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Ministério da Educação e Cultura - MEC Universidade Federal do Piauí - UFPI Campus professora Cinobelina Elvas - CPCE Departamento de Engenharia Curso Bacharelado em Engenharia Florestal Disciplina: Anatomia Vegetal ANATOMIA DA RAIZ Bom Jesus - PI Novembro de 2017. Everson Henrique Damas Maciel Jenival Silva Farias Junior Jhenniffer Ramalho de Sousa José Lucas Vieira Pinheiro Lucas Rafael de Lima Silva Vinícius Sousa Pires Anatomia da raiz Revisão bibliográfica para obtenção de nota na disciplina de Anatomia Vegetal, código CCG0018-, do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Piauí – UFPI, Campus Professora Cinobelina Elvas – CPCE. Docente: Prof.° Dr. Thiago Pereira Chaves Contato: pereira_thiago@msn.com Bom Jesus – PI Novembro de 2017. 1. Introdução A raiz primária é formada na radícula do embrião da semente. Nas eudicotiledôneas ela está presente no ápice do eixo hipocótilo radicular, nas monocotiledôneas ela é revestida pela coleorriza. As raízes geralmente crescem abaixo da superfície do solo - o chamado geotropismo positivo - dando sustentação e absorvendo nutrientes do solo para a planta. Nas eudicotiledôneas, a raiz apresenta uma coluna principal chamada de raiz principal, e é a partir dela que surge as ramificações e as outras partes da raiz. Existem quatro zonas, ou regiões, na raiz de uma eudicotiledônea: 1) Coifa – região que protege o meristema apical da raiz principal; 2) Zona lisa- responsável pelo crescimento em tamanho ou comprimento; 3) Zona pilífera – responsável por absorver água e nutrientes essenciais a planta; 4) Zona de ramificação – é formada devido a suberização das paredes das células epidérmicas dos pelos absorventes que restaram após a queda dos mais velhos. O sistema radicular fasciculado é encontrado nas monocotiledôneas, que são raízes que crescem de forma desordenada logo no início do caule solo abaixo devido a degeneração da raiz primária. Alguns tipos de raízes especiais são utilizados pelo homem. A exemplo das raízes medicinais, utilizadas em diversos povos e por diversas culturas para a cura de doenças e mal-estar na forma de chá ou bagaço e das raízes tuberosas, que são reservas de amidos muito utilizadas na alimentação e no preparo de saladas e temperos. 2. ANATOMIA DA RAIZ 2.1 Estrutura Primária Os meristemas primários da raiz (que estão localizados na zona lisa), originados pelo meristema apical, são os responsáveis pela diferenciação dos tecidos primários. Os tecidos meristemáticos primários são: a protoderme, o meristema fundamental e o procâmbio. Conforme mostra a Figura 2.1.1. A protoderme origina a epiderme que é o revestimento primário da raiz, o meristema fundamental da origem ao córtex e o procâmbio origina o cilindro vascular. A composição citada (epiderme, córtex e cilindro vascular) formam a estrutura primaria da raiz. FIGURA 2.1.1: Organograma da estrutura primaria da raiz Fonte: Biologia vegetal 7ª ed., cap. 22, p. 452, Raven, P.H.; Evert, R.F; Eichhorn, S.E. 2.2 Sistema de tecidos radiculares Segundo Appezzato e Carmelo (2006), o sistema dérmico, o fundamental e o vascular são os três sistemas de tecidos revelados através do corte transversal da estrutura da raiz. A epiderme é a primeira camada da estrutura radicular e suas paredes celulares permitem a passagem de água e sais minerais para o interior da raiz. Em geral a epiderme apresenta apenas uma camada de células, e é chamada de unisseriada (ver Figura 2.2.1a). Mas em alguns casos a epiderme apresenta mais de uma camada, como é comum nas raízes das orquídeas. E são chamadas de epiderme pluriestratificada ou múltipla, ou ainda, de velame (ver Figura 2.2.1b). Na epiderme existem os pelos radiculares (Pr na Figura 2.2.1a) que são extensões, isto é, prolongamentos das células da epiderme. Nota-se que eles não são pluricelulares. FIGURA 2.2.1: Tipos de epiderme Fonte: Google imagens, editada. As células parenquimáticas que se encontram entre o cilindro vascular e a(s) camada(s) da epiderme são denominadas de córtex. São células que possuem amido, mas que normalmente não apresentam cloroplastos. Região compreendida pela sigla Pc (parênquima cortical) da Figurar 2.2.1a. As células do córtex apresentam espaços intercelulares que são intensificados em plantas aquáticas e formam o aerênquima. A sigla Ex (Exoderme) da Figura 2.2.1a, é a camada mais externa do córtex constituída de uma ou mais camadas de células. A Endoderme (sigla En da Figura 2.2.1a) é a camada mais interna do córtex e apresenta as estrias de Caspary (ver Figura 2.2.2), que lembram muito uma fita, e são compostas principalmente por lignina. As estrias de Caspary estão aderidas a membrana plasmática das células da Endoderme, radialmente ou transversalmente, dificultando a passagem da solução de solo e determinando a quantidade de minerais que entrarão no cilindro vascular. FIGURA 2.2.2: As estrias de Caspary Fonte: Google imagens. O cilindro Vascular compreende uma ou mais camadas de células não vasculares –o periciclo- e tecidos vasculares. (Appezzato e Carmelo, 2ª ed., p. 261, 2006). As raízes laterais se originam do periciclo (ver Figura 2.2.3), este por sua vez é unisseriado, potencialmente meristemático, potencialmente vascular, constituído de parênquima ou pode conter esclerênquima. Partes do cambio e o felogênio pode ser originado a partir do periciclo. FIGURA 2.2.3: Raízes laterais se originando do periciclo. Fonte: Google imagens. O xilema é formado por arcos que saem do centro em direção ao periciclo em uma disposição que lembra um cone. O floema está disposto de maneira alternada com o xilema. Ver Figura 2.2.4. As células do protoxilema possuem espessamento em anel ou helicoidal, o que possibilita que elas cresçam no sentido axial. Essas células estão concentradas em polos, os polos de protoxilema. Conforme mostra a Figura 2.2.5. FIGURA 2.2.4: Xilema e floema da raiz. Fonte: Google imagens, editada. FIGURA 2.2.5: Posição do protoxilema e metaxilema na raiz. Fonte: Google imagens, editada. Já as células do metaxilema, além de serem maiores que as do protoxilema, possuem espessamento com pontuações, indicando que elas só se desenvolvem quando o órgão vegetal parou o seu crescimento. As células do xilema da raiz estão organizadas, isto é, posicionadas na estrutura anatômica da raiz, de forma cruzada com a células do xilema do caule. O protoxilema do caule está mais próximo do periciclo na raiz, diferenciação exarca; O metaxilema do caule está mais próximo do periciclo, diferenciação endarca. Exposto na Figura 2.2.6 logo abaixo. FIGURA 2.2.6: Posição do protoxilema e metaxilema na raiz. Fonte: Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dsTjvuMVIM8. 2.3 Estrutura Secundaria O crescimento secundário das plantas superiores é originado pela atividade dos meristemas secundários cambio e felogênio. O que resulta no crescimento secundário da raiz, ou seja, o crescimento em espessura. O câmbio é originado pela divisão das células do procâmbio. E o ele permanece indiferenciado na forma de feixes entre o xilema primário e o floema primário (Figura 2.3.1). A quantidade de feixes, obviamente, depende da quantidade de arco que possuia raiz; diarca possui dois feixes cambiais, tetrarcas possui três feixes cambiais e assim sucessivamente. O câmbio envolve completamente o xilema devido sua posição. E por sua vez, apresenta o mesmo formato do xilema. Ou seja, em cortes transversais, possui formato quadrangular em raízes tetrarcas. Formado o xilema secundário em posição oposta ao floema, o câmbio e empurrado para a periferia, apresentando formato circular. Ver Figura 2.3.2. FIGURA 2.3.1: Posição do câmbio. Fonte: Imagens do Google. FIGURA 2.3.2: Cambio empurrado para a periferia. Fonte: Anatomia Vegetal 2ª ed., cap. 10, p. 278, Gloria B.A; Carmello-Guerreiro S.M. 3. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS APPEZZATO-da-GLORIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S. M. (editoras) Anatomia Vegetal. 2ª edição. Editora da Universidade Federal de Viçosa. Viçosa-MG. 2006. RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. Biologia vegetal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 856 p. 30 ex.
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