo no mundo dos fenômenos em um tipo penal prévio.
O direito penal trabalha com ilicitude e antijuridicidade que revelam contrariedade ao direito, então a finalidade do tipo penal é limitar a criminalidade. 
CRIME= fato = conduta + relação de causalidade + resultado
Aspecto OBJETIVO é composto por conduta, relação de causalidade e resultado.
Aspecto Subjetivo é o dolo e a culpa.
TIPOS:
Art. 121 Homicídio
Art. 155 Furto
Art. 157 Roubo
Art. 159 Extorsão mediante sequestro
Art. 213 Estupro
Art. 269 Omissão de notificação de doença
Retroação benéfica da lei penal em benefício do réu, (art. 2) extinção do tipo é o melhor que pode ocorrer, abolitio criminis, lei posterior por ser benéfica retroage aos fatos anteriores ainda que se tenha sentença condenatória transitada em julgado. “Novatio legis in mellius” ou “lex mitior”
Punibilidade: possibilidade de o estado impor sanção penal ao autor de um crime ou de uma contravenção penal.
A lei penal deve ser interpretada de maneira restritiva porque é incriminadora, só é crime do modo que ela diz, pois ela é taxativa, dá detalhes da conduta que está punindo, então tenho que entender o que o legislador expressa como fato punível.
Preceito primário: descrição da conduta e do fato
Secundário: pena
Quando o preceito primário for insuficiente surge a norma penal em branco.
Norma penal em branco, somente com a descrição do tipo eu não consigo entender sobre o que o legislador se refere, falta algum complemento. Art 269, CP, omissão de notificação de doença, norma penal em branco, e crime próprio, pois só pode ser feito por médico, precisarei recorrer à portaria da saúde pra saber quais são essas doenças. 
Em direito penal também é possível a analogia para beneficiar, “analogia in bonam partem”, para favorecer o sujeito diminuindo sua punição, permite até o perdão judicial, o juiz não aplicará pena desde que o fato culposo já tenha atingido o agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária, (Art. 121 parágrafo 5 - perdão judicial). A analogia não está no código penal.
Preciso saber o momento do crime pra aplicar a lei, disposto no Art. 4, momento da conduta (ação ou omissão) mesmo que outra seja o momento do resultado. Teoria da atividade criminosa.
Retroação benéfica NÃO RETROAGE para lei excepcional (evento transitório -calamidade- perdura enquanto existir o estado de emergência) ou temporária (pré-fixado em seu texto o lapso temporal para sua vigência, ex: fifa 12663/2012), surgiram para regular uma situação excepcional então se aplicam ao fato que ocorreu durante a vigência delas. Art. 3
Territorialidade:
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Art. 13 - Causalidade material, o resultado só é imputável a quem lhe deu causa, é causa ação (conduta positiva) ou omissão (conduta negativa) sem a qual o resultado não teria ocorrido, trata da TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS, tudo que contribui para o crime é causa deste “conditio sine qua non”.
Para verificar se o antecedente é causa utiliza-se o método hipotético de eliminação mental, de acordo com o qual é causa de um resultado toda condição que suprimida mentalmente faria-o desaparecer. Ela é limitada pelo aspecto psíquico (vontade).
Superveniência de causa independente (Art. 13 § 1º): tenho uma primeira situação e surge a segunda que é superveniente, mas essa surperveniência por si só produziu o resultado. Ex: João atira em Maria que é resgatada por uma ambulância, esta por sua vez capota a caminho do hospital e Maria morre. João não irá responder pelo resultado, apenas pelas ações anteriores (tentativa de homicídio). A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando por si só produziu o resultado, os fatos anteriores imputam-se a quem os praticou.
Relevância da omissão (Art. 13 § 2º), não fazer aquilo que eu DEVIA E PODIA fazer para evitar o resultado. 
Alínea a: Não ajo, mas tinha a obrigação de agir em virtude de lei - mãe que não alimenta o filho. 
Alínea b: Não por lei, mas de outra forma assumiu a responsabilidade. Ex: Contrato, a enfermeira contratada para dar remédio ao paciente ás 10h, se ela não deu e o paciente morreu ela responde por crime omissivo.
Alínea c- Comportamento anterior que produziu o resultado. Ex: coloquei fogo na minha casa e aí foi indo para a do vizinho tenho que apagar senão eu respondo.
Crime consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. É a integralização do tipo penal, a concretização do fato típico em toda sua inteireza.
Crime tentado é a realização incompleta do tipo penal, pois fica aquém do resultado por causas alheias à vontade do agente. INÍCIO DE EXECUÇÃO CRIMINOSA, NÃO CONSUMAÇÃO POR CAUSA ALHEIA A VONTADE DO AGENTE, DOLO DE CONSUMAÇÃO. - 3 ELEMENTOS.
A ÚNICA DIFERENÇA ENTRE ELES É OBJETIVA, SUBJETIVAMENTE NÃO TEM DIFERENÇA, PORQUE NO TENTANDO EU NÃO CHEGUEI AO RESULTADO.
Iter criminis= caminho do crime
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA: Agente que voluntariamente desiste de prosseguir com a execução do tipo penal só responde pelos atos já praticados, causa interna do agente. Ia matar, mas atirou no pé, responde só pelo Art. 129-lesão corporal. No ARREPENDIMENTO EFICAZ eu já passei a conduta, só tenho como impedir voluntariamente que o resultado se produza, assim se impeço eficazmente o resultado sem lesão alguma eu não respondo por nada. Ex: Sei que João não sabe nadar e jogo ele em um rio profundo para se afogar, me arrependo e o salvo impedindo o resultado, desta forma João não sofreu lesão alguma está perfeitamente bem. A doutrina adota esta situação como exclusão da tipicidade ou causa pessoal da extinção da punibilidade.
Art 16. Arrependimento posterior à consumação, mas antes do juiz proferir seu resultado, até a denuncia ou queixa, é causa de diminuição de pena de um a dois terços. Isso apenas nos crimes sem violência ou grave ameaça.
Crime de ação penal pública além de afetar o indivíduo também atinge toda sociedade, sua petição inicial seria a DENÚNCIA efetuada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO. Se for de ação privada o início do processo se da por QUEIXA efetuada por ADVOGADO. Art. 100, a ação penal É publica salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. Art. 145, capítulo de crimes em que se procede mediantequeixa (salvo 140 §2).
Faceta SUBJETIVA do crime: dolo ou culpa, crime doloso ou crime culposo art. 18.
Crime DOLOSO consiste no agente querer o resultado ou assumir o risco de produzi-lo e ter conhecimento da ilicitude do fato. Vontade do fato + conhecimento da ilicitude do fato.
A forma, normal de dolo é o dolo direto vontade da conduta e do resultado, é querido em relação ao resultado.
DOLO EVENTUAL o agente não quer diretamente o resultado, mas assume o risco de produzi-lo. - Indireto, alternativo- Ex: Atiro para ferir ou matar.
O CULPOSO não é querido em termos de resultado. O agente tem um agir querido, com vontade, mas há uma falta de cuidado que resulta em algo ilícito que ele não previa, mas a média da sociedade sim. Falta de cuidado + previsibilidade da ilicitude.
A CULPA CONSCIENTE é a culpa em que o agente prevê o resultado, mas supõe levianamente que este não se realizará.
Doloso é regra e culposo é exceção. Se depois da descrição típica não há indício de que o fato é culposo é porque não é crime. Ex: Dano só é crime doloso, pois não há explícito em seu tipo penal a forma culposa, então esta não é crime; porém dano culposo é ilícito no direito civil.

Outros materiais