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aula 06 LICITAÇÃO PÚBLICA

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Livro Eletrônico
Aula 06
Direito Administrativo p/ TRT 15 Interior de SP (Analista- Área Jud e Oficial de Justiça)
Pós-Edital
Professor: Herbert Almeida
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Direito Administrativo p/ TRT-15 
Analista Judici‡rio (Judici‡ria e Execu‹o de Mandados) 
Teoria e exerc’cios comentados 
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 6 
 
 
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AULA 6: Licita‹o pœblica 
Sumário	
PROCESSOS LICITATÓRIOS ...................................................................................................................... 2 
Conceito .............................................................................................................................................. 2 
Legislação ............................................................................................................................................ 3 
Destinatários ....................................................................................................................................... 4 
Finalidade ............................................................................................................................................ 5 
Princípios ............................................................................................................................................. 6 
Objeto ................................................................................................................................................. 8 
Modalidades ...................................................................................................................................... 13 
Obrigatoriedade ................................................................................................................................ 27 
Inexigibilidade de licitação ................................................................................................................. 28 
Dispensa de licitação ......................................................................................................................... 31 
Procedimento .................................................................................................................................... 42 
Revogação e anulação ....................................................................................................................... 55 
Sanções ............................................................................................................................................. 57 
QUESTÕES MÚLTIPLA ESCOLHA ............................................................................................................ 62 
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA...................................................................................................... 87 
GABARITO ........................................................................................................................................... 102 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 102 
 
Ol‡ pessoal! Tudo certo? 
Nesta aula, vamos estudar o seguinte item do edital: ÒLicita›es e 
Contratos da Administra‹o Pœblica (Lei no 8.666/1993 e altera›es 
posteriores) Ð parte 1.Ó. 
Sobre a aula, destaco que este Ž um assunto bem interessante e que 
muito provavelmente estar‡ em sua prova. Ent‹o, mais do que nunca, 
estudem com bastante aten‹o. AlŽm disso, recomendo que vocs faam a 
leitura da Lei 8.666/1993 na ’ntegra (d‡ um pouco mais de uma hora de 
leitura). 
Espero que gostem da aula, bons estudos! 
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Direito Administrativo p/ TRT-15 
Analista Judici‡rio (Judici‡ria e Execu‹o de Mandados) 
Teoria e exerc’cios comentados 
Prof. Herbert Almeida Ð Aula 6 
 
 
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PROCESSOS	LICITATÓRIOS	
Conceito	
Para iniciar nosso estudo vamos primeiro conceituar a licita‹o. Para 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro1: 
[...] pode-se definir a licita‹o como o procedimento administrativo 
pelo qual um ente pœblico, no exerc’cio da fun‹o administrativa, abre 
a todos os interessados, que se sujeitem ˆs condi›es fixadas no 
instrumento convocat—rio, a possibilidade de formularem propostas 
dentre as quais selecionar‡ e aceitar‡ a mais conveniente para a 
celebra‹o de contrato. (grifos nossos) 
Em seguida, a autora faz alguns coment‡rios importantes de alguns 
pontos do conceito. Um procedimento administrativo Ž um conjunto de 
atos integrados que s‹o realizados dentro de uma sequncia para alcanar um 
resultado ou ato final. Dessa forma, a licita‹o Ž um procedimento utilizado 
para oferecer a oportunidade aos diversos interessados em apresentar 
propostas para, ao final, selecionar aquela considerada a mais vantajosa para 
a Administra‹o. 
Ainda complementando, Di Pietro destaca que Ž atravŽs da licita‹o que 
a Administra‹o abre, a todos os interessados que se sujeitem ˆs 
condi›es fixadas no instrumento convocat—rio, a possibilidade de 
apresenta‹o de proposta. O instrumento convocat—rio, seja a carta-
convite ou o edital, apresenta as condi›es b‡sicas para participar da licita‹o 
e estabelece as normas a serem observadas no contrato que se pretende 
celebrar. Assim, o atendimento da convoca‹o implica na aceita‹o das 
condi›es ali estabelecidas. 
Por fim, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais 
selecionar‡ e aceitar‡ a mais conveniente para a celebra‹o de 
contrato Ž a parte final do conceito. Segundo a autora, diferentemente do 
que ocorre na iniciativa privada, quando uma parte faz uma proposta e a outra 
aceita, no setor pœblico a licita‹o equivale a uma oferta dirigida a toda a 
coletividade que preencha os requisitos legais e regulamentares. Dentro 
dessa coletividade, algumas pessoas apresentar‹o propostas, que equivalem 
ˆ aceita‹o da oferta da Administra‹o. Por fim, o ente pœblico dever‡ 
 
1 Di Pietro, 2013, p. 370. 
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selecionar a proposta que seja mais conveniente para resguardar o interesse 
pœblico, dentro dos requisitos fixados no ato convocat—rio. 
Legislação	
O arcabouo jur’dico das licita›es Ž amplo. O fundamento principal 
decorre do inciso XXI do artigo 37 da Constitui‹o Federal de 1988 (CF/88), 
segundo o qual: 
XXI - ressalvados os casos especificados na legisla‹o, as obras, 
servios, compras e aliena›es ser‹o contratados mediante 
processo de licita‹o pœblica que assegure igualdade de condi›es 
a todos os concorrentes, com cl‡usulas que estabeleam obriga›es de 
pagamento, mantidas as condi›es efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitir‡ as exigncias de qualifica‹o tŽcnica e 
econ™mica indispens‡veis ˆ garantia do cumprimento das obriga›es. 
(grifos nossos) 
Desde j‡, Ž importante destacar que o dispositivo constitucional permite 
que a legisla‹o estabelea casos em que n‹o se aplica a licita‹o, ponto que 
estudaremos mais adiante. 
Prosseguindo, o artigo 22, inciso XXVII, da CF/88 estabelece como 
competncia privativa da Uni‹o legislar sobre Ònormas gerais de licita‹o 
e contrata‹o,em todas as modalidades, para as administra›es pœblicas 
diretas, aut‡rquicas e fundacionais da Uni‹o, Estados, Distrito Federal e 
Munic’pios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas pœblicas 
e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, ¤ 1¡, IIIÓ, conforme 
reda‹o dada pela EC 19/1998. Dessa forma, ˆ Uni‹o compete estabelecer as 
normas gerais, aplic‡veis a todos os entes federados, cabendo aos estados, 
Distrito Federal e munic’pios editarem normas espec’ficas. De certa forma, 
a Uni‹o tambŽm pode editar normas espec’ficas, mas que, neste caso, n‹o se 
aplicaria aos demais entes federados. 
Ainda na Constitui‹o, a EC 19/1998, dando nova reda‹o ao artigo 173, 
¤ 1¼, da CF, fez previs‹o para o estatuto jur’dico das empresas pœblicas 
e sociedades de economia mista, dispondo, entre outros temas, sobre 
normas pr—prias de licita‹o e contrata‹o para essas entidades. Esse estatuto 
foi elaborado, constituindo-se na Lei 13.303/2016, que apresenta um 
regime licitat—rio espec’fico para as empresas estatais. 
Partindo para a legisla‹o infraconstitucional, a Lei 8.666/1993, que 
regulamenta o inciso XXI do artigo 37 da CF, estabelece normas gerais 
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sobre licita›es e contratos administrativos pertinentes a obras, 
servios, inclusive de publicidade, compras, aliena›es e loca›es no ‰mbito 
dos Poderes da Uni‹o, dos estados, do Distrito Federal e dos 
munic’pios. 
Outro documento importante Ž a Lei 10.520/2002, que institui, no 
‰mbito da Uni‹o, estados, Distrito Federal e munic’pios, a modalidade de 
licita‹o denominada preg‹o, para aquisi‹o de bens e servios comuns. 
A partir de agora, nossa an‡lise tomar‡ por base a Lei 8.666/1993 (Lei 
de Licita›es e Contratos, LLC, Lei de Licita›es, Estatuto geral das licita›es 
ou somente Estatuto). Assim, quando n‹o houver men‹o sobre qual lei 
estamos falando ou sobre qual lei se refere os dispositivos mencionados, 
estaremos tratando Lei 8.666/1993. 
Destinatários	
O artigo 1¼ da Lei de Licita›es estabelece o seu campo de aplica‹o da 
seguinte forma: 
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licita›es e contratos 
administrativos pertinentes a obras, servios, inclusive de publicidade, 
compras, aliena›es e loca›es no ‰mbito dos Poderes da Uni‹o, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Munic’pios. 
Par‡grafo œnico. Subordinam-se ao regime desta Lei, alŽm dos —rg‹os 
da administra‹o direta, os fundos especiais, as autarquias, as 
funda›es pœblicas, as empresas pœblicas, as sociedades de economia 
mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela 
Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios. (grifos nossos) 
Dessa forma, as normas gerais de licita‹o se aplicam a todos os entes 
federados (Uni‹o, estados, Distrito Federal e munic’pios), envolvendo os trs 
Poderes (Executivo, Legislativo e Judici‡rio), incluindo ainda os Tribunais de 
Contas e o MinistŽrio Pœblico. Aplica-se tambŽm aos —rg‹os encarregados de 
gerir os fundos especiais e ˆs autarquias, funda›es pœblicas. 
Contudo, sobre a parte final do art. 1¼, par‡grafo œnico, da Lei 
8.666/1993, surge um tema que poder‡ gerar dœvidas nas pr—ximas provas. 
Conforme mencionado acima, a EC 19/1998 permitiu a elabora‹o de 
legisla‹o pr—pria para empresas pœblicas e sociedades de economia 
mista. Essa nova legisla‹o Ž a Lei 13.303/2016, que apresenta um regime 
licitat—rio espec’fico para as empresas pœblicas, as sociedades de economia 
mista e suas subsidi‡rias, exploradoras de atividade econ™mica, ainda 
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que a atividade econ™mica esteja sujeita ao regime de monop—lio da Uni‹o, 
ou prestadoras de servios pœblicos (Lei 13.303/2016, art. 1¼, caput). 
Ademais, as disposi›es da Lei 13.303/2016 aplicam-se inclusive ˆs 
sociedades, inclusive as de prop—sito espec’fico, que sejam controladas por 
empresa pœblica ou sociedade de economia mista (Lei 13.303/2016, art. 1¼, 
¤ 6¼). 
Assim, desde a edi‹o da Lei 13.303/2016, podemos dizer que houve 
uma revoga‹o t‡cita do trecho final do art. 1¼, par‡grafo œnico, da Lei 
8.666/1993, uma vez que esta n‹o se aplica mais ˆs empresas pœblicas e ˆs 
sociedades de economia mista, incluindo ainda ˆs suas subsidi‡rias e 
sociedades por elas controladas. 
Salientamos, entretanto, que Ž preciso tomar cuidado nas quest›es de 
concursos. Principalmente em quest›es literais, uma vez que o art. 1¼, 
par‡grafo œnico, da Lei 8.666/1993 n‹o foi expressamente revogado. Se a 
quest‹o cobrar o ‰mbito de aplica‹o da Lei 8.666/1993, o mais adequado, 
atualmente, Ž excluir a aplica‹o ˆs empresas estatais. 
Ressalta-se, por fim, que ao longo desta aula a Lei 13.303/2016 n‹o ser‡ 
estudada, j‡ que o assunto aqui abordado refere-se ˆs normas gerais de 
licita›es previstas na Lei 8.666/1993. 
Finalidade	
A finalidade ou destina‹o da licita‹o encontra-se disciplinada em seu 
artigo 3¼ nos seguintes termos: 
Art. 3o A licita‹o destina-se a garantir a observ‰ncia do princ’pio 
constitucional da isonomia, a sele‹o da proposta mais vantajosa 
para a administra‹o e a promo‹o do desenvolvimento nacional 
sustent‡vel e ser‡ processada e julgada em estrita conformidade com 
os princ’pios b‡sicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, 
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vincula‹o 
ao instrumento convocat—rio, do julgamento objetivo e dos que lhes s‹o 
correlatos. (grifos nossos) 
Essa reda‹o foi dada pela Lei 12.349/2010, incluindo como terceira 
finalidade a promo‹o do desenvolvimento nacional sustent‡vel. Dessa forma, 
podemos destacar as finalidades da seguinte forma: 
¥ garantir a observ‰ncia do princ’pio constitucional da isonomia: 
o procedimento deve proporcionar igualdade entre os participantes no 
procedimento licitat—rio. Este princ’pio sofreu flexibiliza‹o a partir da 
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Lei 12.349/2010, uma vez que essa Lei incluiu possibilidades de se 
instituir margem de preferncia para os poss’veis candidatos; 
¥ sele‹o da proposta mais vantajosa: a proposta mais vantajosa Ž 
aquela que atende da melhor maneira ˆs necessidades da entidade e 
do interesse pœblico, o que nem sempre ser‡ o menor preo; 
¥ promo‹o do desenvolvimento nacional sustent‡vel: devido ao 
grande impacto que as compras governamentais tm na economia. As 
licita›es pœblicas devem buscar o desenvolvimento econ™mico e o 
fortalecimento de cadeias produtivas de bens e servios domŽsticos, 
com vistas ˆ institui‹o de incentivos ˆ pesquisa e ˆ inova‹o. 
Dessa forma, foram inclu’das margens de preferncia na Lei de 
Licita›es, a exemplo da previs‹o o ¤5¼ do artigo 3¼ (grifou-se): ÒNos 
processos de licita‹o, poder‡ ser estabelecida margem de preferncia para 
(Reda‹o dada pelaLei n¼ 13.146, de 2015): (i) produtos manufaturados 
e para servios nacionais que atendam a normas tŽcnicas brasileiras; e (ii) 
bens e servios produzidos ou prestados por empresas que comprovem 
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com 
deficincia ou para reabilitado da Previdncia Social e que atendam ˆs 
regras de acessibilidade previstas na legisla‹oÓ. 
Princípios	
O artigo 3¼ apresentado acima traz como princ’pios b‡sicos da licita‹o 
a2: 
¥ legalidade: n‹o pode prevalecer a vontade do administrador, pois sua 
atua‹o deve pautar-se no que a lei imp›e; 
¥ impessoalidade: na licita‹o, esse princ’pio est‡ intimamente ligado 
aos princ’pios da isonomia e do julgamento objetivo. As decis›es da 
Administra‹o devem pautar-se em critŽrios objetivos, sem levar em 
considera‹o as condi›es pessoais dos licitantes; 
¥ moralidade e probidade administrativa: o comportamento da 
Administra‹o n‹o deve ser apenas l’cito, mas tambŽm se basear na 
moral, nos bons costumes, nas regras de boa administra‹o, nos 
princ’pios da justia e de equidade, na ideia comum de honestidade; 
 
2 Comentários com base em Di Pietro, 2013, 
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¥ igualdade: a licita‹o n‹o se destina exclusivamente a escolha da 
proposta mais vantajosa. Para isso, bastaria que o Administrador 
comprasse de uma empresa de seu irm‹o com o menor preo do 
mercado. Contudo, deve ir alŽm disso, garantindo tambŽm a igualdade 
de direitos a todos os interessados em contratar; 
¥ publicidade: diz respeito n‹o apenas ˆ divulga‹o do procedimento 
para conhecimento de todos os interessados (publica‹o do edital, 
divulga‹o da carta-convite), como tambŽm aos atos da Administra‹o 
praticados nas v‡rias fases do procedimento. Quanto maior a 
competitividade, maior deve ser a publicidade. 
O ¤3¼ da Lei 8.666/1993 estabelece que a licita‹o (grifou-se) Òn‹o ser‡ 
sigilosa, sendo pœblicos e acess’veis ao pœblico os atos de seu procedimento, 
salvo quanto ao conteœdo das propostas, atŽ a respectiva aberturaÓ. 
Esta ressalva d‡ origem a outro princ’pio da licita‹o, qual seja o sigilo na 
apresenta‹o das propostas. 
Outrossim, o artigo 4¼ d‡ o direito a qualquer cidad‹o para acompanhar 
o desenvolvimento da licita‹o, desde que n‹o interfira de modo a perturbar 
ou impedir a realiza‹o dos trabalhos. AlŽm disso, diversos outros dispositivos 
constituem aplica‹o do princ’pio da publicidade, constituindo meios para a 
ampla fiscaliza‹o sobre a legalidade do procedimento. 
¥ vincula‹o ao instrumento convocat—rio: segundo o artigo 41, ÒA 
Administra‹o n‹o pode descumprir as normas e condi›es do edital, 
ao qual se acha estritamente vinculadaÓ. Em complemento, o inciso 
V do artigo 43 estabelece que o: Òjulgamento e classifica‹o das 
propostas de acordo com os critŽrios de avalia‹o constantes do 
editalÓ. Dessa forma, o edital constitui a lei interna da licita‹o, ao 
qual est‹o vinculados a entidade licitante e todos os concorrentes; 
¥ julgamento objetivo: decorre do princ’pio da legalidade, 
estabelecendo que o julgamento das propostas h‡ de ser feito de 
acordo com os critŽrios fixados no edital. Esse princ’pio decorre 
tambŽm do artigo 45, que estabelece o seguinte: 
Art. 45. O julgamento das propostas ser‡ objetivo, devendo a 
Comiss‹o de licita‹o ou o respons‡vel pelo convite realiz‡-lo em 
conformidade com os tipos de licita‹o, os critŽrios previamente 
estabelecidos no ato convocat—rio e de acordo com os fatores 
exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferi‹o 
pelos licitantes e pelos —rg‹os de controle. (grifos nossos) 
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O artigo 3¼, alŽm de apresentar os princ’pios expressos, estabelece, ao 
seu final, que se aplicam tambŽm os princ’pios que Òlhes s‹o correlatosÓ. 
Dessa forma, a doutrina menciona diversos outros princ’pios. Hely Lopes 
Meirelles3, por exemplo, apresenta uma rela‹o maior de princ’pios: 
procedimento formal, publicidade, igualdade entre os licitantes, sigilo das 
propostas, vincula‹o ao edital, julgamento objetivo, probidade administrativa 
e adjudica‹o compuls—ria. 
Segundo o autor, como procedimento formal, a licita‹o deve 
obedincia ˆs prescri›es legais que a regem em todos os seus atos e fases, 
devendo seguir, ainda, os regulamentos e cadernos de obriga›es pr—prios da 
entidade, alŽm do edital ou carta-convite. 
Por fim, a adjudica‹o diz respeito ao ato da autoridade competente 
que atribui ao vencedor do certame o seu objeto. A adjudica‹o Ž o ato 
unilateral pelo qual a Administra‹o declara que, se vier a celebrar o 
contrato referente ao objeto da licita‹o, obrigatoriamente o far‡ com o 
licitante vencedor4. Dessa forma, a adjudica‹o compuls—ria ao vencedor 
impede que a Administra‹o, conclu’do o procedimento licitat—rio, atribua seu 
objeto a terceiro que n‹o seja o leg’timo vencedor. 
Esse princ’pio, porŽm, d‡ direito apenas a adjudica‹o, n‹o garantindo 
a celebra‹o do contrato. Assim, impede-se que o —rg‹o celebre o contrato 
com outro ou abra novo procedimento licitat—rio para o mesmo objeto 
enquanto estiver v‡lida a adjudica‹o. Impede, tambŽm, que o —rg‹o protele 
a contrata‹o indefinidamente sem apresentar motivo para tal. Todavia, n‹o 
constitui direito subjetivo ˆ assinatura do contrato, ou seja, a Administra‹o 
possui a prerrogativa de, por motivos supervenientes, deixar de assinar o 
contrato. 
Objeto	
Segundo Hely Lopes Meirelles5, o objeto da licita‹o Ҏ a obra, o servio, 
a compra, a aliena‹o, a concess‹o, a permiss‹o e a loca‹o que, afinal, ser‡ 
contratada com o particularÓ. Dessa forma, o objeto da licita‹o confunde-se 
com o pr—prio objeto do contrato. 
 
3 Meirelles, 2013, p. 299. 
4 Barchet, 2008, p. 427. 
5 Meirelles, 2013, p. 300. 
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Vejamos algumas defini›es apresentadas pela pr—pria Lei 8.666/1993 
(art. 6¼): 
¥ obra: toda constru‹o, reforma, fabrica‹o, recupera‹o ou 
amplia‹o, realizada por execu‹o direta ou indireta; 
¥ servio: - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de 
interesse para a Administra‹o, tais como: demoli‹o, conserto, 
instala‹o, montagem, opera‹o, conserva‹o, repara‹o, adapta‹o, 
manuten‹o, transporte, loca‹o de bens, publicidade, seguro ou 
trabalhos tŽcnico-profissionais; 
¥ compra: toda aquisi‹o remunerada de bens para fornecimento de 
uma s— vez ou parceladamente; 
¥ aliena‹o: toda transferncia de dom’nio de bens a terceiros; 
A concess‹o e a permiss‹o s‹o formas de delega‹o de servios 
pœblicos previstas no artigo 175 da CF/88. Por fim, a loca‹o ocorre quando 
um propriet‡rio cede determinado bempara utiliza‹o de terceiros. 
 
1. (Cespe – Administrador/DPF/2014) A utilização da licitação pública para a 
aquisição de produtos e serviços atende ao princípio da isonomia para a contratação, 
assegurando igualdade de condições aos interessados em fornecer ao Estado. 
Comentário: a realização de licitação ocorre para oferecer oportunidade a mais 
de um interessado em apresentar proposta, e para assegurar a igualdade de 
condições a todos os participantes do processo. A garantia disso reflete o 
princípio da igualdade/isonomia apresentada no artigo 3º da LLC. 
Gabarito: correto. 
2. (Cespe – Administrador/DPF/2014) O princípio da impessoalidade, no que se 
refere à execução de obras públicas, proíbe a subcontratação de empresas para a 
execução de parte do serviço licitado, porquanto a escolha pessoal do subcontratado 
pelo contratado viola o interesse público. 
Comentário: o princípio da impessoalidade afirma que a Administração deve 
pautar-se em critérios objetivos, sem levar em consideração as condições 
pessoais dos licitantes. Quanto à subcontratação, cabe saber que ela é permitida 
desde que expressamente prevista no edital. 
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Gabarito: errado. 
3. (Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Em razão do princípio da eficiência, 
é possível, mediante licitação, a contratação de empresa que não tenha apresentado 
toda a documentação de habilitação exigida, desde que a proposta seja a mais 
vantajosa para a administração. 
Comentário: o princípio da eficiência determina que a Administração Pública, 
agindo com moralidade e legalidade, se utilize dos bens públicos de modo a 
garantir maior rentabilidade social e evitando desperdícios. 
Somente conhecendo o princípio já é possível ver que ele não se alinha com o 
enunciado da questão. 
Além disso, a contratação de qualquer empresa que não apresente a 
documentação solicitada é vedada, obedecendo ao princípio da legalidade. 
Gabarito: errado. 
4. (Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Não há previsão legal para o 
estabelecimento, nos processos licitatórios, de margem de preferência para bens e 
serviços com tecnologia desenvolvida no Brasil. 
Comentário: a margem de preferência foi instituída pela MP 495/2010, que 
flexibilizou o conceito de proposta mais vantajosa para a Administração, 
incluindo como um de seus objetivos o desenvolvimento nacional sustentável. 
Assim, é possível considerar uma proposta como mais vantajosa, mesmo que 
ela não seja a de menor valor. 
Os casos de margem de preferência devem levar em conta (art. 3º, §6º): 
I - geração de emprego e renda; 
II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; 
III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; 
IV - custo adicional dos produtos e serviços; e 
V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados. 
Além disso, poderá ser estabelecida margem de preferência adicional para os 
produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e 
inovação tecnológica realizados no País. 
Logo, há previsão legal para margem de preferência para bens e serviços com 
tecnologia desenvolvida no Brasil. 
Gabarito: errado. 
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5. (Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Dadas as alterações feitas, nos 
últimos anos, no marco regulatório das licitações públicas, aos requisitos do melhor 
preço e da maior vantagem para a administração pública somaram-se, também, 
critérios de sustentabilidade ambiental. 
Comentário: as finalidades da licitação estão previstas no artigo 3º da LLC. Para 
tanto, o texto traz como finalidades 
¥ a garantia e observância ao princípio da isonomia; 
¥ a seleção da proposta mais vantajosa; e 
¥ a promoção do desenvolvimento nacional sustentável (conforme redação 
da Lei 12.349/2010). 
Dessa forma, correta a assertiva. 
Gabarito: correto. 
6. (Cespe – Agente Administrativo/DPF/2014) Cabe privativamente à União 
legislar acerca de normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, 
para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos 
estados, do DF e dos municípios. 
Comentário: compete à União estabelecer as normas gerais, aplicáveis a todos 
os entes federados, cabendo aos estados, Distrito Federal e municípios editarem 
normas específicas. 
Gabarito: correto. 
7. (Cespe – Grupo Gestor/MPOG/2013) O primeiro critério de desempate a ser 
utilizado, em uma concorrência, é o de bens e serviços produzidos no país. 
Comentário: os critérios desempate que constam no artigo 3º, § 2o da Lei 
8.666/93 são os seguintes: 
¤ 2o Em igualdade de condi›es, como critŽrio de desempate, 
ser‡ assegurada preferncia, sucessivamente, aos bens e 
servios: 
II - produzidos no Pa’s; 
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa 
e no desenvolvimento de tecnologia no Pa’s. 
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem 
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com 
deficincia ou para reabilitado da Previdncia Social e que atendam ˆs 
regras de acessibilidade previstas na legisla‹o. 
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Para tanto, correta a assertiva. 
Gabarito: correto. 
8. (Cespe – Grupo Gestor/MPOG/2013) Todo o processo licitatório deve ocorrer em 
sigilo, para que seja possível manter a isonomia do processo. 
Comentário: o processo licitatório deve ter seu acesso liberado ao público, 
sendo apenas o conteúdo das propostas sigiloso até a sua abertura (§3º da Lei 
8.666/1993). 
Gabarito: errado. 
9. (Cespe – APGI/INPI/2013) Um dos objetivos dessa lei é dar transparência ao 
processo licitatório e permitir igualdade de participação a todos, além de observar a 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável. 
Comentário: segundo o artigo 3º (vamos repetir esse artigo várias vezes, pois 
ele é fundamental para a prova) da Lei 8.666/1993: 
Art. 3¼ A licita‹o destina-se a garantir a observ‰ncia do princ’pio 
constitucional da isonomia, a sele‹o da proposta mais vantajosa 
para a administra‹o e a promo‹o do desenvolvimento nacional 
sustent‡vel e ser‡ processada e julgada em estrita conformidade 
com os princ’pios b‡sicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vincula‹o ao instrumento convocat—rio, do 
julgamento objetivo e dos que lhes s‹o correlatos. 
As finalidades da licitação expressamente previstas no artigo 3º são: 
¥ garantir a observância do princípio constitucional da isonomia; 
¥ seleção da proposta mais vantajosa para a administração; e 
¥ promoção do desenvolvimento nacional sustentável. 
Podemos enquadrar também a garantia do cumprimento de seus princípios,dentre eles o da publicidade que tem, entre seus objetivos, a garantia da 
transparência do procedimento. 
Gabarito: correto. 
10. (Cespe – AJ/TJ ES/2010) A licitação é um processo administrativo por se constituir 
de atos jurídicos praticados com o propósito de se alcançar um determinado resultado. 
Comentário: a licitação é um procedimento administrativo, sendo realizada para 
alcançar determinado resultados: “garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a 
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável”. 
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Gabarito: correto. 
11. (Cespe – AJ/TJ ES/2010) Como forma de favorecer a celeridade na contratação 
de serviços públicos ou na alocação de bens, a legislação atribui competência 
concorrente aos municípios para que estes possam criar modalidades simplificadas de 
licitação. 
Comentário: somente a União pode legislar sobre normas gerais de licitação. 
Assim, os demais entes federados não podem criar outras modalidades 
licitatórias, conforme determina o §8º do art. 22 da LLC: 
¤ 8o ƒ vedada a cria‹o de outras modalidades de licita‹o ou a 
combina‹o das referidas neste artigo. 
Gabarito: errado. 
12. (Cespe – APGI/INPI/2013) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal, 
de forma concorrente, editar normas gerais de contratação, em todas as modalidades, 
para suas administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais, e para as 
empresas públicas e sociedades de economia mista que lhes são vinculadas. 
Comentário: a competência para editar normas gerais sobre licitações e 
contratos é da União, cabendo aos estados, Distrito Federal e municípios apenas 
editar normas específicas. 
Gabarito: errado. 
Modalidades	
O artigo 22 da Lei 8.666/1993 estabelece as seguintes modalidades de 
licita‹o: concorrncia, tomada de preos, convite, concurso; e leil‹o. 
AlŽm dessas, a Lei 10.520/2002 instituiu a modalidade de licita‹o chamada 
preg‹o. Por fim, a Lei 9.472/1997, Lei da Agncia Nacional de 
Telecomunica›es (Anatel), criou a modalidade chamada consulta, aplic‡vel 
ˆs demais agncias reguladoras por determina‹o do artigo 37 da Lei 
9.986/2000. 
O ¤8¼ do artigo 22 da Lei veda expressamente a cria‹o de outras 
modalidades de licita‹o ou a combina‹o das modalidades nela 
referidas. Esse dispositivo deve ser entendido como uma veda‹o para que 
se criem novas modalidades de licita‹o por atos administrativos, decretos ou 
lei federal, estadual ou municipal. PorŽm, a cria‹o de novas modalidades por 
meio de lei nacional Ž permitida, a exemplo da Lei 10.520/2002, que Ž uma 
lei nacional, aplic‡vel a todos os entes federados. 
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O critŽrio para escolha da concorrncia, tomada de preos ou convite 
Ð conhecidas como modalidades comuns Ð, em geral, decorre do valor do 
objeto a ser licitado. 
O convite Ž aplic‡vel para obras e servios de engenharia atŽ o valor 
de R$ 150 mil e para compras e demais servios o limite Ž de R$ 80 mil. 
Por sua vez, a tomada de preos (TP) pode ser utilizada em obras e 
servios de engenharia de atŽ R$ 1,5 milh‹o e para compras e demais 
servios o valor m‡ximo Ž de R$ 650 mil. Acima desses valores, aplica-se a 
concorrncia. 
Cabe destacar que as modalidades mais complexas podem ser utilizadas 
nos valores abrangidos pelas modalidades mais simples. Isso quer dizer que 
seria poss’vel, por exemplo, aplicar a concorrncia em uma obra ou servio 
de engenhar de R$ 70 mil, ou R$ 350 mil. Essa aplica‹o decorre do ¤3¼ do 
artigo 23, vazado nos seguintes termos: 
¤ 3o A concorrncia Ž a modalidade de licita‹o cab’vel, qualquer 
que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou aliena‹o de 
bens im—veis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concess›es 
de direito real de uso e nas licita›es internacionais, admitindo-se neste 
œltimo caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preos, 
quando o —rg‹o ou entidade dispuser de cadastro internacional de 
fornecedores ou o convite, quando n‹o houver fornecedor do bem ou 
servio no Pa’s. 
Dessa forma, podemos afirmar que a concorrncia abrange a tomada de 
preos e o convite, enquanto a tomada de preos abrange o convite. A figura 
a seguir resume tudo isso: 
 
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Modalidade 
Obras e 
Servios de 
Engenharia 
Compras e 
Demais 
Servios 
 
 
 
Acima de R$ 
1,5 milhão 
 
 
 
 
Acima de R$ 
650 mil 
 
 
Até R$ 1,5 
milhão 
 
 
 
 
Até R$ 650 mil 
 
 
Até R$ 150 mil 
 
 
 
 
 
Até R$80 mil 
 
Esses valores, no caso dos cons—rcios pœblicos, previstos na Lei 
11.107/2005, ser‹o aplicados em dobro, quando o cons—rcio for formado por 
atŽ trs entes da federa‹o, e em triplo, quando formado por um maior 
nœmero. Exemplificando, se o cons—rcio for formado por trs entes federados, 
ele poder‡ utilizar a modalidade de tomada de preos para obras e servios 
de engenharia atŽ o valor de R$ 3 milh›es (2x 1,5). 
Concorrência	
A concorrncia Ž a mais complexa das modalidades comuns, sendo 
aplicada em licita›es de maior vulto, precedida de ampla publicidade. De 
acordo com o ¤1¼ do artigo 22, a concorrncia Ž a modalidade de licita‹o 
entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilita‹o 
preliminar, comprovem possuir os requisitos m’nimos de qualifica‹o 
exigidos no edital para execu‹o de seu objeto. 
Essa Ž a mais complexa modalidade de licita‹o, podendo ser aplicada, 
em tese, em qualquer situa‹o quando o critŽrio de escolha for o valor. 
Apresenta como caracter’sticas principais a universalidade e a ampla 
publicidade: 
Concorrência
Tomada de 
preços
Convite
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¥ universalidade: significa a possibilidade de participa‹o de 
quaisquer interessados que, na fase de habilita‹o preliminar, 
comprovem possuir os requisitos m’nimos de qualifica‹o exigidos no 
edital6, independentemente de registro cadastral; 
¥ ampla publicidade: a divulga‹o da concorrncia dever‡ ocorrer por 
todos os meios dispon’veis, por tantas vezes quantas julgar 
necess‡ria7. 
A publicidade da concorrncia Ž a mais ampla. AlŽm do prazo mais 
dilatado entre a publica‹o do edital e o recebimento das propostas ou da 
realiza‹o do evento, deve-se buscar divulgar os meios em jornais, internet 
ou outros meios. 
Vamos aproveitar para apresentar os prazos exigidos pela Lei entrea 
publica‹o do edital e recebimento das propostas ou da realiza‹o do evento 
(artigo 21, ¤2¼ e incisos): 
Prazo Situação 
45 dias 
a) concurso; ou 
b) concorrência, para o regime de empreitada integral ou 
quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e 
preço"; 
30 dias 
c) concorrência, nos casos não especificados acima; ou 
d) tomada de preços, quando a licitação for do tipo "melhor 
técnica" ou "técnica e preço"; 
15 dias 
e) tomada de preços, nos casos não especificados acima; ou 
f) leilão; 
5 dias úteis g) convite. 
Conforme consta no ¤4¼, art. 21, qualquer modifica‹o no edital exige 
divulga‹o pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se 
o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a 
altera‹o n‹o afetar a formula‹o das propostas. 
Voltando para a concorrncia, podemos destacar ainda outra 
caracter’stica dessa modalidade, que Ž a fase de habilita‹o preliminar, 
realizada ap—s a abertura do procedimento (publica‹o do resumo do edital)8. 
 
6 Di Pietro. 2013. p. 412. 
7 Borges e Bernardes, 2010, p. 81. 
8 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 621. 
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 A aplica‹o da concorrncia n‹o decorre somente do preo. A LLC 
estabelece outros casos que exigem a utiliza‹o dessa modalidade, 
independentemente do valor do objeto. Maria Di Pietro9 resume da seguinte 
forma os casos em que a concorrncia Ž obrigat—ria: 
a) obras e servios de engenharia de valor superior a R$ 
1.500.000,00 (um milh‹o e quinhentos mil reais); 
b) compras e servios que n‹o sejam de engenharia, de valor 
superior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); 
c) compra e aliena‹o de bens im—veis, qualquer que seja o seu 
valor, ressalvado o disposto no artigo 19, que admite concorrncia ou 
leil‹o para aliena‹o de bens adquiridos em procedimentos judiciais 
ou mediante da‹o em pagamento (¤3¼ do artigo 23); 
Uma pequena pausa para explicar este item. Para compra ou aliena‹o 
(venda) de bens im—veis (constru›es, terrenos etc.), deve-se utilizar a 
concorrncia. Entretanto, o artigo 19 permite que se utilize tanto a 
concorrncia quanto o leil‹o, para a aliena‹o, quando a aquisi‹o do bem 
decorrer de procedimento judicial ou da‹o em pagamento10. 
d) concess›es de direito real de uso (¤3¼ do art. 23); 
e) licita›es internacionais. PorŽm, a Lei admite uma exce‹o em que 
se poder‡ utilizar a tomada de preos e outra em que se poder‡ 
utilizar o convite. De acordo com o ¤3¼ do art. 23, a concorrncia Ž 
obrigat—ria: 
[...] nas licita›es internacionais, admitindo-se neste œltimo caso, 
observados os limites deste artigo, a tomada de preos, quando o 
—rg‹o ou entidade dispuser de cadastro internacional de 
fornecedores ou o convite, quando n‹o houver fornecedor do bem 
ou servio no Pa’s. 
Cabe ressaltar que, mesmo nas hip—teses apresentadas acima para 
licita›es internacionais, os limites de valores utilizados para o convite e para 
tomada de preos devem ser respeitados. 
f) aliena‹o de bens m—veis de valor superior a R$ 650 mil (art. 17, 
¤ 6¼, c/c art. 23, II, b); 
 
9 Di Pietro, 2013, p. 408-409. 
10 Segundo a Receita Federal, a dação em pagamento é “a extinção de uma obrigação consistente no pagamento da 
dívida mediante a entrega de um objeto diverso daquele convencionado. Nesses termos, o devedor transfere ao 
credor da obrigação um bem imóvel que é de sua propriedade”. 
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g) registro de preos (art. 15, ¤3¼, I) ressalvadas as hip—teses de 
utiliza‹o do preg‹o, conforme artigos 11 e 12 da Lei 10.520/2002; 
h) concess‹o de servio pœblico (art. 2¼, II, da Lei 8.987/1995); 
i) parcerias pœblico-privadas (PPP), conforme art. 10 da Lei 
11.079/2004. 
 
Tomada	de	preços	
A tomada de preos (TP), por sua vez, Ž a modalidade de licita‹o entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as 
condi›es exigidas para cadastramento atŽ o terceiro dia anterior ˆ data 
do recebimento das propostas, observada a necess‡ria qualifica‹o (art. 
22, ¤2¼, Lei 8.666/1993). 
A TP permite a participa‹o de duas espŽcies de concorrentes: os 
cadastrados, que j‡ comprovaram em momento anterior ao da licita‹o o 
preenchimento dos requisitos previstos no edital para a execu‹o do contrato; 
e os n‹o cadastrados, que poder‹o apresentar a documenta‹o 
Concorrência
De acordo com o 
valor
obras e serviços de engenharia acima de R$ 1,5 
milhões
compras e serviços que não de engenharia acima de 
R$ 650 mil
Independente do 
valor
compra e alienação de bens imóveis (ressalva: 
alienação de bens adquiridos de processos judiciais 
ou dação em pagamento - pode ser concorrência ou 
leilão)
concessão de direito real de uso
concessão de serviço público
alienação de bens móveis acima de R$ 650 mil
registro de preços (ressalvados os casos de pregão)
parcerias público-privadas (PPP)
licitações internacionais (ressalvas admitem TP ou 
convite)
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comprobat—ria atŽ o terceiro dia anterior ˆ data do recebimento das 
propostas. 
Ela Ž utilizada para celebra‹o de contratos relativos a obras, servios e 
compras de menor vulto quando comparada com concorrncia. Assim como 
na concorrncia, o julgamento Ž realizado por uma comiss‹o composta por 
trs membros. 
ƒ a modalidade aplic‡vel nas seguintes situa›es: 
a) obras e servios de engenharia com valor estimado de atŽ R$ 
1.500.000,00 (um milh‹o e quinhentos mil reais); 
b) compras e servios que n‹o de engenharia atŽ o valor estimado de 
R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais); 
c) em licita›es internacionais, desde que preenchidas as seguintes 
condi›es: 
o o —rg‹o ou entidade disponha de cadastro internacional de 
fornecedores; 
o o valor estimado do contrato a ser celebrado n‹o ultrapasse o 
limite de valor para a TP; 
 
Convite	
O convite Ž a modalidade de licita‹o entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou n‹o, escolhidos e convidados 
Tomada de Preços
Em função do valor
Obras e serviços de 
engenharia - até R$ 1,5 
milhão
Compras e serviços que 
não de engenharia - até R$ 
650 mil
Licitações internacionais, 
desde que:
cadastro internacional de 
fornecedores
valor estimado dentro do 
limite para TP
e
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emnœmero m’nimo de 3 (trs) pela unidade administrativa, a qual afixar‡, 
em local apropriado, c—pia do instrumento convocat—rio e o estender‡ aos 
demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu 
interesse com antecedncia de atŽ 24 (vinte e quatro) horas da 
apresenta‹o das propostas. 
Essa Ž a modalidade mais simples das trs comuns. Assim, a comiss‹o 
de licita‹o, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e 
em face da exiguidade de pessoal dispon’vel, poder‡ ser substitu’da por 
servidor formalmente designado pela autoridade competente (art. 51, ¤1¼). 
A diferena fundamental em rela‹o a outras modalidades Ž que o convite 
utiliza a carta-convite no lugar do edital para fins de convoca‹o dos 
participantes. Esse instrumento n‹o precisa ser publicado em di‡rio oficial, 
mas deve ser afixado em local apropriado para que os demais cadastrados 
possam participar. 
Resumindo, h‡ dois grupos de poss’veis participantes. O primeiro envolve 
os concorrentes, cadastrados ou n‹o, em nœmero m’nimo de trs, aos 
quais a Administra‹o envia a carta-convite. O segundo grupo Ž formado pelos 
demais cadastrados, que poder‹o manifestar interesse em participar com 
antecedncia m’nima de atŽ 24 horas da apresenta‹o da proposta. 
H‡ possibilidade de convidar menos do que trs interessados quando, 
por limita›es de mercado ou manifesto desinteresse, seja imposs’vel a 
obten‹o do nœmero m’nimo de licitantes. Essas circunst‰ncias dever‹o ser 
devidamente justificadas no processo, sob pena de repeti‹o do convite (art. 
22, ¤7¼). 
Por outro lado, quando existirem mais do que trs poss’veis 
interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idntico ou 
assemelhado, Ž obrigat—rio o convite a, no m’nimo, mais um interessado, 
enquanto existirem cadastrados n‹o convidados nas œltimas licita›es (art. 
22, ¤6¼). 
Para fechar, essa Ž a modalidade aplic‡vel nas seguintes situa›es: 
a) obras e servios de engenharia com valor estimado em atŽ R$ 
150.000,00 (cento e cinquenta mil reais); 
b) compras e demais servios com valor estimado em atŽ R$ 80.000,00 
(oitenta mil reais); 
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c) licita›es internacionais, quando n‹o houver fornecedor do bem ou 
servio no Brasil, observados os limites de valor apresentados acima. 
 
Concurso	
O concurso Ž a modalidade de licita‹o entre quaisquer interessados 
para escolha de trabalho tŽcnico, cient’fico ou art’stico, mediante a 
institui‹o de prmios ou remunera‹o aos vencedores, conforme 
critŽrios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedncia 
m’nima de 45 (quarenta e cinco) dias (art. 22, ¤4¼). 
Nessa modalidade, n‹o interessa mais o valor, mas a natureza do 
objeto. 
O procedimento dessa modalidade Ž bem diferente do utilizado nas 
modalidades comuns. O julgamento Ž realizado por uma comiss‹o especial 
integrada por pessoas de reputa‹o ilibada e reconhecido conhecimento da 
matŽria em exame, servidores pœblicos ou n‹o. 
Ademais, os tipos de licita‹o previstos no artigo 45 da Lei 8.666/1993 
n‹o se aplicam para essa modalidade, conforme contas no ¤1¼ daquele artigo 
(grifou-se): ÒPara os efeitos deste artigo, constituem tipos de licita‹o, 
exceto na modalidade concursoÓ. 
O artigo 52 da Lei determina que o concurso dever‡ ser precedido de 
regulamento pr—prio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no 
edital, indicando pelo menos: I - a qualifica‹o exigida dos participantes; II - 
as diretrizes e a forma de apresenta‹o do trabalho; III - as condi›es de 
realiza‹o do concurso e os prmios a serem concedidos. 
Convite
De acordo com o valor
Obras e serviços de 
engenharia - até R$ 150 mil
Compras e demais serviços 
- até R$ 80 mil
Licitações internacionais, 
desde que
Não haja fornecedor do 
bem ou serviço no Brasil
A contratação respeite os 
limites de valor para o 
convite
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O concurso destina-se ˆ contrata‹o de trabalhos tŽcnico, cient’fico ou 
art’stico, a exemplo de obras de artes, projetos arquitet™nicos, monografias, 
etc. Dessa forma, os critŽrios de avalia‹o ser‹o distintos para cada processo, 
tendo em vista ˆs peculiaridades do tipo de aquisi‹o. 
Por fim, Ž importante n‹o confundir o concurso, como modalidade de 
licita‹o realizada com o objetivo de contratar trabalhos; com o concurso 
pœblico, utilizado, nos termos do inciso II do art. 37 da CF/88, para selecionar 
pessoas para ocupar cargos/empregos pœblicos. 
Leilão	
Nos termos do ¤ 5¼ do art. 22, o leil‹o Ž a modalidade de licita‹o entre 
quaisquer interessados para a venda, a quem oferecer o maior lance, igual ou 
superior ao valor da avalia‹o, dos seguintes bens: 
a) bens m—veis inserv’veis para a administra‹o; 
b) produtos legalmente apreendidos ou penhorados; ou 
c) para a aliena‹o de bens im—veis, em que a aquisi‹o derivou de 
procedimentos judiciais ou da‹o em pagamento, conforme determina 
os art. 19, III. 
N‹o Ž em todos os casos, porŽm, que se pode utilizar o leil‹o para a 
aliena‹o de bens m—veis. O Estatuto de Licita›es define como limite o valor 
de R$ 650 mil reais, acima desse valor deve-se utilizar a concorrncia. 
Com efeito, o artigo 53 estabelece que o leil‹o pode ser cometido a 
leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Administra‹o. AlŽm disso, 
todo bem a ser leiloado ser‡ previamente avaliado pela Administra‹o 
para fixa‹o do preo m’nimo de arremata‹o. 
Os bens arrematados ser‹o pagos ˆ vista ou no percentual estabelecido 
no edital, n‹o inferior a 5% (cinco por cento), com exce‹o dos leil›es 
internacionais, nos quais o pagamento da parcela ˆ vista poder‡ ser feito em 
atŽ vinte e quatro horas. 
Finalizando, o ¤5¼ do artigo 53 estabelece, para fins de atendimento do 
princ’pio da publicidade, que o edital de leil‹o deve ser amplamente divulgado, 
principalmente no munic’pio em que se realizar‡. 
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Consulta	
Essa modalidade Ž aplicada exclusivamente ˆs agncias reguladoras. A 
consulta foi criada pela Lei Geral de Telecomunica›es (Lei 9.472/1997), que 
tambŽm criou a Anatel. Posteriormente, sua aplica‹o foi estendida para todas 
as demais agncias atravŽs do artigo 37 da Lei 9.986/2000. 
Contudo, a consulta Ž uma modalidade de exce‹o, pois o artigo 54 da 
Lei 9.472/1997 estabelece que a contrata‹o de obras e servios de 
engenharia civil est‡ sujeita aos procedimentos previstos na Lei 
8.666/1993. AlŽm disso, o artigo 56 disp›e que os bens e servios 
comuns poder‹o ser contratados por meio do preg‹o. Finalmente, o artigo 
58 da Lei da Anatel disp›e que a modalidade de consulta tem por objetivo o 
fornecimento de bens e servios n‹o compreendidos nos artigos 56 e 57, que 
tratam dos bens ouservios comuns. 
Dessa forma, a consulta n‹o se aplica a: 
¥ obras e servios de engenharia civil (modalidades da Lei 8.666/1993); 
e 
¥ bens e servios comuns (preg‹o, Lei 10520/2002). 
Por fim, a Resolu‹o Anatel n¼ 5/1998, disp›e que a consulta Ҏ a 
modalidade de licita‹o em que ao menos cinco pessoas, f’sicas ou jur’dicas, 
de elevada qualifica‹o, ser‹o chamadas a apresentar propostas para 
fornecimento de bens ou servios n‹o comunsÓ. 
Pregão	
As modalidades licitat—rias previstas na Lei 8.666/1993, na maioria das 
vezes, n‹o conseguiram dar a celeridade desej‡vel ˆ atividade administrativa 
de escolha dos futuros contratados11. Para resolver este problema, a Lei 
10.520/2002 instituiu12 uma nova modalidade licitat—ria, o preg‹o, com 
disciplina e procedimentos pr—prios, destinada ˆ aquisi‹o de bens e servios 
comuns. 
A Lei 10.520/2002 Ž uma lei nacional, aplic‡vel, portanto, ˆ Uni‹o, 
estados, Distrito Federal e munic’pios. 
O artigo 1¼ da Lei disp›es que, 
 
11 Carvalho Filho, 2013, p. 304. 
12 O primeiro diploma legal a dispor sobre o pregão foi a Lei 9.472/1997 – Lei Geral de Telecomunicações. 
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Art. 1¼ Para aquisi‹o de bens e servios comuns, poder‡ ser 
adotada a licita‹o na modalidade de preg‹o, que ser‡ regida por esta 
Lei. 
Par‡grafo œnico. Consideram-se bens e servios comuns, para os fins e 
efeitos deste artigo, aqueles cujos padr›es de desempenho e qualidade 
possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de 
especifica›es usuais no mercado. 
Destacamos o poder‡, pois, para a Uni‹o, o preg‹o Ž obrigat—rio, 
preferencialmente na forma eletr™nico, conforme determina o artigo 4¼ do 
Decreto 5.450/2005: 
Art. 4o Nas licita›es para aquisi‹o de bens e servios comuns ser‡ 
obrigat—ria a modalidade preg‹o, sendo preferencial a utiliza‹o da sua 
forma eletr™nica. 
A aplica‹o do preg‹o n‹o decorre de seu valor, mas do objeto. O preg‹o 
Ž utilizado para a aquisi‹o de bens e servios comuns, 
independentemente do valor estimado para a contrata‹o. 
Consideram-se bens e servios comuns, aqueles cujos padr›es de 
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo 
edital, por meio de especifica›es usuais do mercado. Bem ou servio 
comum n‹o quer dizer que seja simples, mas que suas caracter’sticas podem 
ser descritas no edital atravŽs das especifica›es de mercado. Dessa forma, 
o TCU j‡ entendeu poss’vel atŽ a contrata‹o de servios de engenharia ou o 
fornecimento de bens e servios comuns de inform‡tica e automa‹o. 
 
13. (Cespe – APGI/INPI/2013) A venda de bens imóveis de propriedade da União 
poderá ser realizada diretamente ao interessado, desde que realizado o pagamento 
integral do valor do imóvel até 24 horas da abertura da respectiva concorrência. 
Comentário: a questão fez uma misturança dos artigos que tratam do leilão, 
vejamos: 
Art. 53. O leil‹o pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor 
designado pela Administra‹o, procedendo-se na forma da legisla‹o 
pertinente. 
¤ 1o Todo bem a ser leiloado ser‡ previamente avaliado pela 
Administra‹o para fixa‹o do preo m’nimo de arremata‹o. 
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¤ 2o Os bens arrematados ser‹o pagos ˆ vista ou no percentual 
estabelecido no edital, n‹o inferior a 5% (cinco por cento) e, ap—s a 
assinatura da respectiva ata lavrada no local do leil‹o, 
imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigar‡ 
ao pagamento do restante no prazo estipulado no edital de 
convoca‹o, sob pena de perder em favor da Administra‹o o 
valor j‡ recolhido. 
¤ 3o Nos leil›es internacionais, o pagamento da parcela ˆ vista 
poder‡ ser feito em atŽ vinte e quatro horas. (grifos nossos) 
Dessa forma, os bens arrematados poderão ser pagos à vista ou em percentual 
estabelecido no edital, que não pode ser inferior a 5%. Depois de lavrada a ata, 
os bens devem ser entregues imediatamente. O prazo para pagamento do 
restante deve constar no edital de convocação. Por fim, o prazo de vinte e quatro 
horas é para pagamentos à vista em licitações internacionais. 
Gabarito: errado. 
14. (Cespe – APGI/INPI/2013) A unidade administrativa poderá endereçar convites a 
empresas do ramo do objeto licitado, cadastradas ou não. No entanto, o processo deve 
transcorrer conforme o que prevê a lei. 
Comentário: a carta-convite pode ser enviada para empresas cadastradas ou 
não, desde que sejam do ramo do objeto licitado. Além disso, a cópia do 
instrumento convocatório deverá ser afixada, em local apropriado, para permitir 
a participação de demais interessados, cadastrados, que manifestarem interesse 
em participar do convite no prazo de até 24 horas antes da apresentação da 
proposta. A repetição é fundamental para o concurseiro: 
Art. 22. [...] ¤ 3¼ Convite Ž a modalidade de licita‹o entre 
interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou n‹o, 
escolhidos e convidados em nœmero m’nimo de 3 (trs) pela unidade 
administrativa, a qual afixar‡, em local apropriado, c—pia do 
instrumento convocat—rio e o estender‡ aos demais cadastrados na 
correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com 
antecedncia de atŽ 24 (vinte e quatro) horas da apresenta‹o das 
propostas. 
Por fim, é óbvio que o procedimento deve transcorrer conforme determina a lei 
(princípio da legalidade). 
Gabarito: correto. 
15. (Cespe – AGPI/INPI/2013) Para um serviço de engenharia que tiver o valor integral 
de R$ 750.000,00, é possível utilizar a modalidade licitatória denominada 
concorrência. 
==e9828==
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Comentário: a concorrência abrange as demais modalidades, podendo ser 
aplicada, em geral, a qualquer valor. Assim, para serviços de engenharia cujo 
valor estimado seja de R$ 750 mil (poderia utilizar a tomada de preços também). 
Assim, nas situações em que o convite é permitido, também é possível utilizar a 
tomada de preços; e quando a tomada de preços for permitida, também será 
possível utilizar a concorrência. A tabela abaixo resume os limites para as 
modalidades: 
Modalidade Obras e Serviços de 
Engenharia 
Compras e Demais 
Serviços 
Concorrência Acima de R$ 1,5 milhão Acima de R$ 650 mil 
Tomada de preços Até R$ 1,5 milhão Até R$ 650 mil 
Convite Até R$ 150 mil Até R$80 mil 
Gabarito: correto. 
16. (Cespe – AGPI/INPI/2013) A modalidade licitatória tomada de preços será 
obrigatória apenas nas licitações internacionais de valor de contratação superior a R$ 
1.000.000,00. 
Comentário: vamos ao §3º do artigo 22: 
¤ 3¼ A concorrncia Ž a modalidade de licita‹o cab’vel, [...] nas 
licita›es internacionais, admitindo-se neste œltimo caso, observados 
os limites deste artigo, a tomada de preos, quando o —rg‹o ouentidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores ou o 
convite, quando n‹o houver fornecedor do bem ou servio no Pa’s. 
(grifos nossos) 
Não há situações em que a tomada de preços seja obrigatória. Ela é cabível, mas 
nada impede que se utilize a concorrência. Além disso, os limites apresentados 
na tabela acima devem ser respeitados. Dessa forma, não seria possível utilizar 
a tomada de preços em licitação internacional que se destine a compras e 
serviços que não de engenharia no valor estimado de R$ 1 milhão, uma vez que 
o limite para a TP é de R$ 650 mil. Para obras e serviços de engenharia o limite 
fica em R$ 1,5 milhão. 
Gabarito: errado. 
17. (Cespe – Analista de Licitação/MME/2013) O Poder Público pode se utilizar, 
exclusivamente, do procedimento licitatório na modalidade concurso para celebrar 
contrato de 
a) credenciamento. 
b) trabalhos artísticos. 
c) empréstimo público. 
d) serviços de publicidade. 
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e) convênio. 
Comentário: segundo o §4º do artigo 22: 
¤4o Concurso Ž a modalidade de licita‹o entre quaisquer interessados 
para escolha de trabalho tŽcnico, cient’fico ou art’stico, 
mediante a institui‹o de prmios ou remunera‹o aos vencedores, 
conforme critŽrios constantes de edital publicado na imprensa oficial 
com antecedncia m’nima de 45 (quarenta e cinco) dias. 
Dessa forma, quando se deseja celebrar um contrato para trabalhos artísticos, a 
modalidade obrigatória será o concurso, com estipulação de prêmio ou 
remuneração ao vencedor. 
Gabarito: alternativa B. 
Obrigatoriedade	
Vimos que o artigo 37, inciso XXI, da CF/88 determina que, ressalvados 
os casos especificados na legisla‹o, as obras, servios, compras e 
aliena›es ser‹o contratados mediante processo de licita‹o pœblica 
que assegure igualdade de condi›es a todos os concorrentes. 
Regulamentando o mencionado inciso, a Lei 8.666/1993 disp›e, em seu 
artigo 2¼, que as obras, servios, inclusive de publicidade, compras, 
aliena›es, concess›es, permiss›es e loca›es da Administra‹o 
Pœblica, quando contratadas com terceiros, ser‹o necessariamente 
precedidas de licita‹o, ressalvadas as hip—teses previstas nesta Lei. 
Percebe-se, dessa forma, que se a Administra‹o desejar contratar com 
terceiros a realiza‹o de obras, servios e compras; alienar bens; fazer 
concess›es ou permiss›es de servios pœblicos; ou, ent‹o, realizar loca›es; 
dever‡ utilizar o procedimento licitat—rio para proporcionar a todos os 
interessados iguais oportunidades de concorrncia, buscando obter, ainda, a 
sele‹o da proposta mais vantajosa para a administra‹o e a promo‹o do 
desenvolvimento nacional sustent‡vel. 
Nesse contexto, Hely Lopes Meirelles ensina que, 
A express‹o obrigatoriedade de licita‹o tem um duplo sentido, 
significando n‹o s— a compulsoriedade da licita‹o em geral 
como, tambŽm, a da modalidade prevista em lei para a espŽcie, 
pois atenta contra os princ’pios de moralidade e eficincia da 
Administra‹o o uso de modalidade mais singela quando se exige a mais 
complexa, ou o emprego desta, normalmente mais onerosa, quando o 
objeto do procedimento n‹o a comporta. 
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Em que pese as li›es do autor, cabe destacar, principalmente para 
concursos, que nada impede que se aplique a licita‹o mais complexa quando 
se poderia utilizar uma mais simples, como no caso em que se utiliza a 
concorrncia quando poderia ser aplicada a tomada de preos. 
Por fim, vimos que a Constitui‹o e, por conseguinte, a Lei 8.666/1993 
permitem ressalvas ˆ utiliza‹o da licita‹o, s‹o os casos de dispensa e 
inexigibilidade de licita‹o, conforme veremos a seguir. 
Inexigibilidade	de	licitação	
A inexigibilidade de licita‹o ocorre quando h‡ inviabilidade jur’dica de 
competi‹o entre contratantes, quer pela natureza espec’fica do neg—cio, 
quer pelos objetivos sociais visados pela Administra‹o13. Ocorre em situa›es 
que, mesmo que o Administrador desejasse, n‹o seria poss’vel proporcionar 
a competi‹o. Dessa forma, as situa›es de inexigibilidade s‹o vinculadas. 
Imagine uma prefeitura municipal que deseje contratar a cantora Ivete 
Sangalo, diretamente ou atravŽs de seu empres‡rio exclusivo, como fazer 
uma competi‹o nessa situa‹o? Agora, pense em uma situa‹o em que um 
—rg‹o, localizado no interior da Amaz™nia, em um munic’pio em que s— existe 
um fornecedor de pneus. Como fazer a competi‹o se s— h‡ um fornecedor? 
S‹o situa›es como essas em que se aplica a inexigibilidade de licita‹o. 
Dessa forma, o artigo 25 da Lei de Licita›es disp›e o seguinte: 
Art. 25. ƒ inexig’vel a licita‹o quando houver inviabilidade de 
competi‹o, em especial: 
I - para aquisi‹o de materiais, equipamentos, ou gneros que s— 
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante 
comercial exclusivo, vedada a preferncia de marca, devendo a 
comprova‹o de exclusividade ser feita atravŽs de atestado fornecido 
pelo —rg‹o de registro do comŽrcio do local em que se realizaria a 
licita‹o ou a obra ou o servio, pelo Sindicato, Federa‹o ou 
Confedera‹o Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; 
II - para a contrata‹o de servios tŽcnicos enumerados no art. 
13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas 
de not—ria especializa‹o, vedada a inexigibilidade para servios de 
publicidade e divulga‹o; 
 
13 Meirelles, 2013, p. 309. 
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III - para contrata‹o de profissional de qualquer setor art’stico, 
diretamente ou atravŽs de empres‡rio exclusivo, desde que consagrado 
pela cr’tica especializada ou pela opini‹o pœblica. 
A primeira observa‹o que devemos fazer Ž que o rol de situa›es 
apresentadas no artigo 25 Ž apenas exemplificativo. Isso quer dizer que a 
inexigibilidade n‹o ocorre apenas nas trs situa›es apresentadas no artigo. 
Sempre que existir a inviabilidade de competi‹o, estar‡ presente um caso de 
inexigibilidade. 
Agora vamos analisar cada um dos casos enumerados no artigo. 
Produtor	ou	vendedor	exclusivo	
A primeira hip—tese, produtor, empresa ou representante comercial 
exclusivo, Ž bem —bvia. Se s— h‡ uma pessoa dispon’vel para fornecer o 
produto ou servio, seria inœtil realizar uma licita‹o. 
Contudo, Meirelles destaca que se deve diferenciar a exclusividade 
industrial da comercial. A primeira Ž a do produtor privativo no Pa’s; 
enquanto a segunda Ž a dos vendedores e representantes na praa. Dessa 
forma, quando s— h‡ um produtor, n‹o h‡ dœvida que a Administra‹o s— 
poder‡ adquirir daquela empresa. Assim, a exclusividade de produtor Ž 
absoluta, afastando a possibilidade de licita‹o em qualquer de suas 
modalidades. 
PorŽm, o conceito de exclusividade de vendedor e representantecomercial Ž relativo. Assim, o autor prop›e que a exclusividade para o convite 
Ž na praa (œnico vendedor na localidade); para a tomada de preos Ž no 
registro cadastral (œnico vendedor no registro cadastral); e para a 
concorrncia Ž no Pa’s (œnico vendedor no Pa’s). 
Serviços	técnicos	profissionais	especializados	
A situa‹o do item II Ž a mais complexa. Conforme entendimento do 
Tribunal de Contas da Uni‹o (Sœmula 252/2010), devem estar presentes, 
simultaneamente, trs requisitos para que ocorra a inexigibilidade prevista no 
inciso II do artigo 25 da Lei 8.666/1993: 
¥ servio tŽcnico especializado, entre os mencionados no artigo 
13 da Lei; 
¥ natureza singular do servio; e 
¥ not—ria especializa‹o do contratado. 
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O artigo 13 disp›e sobre os servios tŽcnicos profissionais especializados 
da seguinte forma: 
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se servios tŽcnicos 
profissionais especializados os trabalhos relativos a: 
I - estudos tŽcnicos, planejamentos e projetos b‡sicos ou executivos; 
II - pareceres, per’cias e avalia›es em geral; 
III - assessorias ou consultorias tŽcnicas e auditorias financeiras ou 
tribut‡rias; 
IV - fiscaliza‹o, supervis‹o ou gerenciamento de obras ou servios; 
V - patroc’nio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; 
VI - treinamento e aperfeioamento de pessoal; 
VII - restaura‹o de obras de arte e bens de valor hist—rico. 
¤ 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licita‹o, os 
contratos para a presta‹o de servios tŽcnicos profissionais 
especializados dever‹o, preferencialmente, ser celebrados mediante a 
realiza‹o de concurso, com estipula‹o prŽvia de prmio ou 
remunera‹o. [...] 
¤ 3o A empresa de presta‹o de servios tŽcnicos especializados que 
apresente rela‹o de integrantes de seu corpo tŽcnico em procedimento 
licitat—rio ou como elemento de justifica‹o de dispensa ou 
inexigibilidade de licita‹o, ficar‡ obrigada a garantir que os 
referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os servios 
objeto do contrato. (grifos nossos) 
Assim, se houver possibilidade de competi‹o, o servio deve ser 
contratado por concurso. De outra forma, caso preenchidos os demais 
requisitos, deve-se utilizar a inexigibilidade. 
A natureza singular decorre de caracter’sticas pr—prias e 
espec’ficas do objeto do contrato. Isso envolve a peculiaridade da situa‹o 
que motivou o contrato e a existncia de certo contratado que, em fun‹o da 
qualidade e singularidade do servio, torne-se essencial para a situa‹o. 
Assim, trata-se de dupla singularidade: (1) da situa‹o que motivou o 
contrato; (2) dos servios prestados pelo especialista14. 
Finalmente, o conceito de profissional de not—ria especializa‹o Ž 
encontrado na pr—pria Lei (artigo 25, ¤1¼): 
¤ 1o Considera-se de not—ria especializa‹o o profissional ou 
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de 
 
14 Barchet, 2008, p. 460. 
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Direito Administrativo p/ TRT-15 
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desempenho anterior, estudos, experincias, publica›es, organiza‹o, 
aparelhamento, equipe tŽcnica, ou de outros requisitos relacionados 
com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho Ž essencial e 
indiscutivelmente o mais adequado ˆ plena satisfa‹o do objeto 
do contrato. (grifos nossos) 
Dessa forma, a not—ria especializa‹o ocorre quando o trabalho do 
profissional ou da empresa Ž indiscutivelmente o mais adequado para a plena 
realiza‹o do objeto do contrato15. 
Contratação	de	artistas	
A œltima hip—tese, tambŽm de f‡cil compreens‹o, ocorre na contrata‹o 
de profissionais de qualquer setor art’stico, a exemplo dos mœsicos. Essa 
contrata‹o deve ocorrer diretamente ou mediante empres‡rio 
exclusivo. AlŽm disso, Ž imprescind’vel que o profissional seja consagrado 
pela cr’tica especializada ou pelo pœblico em geral. 
Dispensa	de	licitação	
A dispensa de licita‹o ocorre quando, apesar de existir a possibilidade 
de competi‹o, o legislador tenha autorizado ou determinado que a 
Administra‹o n‹o realize a licita‹o. Diferentemente da inexigibilidade, as 
hip—teses de dispensa est‹o taxativamente previstas em lei. Dessa forma, a 
Administra‹o n‹o pode ampliar discricionariamente as hip—teses de dispensa. 
A forma de contrata‹o direta por dispensa de licita‹o divide-se em 
licita‹o dispensada e licita‹o dispens‡vel. 
Licitação	dispensada	(vedações)	
As hip—teses em que a licita‹o Ž dispensada est‹o expressamente 
previstas no artigo 17 da Lei 8.666/1993. S‹o casos em que, apesar de ser 
vi‡vel a competi‹o, a Lei determina que n‹o se realize licita‹o. 
Todas as situa›es de licita‹o dispensada se referem ˆ aliena‹o de bens 
im—veis ou m—veis, previstas respectivamente nos incisos I e II do artigo 17. 
N‹o quer dizer que todas as situa›es de aliena‹o s‹o de licita‹o 
 
15 “Havendo impossibilidade jurídica de competição e não sendo o serviço de natureza singular, de modo a permitir 
a execução por mais de um profissional, em respeito ao princípio da igualdade, o administrador deve proceder a 
pré-qualificação dos interessados (art. 114) e implantar sistemática objetiva e imparcial na distribuição dos serviços” 
(Meirelles, 2013, p. 312, a partir da Decisão 69/93 TCU e Parecer GQ-77/95, da AGU). 
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dispensada, mas que todos os casos de licita‹o dispensada s‹o de 
aliena‹o de bens. 
Inicialmente, vamos entender os casos em que se exige licita‹o para 
aliena‹o de bens. 
Quando se tratar de bens im—veis, para a administra‹o direta, 
aut‡rquica e fundacional, exige-se: 
1. autoriza‹o legislativa; 
2. existncia de interesse pœblico devidamente justificado; 
3. avalia‹o prŽvia; 
4. licita‹o na modalidade de concorrncia, admitindo-se o leil‹o 
nos casos previstos no artigo 19 da Lei (bens oriundos de da‹o em 
pagamento ou procedimentos judiciais); 
Para as empresas pœblicas e sociedades de economia mista n‹o se exige 
autoriza‹o legislativa. 
Tratando-se de bens m—veis, para todas as entidades da 
Administra‹o, exige-se: 
1. existncia de interesse pœblico devidamente justificado; 
2. avalia‹o prŽvia; 
3. licita‹o Ð neste caso a Lei n‹o especifica a modalidade. A doutrina 
ensina que a modalidade decorre dos valores previstos no artigo 23 
para o convite, TP e concorrncia. Ademais, Ž poss’vel utilizar o leil‹o 
para m—veis cuja avalia‹o n‹o ultrapasse R$ 650 mil. 
O artigo 19 da LLC disp›e que os bens im—veis da Administra‹o 
Pœblica, cuja aquisi‹o haja derivado de procedimentos judiciais ou de 
da‹o em pagamento, poder‹o ser alienados por ato da autoridade 
competente, observadas as seguintes regras: 
1. avalia‹o

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