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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA CORMARCA DE UBERLÂNDIA/MG. Processo nº XXXXXX EDUARDO, brasileiro, solteiro, profissional liberal, portador da cédula de identidade sob nº X.XXXX-X, inscrito no CPF sob nº XXX.XXX.XXX-XX, com endereço eletrônico eduardo@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua XXX, 00, Uberlândia/MG, vem, por sua advogada Dra. Paula Menezes, infra-assinado, com endereço eletrônico paulam@hotmail.com, com endereço comercial e residencial na Rua Estrada do Galeão nº 350, ilha do Governador/ MG, onde receberá as notificações de praxe, nos autos da AÇÃO DE CONHECIMENTO, pelo rito comum, que lhe move MARCELA, já oferecer a V.Exa. sua: CONTESTAÇÃO SÍNTESE DA DEMANDA A autora moveu ação em desfavor do réu alegando que, ao parar diante da faixa de pedestre, na cidade de Uberlândia/MG, teve seu veículo abordado pelo veículo conduzido pelo réu, tendo como consequência a amputação de sua mão direito. Destarte, pleiteia a indenização no valor de R$15.000,00 ( quinze mil reais ), referentes as despesas hospitalares e gastos com remédios, bem como, indenização por danos morais no valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais), referente a amputação sofrida. Expondo e requerendo o que segue: DAS PRELIMINARES 1. LITISPENDÊNCIA Por meio da análise dos autos, verificou-se a existência de litispendência com relação às duas ações proposta pela autora, sendo uma distribuída na 2ª Vara Cível de Uberlândia/MG, e a outra distribuída na 1ª Vara Cível da mesma Comarca. As ações propostas pela autora possuem as mesma partes, causa de pedir e pedido. Assim, a presente ação torna-se idêntica àquela proposta anteriormente a 2ª Vara Cível. Desta, forma, o referido relato encontra-se amparo legal no art. 337, parágrafo 1º, 2º e 3º do NCPC/2015. Art. 337. (...) §1° verifica-se a litispendência ou coisa julgada quando se reproduz ação anteriormen Te ajuizada. §2° Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. §3° Há litispendência quando se repete ação que está em curso Ressalta, ainda, que, por força do art. 485, inc V, do CPC, essa defesa processual enseja a extinção do processo sem resolução de mérito, e faz com que esta também seja uma defesa peremptória. Art. 485, O Juiz não resolverá o mérito quando: V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; DO MÉRITO Diante do caso concreto, fica evidenciado a existência do fato constitutivo do direito do autor, ou seja, a autora não comprova a ação ou omissão do agente, o dano, nexo de causalidade, bem como, a culpa do réu. Logo, o que não restou comprovado, não há o dever de indenizar. Tendo, na verdade, o rompimento do nexo da causalidade e o evento danoso, vez que a culpa foi exclusiva da vítima. Art. 373. Ônus da prova incumbe; I - Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito. II - Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Segundo carnelutti “ Ônus de provar recai sobre quem tem o interesse em afirmar”. Assim, não importa a posição que o indivíduo ocupe, na relação processual, pois, quando fizer uma afirmação da qual decorra seu próprio direito, terá que provar sua verdade. Daí, a regra adotada pelo direito brasileiro, ao autor, caberá o ônus de provar os fatos constitutivos do seu direito, enquanto que, ao réu ,restará a comprovação da existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.(CARNELUTTI, Francisco. Sistema de direito processual civil. P. 133) DA FUNDAMENTAÇÃO O réu de ser indenizado pelos prejuízos suportou, no valor de R$10.000,00 ( dez mil reais), em virtude de ser culpa exclusiva da autora, por a mesma ter parado o veículo, Indevidamente, diante da faixa de pedestre, não havendo qualquer pessoa aguardando para atravessar a via, afastando, assim, a responsabilidade do réu e excluindo a indenização por danos matérias e morais. Como a culpa exclusiva da vítima não está presente na letra da lei , o direito do réu vinculado a doutrina, jurisprudência e a legislação extravagante, dessa forma, o ilustre Miguel Maria de Serpa Lopes, trás seu entendimento sobreo tem:“Há culpa da vítima quando o prejuízo por ela sofrido decorre, não do próprio autor Material do fato, senão de fato oriundo exclusivamente da vítima” Ressalto, que o ocorrido foi assistido por duas testemunhas que a tudo assistiram e se puseram à disposição para relatar em juízo o fato. DA RECONVENÇÃO A autora foi, na verdade, acusadora do dano ocasionado ao vínculo automotor do réu, restando evidente a culpa exclusiva da vítima no evento danoso, razão pela qual deve Arcar com a indenização vez que presente a ação da autora, o dano, o nexo de causalidade, bem como, a culpa da mesma, caracterizando-se o ato ilícito disposto nos arts186 e 927 do CC. DA OPÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO Em cumprimento ao disposto nº art. 319 inciso ,VII, do CPC, o réu manifesta não ter interesse de participar da audiência de Conciliação. Isto posto, requer a V.Exa.: A) Seja acolhida a preliminar de litispendência, extinguindo-se o processo em exame de mérito; B) No mérito, seja julgado improcedente o pedido DA RECONVENVÇÃO para condenar a autora para reparar o dano no valor de R$10.000,00 (dez mil reais); e, C) A condenação da autora ao pagamento das custas e honorários advocatícios. DAS PROVAS Requer a produção de tosas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 369, do CPC, especialmente a prova de natureza documental, testemunhal, pericial e depoi- Mento pessoal da autora. Uberlândia 14 de novembro de 2018 Nestes Termos , Pede deferimento Advogado(a): Inscrito OAB/PI Nº XXXX
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