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Farmacologia – P2
- Anestésicos: A anestesia geral é um estado de depressão reversível do sistema nervoso central (SNC) que resulta em perda da resposta e da percepção aos estímulos externos. Cinco vantagens para os pacientes submetidos à cirurgia e outros procedimentos médicos com anestesia:
• Sedação e diminuição da ansiedade.
• Perda da consciência e amnésia.
• Relaxamento da musculatura esquelética.
• Supressão dos reflexos indesejados.
• Analgesia.
A medicação pré-anestésica serve para acalmar o paciente, aliviar a dor e proteger contra os efeitos indesejados dos anestésicos administrado na sequência ou no próprio procedimento cirúrgico. Os relaxantes musculares esqueléticos facilitam a intubação da traqueia e suprimem o tônus muscular até o grau necessário para a cirurgia. Anestésicos gerais potentes são administrados por inalação e/ou por injeção intravenosa (IV). Com exceção do óxido nitroso, os analgésicos inalados modernos são hidrocarbonetos halogenados voláteis. Os anestésicos gerais IV consistem em inúmeros fármacos quimicamente não relacionados, usados comumente para a indução rápida da anestesia.
Agentes utilizados em anestesia geral:
- Voláteis (éter e halogenados)
- Barbitúricos (sedativos)Inconsciência
- Propofol (sedativos) 
- Ketamina (dissociativo)- Benzodiazepínicos (amnésicos)
- Opioides (analgésicos)
- Curare e succinilcolina (relaxante muscular)
Combinações: 
 - Opioide + óxido nitroso
- Neurolépticos (haloperidol) + opioide
- Ketamina + Benzodiazepínicos 
Estágios e profundidade da anestesia:
A anestesia geral pode ser dividida em três estágios: indução, manutenção e recuperação. A indução é definida como o período que inicia com a administração do anestésico potente e segue até o desenvolvimento da efetiva anestesia cirúrgica no paciente. A manutenção assegura a continuidade da anestesia cirúrgica. A recuperação é o tempo desde que a administração do anestésico é suspensa até a recuperação da consciência e dos reflexos pro­tetores fisiológicos. A indução da anestesia depende da velocidade com que concentrações eficazes do anestésico alcançam o cérebro, ao passo que a recuperação é essencialmente o inverso da indução e depende da velocidade com a qual o anestésico se difunde no cérebro. A profundidade da anestesia é a intensidade de depressão do SNC e é uma variável útil para individualizar a anestesia.
- A profundidade da anestesia tradicionalmente é dividida em quatro estágios sequenciais, cada estágio é caracterizado pelo aumento da depressão do SNC, causado pelo acúmulo do anestésico no cérebro. 
Estágio I - Analgesia. A perda da sensação de dor resulta da interferência na transmissão sensorial no trato espinotalâmico. O paciente passa da consciência e capacidade de conversar para a sonolência. A amnésia e uma redução da consciência da dor ocorrem à medida que se aproxima o Estágio II. (Calor, tontura, formigamento, o paciente consegue se movimentar)
Estágio II - Excitação. O paciente vivencia delírio e possivelmente comportamento combativo. Há aumento e irregularidade na pressão arterial e na respiração, com risco de laringoespasmo. Para diminuir ou eliminar esse estágio da anestesia, é administrado um fármaco de ação rápida, como o propofol, por via IV, antes de iniciar o anestésico inalatório. (Agitação psicomotora, gritos, falas, riso ou mesmo choro, o pulso se torna rápido e respiração irregular)
Estágio III - Anestesia cirúrgica. Há perda gradual do tônus muscular e dos reflexos conforme o SNC é deprimido. Nesse estágio, ocorrem respiração regular e relaxamento dos músculos esqueléticos com eventual perda dos movimentos espontâneos. Esse é o estágio ideal de anestesia para a cirurgia. E necessária a monitoração contínua cuidadosa para evitar o avanço indesejado para o estágio IV.
Estágio IV Paralisia bulbar. Durante esse estágio, ocorre depressão acentuada dos centros respiratórios e vasomotores. A morte pode ocorrer rapidamente, a não ser que sejam tomadas medidas para manter a circulação e a respiração. (Quantidade excessiva de anestésicos cirurgias maiores)
Agentes Inalatórios: 
A inalação de gases é a base da anestesia, sendo utilizada primariamente para a manutenção da anestesia após a administração de um fármaco IV. Nenhum anestésico único é superior aos demais, em todas as situações. Uma vantagem dos anestésicos inalatórios é que a profundidade da anestesia pode ser rapidamente alterada se mudando a concentração inalada do fármaco. Os anestésicos gerais inalatórios têm curvas dose-resposta muito íngremes. Além disso, têm um índice terapêutico muito baixo de modo que a diferença na concentração do fármaco que causa efeito nulo, anestesia cirúrgica e depressão cardíaca e respiratória acentuada é pequena. Não existem antagonistas. Para minimizar o desperdício e diminuir o custo, os anestésicos inalatórios potentes são oferecidos em sistemas de recirculação contendo absorventes que removem o dióxido de carbono e permitem a re-respiração do anestésico
Esses fármacos possuem uma solubilidade no sangue e na gordura. Quanto maior a solubilidade sanguínea mais facilmente o fármaco vai se espalhar pelo sangue, e quanto maior a solubilidade na gordura mais facilmente ele vai se espalhar pelos tecidos através dos alvéolos e mais dificilmente ele vai ser eliminado.
O isoflurano pode causar hipotensão e exacerbar a isquemia cardíaca por ser um potente dilatador coronário. O desflurano é utilizado em cirurgias de rotina e é menos potente. Pode causar tosse e broncoespasmo. O sevoflurano é mais potente que o desflurano, porém não causa tanta irritação respiratória. O enflurano pode causar convulsões durante a indução ou a recuperação da anestesia. O halotano causa acúmulo de metabólitos tóxicos e causa relaxamento significativo do útero. Fármacos como o halotano e também fármacos bloqueadores neuromusculares podem causar hipertermia cardíaca, que se caracteriza por uma contração muscular forte que leva a febre alta rapidamente. Essa condição deve ser tratada com relaxantes musculares ou com o uso de uma banheira cheia de água gelada. Se não tratar a tempo causa sequelas no SNC.
O óxido nitroso não é utilizado sozinho para anestesias gerais, porém pode ser usado em conjunto com outras agentes voláteis para diminuir as doses necessárias e também é utilizado durante o parto para reduzir a dor. A exposição prolongada pode causar depressão da medula óssea por inativação de uma enzima necessária para síntese de DNA e proteína. Isso pode levar a anemia e leucopenia.
Para o relaxamento muscular os fármacos usados agem realizando o bloqueio dos receptores da Acetilcolina por antagonismo competitivo (curares) ou por despolarização persistente da placa motora - após contração inicial o músculo relaxa (succinilcolina). Os curares podem causar hipotensão, taquicardia, arritmia e paralisia respiratória. Possuem ação longa, sendo utilizados em cirurgias longas. Já a succinilcolina causa dores musculares, hipertensão ocular e pode causar parada cardíaca. Possui ação mais curta que a dos curares e também menos tóxica. 
	- Para a ação de amnésia são utilizados os benzodiazepínicos e para analgesia os opióides.
Agentes anestésicos intravenosos:
Esses fármacos são usados na indução da anestesia e não são adequados para a sua manutenção. O propofol é rapidamente metabolizado, oferece rápida recuperação e pouco efeito ressaca. Tem efeito depressor cardiovascular, por isso pode causar hipotensão e bradicardia e também depressão respiratória. O tiopental é um barbitúrico, de ação muito rápida, porém recuperação lenta levando a um efeito ressaca. Pode causar depressão respiratória. O etomidato possui uma grande diferença entre a dose anestésica e a dose que causa depressão cardiovascular, e além disso é menos propenso a causar um efeito ressaca longo. Pode causar movimentos involuntários durante a anestesia e náusea. Suprime a produção de esteroides na hipófise e deve ser evitado em pacientes com insuficiência suprarrenal.
 - Opióides: A dor é umaexperiência sensorial e emocional desagradável, associada com uma lesão efetiva ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tal lesão. A dor é sempre subjetiva. Quadros dolorosos: 
Dor somática não visceral - localizada; em pontada, facada, ardor ou latejamento
• Dor visceral - vaga; em cólica, queimação e peso.
• Dor neuropática - formigamento e queimação constantes;
• Dor músculo esquelética - vaga; queimação, latejamento e cãibra;
• Alodínia - resposta aberrante de dor em resposta a estímulo inócuo;
• Hiperalgesia – resposta aumentada à estímulos normalmente dolorosos;
• Dor Fantasma - Dor em membro amputado;Analgésicos combinados: dipirona + tramadol e paracetamol + codeína.
Anticonvulsivantes: carbamazepina, gabapentina, ácido valpróico e lamotrigina;
Simpatolíticos: clonidina e prazosina;
Antagonistas glutamatérgicos: ketamina e dextrometorfano
Canabinoides: tetrahidrocanabinol e nabilona;
Farmacologia da Dor:
Não hormonais: Fármacos do tipo aspirina
Hormonais: cortisol, dexametasona, etc. 
Não narcóticos: dipirona e paracetamol;
Narcóticos: morfina, oxicodona, dextropropoxifeno e tramadol.
Antidepressivos: amitriptilina e imipramina
Receptores Opioides: os opioides interagem de forma estéreo-específica com receptores proteicos na membrana de certas células do SNC, de terminais nervosos na periferia e de células do TGI e de outras regiões anatômicas. Os efeitos mais importantes dos opioides são mediados por três principais famílias de receptores, designadas pelas letras gregas µ, k e delta, cada família de receptor representa uma especificidade diferente para os fármacos com os quais ela se liga. As propriedades analgésicas dos opioides são mediadas principalmente pelos receptores µ. Os três receptores opioides são membros da família de receptores acoplados à proteína G e inibem a adenililciclase. Eles também estão associados a canais iônicos, aumentando o efluxo pós-sináptico de K+ (hiperpolarização) ou reduzindo o influxo pré-sináptico de Ca2+, impedindo, assim, o disparo neuronal e a liberação do transmissor
OPIOIDES – codeína, tramadol epropoxifeno são fracos, depois temos a morfina, oxicodona, metadona e fentanil. O buprenorfina é um agonista parcial, e apetidina causa efeitos neurológicos.
AGONISTAS POTENTES
A morfina é o principal fármaco analgésico presente no ópio bruto, sendo o protótipo do agonista potente. A codeína também está presente, em menores concentrações, e é menos potente, tornando-a protótipo dos agonistas opioides fracos. A morfina e vários outros opioides têm afinidade pelos receptores µ. 
O mecanismo de ação: Os opioides exercem seus efeitos principais interagindo com os receptores opioides no SNC e em outras estruturas anatômicas, como o TGI e a bexiga. Eles causam hiperpolarização das células nervosas, inibição da descarga nervosa e inibição pré-sináptica da liberação de neurotransmissor. A morfina produz analgesia, eles aliviam a dor elevado o limiar de dor na medula espinal e, alterando a percepção de dor no cérebro; ela também pode produzir euforia, uma forte sensação de contentamento e bem-estar; pode ocorrer uma depressão respiratória pela dessensibilizarão ao dióxido de carbono dos neurônios do centro respiratório; depressão ao reflexo da tosse; presença de miose, pupila puntiforme, todos os dependentes de morfina terão a pupila dilatada. Êmese; diminuição da motilidade e aumento do tônus do músculo liso circular intestinal; não apresenta grandes efeitos sobre a PA ou FC, apenas em doses elevadas na qual podem ocorrer hipotensão e bradicardia; liberação de histaminas dos mastócitos, o que pode causar urticária; aumento da liberação de hormônio do crescimento e aumenta a secreção de prolactina, também aumenta o hormônio antidiurético, levando à retenção urinária.
Os usos terapêuticos são: analgesia, tratamento da diarreia, alivio da tosse, tratamento do edema pulmonar agudo. 
Farmacocinética. A administração pode ser feita por injeções IM, SC ou IV, pois possui significativa biotransformação de primeira passagem no fígado. Ela se distribui rapidamente em todos os tecidos do organismo, inclusive no feto, e não deve ser utilizada para analgesia durante o trabalho de parto. Os efeitos adversos incluem grave depressão respiratória e resulta em óbito o envenenamento agudo com opioides. Um efeito grave é a parada das trocas respiratórias em pacientes com enfisema. Outros efeitos incluem êmese, disforia e efeitos hipotensivos acentuados por histamina. A elevação da pressão intracraniana, particularmente em lesões na cabeça, pode ser grave.
As interações medicamentosas com morfina parecem ser raras, contudo as ações depressivas são acentuadas pelas fenotiazinas, pelos inibidores da monoamina oxidase (IMAO) e antidepressivos tricíclicos. 
AGONISTAS MODERADOS A FRACOS
A ação analgésica da codeína deriva da sua conversão à morfina pelo sistema enzimático CIP450 2D6 P450 206, e os efeitos antitussígenos são devidos à própria codeína. Portanto, a codeína é um analgésico muito menos potente do que a morfina. A potência analgésica da codeína é cerca de 30% daquela da morfina. A codeína apresenta boa atividade antitussígena em doses que não são analgésicas. Nas dosagens usadas comumente, ela apresenta menor potencial para abuso do que a morfina. Ela é utilizada frequentemente em combinação com ácido acetilsalicílico ou com paracetamol.
AGONISTAS-ANTAGONISTAS E AGONISTAS PARCIAIS
Os fármacos que estimulam um receptor e bloqueiam outro são denominados agonistas-antagonistas. Os efeitos desses fármacos dependem da exposição prévia a opioides. Em indivíduos que não receberam opioides recentemente, os agonistas-antagonistas apresentam atividade agonista e são utilizados no alívio da dor. No paciente dependente de opioides, os fármacos agonistas-antagonistas podem apresentar principalmente efeitos bloqueadores.
A buprenorfina é classificada como agonista parcial e atua no receptor µ. Ela atua como a morfina em pacientes que não usaram morfina, mas pode precipitar a síndrome de abstinência em viciados em morfina. Um de seus principais usos é na desintoxicação dos adietas de opioides, pois provoca sintomas de abstinência mais suaves e curtos em comparação com a metadona. Ela causa pouca sedação, depressão respiratória e hipotensão, mesmo em doses elevadas. Em contraste com a metadona, disponível apenas em clínicas especializadas, a buprenorfina é aprovada para desintoxicação ou manutenção ambulatorial. A buprenorfina é administrada por via sublingual, parenteral ou transdérmica e tem longa duração de ação devido à sua forte ligação ao receptor µ. Os comprimidos desse fármaco são indicados no tratamento da dependência dos opioides e estão disponíveis como monopreparado de buprenorfina (Subutex) e também em associação com naloxone (Suboxone). Não há efeito clínico com uso de naloxona oral, mas na administração IV ocorre antagonismo opoide e o paciente experimenta a abstinência. A forma injetável e o adesivo transdérmico de uso semanal são indicados para o alívio da dor moderada a intensa. A buprenorfina é biotransformada pelo fígado e excretada na bile e na urina. Os efeitos adversos incluem depressão respiratória que não é facilmente revertida pela naloxona e redução (ou, raramente, aumento) da pressão arterial, náuseas e tontura.
OUTROS ANALGÉSICOS
O tramadol é um analgésico de ação central que se liga ao receptor opioide µ. O fármaco sofre extensa biotransformação via CIP450 206, resultando em um metabólito ativo com afinidade muito maior pelo receptor µ do que o composto original. Além disso, ele inibe fracamente a captação de norepinefrina e serotonina. Esse fármaco é utilizado no manejo da dor moderada a moderadamente intensa. Sua atividade depressora do sistema respiratório é menor do que a da morfina. A naloxona só reverte parcialmente a analgesia provocada pelo tramadol ou seu metabólito ativo. Foram relatadas reações anafilactoides. Podem ocorrer interações entre fármacos, como com os inibidores seletivos da captação de serotoninae os antidepressivos tricíclicos ou dosagem excessiva, resultando em excitação e convulsões. O tramadol deve ser evitado em pacientes que utilizam inibidores da monoamina oxidase.
ANTAGONISTAS
Os antagonistas opioides se ligam com alta afinidade aos receptores opioides, mas não ativam a resposta mediada pelo receptor. A administração de antagonistas opioides não produz efeitos significativos em indivíduos normais. No entanto, em pacientes dependentes de opioides, os antagonistas revertem rapidamente o efeito dos agonistas, como a morfina e outros agonistas µ totais, e precipitam os sintomas de abstinência de opioides.
A naloxona é utilizada para reverter o coma e a depressão respiratória da dose excessiva de opioides. (Usada também em pacientes com obstipação idiopática crônica,choque séptico, vasodilatação periférica causada pela morfina). Ela rapidamente desloca todas as moléculas opioides ligadas ao receptor e, assim, é capaz de reverter o efeito da dose excessiva de morfina. Dentro de 30 segundos da injeção IV de naloxona, a depressão respiratória e o coma característicos da superdose de morfina são revertidos, reanimando o paciente e tornando-o alerta. A naloxona tem meia-vida de 30 a 81 minutos. A naloxona é um antagonista competitivo nos receptores das letras gregas, com afinidade 10x maior pelos receptores µ do que pelos demais, isso pode explicar a razão pela qual a naloxona reverte rapidamente a depressão respiratória com apenas uma reversão mínima da analgesia resultante da estimulação dos receptores K pelo agonista na medula espinal. A naloxona não produz efeitos farmacológicos em indivíduos normais, mas precipita os sintomas de abstinência nos adietas de opioides.
A naltrexona tem ações similares às da naloxona. Ela apresenta duração de ação mais longa do que a naloxona, e uma única dose oral de naltrexona bloqueia o efeito da heroína injetada por até 48 horas. A naltrexona associada à clonidina (e, algumas vezes, à buprenorfina) é usada na desintoxicação rápida de opioides. Ainda que também possa ser útil no trata­mento do alcoolismo crônico por meio de um mecanismo desconhecido, as benzodiazepinas e a clonidina são preferidas. A naltrexona é hepatotóxica.
 - Antivirais
Os vírus são parasitas obrigatoriamente intracelulares. Eles são desprovidos tanto de parede celular quanto de membrana celular e não realizam processos metabólicos. A reprodução viral utilizará o mecanismo metabólico do hospedeiro, e poucos fármacos são suficientemente seletivos para evitar a multiplicação viral sem causar lesões ao hospedeiro. O tratamento das doenças virais é ainda mais complicado pelo fato de que os sintomas clínicos aparecem tardiamente no curso da doença, no momento em que a maioria das partículas virais já se multiplicou. Nessa etapa, estágio sintomático da infecção viral, a administração de fármaco que bloqueiam a replicação do vírus apresenta eficácia limitada, todavia, alguns fármacos antiviróticos são úteis como agentes profiláticos. Somente poucos grupos de vírus, respondem aos antiviróticos disponíveis. 
- Replicação nos vírus de DNA: o DNA viral entra no núcleo da célula hospedeira, onde ocorre transcrição de mRNA catalisado pela RNA polimerase da célula. Tradução do mRNA em proteínas específicas do vírus então ocorre.
- Replicação nos vírus de RNA: Enzimas dentro do virião sintetizam seu mRNA a partir do modelo RNA viral, ou às vezes o RNA viral serve como seu próprio mRNA. Isto é traduzido pela célula hospedeira em várias enzimas, incluindo RNA polimerase (que dirige a síntese de mais RNA viral), e também em proteínas estruturais do virião.
- Replicação dos Retrovírus: O virião em retroviroses contém uma enzima transcriptase reversa (vírus DNA polimerase RNA dependente), que faz uma cópia DNA do RNA viral. Esta cópia do DNA é integrado no genoma da célula hospedeira, e é então chamado de provírus. O DNA provírus é transcrito tanto em novo genoma RNA viral, bem como em mRNA para tradução em proteínas virais.
VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV): é da família dos retrovírus e o responsável pela AIDS, o HIV. Ele possui um genoma constituído por RNA fita simples de senso positivo e que replicam o RNA viral por meio de um processo denominado transcrição reversa, onde moléculas de DNA dupla fita, são geradas a partir de RNA, pela ação da enzima transcriptase reversa. De forma geral, o HIV ataca diretamente o sistema imunológico causando eventualmente a síndrome da imunodeficiência adquirida em casos não tratados. Já a AIDS é considerada uma síndrome, pois não se manifestação apenas por uma única doença, mas sim pela aparição de várias doenças sucessivas e simultâneas, ela ataca o sistema imunológico do hospedeiro, sem que o organismo perceba os agentes infecciosos atacando o organismo.
Os dois principais alvos da infecção pelo HIV são sistema imunológico e sistema nervoso central. Inicialmente, o HIV infecciona as Células T e macrófagos diretamente ou é levado até a célula de Langerhans. A replicação viral nos linfonodos regionais acarreta viremia e colonização disseminada do tecido linfoide. A viremia é controlada pela resposta imunológica do hospedeiro e o paciente entra então, em uma fase de latência clínica. Durante essa fase, a replicação virá na célula T e macrófagos continua inexoravelmente apesar de correr uma contenção imunológica ilimitada do vírus. Há uma destruição gradual das células CD4+ pela infecção produtiva ou de outros mecanismos. Finalmente, ocorre um declínio no número de células CD4+ e o paciente desenvolve sintoma de AIDS. Os macrófagos são infectados pelos vírus, no início da infecção eles não são lisados pelo HIV e transportam os vírus para outro tecido sobre tudo o cérebro.
A imunidade mediada por células encontra-se globalmente alterada desde o início da infecção pelo HIV.vA resposta T citotóxica, mediada pelos linfócitos T CD4+ e CD8+, é ativada contra diversas proteínas virais desde a infecção aguda pelo HIV, sendo bastante efetiva para o clareamento plasmático do vírus demonstrado pela alteração dos níveis destas células no sangue periférico. Logo a seguir observa-se uma restauração dos níveis destas células, durante a fase de latência. A atividade citotóxica das células Natural Killer (NK) também está prejudicada na infecção pelo HIV, provavelmente dependente do desbalanço das citocinas produzidas no curso da infecção.
O tratamento da infecção pelo HIV estava focado em diminuir a incidência das infecções oportunistas, que causam elevado grau de morbilidade e mortalidade em pacientes com Aids, em vez de combater o próprio HIV. Hoje, o ciclo de vida do vírus está entendido e é empregado um conjunto de fármacos altamente ativo que suprime a replicação do HIV e restabelece o número de células CD4+ e a imunocompetência do hospedeiro. Esse regime múltiplo é comumente denominado "tratamento antirretroviral altamente ativo", TARAA. Há cinco classes de fármacos antirretrovirais, cada qual atingindo um de quatro processos virais. Essas classes de fármacos são nucleosídeos e nucleotídeos inibidores da transcriptase reversa (NITRs), não nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa (NNITRs), inibidores de protease, inibidores de entrada e inibidores de integrase. A recomendação corrente para o trata mento primário é administrar dois NITRs com um inibidor de protease, um NNITR ou um inibidor de integrase. A escolha da associação adequada se baseia em: 1) evitar o uso de dois fármacos do mesmo análogo nucleosídico; 2) evitar a sobreposição de toxicidades e características genotípicas e fenotípicas do vírus; 3) fatores do paciente, como sintomas da doença e doenças concomitantes; 4) impacto da interação de fármacos e 5) facilidade de adesão ao regime de administrações frequentemente complexo. Os objetivos do tratamento são suprimir de forma máxima e durável a replicação da carga virai, restabelecer e preservar a função imunológica, reduzir a morbilidade e mortalidade relacionada com o HIV e melhorar a qualidade de vida.
Inibidores nuclesídicos da transcriptasereversa: os fármacos utilizados principalmente para o HIV, geralmente em combinações com outros antirretrovirais são Abacavir, didanosina, entricitabina, lamivudina, entre outros. E também, fármacos utilizados para o tratamento da Hepatite B, como adefovir dipivoxil, entecavir e telbivudina. Os inibidores nuclesídicos da transcriptase reversa (NITRs) são análogos de ribosídeos nativos (nucleosídeos contendo ribose) e são desprovidos do grupo 3’-hidroxila. Uma vez dentro das células, eles são fosforilados por uma variedade de enzimas celulares no análago trifosfato correspondente, que é preferencialmente incorporado no DNA viral pela transcriptase reversa viral. Eles são excretados principalmente por via renal, os efeitos adversos incluem várias das toxidades do NITRs são creditadas à inibição da DNA polimerase mitocondrial em certos tecidos, por isso deve-se ter o cuidado de não se sobreporem as toxidades, todos tem sido associado à toxidade hepática potencialmente fatal, caracterizada por acidose láctica e hepatomegalia com esteatose. Também está incluso alterações do GI; sobre o SNC e efeitos relacionados; musculatura esquelética e efeitos dermatológicos; alterações sanguíneas; efeitos metabólicos, incluindo pancreatite, lesão hepática, acidose lática e lipodistrofia. 
Inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa: os fármacos são Efavirenz e Neviparina, sendo utilizados para HIV. Eles são altamente seletivos, e ligam-se à transcriptase reversa de HIV1 em um local adjacente ao local ativo, induzindo uma modificação de conformação que resulta na inibição da enzima. A sua vantagem é a ausência de efeito na formação de sangue do hospedeiro e ausência de resistência cruzada com NITRs. Ele possui múltiplos efeitos, incluindo efeitos dermatológicos; alterações GI; sobre o SNC e efeitos relacionados; musculatura esquelética e efeitos hematológicos, efeitos metabólicos incluindo pancreatite, lesão hepática, acidose lática e lipodistrofia. O efavirenz é teratogênico. 
Inibidores da Protease: os fármacos são amprenavir, darunavir, fosamprenavir entre outros, é utilizado para HIV, o mecanismo de ação desses fármacos consiste em uma inibição reversível da aspartil protease HIV que é a enzima viral responsável pela clivagem da poliproteína viral em inúmeras enzimas essenciais e várias proteínas estruturais. Eles possuem muito mais afinidade pelas enzimas de HIV-1 e HIV-2 do que pelas proteases humanas, como renina. Isso é responsável por sua toxidade seletiva. A inibição evita a maturação de partículas virais e resulta na produção de vírions não infecciosos. Os inibidores de proteases comumente causam parestesia, náusea, êmese e diarreia, também ocorrem distúrbios no metabolismo de glicose e lipídeos, incluindo diabetes, hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia. A administração crônica resulta em redistribuição de gordura incluindo perda de gordura das extreminades, acúmulo no abdome e na base do pescoço e alargamento do peito. Também ocorrem efeitos dermatológico, alterações sanguíneas. 
Inibidores da DNA-polimerase viral: incluem Cidofovir, foscamete, gancidovir, valganciclovir e são utilizados para citomegalovírus, e o efeitos adversos incluem neurotoxidade, alterações sanguíneas, problemas oculares. E também incluem os fármacos aciclovir, que é um anti-herpéticos e seus efeitos são principalmente alterações no GI e dermatológicas. 
Inibidor da fusão do HIV às células hospedeiras: fármaco utilizado é o enfuvirtida, sendo específico para HIV, ele é um inibidor de fusão, para que o HIV entre na célula do hospedeiro, ele deve fundir a sua membrada com a da célula do hospedeiro. Ela é um fármaco caro. E seus efeitos se relaciona com a injeção. Incluindo dor, eritema, endurecimento e nódulos, que ocorrem em praticamente todos os pacientes; também ocorrem efeitos sobre o SNC, metabolismo e GI. 
Tratamento de infecções virais respiratórias: as infecções virais do trato respiratório para as quais existem tratamento incluem as da gripe (ou influenza) tipos A e B e o vírus respiratório sincicial (VRS). 
Inibidores de neuraminidase: Os ortomixovírus que causam gripe contêm a enzima neuraminidase que é essencial para o ciclo de vida do vírus. A neuraminidase viral pode ser seletivamente inibida pelos análogos do ácido siálico oseltamivir e zanamivir; esses fármacos evitam a liberação de novos vírions e sua propagação de célula a célula, eles são eficazes contra os vírus da gripe A e B. Eles não interferem na resposta imune à vacina contra influenza A. Administrados antes da exposição, os inibidores de neuraminidase evitam a infecção, e quando administrados dentro das primeiras 24 a 28 horas após o início da infecção, eles apresentam um efeito modesto sobre a intensidade e duração dos sintomas. O mecanismo de ação: o vírus da gripe emprega uma neuraminidase específica que é inserida na membrana celular do hospedeiro para proporcionar a liberação de vírions recentemente formados. Os dois fármacos citados são análogos do estado de transição do substrato do ácido siálico e atuam como inibidores da atividade da enzima. O oseltamivir é um pró-fármaco ativo por via oral, que é rapidamente biotransformado pelo fígado em sua forma ativa; já o zanamivir, não é ativo por via oral e dever ser administrado por inalação ou por via intranasal, ambos serão eliminados pela urina.
Os efeitos adversos mais comuns do oseltamivir são desconforto gastrintestinal (GI) e náuseas, que podem ser aliviados pela ingestão do fármaco com alimento. O zanamivir não está associado a distúrbios GI, pois é administrado diretamente nas vias aéreas. Todavia, ocorre irritação do trato respiratório. O zanamivir deve ser evitado em indivíduos com asma reativa grave ou doença respiratória obstrutiva crônica, pois pode ocorrer broncoespasmo com risco de fatalidade. Não há registros de interação farmacológica significativa com esses fármacos.
Inibidores do descascamento viral: O espectro terapêutico dos derivados da adamantina, amantadina e rimantadina está limitado às infecções por gripe A, para a qual esses fármacos se tem mostrado igualmente eficazes no tratamento e na prevenção; ambos os fármacos também reduzem a duração e a gravidade dos sintomas sistêmicos, se iniciados dentro das primeiras 48h da exposição do vírus. Nenhum deles altera a resposta imune à vacina da gripe A, e ambos podem ser administrados como complementares à vacinação, dessa forma promovendo proteção até que ocorra resposta de anticorpos (normalmente em duas semanas em pacientes adultos saudáveis). O tratamento é particularmente útil em pacientes de alto risco que não foram vacinados e durante epidemias. O mecanismo de ação antiviróticos primário é o bloqueio da matriz proteica da membrana viral M2, que funciona como canal de íons hidrogênio. Esse canal é necessário para a fusão da membrana viral com a membrana celular, que, por fim, forma o endossomo; esses fármacos também podem interferir na liberação de novos vírions. Os fármacos são bem absorvidos por via oral, a amantadina se distribui por todo o organismo e penetra facilmente no SNC, e a rimantadina não atravessa a barreira hematoencefálica na mesma extensão. 
Os efeitos adversos da amantadina são principalmente associados ao SNC, e os sintomas neurológicos menos importantes incluem insônia, tontura e ataxia; efeitos mais graves têm sido registrados, como por exemplo alucinações e convulsões. O fármaco deve ser usado cautelosamente em pacientes com problemas psiquiátricos, aterosclerose cerebral, alterações renais ou epilepsia. 
Inibidor da integrase: fármaco é raltegravir, utilizado no HIV, e os efeitos adversos consistem em principalmente alterações GI e metabólicas.
Antagonista do receptor de quimocina: maviroque, utilizado no HIV, e os efeitos adversos estão principalmente nas alterações GI e sobre o SNC
 - Antiparasitários
A função dos antiparasitários é reduzir ou eliminar o número de ovos nas fezes animais; eliminar os helmintos; promover a migração dos vermes dentro do hospedeiro para órgãosonde possam ser destruídos por fagocitose.
Farmacologia dos antiprotozoários: são doenças mais difíceis de tratar do que as infecções bacterianas, e vários dos fármacos antiprotozoários causam graves efeitos tóxicos no hospedeiro, particularmente em células que apresentam atividade metabólica elevada, como células neuronais, tubulares renais, intestinais e células-tronco da medula óssea. 
O tratamento para a leishmaniose existe, mesmo a doença sendo grave, é utilizado o antimoniato de N-metil glucamina, a anfotericina B lipossomal e o desoxicolato de anfotericina B
	Nitroimidazois (Metronidazol, tinidazol e diloxanida)
	Suramina e Pentamidina
	Estibugluconato (antimoniais)
	Benznidazol
	Poucos efeitos gastrointestinais. Tontura, cefaléia, neuropatias sensoriais. Interfere com o metabolismo do álcool. Não deve ser utilizado na gravidez.
	Desnutridos. Princ. Rins. Atrofia óptica, insuficiência adrenal, erupções cutâneas, anemia hemolítica e agranulocitose. Imediatas: náuseas, vômitos, choque, convulsões e desmaio. ↓PA
	Anorexia, vômitos, bradicardia e hipotensão. Aumenta a incidência de h. zoster. Tosse e dor subesternal pode ocorrer durante a infusão intravenosa.
	Erupções cutâneas e náuseas são comuns. Neuropatia periférica, raro.
	Via oral ou retal, muito
absorvido. Atinge todos os
fluídos. Diloxanida não.
	Via intravenosa lenta.
	Via IM ou IV por 10 dias. Excreção Renal, 70% em 6h.
	Via Oral, 2x dia, 30, 60 ou 90 dias. Meia-vida 10 a 13 horas. Biodisponibilidade oral: 92% Pico plasmático: 3 a 4 horas
Anfotericina B foi orginalmente extraído de streptomyces nodusus, uma bactéria filamentosa, a administração é apenas por via intravenosa ou tópica, formulações orais em desenvolvimento. A anfotericina B age ligando-se aos esterois da membrana celular do fungo sensível, alterando a permeabilidade da membrana e provocando extravasamento dos componentes intracelulares. As membranas dos animais superiores também contêm esteróis e isto sugere que o dano às células humanas e às de fungos podem ter mecanismos comuns. Os efeitos colaterais incluem: Muito frequentemente, causa uma reação séria logo após a infusão (em 1 a 3 horas), consistindo em febre alta, calafrios, hipotensão, anorexia, náusea, vômito, cefaleia, dispneia e taquipneia, sonolência e fraqueza generalizada. O dano renal pode ser grave e irreversível. Menos toxicidade renal com formulações lipossômicas. Desequilíbrios eletrolíticos como hipocalemia e hipomagnesemia também são comuns. No fígado, o aumento das enzimas hepáticas e hepatotoxicidade (até e incluindo insuficiência hepática fulminante). No sistema circulatório, várias formas de anemia e outras discrasias sangüíneas (leucopenia, trombocitopenia), arritmias cardíacas graves (fibrilação ventricular). Diuréticos ou cisplatina: aumento da toxicidade renal e aumento do risco de hipocalemia. Corticosteroides: aumento do risco de hipocalemia Fármacos citostáticos: aumento do risco de dano renal, hipotensão e broncoespasmos. Outros medicamentos nefrotóxicos (como os aminoglicosídeos): Maior risco de dano renal grave Foscarnet , ganciclovir , tenofovir , adefovir : o risco de efeitos secundários hematológicos e renais da anfotericina B é aumentado.
TRATAMENTO ANTIMALÁRICO E O CICLO DE VIDA DO PARASITA
	4-Aminoquilolinas Cloroquina, Amodiaquina
	Quinolina-Metanois Quinina e mefloquina
	Fenantreno-Metanois Halofantrina
	8-Aminoquinolinas Primaquina
	Náuseas, vômitos, tonturas, visão borrada, dor de cabeça e urticária. Retinopatia, hipotensão e arritmias fatais
	Sabor amargo. Irritante da mucosa gástrica, náuseas e vómitos. Tonturas, dor de cabeça, zumbido, e embaçamento da visão. Níveis plasmáticos altos: hipotensão, arritmias cardíacas e distúrbios graves do sistema nervoso central, delírio e coma.
	Dor abdominal, distúrbios no TGI, dores de cabeça, aumento transitório das enzimas hepáticas e tosse. Prurido. Arritmias particularmente se administrado com outros medicamentos similares. Reações mais raras incluem anemia hemolítica e convulsões
	Relacionados com a dose sintomas gastrointestinais podem ocorrer, e grandes doses pode causar metahemoglobinemia com cianose. Pode causar hemólise em indivíduos com defeito genético na G6PD nas hemáceas. Metabolitos maior actividade hemolítica. 15% homens negros.
	Sabor muito amargo. V.O., I.M., S.C., I.V. Bem absorvido, concentra nas hemáceas parasitadas. 70% excr. urina não metab. Meiavida 50h
	V.O. bem absorvida, curso de 7 dias, ou I.V. lenta. I.V. em bolus risco de arritmias cardíacas. Meia-vida 10 horas. (Mefloq. 30 dias) Metabolismo no fígado e excretação na urina, em cerca de 24 horas.
	V.O. Absorção lenta e irregular. Pico plasmático 4-6 horas. Meia-vida 1-2 dias, metabolito principal, tem potência igual, meia-vida de 3-5 dias. Absorção aumentada refeição gordurosa. Eliminação é nas fezes.
	V.O. bem absorvido. Metabolismo rápido. meiavida de 3-6 horas.
Os fármacos usados no tratamento da malária podem possuir vários locais de ação: Os fármacos usados para tratar a crise aguda da malária agem no parasita do sangue; eles podem curar as infecções pelos parasitas. Que não possuem um estágio exoeritrocítico. Os fármacos usados para quimioprofilaxia agem nos merozoítos emergindo das células hepáticas. Já os fármacos usados para a cura radical são ativos contra os parasitas no fígado, e alguns fármacos irão agir nos gametócitos e evitam a transmissão pelo mosquito.
A cloroquina é a mesma substância utilizada como antirreumático e antiarrítmico. É perigosa pois utiliza os equilíbrios elétricos para o coração, e o paciente apresentar alguma cardiopatia deve tomar mais cuidado ao ingerir esse fármaco pois pode ocorrer uma cardiotoxidade, pois o efeito principal é o efeito arrítmico. 
	Farmacologia dos anti-helmínticos: Três principais grupos de helmintos (vermes) - nematódeos, trematódeos e cestódeos - infectam os humanos. Como em todos os regimes antibióticos, os fármacos anti-helmínticos são dirigidos contra alvos metabólicos que estão presentes nos parasitas, mas estão ausentes ou tem característica diferentes nos hospedeiros. Normalmente os helmínticos que ficam parasitados em locais físicos como o TGI, é possível apresentar mais seletividade na parte do fármaco, assim, a substância não precisa ser absorvida e distribuída sistemicamente. Porém caso o parasita se locomove ou estiver na corrente sanguínea, o fármaco deverá ser distribuído sistemicamente. Caso houver a presença de cistos, deverá aumentar a dose do fármaco.
	Benzimidazóis Mebendazol, etc
	Distúrbios TGI. Sintomas alérgicos, tontura, cefaléia e sonolência, febre, erupções cutâneas. Não usar em grávidas ou crianças < 2 anos.
	Inibem a polimerização da β-tubulina, interfere na captação de glicose de 250 à 400 x mais seletivo para céls helmínticas. Abs. oral 10%. Metabolismo hepático a sulfonas que é o princípio ativo.
	Praziquantel
	Nenhum efeito farmacológico clinicamente relevante no homens ou mulheres grávidas
	Altera a homeostasia do cálcio no helminto. Provoca contração da musculatura e paralisia. Bem absorvido por via oral. Metabolismo hepático
	Piperazina
	Raros dist. TGI, broncoespasmo, urticária
	Inibição reversivel neuromuscular do verme Atua como o GABA Vermes paralisados são expelidos vivos. Parcialmente absorvida por via ora
	Niclosamida
	Náusea e vômito muito raro
	Administrada em uma dose única. Absorção mínima do fármaco a partir do trato gastrointestinal.
	Dietilcarbamazina
	Distúrbios TGI, artralgias, dores de cabeça, fraqueza. reações da pele, aumento dos gânglios linfáticos, tontura, taquicardia e distúrbios gastrintestinais e respiratórias.
	Absorção oral, distribuída ao longo das células e tecidos do corpo, com exceção do tecido adiposo. Parcialmente metabolizado, excretado na urina, sendo eliminado do corpo dentro de cerca de 48 horas.
	Ivermectina
	Erupções cutâneas, febre, tontura, dores de cabeça e dores nos músculos, articulações e gânglios linfáticos. Em geral, a droga é muito bemtolerada.
	Mata o verme através da abertura de canais de cloreto ativado por glutamato. Liga-se no receptor nicotínico aumentando a transmissão, levando a paralisia; ou a receptores de GABA.
A ivermectina: A ivermectina é um agente antiparasitário de amplo espectro, tradicionalmente contra vermes parasitas e outros parasitas multicelulares. Oncocercose (cegueira dos rios), mas também é eficaz contra outras infestações por vermes (tais como estrongilose, ascaridíase, tricuríase, filariose e enterobíase), e algumas doenças epidérmicas da pele, incluindo escabiose e piolhos. A ivermectina está sendo usada atualmente para ajudar a eliminar a cegueira dos rios (oncocercose) nas Américas e para interromper a transmissão da filariose linfática e da oncocercose em todo o mundo. Uma dose oral única de ivermectina, tomada anualmente para o período de 10 a 15 anos de vida dos vermes adultos, é tudo o que é necessário para proteger o indivíduo da oncocercose. 
A FARMACOCINÉTICA: A ivermectina pode ser administrada por via oral, tópica ou via injeção. Ele não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica dos mamíferos devido à presença da glicoproteína P (a mutação do gene MDR1 afeta a função dessa proteína). O cruzamento pode ainda se tornar significativo se a ivermectina for administrada em altas doses (em cujo caso, os níveis cerebrais atingem o pico de 2 a 5 horas após a administração). Em cães da raça collie, a ivermectina pode atravessar a barreira hematoencefálica, muitas vezes com consequências fatais. 
A FARMACODINÂMICA: A ivermectina e outras avermectinas são lactonas macrocíclicas derivadas da bactéria Streptomyces avermitilis. A ivermectina mata interferindo no sistema nervoso e na função muscular, em particular aumentando a neurotransmissão inibitória. O fármaco se liga aos canais de cloreto (GluCls) nas membranas das células nervosas e musculares dos invertebrados, causando aumento da permeabilidade aos íons cloreto, resultando em hiper-polarização celular, seguida de paralisia e morte. GluCls são membros específicos de invertebrados da família Cys-loop de canais iônicos controlados por ligantes presentes em neurônios e miócitos. (GABA em mamíferos)
EFEITOS COLATERAIS: Neurotoxicidade -> depressão do sistema nervoso central e ataxia, devido a potencialização das sinapses GABAergicas inibitórias. Fármacos que inibem as enzimas CYP3A4 frequentemente também inibem a glicoproteína-P, existe o risco de aumento da absorção após a barreira hematoencefálica quando a ivermectina é administrada juntamente com outros inibidores da CYP3A4. Essas drogas incluem estatinas, inibidores de protease do HIV, muitos bloqueadores dos canais de cálcio e glicocorticoides, como dexametasona, lidocaína e benzodiazepínicos.

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