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SEMI Familia e Sociedade 02

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Prévia do material em texto

Família e Sociedade
Autor: Cláudia Regina Benedetti
Tema 02
Família Contemporânea e Relações 
Individuais
seç
ões
Como citar este material:
BENEDETTI, Cláudia Regina. Família e 
Sociedade: Família Contemporânea e Relações 
Individuais. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
Tema 02
Família Contemporânea e Relações Individuais
SeçõesSeções
Tema 02
Família Contemporânea e Relações Individuais
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• As mudanças pelas quais passou a família ocidental.
• Os espaços familiares como responsáveis pela construção do indivíduo moderno.
• O processo de individualização como resultado da lógica capitalista.
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Por quais transformações passou a família nas últimas décadas?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Política Social, Família e 
Juventude, dos autores Mione Apolinário Sales, Maurílio Castro de Matos e Maria Cristina 
Leal, editora Cortez, 2010, Livro-Texto n. 267.
Roteiro de Estudo:
Cláudia Regina BenedettiFamília e Sociedade 
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
• Qual a realidade da formação familiar no Brasil?
• Por que a família perdeu importância como espaço de coletividade?
Família Contemporânea e Relações Individuais
A Família Ocidental passou por transformações e este processo não está dissociado de 
outros ligados à consolidação do sistema capitalista em sua fase industrial. A urbanização, as 
Grandes Guerras Mundiais e o nascimento da sociedade da informação, estão diretamente 
ligados a mudanças que se observam na Família contemporânea, principalmente pelo 
fenômeno da “privatização da família” (PROST, 1992). 
Falou-se de uma Família diferente, que – ao contrário dos modelos que circulam em muitos 
discursos – grande parte deles vale-se de uma espécie de memória coletiva sobre o modelo 
ideal de Família – de um grupo social que não deixa de ser uma instituição forte, ao menos 
compete com instituições que possuem uma grande inserção em espaços que antes eram 
prioritariamente responsabilidade da Família: como a mídia, por exemplo.
De certa forma, a vida privada se desdobra: no interior da vida privada da família 
surge agora uma vida privada individual. No horizonte dessa evolução, estão 
os lares compostos por uma única pessoa, onde a vida privada doméstica foi 
inteiramente absorvida pela vida privada individual (PROST, 1992).
Você já deve ter percebido que se vive em uma sociedade de grande diversidade em sua 
formação familiar, a contemporaneidade traz à tona uma nova configuração familiar. O mundo 
do trabalho, já ocupado efetivamente pela mulher/mãe, coloca-a inquestionavelmente como 
responsável pelo sustento de quase 25% das famílias brasileiras (IBGE, 2006).
Estudos brasileiros com famílias de nível socioeconômico médio nos quais a 
mulher é a principal responsável pelo sustento financeiro, mostram que ela ainda 
assume quase que totalmente a responsabilidade pelas tarefas domésticas. 
Mesmo ganhando mais que os maridos, parece que nestas famílias a divisão 
das tarefas domésticas segue sendo feita ainda de forma tradicional (WAGNER 
E COLS.,2005)
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
As famílias, ao longo da história, sofreram diversas mudanças em sua estrutura, encontram-
se famílias com diversas realidades: de pais separados (divorciados), amasiados, mães e 
pais solteiros, homossexuais, avôs e avós que assumem a criação dos netos. Assim, novos 
padrões são estabelecidos. 
Essa nova família é consequência de uma nova realidade material, a empresa familiar se 
transforma à medida que o papel da mulher também é alterado na sociedade capitalista 
contemporânea, sua efetiva inserção no mercado de trabalho, sua real independência 
financeira, a complexidade das relações na sociedade de massas, a diminuição da natalidade, 
a falta de tempo da mãe para acompanhar a educação de seus filhos integralmente, trazem 
para a família novas urgências, novas configurações. Vale dizer, no entanto, que tal processo 
é ainda recente, que algumas transformações são sentidas com maior intensidade em 
determinadas classes sociais e em outras não. A mãe proletária, por exemplo, disporia de 
muito menos tempo do que a mãe burguesa. 
As mudanças na instituição familiar continuam em constante processo de transformação, 
a fluidez e a rapidez destas transformações são visíveis, em poucas décadas, ocorreram 
mudanças significativas em um modelo de família secular. Segundo Therbon (2006), não 
há mais um modelo de família, há na verdade, variados conjuntos familiares, com culturas, 
tradições, visões diferentes em todo o mundo, são as famílias contemporâneas:
As mudanças da família têm sido irregulares tanto no tempo quanto no espaço. 
Sua dinâmica tem sido multidimensional, tanto cultural e política quanto 
econômica. Sua topografia apresenta a aspereza das conjunturas, mais do 
que o declive suave das curvas de crescimento (...) os padrões mundiais de 
família e das relações sexuais permanecem variados. Todos os principais 
sistemas familiares do mundo mudaram no século passado, mas eles estão 
ainda aí (THERBORN, 2006).
Os lares contemporâneos abrigam Famílias muito diferentes daquelas de dois ou três séculos 
atrás. Porém, apesar das mudanças sofridas, não é possível condicionar a Família a simples 
condição de grupo que ocupa o mesmo espaço físico, o mesmo domicílio. Apontou-se esta 
particularidade, pois, muitas vezes, confunde-se residência com Família, simplificando a 
complexa rede de relações que envolve a estrutura social da Família.
[…] as mudanças nas funções e papéis na família contemporânea não vêm 
ocorrendo com a mesma frequência e intensidade em todos os núcleos. 
Coexistem modelos familiares e há um descompasso nas mudanças. Essa 
realidade remete a refletir sobre a importância de considerar os aspectos 
históricos que têm organizado as funções familiares ao longo do tempo, no 
momento de avaliar e intervir na otimização dos recursos que cada família 
8
apresenta para enfrentar suas crises. Não podemos pressupor um modelo 
ideal, igualitário e equilibrado. Entretanto, é fundamental conhecer o contexto 
de cada família e a força que suas crenças, valores e atitudes têm na definição 
e distribuição das tarefas e papéis familiares (WAGNER e COLS., 2005).
Esse destaque se faz necessário, pois se falará neste tema uma discussão acerca da vida 
privada, do indivíduo e da Família, sendo assim, o espaço da casa, do domicílio ganha 
destaque, fazendo-se necessário diferenciar estas duas instâncias: família e domicílio. Isso 
porque, como já se apontou, nem sempre a residência é o espaço da Família e nem sempre 
a Família se resume a uma residência.
A família extrapola a residência; ela “não é apenas uma unidade residencial, 
mas também [...] uma unidade econômica e jurídica. Ainda mais importante, 
é uma comunidade moral, no sentido de um grupo com o qual os membros 
se identificam e mantêm envolvimento emocional [...]. Essa multiplicidade 
de funções coloca problemas porque as unidades econômica, emocional, 
residencial e outras podem não coincidir” (CARVALHO e ALMEIDA, 2003).
Os últimos séculos conheceram uma profunda transformação em sua estrutura econômica 
e social, certamente a Família não ficou apartada deste processo. A industrialização e a 
urbanização passam a suplantar a sociedade agrícola de outrora, a Europa é a primeira a 
sofrer as consequências desta transformação, seguida pela América Anglo-Saxônica e, já 
no século XX pelos países subdesenvolvidos – obrigados a passar pela ocidentalização do 
modelo capitalista das relações de produção. 
Há então a transição da Família Rural, essencialmente estruturada nas necessidadesde 
uma sociedade agrícola (numerosa, ocupando espaços comuns, núcleo de produção e 
consumo) para uma Família Urbana. Pode-se verificar que ainda hoje essa realidade se 
mostra. Basta observar a média de moradores por domicílio no Brasil:
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
 
Fonte: IBGE
As Famílias urbanas passaram a dispensar o grande número de filhos. Certamente, você já 
ouviu dizer que sua avó ou bisavó teve 12,15 filhos, não é mesmo? Provavelmente, porque 
o Brasil só deixou de ser um país agrário na década de 1970 do século XX (há cerca de 40 
anos). Assim, nas últimas décadas, o Brasil conheceu uma brusca redução em sua taxa de 
fecundidade, passando da média de seis filhos por mulher na década de 1970 para cerca 
de dois filhos por mulher 30 anos depois (IBGE; Censo 2000). Como ocorreu no Brasil, os 
países que passaram por processo semelhante também conheceram a redução do número 
de membros nos grupos familiares, resultado da industrialização e da urbanização. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
Não é interessante para uma Família urbana ter muitos filhos, já que deixou de ser núcleo 
produtivo, as condições materiais tornam-se limitadas colocando em risco a função provedora 
da instituição. No entanto, apesar de conservada a função, as sociedades industrializadas 
conhecem outra Família. 
A primeira grande transformação se dá em uma das funções do grupo familiar, antes o 
único responsável por assistir às necessidades de seus membros, perde lugar para outras 
instituições como o Estado (saúde, educação) e Instituições Privadas (Bancos, Casas de 
Repouso, Financeiras). A competitividade é outro fator que marca os núcleos familiares 
contemporâneos, se em outros séculos esta estava restrita a disputa do poder monárquico 
ou de nobreza, hoje, na sociedade de classes as disputas fazem parte das Famílias sem 
distinção de classe ou herança de parentesco. Da mesma forma que os sujeitos buscam 
ocupar posições sociais na sociedade como um todo, no interior da Família, irmãos, primos, 
distinguem-se pelos bens de consumo dos quais se apropriam, o status familiar é também 
medido segundo as posses materiais. A luta de classes instala-se no interior do núcleo 
familiar.
A vida privada é agora espaço de propagação para o público (que pertence a todos), por 
isso, compreender este espaço é também entender como a família, inscrita no espaço do 
privado, passou por transformações neste último século.
Assim, uma boa maneira de abordar as transformações que afetaram a vida 
privada no século XX consiste em indagar sobre a evolução material do quadro 
doméstico: a história da vida privada é, em primeiro lugar, a história do espaço 
em que ela se inscreve (PROST, 1992).
Isso vale para a Família e seu papel na sociedade contemporânea. Até que ponto a Família 
garante a privacidade? Como a individualidade é protegida pela Família? Ou melhor, será 
que a Família, enquanto grupo social, fundado em uma perspectiva de coletividade é capaz 
de sobreviver a uma sociedade de indivíduos?
 Como você viu no capítulo 3 da parte II do Livro-Texto, o processo de individualização 
que reflete hoje na família e nas relações de trabalho é resultado do longo processo de 
globalização, alicerçado, a partir da segunda metade do século XX, por políticas neoliberais 
de privatização e enfraquecimento das relações de coletividade, que são substituídas por 
medidas “privatizadas” de supressão do papel do Estado e da família, medidas que estão 
longe de resolver os problemas sociais, como o da empregabilidade, por exemplo. Não 
passando de um mal arranjado de políticas engendradas para mascarar a realidade social 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
de má formação cultural. Corroborando a ideia de que a família, as relações de trabalho 
e a noção de coletividade são resultados desta estrutura que valoriza o individualismo, 
essência da lógica capitalista.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo:
SCHEINVAR, Estela. A família como dispositivo de privatização do social. Arq. bras. psicol., 
Rio de Janeiro, v. 58, n. 1, jun. 2006 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672006000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 
02 jan. 2014.
Acesse o artigo:
KAMERS, Michele. As novas configurações da família e o estatuto simbólico das funções 
parentais. Estilos clin., São Paulo, v. 11, n. 21, dez. 2006. Disponível em: <http://www.
revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282006000200008&lng
=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Consulte os números do periódico Serviço Social em revista. Disponível em: <http://www.
uel.br/revistas/uel/index.php/ssrevista/index>. Acesso em: 02 jan. 2014.
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
Vídeos
Assista ao vídeo:
Veja o filme Babel, de Alejandro González Inárritu, várias histórias de famílias de diferentes 
origens e países se cruzam em um trágico roteiro de desencontros afetivos. 
Veja um trecho do filme. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=TIpcoW9fy0c>. 
Acesso em: 02 jan. 2014.
LINKSIMPORTANTES
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Leia o trecho abaixo:
“De certa forma, a vida privada se desdo-
bra: no interior da vida privada da família 
surge agora uma vida privada individual. 
No horizonte dessa evolução, estão os la-
res compostos por uma única pessoa, em 
que a vida privada doméstica foi inteira-
mente absorvida pela vida privada individu-
al” (PERROT, 1991).
Elabore um texto relacionando o processo 
de individualização e como este afeta dire-
tamente a estrutura familiar. Ao elaborar o 
texto destaque o processo de transforma-
ção da família impulsionado pelo desenvol-
vimento do sistema capitalista.
AGORAÉASUAVEZ
13
Questão 2:
As principais mudanças sofridas pela famí-
lia na sociedade capitalista são caracteriza-
das pela perda de sua centralidade como:
a) Unidade produtiva e o maior peso de 
função na esfera do consumo.
b) Unidade de reprodução biológica 
e o maior peso de função na esfera da 
reprodução ideológica.
c) Unidade de consumo e o maior peso 
de função na esfera da produção.
d) Unidade de proteção social e o maior 
peso de função na esfera da produção.
e) Unidade de reprodução ideológica 
e o maior peso de função na esfera da 
reprodução biológica.
Questão 3:
Levando em consideração os estudos mais 
recentes sobre a problemática da família 
no Brasil, bem como suas dimensões cultu-
ral e jurídica, assinale a afirmativa correta.
a) A mudança no conceito de família 
na Constituição Federal de 1988 e as 
alterações legais no novo Código Civil 
(2001) reafirmam que a família legítima é 
formada pelo casamento.
b) A família contemporânea é, cada vez 
mais, uma unidade primária homogênea 
e monolítica.
c) A tradicional família nuclear vem sendo 
reforçada pela crescente participação da 
mulher no mercado de trabalho.
d) O conceito contemporâneo de família 
abrange arranjos diversos, da família 
nuclear à família monoparental.
e) Os dados mostram que, no Brasil 
contemporâneo, é visível a tendência à 
redução quantitativa da chamada família 
monoparental.
Questão 4:
Assinale a alternativa correta:
a) A família patriarcal está desaparecendo, 
gradualmente, sendo esse processo 
resultado de várias mutações da vida 
econômica e social da atualidade.
b) O sistema de seguridade social no 
Brasil é composto pela Previdência social, 
Saúde e Educação.c) Na atualidade, a família nuclear ainda 
é considerada modelo.
d) A família nunca poderia ser entendida 
como um conjunto de relações sociais, 
com base em elos de sangue, adoção e 
aliança socialmente reconhecida.
e) Ao longo de sua existência, a família 
nunca sofreu modificações.
AGORAÉASUAVEZ
14
AGORAÉASUAVEZ
Questão 5:
As famílias, ao longo da história, sofre-
ram diversas mudanças em sua estrutura, 
encontram-se famílias com diversas rea-
lidades: de pais separados (divorciados), 
amasiados, mães e pais solteiros, homos-
sexuais, avôs e avós que assumem a cria-
ção dos netos. Assim, novos padrões são 
estabelecidos.
Essa nova realidade é consequência de:
I. Uma nova realidade material, a empresa 
familiar se transforma à medida que o 
papel da mulher também é alterado na 
sociedade capitalista contemporânea.
II. As famílias sofrem transformações, po-
rém as mesmas têm pouca relevância 
para organização e complexidade so-
cial à sua volta. Novas configurações 
familiares não significam necessaria-
mente novas necessidades sociocultu-
rais. 
III. A complexidade das relações na socie-
dade de massas, a diminuição da nata-
lidade, a falta de tempo da mãe para 
acompanhar a educação de seus filhos 
integralmente, trazem para a família 
novas urgências, novas configurações.
IV. A efetiva inserção da mulher no merca-
do de trabalho e sua real independên-
cia financeira.
Estão corretas:
a) Apenas as afirmativas I e III.
b) Apenas as afirmativas I, II e III.
c) Apenas as afirmativas I, III e IV.
d) Apenas as afirmativas I e IV.
e) Apenas as afirmativas II e IV.
 
Questão 6:
A partir de suas leituras, explique qual é o 
papel da mulher na família brasileira con-
temporânea.
Questão 7:
“As mudanças da família têm sido irregula-
res tanto no tempo quanto no espaço.” Ex-
plique a afirmação.
Questão 8:
Você vive em uma família de quantos ir-
mãos? Se você ou seus irmãos já tiverem 
filhos, quantos são? Seus avós e bisavós ti-
veram quantos filhos? Converse com seus 
colegas, veja qual é a média de pessoas 
por núcleo familiar hoje e qual era a duas 
gerações. Explique a composição numéri-
ca da família brasileira atualmente.
15
AGORAÉASUAVEZ
Questão 9:
A composição familiar sofreu grandes 
transformações nas últimas décadas. No 
entanto, ainda é possível notar uma dife-
rença entre o número de filhos em famílias 
urbanas e em famílias rurais. A que ele-
mento se atribui este fenômeno?
Questão 10:
As sociedades industrializadas conhecem 
outra Família, que ganha novas funções e 
novos padrões que colocam em risco sua 
função de garantir a coletividade. Que fun-
ções e padrões são estes? Explique-os. 
FINALIZANDO
 Você acabou de ver um assunto complexo e bastante caro à perspectiva da Família 
de hoje. O processo de individualização que se concretizou no interior dos grupos familiares 
trouxe à tona o distanciamento entre os membros da Família, a tal ponto de algumas famílias 
configurarem-se como um agrupamento de indivíduos, sem sentimentos de coletividade ou 
cooperação. 
Quando essa realidade chega ao extremo, a interferência de agentes externos é sempre 
solicitada, professores, psicólogos e – principalmente – assistentes sociais. Pode-se então 
constatar a importância de entender este processo de individualização na sociedade, já 
que muitos dos problemas sociais dele decorrente estão ligados à atuação do Assistente 
Social. A “desagregação” familiar, o abandono, a violência doméstica e outros são em parte 
resultado de uma Família cuja estrutura não contempla mais o coletivo.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
16
CARVALHO, Inaiá Maria Moreira de; ALMEIDA, Paulo Henrique.“Família e Proteção Social. 
São Paulo em Perspectiva, 17 (2): 109-122, 2003.
HOBSBAWM, Eric. A era do Capital: 1848 – 1875. São Paulo: Paz e Terra, 2007. 
PERROT, Michele. Os Atores. In: História da vida Privada: da Revolução Francesa à Primei-
ra Guerra. v. 4; Cia das Letras: São Paulo, 1991.
PROST, Antoine. Fronteiras e Espaços do Privado. In: História da vida Privada: da Primeira 
Guerra a nossos dias. v. 5; Cia das Letras: São Paulo, 1992.
THERBORN, Goran. Sexo e Poder: a família no mundo, 1900/2000. Tradução Elisabete 
Dória Bilac. São Paulo: Contexto, 2006.
WAGNER, A. e COLS. Compartilhar Tarefas? Papéis e Funções de Pai e Mãe na Família 
Contemporânea” In: Psicologia: Teoria e Pesquisa. Maio-Ago 2005, v. 21 n. 2, p. 181-186.
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
Dissociar: desfazer uma associação; desunir(-se), separar(-se), dissolver(-se)
Privatização: colocar sob o controle de empresa particular a gestão de (bem público)
Proletária: cidadão que só tem para viver a remuneração insuficiente da sua força de 
trabalho
Burguesa: que goza de situação social e economicamente confortável.
Topografia: descrição minuciosa de qualquer parte.
17
Questão 1
Resposta: é preciso destacar que as famílias passaram, historicamente, por grandes 
transformações em sua estrutura, o que resulta hoje em formações diversas. As novas 
composições familiares são resultado de um longo processo de desenvolvimento do 
sistema capitalista, que imprimiu uma nova realidade material, a sociedade contemporânea, 
capitalista, industrializada e urbana imprimiram outras formas de organizar a família 
pautadas em necessidades diferentes como: a inserção da mulher no mercado de trabalho, 
as relações sociais na sociedade de massas, a diminuição da natalidade, a falta de tempo 
da mãe para acompanhar a educação de seus filhos integralmente. Esse conjunto de 
transformações retiram da família o domínio sobre a coletividade de seus membros, cada 
vez mais relegados a outras instituições públicas ou privadas.
Questão 2
Resposta: Alternativa A
Com o processo de urbanização e industrialização, a produção antes concentrada nos 
núcleos familiares, pertence agora à indústria. A família passa de unidade produtora à 
unidade consumidora, cujos esforços de seus trabalhos buscam como resultado prover o 
lar de bens de consumo.
Questão 3
Resposta: Alternativa D
A Família contemporânea conhece uma nova configuração, o modelo nuclear, patriarcal, 
compartilha seu espaço com novas formas de organização familiar, por exemplo, a família 
monoparental, em que somente um adulto assume o papel de pai ou de mãe. 
GABARITO
18
Questão 4
Resposta: Alternativa A
As transformações econômicas e sociais vividas no século XX como a industrialização, a 
urbanização e as novas necessidades materiais impostas pelo estilo de vida contemporâneo 
tiveram efeito sobre a organização e estrutura familiares, compondo novos modelos de 
Família, colocando em questão a estrutura tradicional da família patriarcal, na qual o homem 
provia economicamente a família e a mulher e filhos estavam subjugados aos seus mandos 
e vontades.
Questão 5
Resposta: Alternativa C
A afirmativa II é incorreta, pois as transformações na estrutura e organização das famílias 
imprimem resultados ímpares na organização social como um todo. Mesmo porque a Família 
enquanto instituição altera as relações sociais assim como tem suas relações alteradas em 
meio a complexidade social.
Questão 6
Resposta: Atualmente, a mulher está definitivamente inserida no mercado de trabalho e é 
responsável pelo sustento de quase 25% das famílias brasileiras, segundo dados do IBGE, 
ela ainda assume quase que totalmente a responsabilidade pelas tarefas domésticas, 
fazendo tripla jornada de trabalho e mantendo ainda, apesar de ganhar mais que o marido, 
o papel de dona de casa tradicional. 
Questão 7
Resposta: A dinâmica familiar não é unívoca, possui um caráter multidimensional, em suas 
instâncias: política, cultural e econômica.Apesar das inúmeras transformações sofridas 
pela composição da família, ainda convivem em um mesmo espaço social as mais diversas 
estruturas, padrões distintos (só uma mãe, só o pai, pai e mãe, avós, homoafetiva) compõe 
o mesmo princípio de proteção e dividem as mesmas funções. 
GABARITO
19
GABARITO
Questão 8
Resposta: Segundo dados do IBGE, as Famílias urbanas passaram a dispensar o grande 
número de filhos, com a transição do Brasil de país agrário para urbano, é somente a 
partir da década de 1970 que a composição numérica das famílias sofre transformação. 
Nas últimas décadas, o Brasil conheceu uma brusca redução em sua taxa de fecundidade, 
passando da média de seis filhos por mulher na década de 1970 para cerca de dois filhos 
por mulher 30 anos depois. Como ocorreu no Brasil, os países que passaram por processo 
semelhante de urbanização também conheceram a redução do número de membros nos 
grupos familiares, resultado da industrialização e da urbanização.
Questão 9
Resposta: Não é interessante para uma Família urbana ter muitos filhos, já que deixou 
de ser núcleo produtivo, as condições materiais tornam-se limitadas colocando em risco a 
função provedora da instituição. 
Questão 10
Resposta: A família era antes o único grupo responsável por assistir às necessidades 
de seus membros, com o processo de industrialização e o avanço do sistema capitalista, 
perde lugar para outras instituições como o Estado (saúde, educação) e Instituições 
Privadas (Bancos, Casas de Repouso, Financeiras). A Família passa de um padrão de 
coletividade para o de competitividade, se em outros séculos ela se restringia à disputa do 
poder monárquico ou de nobreza, hoje, na sociedade de classes, as disputas fazem parte 
das Famílias sem distinção de classe ou herança de parentesco. Da mesma forma que 
os sujeitos buscam ocupar posições sociais na sociedade como um todo, no interior da 
Família, irmãos, primos, distinguem-se pelos bens de consumo dos quais se apropriam, o 
status familiar é também medido segundo as posses materiais. A luta de classes instala-se 
no interior do núcleo familiar.

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