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Higiene e segurança no trabalho A higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A higiene no trabalho consiste em combater as doenças profissionais. Uma das atividades da higiene do trabalho é a análise ergonômica do ambiente de trabalho, não apenas para identificar fatores que possam prejudicar a saúde do trabalhador e no pagamento de adicional de insalubridade/periculosidade, mas para eliminação ou controlar esses riscos, e para a redução do absenteísmo(doença). A capacidade analítica desenvolvida nesse esforço permite ir além, na forma de identificação e proposição de mudanças no ambiente e organização do trabalho que resultem também no aumento da produtividade, e da motivação e satisfação do trabalhador que resultem na redução de outros tipos de absenteísmo que não relacionado às doenças. Patrícia Pires de Matos (2011) expõe que a Higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados para proteger a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerente às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças ocupacionais, a partir do estudo e do controle do homem e seu ambiente de trabalho. Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto do funcionário, evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho. Envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho. A iluminação, a temperatura e o ruído fazem parte das condições ambientais de trabalho. Uma má iluminação, por exemplo, causa fadiga à visão, afeta o sistema nervoso, contribui para a má qualidade do trabalho podendo, inclusive, prejudicar o desempenho dos funcionários. A falta de uma boa iluminação também pode ser considerada responsável por uma razoável parcela dos acidentes que ocorrem nas organizações. Envolvem riscos os trabalhos noturnos ou turnos, temperaturas extremas – que geram desde fadiga crônica até incapacidade laboral. Neste sentido, é preciso conscientizar os funcionários da importância do uso dos EPIs, luvas, máscaras e roupas adequadas para o ambiente em que eles atuam. Fazendo essa ação específica, a organização está mostrando reconhecimento ao trabalho do funcionário e contribuindo para sua melhoria da qualidade de vida. Em vez de obrigar os funcionários a usarem, é melhor realizar esse tipo de trabalho de conscientização, pois o retorno será bem mais positivo. A Segurança e saúde ocupacional ou SSO é uma área multidisciplinar relacionada com a segurança, saúde e qualidade de vida de pessoas no trabalho ou no emprego. Como efeito secundário a segurança e saúde ocupacional também protege empregados, clientes, fornecedores e público em geral que possam ser afetados pelo ambiente de trabalho. Na Segurança do trabalho também é importante que a empresa forneça máquinas adequadas, em perfeito estado de uso e de preferência com um sistema de travas de segurança. É fundamental que as empresas treinem os funcionários e os alertem em relação aos riscos que máquinas podem significar no dia a dia. Caso algum funcionário apresente algum problema de saúde mais tarde ou sofra algum acidente, a responsabilidade será toda da empresa por não ter obrigado o funcionário a seguir os procedimentos adequados de segurança. Caso o funcionário se recuse a usar os equipamentos que o protegerão de possíveis acidentes, a organização poderá demiti-lo por justa causa. As prevenções dessas lesões/acidentes podem ser feitas através de: Estudos e modificações ergonômicas dos postos de trabalho. * Uso de ferramentas e equipamentos ergonomicamente adaptados ao trabalhador. * Diminuição do ritmo do trabalho. * Estabelecimento de pausas para descanso. * Redução da jornada de trabalho. * Diversificação de tarefas. * Eliminação do clima autoritário no ambiente de trabalho. * Maior participação e autonomia dos trabalhadores nas decisões do seu trabalho. * Reconhecimento e valorização do trabalho. * Valorização das queixas dos trabalhadores. É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a segurança no ambiente de trabalho se tornem satisfatórios. Nessas mudanças se faz necessário resgatar o valor humano. Nesse contexto, a necessidade de reconhecimento pode ser frustrada pela organização quando ela não valoriza o desempenho. Se o ambiente enfatizar as relações distantes e impessoais entre os funcionários e se o contato social entre os mesmos for desestimulado, existirão menos chances de reconhecimento. Tais fatores nos remetem à importância da política de recursos humanos pregada pela empresa junto a seus funcionários e sua influência sobre a higiene e segurança no trabalho. A Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional pode ser definida como um conjunto de regras, ferramentas e procedimentos que visam eliminar, neutralizar ou reduzir a lesão e os danos decorrentes das atividades. Uma das principais ferramentas dessa gestão denomina-se Gestão de Riscos, a qual atua no reconhecimento dos Perigos e da classificação dos Riscos (Risco Puro). Normalmente a Gestão de SSO faz parte de um Sistema de Gestão (Gestão da Qualidade). Consultoria interna e externa em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Consultoria, de uma forma ampla, é o fornecimento de determinada prestação de serviço, em geral por profissional qualificado e conhecedor do tema. O serviço de consultoria oferecido ao cliente acontece por meio de diagnósticos e processos e tem o propósito de levantar as necessidades do cliente, identificar soluções e recomendar ações. De posse dessas informações, o consultor desenvolve, implanta e viabiliza o projeto de acordo com a necessidade específica de cada cliente. É o produto de um trabalho de co-participação, de casamento de dois tipos diferentes de “Know-How”, aquele técnico específico sobre o assunto e aquele decorrente da vivência organizacional e de conhecimento de suas peculiaridades políticas e contextuais. Consultoria, portanto, consiste em um conjunto de atividades desenvolvidas pelo consultor, que ajudam o cliente a perceber, entender e agir sobre fatos inter-relacionados que ocorrem no seu ambiente. É a influência exercida por uma pessoa sobre um indivíduo, grupo ou organização, no sentido de mudar ou melhorar uma situação, seu controle direto sobre a implementação. Dentre os tipos de consultoria existentes, encontramos os conceitos de: Consultoria Externa – Profissional não integrante da empresa a qual presta serviços Consultoria Interna – Funcionário da empresa que, em geral, desempenha atividades técnicas. É um facilitador. Elabora diagnóstico, busca soluções para os problemas, sugere e opina. A Consultoria Interna corresponde ao conjunto de atividades desenvolvidas por um profissional multidisciplinar da organização, como o objetivo de desenvolver, influenciar e assessorar de forma consistente e articulada os clientes internos. Os objetivos da consultoria interna consistem em: prover a organização de informações descentralizadas; facilitar a tramitação das informações; oferecer melhor atendimento às necessidades do cliente interno, que é facilitado pela proximidade e entendimento de suas necessidades; empregar eficientemente as informações recebidas, visando o desenvolvimento das estratégias organizacionais; aprimorar os produtos oferecidos aos recursos humanos por meio da antecipação de tendências da área; atuar de maneira que as ações e estratégias de RH alinhem-se às da organização. Na consultoria interna, com o RH ligado ao negócio, agrega-se valor ao cliente e permite propriedade na atuaçãoque passa a ser compartilhada; o cliente interno sabe a quem recorrer. A participação direta do consultor interno na área atendida propicia a criação de vínculo e confiança do gestor na função da área de RH. A multifuncionalidade do consultor interno exige uma visão generalista, otimizando o atendimento das necessidades do cliente e estimulando a senioridade do profissional de RH ou psicólogo organizacional. A atuação direta junto à área atendida possibilita que o consultor não só desenvolva projetos que atendam as necessidades imediatas do cliente, como também avalie sua efetividade e proponha mudanças. -Consultor: prestador de serviço qualificado que pode ser fixo ou temporário. -Consultor organizacional: presta serviço genericamente para a organização. Conhece sobre a organização. -Consultor autônomo: externo à empresa. Geralmente uma pessoa física. -Consultor associado: duas pessoas se juntam para um projeto específico. -Consultor externo: fora da empresa, sem vínculo empregatício. Geralmente uma pessoa jurídica. -Consultor exclusivo: contrato de exclusividade por um tempo. Problema: vínculo empregatício. -Terceirização: menos processos trabalhistas e mais economia (não tem benefícios). -Consultor interno: tem vínculo empregatício (é funcionário da empresa). Alguém que era especialista em uma coisa, se passa a ser consultor interno, vai conhecer de tudo e trabalhar em uma realidade específica. -Vantagem do consultor externo: posição mais estratégica, afastado da realidade, olhar sem contaminação. O objetivo do consultor interno é obter o papel do consultor externo. -Vantagem do consultor interno: diagnóstico constante da realidade, vai aprender sobre tudo, deixar de ser apenas especialista em algo. Desafio: a opinião do consultor externo é mais valorizada; pode comprometer o sigilo quando pressionado por alguém com quem tem vínculo (ou até dependência financeira); não virar leva e traz (dissipar informações). Fazeres do psicólogo e a interdisciplinaridade nas organizações: Ética e moral do psicólogo. De acordo com Malvezzi (2000), descortina-se diante de todos, a sociedade do conhecimento. Se o saber coloca-se como um fator diferencial da competência por que muitos trabalhadores não estão sendo capazes de criar interesse pelo conhecimento, se este está a cada dia mais acessível e mais barato? Será que os estudiosos do comportamento organizacional ainda não estariam presos a parâmetros que já não mais representam a realidade atual? Os parâmetros tradicionais não impediriam de avançar na direção dos problemas cruciais da era pós-moderna e de recriar a Psicologia Organizacional (PO) para as exigências desse era? Diante desse quadro a PO é solicitada, mais uma vez, a apreciar a relação Homem-Trabalho, tarefa que ela só pode realizar a partir do redimensionamento de seu objeto porque o ambiente de trabalho não está mais limitado às variáveis físicas ao redor da estação de trabalho, ou da estrutura da empresa, mas transcende os muros das empresas e da dimensão do espaço de trabalho entendido como emprego. Dentro da empresa sem fronteiras, da carreira sem fronteiras e do emprego “jus-in-time” o trabalhador torna-se igualmente, um indivíduo globalizado. Vive-se uma transição radical. Como está emergindo a instituição do trabalho na sociedade globalizada? Ainda é cedo para se vislumbrar uma resposta mais precisa, embora já pode ser considerado provável a predominância do trabalho autônomo. Como será a qualidade de trabalho autônomo sob um forte imperialismo tecnológico e uma condição de alta competitividade? Certamente não será uma transição fácil, principalmente pela crescente volatilidade dos empregos. Poucas pessoas estão trabalhando mais do que antes. O trabalho se concentra nas mãos de alguns. Se não há garantias de emprego, nem previsibilidade segura de atualização para que o trabalhador mantenha sua empregabilidade, seria correto dizer que o trabalhador está mais à mercê de si mesmo, como alguém que conta consigo mesmo? Caminha-se para uma institucionalização individualizada do trabalho? Chamada para responder questões, a PO tem diante de si um grande desafio: reformular sua agenda de interesse, dirigindo-se para questões que refletem os mecanismos fundamentais que atuam nessa fase da sociedade, nomeadamente, dirigir-se para a investigação dos projetos de carreira, a identidade profissional, os contratos psicológicos, o compromisso, a qualidade de vida e o crescimento psicológico. Todos esses mecanismos têm sido vistos como sinais de que o trabalho está se tornando uma realidade mais flexível, mais dependente do conhecimento e menos estruturado pela empresa do que pelo mercado. O trabalhador está sendo chamado a administrar sua própria adaptação e integração. Não será um trabalhado fácil, nem para ele, nem para os psicólogos. Se a PO colocou sua atenção nos resultados sem entender de modo consiste os processos, é hora de rever sua abordagem. Temos buscado mais perfeição na precisão, estratificação e validade dos dados do que da compreensão da relação entre esses resultados e os diversos mecanismos que podemos manejar na gestão de nossas instituições. A autonomia pela qual tantos psicólogos e trabalhadores lutaram por muitas décadas, coloca-se agora como um imperativo, como forma de sobrevivência do próprio trabalhador, no seu novo papel de agente econômico reflexivo, a cartilha a ser seguida pela PO na sociedade que se globaliza. -Paradigmas: mecanicista (simplista, positivista, ciência acima de tudo, Taylor, seleção, treinamento, máquina com mais valor que o ser humano) passa para sistêmico (mais complexo, transformações sociais levaram à isso, ciências evoluindo – década de 80/90 ocorre uma maior complexidade com o avanço da tecnologia nas comunicações – implicações nas relações sociais). -Psicologo nas organizações: deve considerar isso. -Reestruturação competitiva, local e horários flexíveis de trabalho (trabalhamos quase em horário integral). -Maior objeto de estudo da Psicologia do trabalho: relações sociais (valores, culturas que permeiam) e não o funcionário ou patrão. -Psicólogo não saí da universidade preparado, precisa conhecer sobre o mercado, comércio, organização, indústria (necessário inquietude e busca por conhecer o mercado na universidade). -Estamos caminhando para trabalhar com um papel estratégico (influenciar nas decisões) e de acessória (staff). Cuidado para não ser “leva e traz”, deve ser neutro (maior dificuldade). Mais difícil para o consultor interno, do que para o externo (tem um distanciamento). -Psicológo com objetivo de avaliar o que está interrompendo na relação funcionário e patrão (reaproximar). Não temos que esperar que os gestores saibam nosso papel, mas sim demonstrar qual é (de forma transparente). -Evolução do papel do psicólogo: mecanicista (psicólogo industrial), sistêmica (psicólogo organizacional) e complexidade (psicólogo do trabalho). -Subcampos: gestão de pessoas, Psicologia organizacional (liderança, comunicação), Psicologia do trabalho. -Importante ver o conflito gerado pela diversidade de gerações, papel da mulher, preconceito, longevidade. -Psicólogo precisa ter resiliência. Não existe resposta pronta, temos que refletir junto. Outros desafios: estágios, consultoria, pensar estrategicamente sobre as técnicas. -Violência atrelada à diversidade.
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