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SistemFilog 03 Cladogramas

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C
LA
D
O
G
R
A
M
A
S
Prof. Célio Moura NetoFECLI-UECE
Construção de cladogramas
Construir um cladograma para um grupo com poucos
táxons e poucos caracteres não é difícil.
Construção de cladogramas
Construir um cladograma para um
grupo com poucos táxons e poucos
caracteres não é difícil.
HOMINIDAE
Considerando com grupo interno os táxons B + C + D,
enquanto A será o grupo externo.
De quantas maneiras podemos organizar esse cladograma?
O mesmo estado do caráter 1 ocorre nos três táxons.
O estado 0 do caráter 2 ocorre em B e o estado 1 em C + D.
O estado 0 do caráter 3 ocorre em B + D e o estado 1 em C.
O estado 0 do caráter 4 é encontrado em B e C, e o estado
1 em D.
Note que não ocorre variação nos estados do caráter 1
entre os táxons B + C + D, portanto, não contribui para
elucidar as relações dentro do grupo interno.
Assim, um cladograma baseado apenas no caráter 1 não
seria resolvido.
Politomia basal entre os três táxons do grupo-interno.
Os demais caracteres apresentam variações entre táxons.
Cada um deles pode ser usado para propor grupos
diferentes.
O estado 1 do caráter 2
suporta o táxon C + D.
O estado 0 do caráter 3
suporta B + D.
O estado 0 do caráter 4
suporta B +C.
Podemos indicar uma apomorfia ao lado do retângulo que
marca a posição do passo no cladograma.
Exemplo: “2 (1)” indica que o estado 1 do caráter 2 surgiu
no ancestral daquele táxon.
Apenas um caráter sustenta cada um dos três
cladogramas.
Isso significa que eles têm o mesmo número de passos.
Apenas estados derivados (sinapomorfias) podem ser
usados em Sistemática Filogenética.
Assim, precisamos estudar o grupo externo para polarizar
os caracteres.
Observando a matriz, verificamos que nosso grupo-
externo apresenta o estado “0” em cada um dos
caracteres.
Como visto antes, o estado de um caráter presente no
grupo-externo é considerado primitivo em relação aos
estados diferentes no grupo-interno (derivados).
Assim, notamos que o estado 1 do caráter 1 suporta o
monofiletismo do grupo-interno, já que ocorre apenas nos
táxons B+C+D.
As plesiomorfias não devem ser usadas para agrupar
táxons, portanto, os caracteres 3 e 4 não têm utilidade
para análise.
Note que cada estado apomórfico (estado 1) ocorre
apenas em um táxon (C e D), portanto, ele só pode ser
utilizado para suportar o monofiletismo daquele táxon
isolado.
Note que apenas o estado apomórfico do caráter 2 pode
ser usado para formar um grupo monofilético menor (C+D)
dentro do grupo-interno (B+C+D).
A partir de nossa matriz também é possível gerar um
diagrama não-enraizado que representa a variação que
existe em cada caráter.
Vejamos agora o caráter 2. Ele divide os táxons em dois 
grupos, um formado por A+B e outro por C+D.
Podemos representar a variação combinada dos estados
de caracteres em um novo diagrama.
Note que um novo
quadrado foi acrescentado
na linha unindo C+D.
A parte negra do quadrado 2 indica que C+D possuem o
estado 1 desse caráter. Já os táxons A+B, apresentam o
estado 0.
Apenas o táxon C apresenta o estado 1 do caráter 3.
Já o estado 0 está presente em A, B e D.
Agora, vamos incluir essa informação em nosso diagrama.
Note que a parte negra (estado 1) do caráter 3 está
voltada apenas para o táxon C.
Vejamos, por fim, o caráter 4.
O estado 0 ocorre em A + B + C, e o estado 1 apenas em D.
A parte negra está voltada apenas para o táxon D.
Isto indica que a transformação do estado 0 para o 1
ocorreu no trecho que liga D ao restante do diagrama.
Após a construção da árvore não-enraizada, vamos definir
o local da raiz.
A raiz indica o ponto em que o grupo-externo se liga aos
demais.
Agora, vamos representar nossa hipótese em forma de
cladograma.
Várias formas de se representar um cladograma.

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