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RESUMO EMPRESARIAL II

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EMPRESARIAL II
Prof. Sonia Maria de Souza e Silva
SEMANA I -Sociedade Anônima
1.1- Noções Históricas
Períodos:
. outorga – a personalização e limitação da responsabilidade dos acionistas constituíam privilégio concedido pelo monarca, estando geralmente ligadas a monopólios colonialistas – Cia. Holandesa das Índias Ocidentais – 1602;
. autorização – reconhecidas pela legislação (Código Francês de 1807) como sociedades comerciais, cujo funcionamento e constituição dependiam apenas da permissão do Governo;
. regulamentação – constituição e funcionamento passa a depender apenas de registro em órgão próprio e observância de regime legal específico – Lei francesa de 27-7-1867.
 No Brasil
.outorga – Colônia (Banco do Brasil 1808) e início do império (1822);
. autorização – Código Comercial de 1850;
. regulamentação – (mitigado com autorização) – a partir do Decreto 8.821, de 13-2-1882, o ato autorizador do governo passou a ser exigido apenas para casos excepcionais – sociedades estrangeiras (Código Civil art. 1134), seguradoras, bancos, constituição de sociedades mediante subscrição pública.
1. 2- Conceito
“A sociedade anônima ou companhia é pessoa jurídica de direito privado, de natureza eminentemente mercantil, em que o capital se divide em ações de igual valor nominal, quando assim emitidas, ou sem valor nominal, ações essas de livre negociabilidade, limitando-se a responsabilidade dos subscritores e doas acionistas que nela posteriormente ingressarem ao preço de emissão das ações por eles subscritas ou adquiridas.” (Modesto Carvalhosa, baseado em definição de Miranda Valverde)
1.3- Natureza Jurídica	
Pessoa Jurídica de Direito Privado (arts. 44 e 45 do Cód. Civil) e, como tal:
. é sujeito de direito e ente capaz de figurar nas relações jurídicas;
. possui denominação, sede e nacionalidade próprias;
. possui patrimônio absolutamente distinto daqueles dos seus acionistas.
1.4. Aspectos Legais
. Código Civil 2002 – art.1089 – entendimento;
. Lei 6.404, de 15-2-1976 (LSA) e alterações posteriores, notadamente Lei 10.303/2001;
. Aplicação subsidiária do Livro II Parte especial do Código Civil de 2002 – Direito de Empresa;
. Prevalência da normas do Código Civil na regulação das sociedades dependentes de autorização (Cód. Civil arts. 1123/1141);
. Derrogação parcial da Lei 6.404/76 pelo Código Civil no que se refere à sociedade em comandita por ações (Cód. Civil art. 1090).
. Alterações Lei Complementar 128, de 19-12-2008 – arts. 968 e 1033 do CC.
SEMANA II - Sociedade Anônima: Características
2.1. Características das Sociedades Anônimas
2.1.1 Responsabilidade dos sócios limitada apenas ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas;
2.1.2 sociedade de capitais, permitindo a livre transferência das ações por parte dos sócios;
2.1.3 sociedade sempre empresária, conforme parágrafo único do art. 982 do Cód. Civil;
2.1.4 sociedade institucional- o instrumento disciplinar das relações sociais não é um contrato, mas sim o estatuto social, não se aplicando o regime do direito contratual às relações entre os sócios;
2.1.5 possibilidade de subscrição do capital social mediante apelo ao público.
2.2 Nome empresarial das Sociedades Anônimas
A sociedade anônima usa como nome empresarial denominação (ou nome de fantasia), com designação do objeto social, integrada pelas expressões ‘sociedade anônima’ ou ‘companhia’, por extenso ou abreviadamente.
2.3 Sociedade em Comandita por Ações
2.3.1 Conceito /Características
Cód. Civil arts. 1090 a 1092 e, subsidiariamente, Lei 6.404/76.
“É aquela em que o capital está dividido em ações, respondendo os sócios (comanditários e comanditados) pelo preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas, e além disso há responsabilidade subsidiária, solidária e ilimitada dos diretores (sócios comanditados) pelas obrigações, ou melhor, pelas perdas sociais, podendo receber, por isso, relevante participação nos lucros conforme disposto no estatuto social. Os sócios comanditários apenas têm responsabilidade pela integralização da ações que subscreveram.” (Maria helena Diniz – Curso de Direito Civil Brasileiro).
SEMANA III - Sociedade Anônima Aberta e Fechada . O Mercado de Valores Mobiliários
3.1. Companhia Aberta e Fechada
3.1.1 Conceitos/Características
Lei 6404/76
“art. 4º - para os efeitos desta lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam, ou não, admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários”.
A companhia aberta depende de autorização para negociar seus valores mobiliários no mercado de capitais, concedida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
3.1.2 Registro na CVM
3.1.2.1 Concessão / cancelamento
A constituição da companhia por subscrição pública depende do prévio registro da emissão (das ações) na CVM – LSA art. 82.
O pedido de registro na CVM deve ser instruído com estudo de viabilidade econômica e financeira; prospecto (instrumento de divulgação do investimento a ser oferecido ao mercado); e projeto do estatuto social. (LSA arts. 82/84)
“A companhia fechada pode tornar-se aberta e, vice versa. Para a abertura do capital, é suficiente o registro na CVM; já o fechamento envolve um procedimento mais complexo, que exige a absorção das ações em circulação no mercado.” (Fábio Ulhoa Coêlho)
O fechamento do capital social implica no cancelamento do registro da companhia na CVM (LSA art. 4º § 4º ).
3.2 Mercado de Valores Mobiliários
“No mercado de capitais desenvolvem-se operações de compra e venda de valores mobiliários (ex.: ações; debêntures e outros, conforme art. 2º da Lai 6.385/76 – mercado de valores mobiliários), emitidos por companhias abertas”. (Fábio Ulhoa Coêlho)
3.2.1 Mercado primário e mercado secundário
. mercado primário - - (operações de subscrição) – destina-se à colocação original dos títulos emitidos pela sociedade. O investidor (subscritor) paga o preço para a sociedade emitente (LSA arts. 82 e 170, § 5º )
(sociedades anônimas – emissão de ações, debêntures ou outros papéis (ex. ‘comercial paper’) colocados ou distribuídos no mercado através de instituições financeiras que, mediante uma remuneração, obtêm tomadores – pessoas naturais, fundos de pensão, companhias seguradoras, sociedades em geral – para os papéis).
- mercado secundário – (operações de compra e venda) – revenda dos títulos pelos investidores originários.
3.2.2 Bolsa de Valores – mercado secundário
“Bolsa de valores é uma associação civil de direito privado, com ou sem fim lucrativo, ou uma sociedade anônima, que, autorizada pela CVM, organiza e mantém o pregão de ações e outros valores mobiliários emitidos por companhias abertas” (Fábio Ulhoa Coêlho)
Obs.: Desde o final do ano 2000 todos os negócios bursísticos com valores mobiliários, no Brasil, estão centralizados na BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo)
3.2.3 Mercado de Balcão: simples e organizado (mercados primário e secundário)
O Mercado de Balcão compreende “toda e qualquer operação do mercado de capitais realizada fora da bolsa de valores” (André Luiz Santa Cruz Ramos)
- mercado de balcão simples (não organizado) – operações realizadas por sociedades corretoras e instituições financeiras autorizadas pela CVM ;
- mercado de balcão organizado (MBO) – composto no Brasil pela Sociedade Operadora do Mercado de Acesso (SOMA), companhia criada especialmente com finalidade de manter um sistema que viabilize as operações de compra e venda de valores mobiliários.
3.3 Comissão de Valores Mobiliários
3.3.1 Conceito / Características
Autarquia federal de natureza especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com qualidade de agência reguladora, e funções especificamente relacionadas ao mercado de títulos emitidos pelas sociedades anônimas.
Instituída pela Lei 6.385, de 7-12-1976.
3.3.2 Atribuições
Fiscalizar – com o objetivo de coibir abusos, fraudes e práticasnão equitativas, bem como promover um fluxo permanente e correto de informações aos investidores . J.E. Tavares Borba) – Lei 6.385/76, art. 8º ,III e V. Ex.: realização de inquéritos, com a punição de administradores, acionistas controladores e intermediários do mercado.
Regulamentar- mediante a expedição de atos normativos (instruções) disciplinadores de matérias expressamente previstas na LSA, conforme Lei 6.35/76, art. 8º, inciso I c/c art. 22.
Registrar – Lei 6.835/76, art. 8º , II.
. registro da empresa – para negociação na bolsa ou para negociação no mercado de balcão (com o registro a companhia é considerada como companhia aberta) – Lei 6.385/76, art. 21;
. registro da emissão – lançamento público de valores mobiliários – Lei 6.385/76, art. 19.
Consultoria – pareceres de orientação – Lei 6.386/76, art. 13.
SEMANA IV - Capital Social
4.1. Conceito
Medida da contribuição dos sócios para a sociedade anônima.
4.2. Formação. Procedimentos
. capital subscrito= montante de recursos prometidos pelos sócios para a sociedade a título de capitalização;
. capital integralizado= recursos já transferidos para o patrimônio social.
. Formas de integralização:
- dinheiro;
- bens (avaliação LSA art. 8º );
- crédito (subscritor responde pela existência do crédito e pela solvência do devedor – LSA art. 10, parágrafo único)
4.3. Mora do acionista
. A integralização do capital social é o principal dever do acionista – LSA art. 106.
. Acionista remisso (acionista em mora) – conseqüências:
 a) execução judicial do valor devido – LSA art. 107, I;
 b) venda das ações em bolsa de valores, por conta e risco do acionista – LSA art. 107, II e 
 § 2º ;
 Se os meios previstos em a) e b) não obtiverem resultado, a Cia. poderá – LSA art. 7º § 4º :
 a) declarar caducas as ações, revertendo o valor das entradas realizadas pelo acionista à sociedade, cobrindo o valor faltante para a integralização com lucros ou reservas, se disponíveis, tornando-se titular das ações, podendo aliená-las posteriormente; ou
 b) se não houver reservas suficientes, a Cia. terá o prazo de um ano para colocar (ou seja, negociar) as ações caídas em comisso (ou seja, penalizadas), findo o qual convocará a assembléia de acionistas para deliberar sobre a redução do capital social.
4.4. Fixação
.”O estatuto da companhia fixará o valor do capital social, expresso em moeda nacional” – LSA art. 5.
4.5. Princípio da intangibilidade 
A sociedade está, em princípio (salvo exceções legalmente previstas) proibida de restituir os recursos correspondentes aos sócios, sendo vedado qualquer pagamento aos acionistas, a título de dividendos ou juros, com recursos classificados em suas demonstrações financeiras como capital social.
Obs.: salvo as limitações acima, a sociedade pode usar livremente os recursos do capital social na exploração da empresa; 
4.6. Modificação do capital social
O capital social somente poderá ser modificado com a observância dos preceitos da LSA e do estatuto social – LSA art. 6º 
. Aumento do capital social – LSA arts. 166/172
- emissão de novas ações – desde que já integralizados, pelo menos, ¾ do valor do capital subscrito;
- capitalização de lucros e reservas – opção da sociedade, manifestada em deliberação da assembléia geral;
- conversão de valores mobiliários em ações – debêntures e partes beneficiárias com cláusula de conversibilidade em ações.
. Redução do capital social – LSA arts. 173/174
Voluntária:
. perda – quando em razão de insucessos no desenvolvimento da atividade empresarial, a sociedade não mais possuí a totalidade dos recursos provenientes da contribuição inicial dos sócios e deseja (opcional) retratar a perda no estatuto;
. excesso – em relação ao objeto da Cia..
Compulsória
. na hipótese de não substituição do acionista dissidente reembolsado à conta do capital social;
. ações caídas em comisso que não sejam recompradas no prazo de um ano.
4.7 Capital autorizado
- dispositivo do estatutário que possibilita o aumento do capital social, independentemente de alteração do estatuto – instrumento de agilização do processo decisório.
4.8. Reserva de capital
O preço de emissão das ações pode superar a soma do valor nominal (ações com valor nominal) ou do capital social (ações sem valor nominal).
A diferença a maior será contabilizada como reserva de capital, só podendo ser utilizada nas hipóteses relacionadas no art. 200 da LSA. 
SEMANA V - Constituição da Sociedade Anônima
5.1. Requisitos
. Para a constituição da sociedade anônima, aberta ou fechada, devem ser cumpridos os seguintes requisitos preliminares: (LSA art. 80
- subscrição de todo o capital social por mais de uma pessoa;
- realização (pagamento) de, pelo menos, 10% do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro;
- depósito bancário dos valores pagos a título de integralização.
5.2. Constituição por subscrição pública 
 (cia. de capital aberto – LSA arts. 82/87)
5.2.1 Considera-se pública a subscrição quando utilizados os seguintes meios para a oferta das ações: (Lei 6.385/76, art. 19, ‘caput’ e § 3º)
a) instrumentos de subscrição (listas ou boletins) e informação (prospectos ou anúncios) destinados ao público em geral;
b) contratação de serviços de empregados, agentes ou corretores para a procura de investidores interessados;
c) loja, escritório ou estabelecimento aberto ao público e uso de serviços públicos de comunicação na colocação das novas ações da companhia.
5.2.2 Etapas
a) registro da emissão na CVM – LSA art. 82, § 1º, 83 e 84; e Lei 6.385/76, art. 19 – pedido de registro instruído com:
- estudo da viabilidade econômica e financeira do empreendimento ( pode resultar no deferimento ou na denegação do registro);
- projeto de estatuto;
- prospecto do empreendimento (instrumento de divulgação do empreendimento a ser oferecido ao mercado).
Obs.: além do registro para a emissão pública de valores mobiliários (Lei6.385/76, art. 19), é exigido para a Cia. de capital aberto o registro para negociação na Bolsa de Valores ou no Mercado de Balcão Organizado (Lei 6385/76, art. 21, I e II e § 2º c/a LSA art. 4º, § 1º ).
b) colocação das ações junto aos investidores (com a intermediação de instituição financeira) – LSA art. 82 ‘caput’.
Obs.: caso não sejam subscritas todas as ações, frustra-se o processo constitutivo da sociedade – LSA art. 86.
c) assembléia de constituição – LSA art. 87.
Obs.: os subscritores têm direito a um voto por ação de que sejam titulares, independentemente de sua espécie ou classe.
5.3. Constituição por subscrição particular
 (Cia. de capital fechado – LSA art. 88)
- assembléia de fundação, ou
- escritura pública em cartório de notas.
5.4. Formalidades complementares à constituição – LSA art. 94/99
. arquivamento dos atos constitutivos no Registro do Comércio;
. publicação;
. transferência de bens.
Obs.: - é condição de validade do registro do ato constitutivo o visto de advogado (Estatuto da Advocacia, Lei 8.906/94, art. 1º § 2º );
 - responsabilidade dos primeiros administradores pela demora no cumprimento das formalidades complementares LSA art. 99.
5.5. Abertura e fechamento do capital
 (Fábio Ulhoa Coelho)
A companhia fechada pode tornar-se aberta e vice-versa.
Para a abertura do capital, é suficiente o registro na CVM (registro de emissão Lei 6.385/76 art. 19 se houver aumento de capital com a colocação de novas ações; ou registro de negociação Lei 6385/76, art. 21, se não houver lançamento de novas ações).
Para o fechamento exige a Lei a absorção das ações em circulação no mercado pelo acionista controlador, mediante ‘oferta pública de aquisição da companhia’.
Semanas VI e VII - AÇÕES
1- Conceito
“Título representativo do capital das sociedades anônimas “ – Rubens Requião.“Valor mobiliário representativo de uma parcela do capital social da sociedade anônima emissora, que atribui ao seu titular a condição de sócio desta.” – Fábio Ulhôa Coêlho
2- Natureza Jurídica
- Título de crédito (impróprio) – confere ao seu titular um direito eventual de crédito contra a sociedade (receber dividendos), além de poder circular mediante simples alienação; e
- Título de participação – confere ao titular o estado de sócio.
3- Valor da Ação
Considerando os objetivos da avaliação, podem ser atribuídas às ações os seguintes valores:
a) valor nominal
. cabe ao estatuto estabelecer se as ações terão, ou não, valor nominal;
. o valor nominal resulta da simples operação matemática da divisão do capital social da sociedade anônima pelo número de ações que ela tem emitidas;
. importa em garantia relativa contra a diluição do patrimônio do acionista, na hipótese de emissão de novas ações – LSA art. 13;
. pode ser especificado apenas para parte das ações preferenciais – LSA art. 11 $ 1º ;
. a partir da Lei 6404/76, o direito brasileiro passou a admitir ações sem valor nominal – LSA – art. 11.
b) valor patrimonial
. obtido pela divisão do valor em reais do patrimônio líquido pelo número de ações (patrimônio líquido = patrimônio bruto, ou ativo, - obrigações devidas pela sociedade, ou passivo);
. utilizado para o cálculo do valor a ser pago aos acionistas nas hipóteses de partilha do acervo remanescente após a liquidação da sociedade e na amortização das ações (também nas operações de resgate e reembolso ver LSA arts. 44 e 44);
c) valor de negociação
. contratado, por livre manifestação de vontade, entre quem aliena e quem adquire a ação, está relacionado com as perspectivas de rentabilidade das empresas, os direitos conferidos pelas ações e pela conjuntura macroeconômica.
d) valor econômico
. resultado de procedimentos de avaliação, buscando encontrar o valor vantajoso para a compra de determinadas ações;
. útil para a aferição da responsabilidade dos administradores em transações de compra e venda de ações entre companhias.
e) preço de emissão
. valor da ação no ato da subscrição, pago pelo investidor (subscritor), à vista ou à prazo, em favor da sociedade emissora.
Nas ações sem valor nominal LSA art. 14
. definido unilateralmente pela companhia emitente: - no ato de constituição, pelos fundadores; - no aumento de capital – em regra pelo órgão societário que o deliberou (assembléia geral; ou conselho de administração – na hipótese de capital autorizado LSA art. 168). 
Obs.: competirá ao órgão que estipular o preço de emissão definir se o total a ser pago pelos subscritores integrará o capital social ou terá uma parte destinada à reserva de capital.
Nas ações com valor nominal LSA art. 13
. o preço de emissão não pode ser inferior ao valor nominal e o que ultrapassar este valor será considerado ágio e constituirá reserva de capital.
4- Classificação da s ações
Espécies LSA art. 15
a) ordinárias ou comuns – conferem, em princípio, aos seus titulares a plenitude dos direitos sociais (participação nos dividendos e nas deliberações sociais);
b) preferenciais – possuem vários privilégios – LSA art. 17 – podendo ser privadas do direito de voto – LSA art. 15, $ 2º .
. os privilégios podem consistir em:
- prioridade na distribuição de dividendo fixo (ex.: R$ 1,00 por ação) – LSA art. 17, I
obs.: não participa do restante do lucro a distribuir, ainda que este comporte dividendo superior LSA art. 17, $ 4º ;
 ou,
- prioridade na distribuição de dividendo mínimo (ex.: no mínimo R$ 1,00 por ação) LSA art. 17, I
obs.: se o lucro comportar dividendo superior, receberá tanto quanto os demais acionistas – LSA art. 17, $ 4º 
 ou,
- prioridade no reembolso do capital, com prêmio, ou sem ele – LSA art. 17, II
 ou,
- cumulação dos privilégios previstos nos incisos I e II do art. 17 - LSA art. 17, III.
Obs.: 1. o dividendo prioritário somente poderá ser cumulativo se expressa esta vantagem no estatuto.
 2. LSA art. 17, $ 1º - vantagens mínimas no caso de ações preferenciais de companhia aberta, sem direito ou com restrições ao direito de voto.
 3. LSA art. 17, $ 7º - ‘golden shares’ – ações que conferem poderes especiais ao ente estatizante nas sociedades desestatizadas.
c) de gozo ou fruição – resultantes de amortização, isto é, antecipação aos acionistas, sem prejuízo do capital social, - (empregando apenas reservas disponíveis) -, de importâncias que lhes tocariam no caso de dissolução da sociedade – LSA art. 44, $$ 2º e 5º .
obs.: na liquidação da sociedade, as ações de fruição somente participarão do acervo líquido depois de conferido aos demais acionistas um montante igual ao valor corrigido da amortização.
Classes
a) no caso de ações ordinárias – permitida a divisão em classes somente nas companhias fechadas e nas hipóteses exaustivamente limitadas na LSA art. 16;
b) no caso das ações preferenciais – LSA arts. 18 e 19.
Forma
. sempre nominativa LSA art. 20 (as ações ao portador e endossáveis foram excluídas pela Lei 8.021, de 12-4-90, revogados os arts. 32 e 33 da Lei 6404/76).
. a propriedade resulta do lançamento do nome do seu titular no ‘Livro Registro de Ações Nominativas’ (pode ser emitido um certificado em nome do acionista) LSA arts. 23, 24 e 27;
. a transferência opera-se através de termo lavrado no Livro Registro de Transferência de Ações Nominativas – LSA art. 31, $ 1º .
. escritural 
- variação da ação nominativa, uma vez que a propriedade é conferida pelo registro;
- o registro tem lugar nos livros da instituição financeira para tanto designada – LSA art. 34, $ 2º ;
- a transferência ocorre por simples ordem escrita do alienante, arquivada na instituição financeira – LSA art. 35, $ 1º ;
- ausência de certificado – o titular apenas recebe um extrato da ‘ conta de depósito de ações” – LSA art. 35, $ 2º .
5- Certificado de ações e títulos múltiplos
. Certificado de ações = título emitido pela sociedade para atestar (ações nominativas) a titularidade acionária.
Pode ser: 
- unitário – corresponde a uma ação; ou múltiplo – corresponde a várias ações.
. Cautela – tem função preliminar, utilizada enquanto não compostos os impressos definitivos.
Agente emissor de certificados – a sua contratação permite que a cia. Substitua o seu departamento de acionistas pelos serviços de uma instituição financeira ou bolsa de valores, especialmente autorizadas pela CVM – LSA art. 27.
6- Propriedade
. A propriedade das ações nominativas registradas presume-se pela inscrição do nome do acionista no livro registro de ações nominativas (LSA art. 31).
A propriedade das ações escriturais verifica-se pelo registro na conta de depósito das ações, aberta em nome do acionista nos livros da instituição depositária (LSA art. 35).
7- Circulação das ações
. regra geral – livre circulação das ações;
. limitação à circulação apenas na companhia fechada e nos limites previstos no art. 36 da LSA.
. a ação é indivisível em relação à companhia;
. nas companhias abertas a transmissão das ações só pode ocorrer depois de realizados 30% do preço de emissão – LSA art. 29; nas companhias fechadas, a transmissão pressupõe apenas a integralização de 10% do preço de emissão, estipulada como entrada – LSA art. 80, II – para a constituição de qualquer companhia.
8- Negociação com as próprias ações – LSA art. 30 e $ 1º ;
 . A Cia. não pode negociar com as próprias ações (LSA art. 30) salvo nas hipóteses relacionadas na Lei (Art. 30, § 1º).
 Constituição de direitos reais e outros ônus – LSA art. 39/40.
8- Perda e extravio das ações (LSA art. 38)
 . Com a edição da Lei 8021/90 (que estabeleceu a obrigatoriedadeda forma nominativa para os valores mobiliários) os certificados perderam a sua função de materializar os direitos inerentes à titularidade das ações.
9- Resgate (art. 44); amortização (art. 44) e reembolso (art. 45)
10- Partes Beneficiárias
LSA art. 46 – Não é ação. É título de crédito. São estranhas ao capital social. Conferem aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais. Não pode ultrapassar 0,1% (um décimo) dos lucros.
11- Bônus de Subscrição – LSA art. 75.
12- Opção de Compra de Ações
Outorgada pela S/A aos membros da administração superior.
Trata-se de negócio jurídico pelo qual a companhia se obriga, a partir da declaração do executivo beneficiário (exercício da opção) e pagamento por este do preço, a entregar-lhe ações de sua emissão, em quantidade e espécie previamente definidas no instrumento de opção.
As ações oferecidas serão as que a sociedade eventualmente possuir em tesouraria ou serão emitidas para atender à opção, com o conseqüente aumento do capital social.
13- ‘Comercial Paper’
Semelhante às debêntures, destas diferem por se referirem à necessidade de capitação de dinheiro rápido, para pagamento entre 30 e 360 dias (enquanto as debêntures vencem a longo prazo – 8 a 10 anos).
14- ADRs – ‘American Depositary Receipts’
Títulos de empresas brasileiras negociados no mercado americano.
Semanas VIII e IX - DEBÊNTURES
LSA arts. 52/74 com as alterações introduzidas pelas Lei 9457/1997; 10.303/2001 e 12.431/2011.
1- Conceito
“Parcelas de um contrato de mútuo, em que a sociedade anônima emissora é a mutuaria e os debenturistas mutuantes” (Fábio Ulhoa Coelho).
“Título abstrato de dívida, que a sociedade tem a prerrogativa de criar.” (J.E.T.Borba).
LSA art. 52
2- Finalidade
- alternativa para angariar recursos sem aumento de capital e sem os inconvenientes de obter recursos no mercado financeiro.
3- Direitos dos Debenturistas
Os titulares de debêntures têm direito de crédito, perante a companhia, nas condições fixadas por um instrumento elaborado por esta, que se chama ‘ escritura de emissão’ .(Fábio Ulhôa Coelho).
4- Emissão e séries
. emissão = ato pelo qual a sociedade coloca as debêntures à disposição do público, para a devida subscrição.
. cada emissão pode ser dividida em séries – LSA art. 53
Obs.: podem ser emitidas por sociedades de capital aberto ou fechado.
5- Valor
A debênture terá valor nominal e poderá contemplar correção monetária - LSA art. 54 e $1º . 
6- Rendimento 
. juros fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia ou prêmio de reembolso – LSA art. 56.
7- Direitos dos debenturistas
Os titulares de debêntures têm direito de crédito perante a companhia, nas condições fixadas por um instrumento elaborado por esta, que se chama ‘escritura de emissão’. (Fábio Ulhoa Coelho)
8- Espécies
LSA – art. 58
Conforme as garantias oferecidas pela sociedade emissora, as debêntures se classificam em:
- com garantia real – os créditos são satisfeitos com os produtos provenientes da venda dos respectivos bens dados em garantia;
- com garantia flutuante – os créditos são satisfeitos com o produto da venda dos bens não onerados, antes dos credores quirografários ou seja, assegura privilégio geral sobre o ativo da companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo;
- quirografárias – concorrem com os demais credores; e
- subordinadas – são pagas após atendidos integralmente os credores quirografários, mas antes do pagamento aos acionistas.
9- Conversibilidade em ações
LSA art. 57
A regra é a não conversibilidade, quando omissa a escritura de emissão.
Os acionistas têm preferência para subscrever a emissão de debêntures com cláusula de conversibilidade em ações.
ACIONISTA
1- Conceito
“Pessoa natural ou jurídica que é titular de ações de uma sociedade anônima”. (J.E.T.Borba)
2- Deveres do acionista
A integralização das ações subscritas é o principal dever do acionista – LSA art. 106.
Acionista remisso – conseqüências – LSA art. 107: a) execução judicial do valor devido; b) venda das ações em bolsa de valores, por conta e risco do acionista; c) companhia declara caducas as ações, revertendo o valor das entradas realizadas pelo acionista à sociedade, cobrindo o valor faltante para a integralização com lucros e reservas, se disponíveis, tornando-se titular das ações, podendo aliená-las posteriormente; d) se a sociedade não tiver lucros ou reservas para adotar a alternativa c, declara as ações caídas em comisso (penalizadas), devendo vendê-las no prazo de um ano ou deliberar a redução do capital social.
3- Direitos dos acionistas
. Direitos essenciais – não podem ser suprimidos, nem pelo estatuto nem pela assembléia geral – LSA art. 109:
- participação nos lucros sociais e no acervo (I e II);
- fiscalização da administração da companhia (III) – funcionamento do conselho fiscal, acesso (judicial) aos livros da sociedade, prestação de contas anual pelos administradores – relatório da administração - , votação das demonstrações financeiras pela assembléia geral, auditoria independente, nas hipóteses legalmente exigidas.
- preferência na subscrição de valores mobiliários (IV);
- retirada (V) – recesso – nas hipóteses previstas em lei. Ex.: mudança do objeto da companhia (LSA art. 136, VI c/c 137); e transformação da sociedade anônima em limitada (LSA art. 221).
. Direito de voto 
.Conceito – “voto do acionista é a manifestação de sua vontade ou entendimento, em assembléia, na fase de tomada de decisão relativa a cada ponto de pauta da sessão” (Fábio Ulhôa |Coelho).
. Espécies de voto
- simples – à cada ação votante , integralizada, ou não, atribui-se um voto nas deliberações da Assembléia Geral LSA, art. 110 e 111);
- múltiplo – quando para a eleição dos respectivos membros, são atribuídos a cada ação votante tantos votos quantos sejam os cargos do conselho de administração. LSA art. 141. Sua finalidade é proteger os interesses dos acionistas minoritários, garantindo-lhes alguma representação no conselho de administração.
- plural – é vedado atribuir voto plural a qualquer classe de ações (LSA art. 110, § 3º ). (Norma parcialmente derrogada pelo § 3º do art. 17, que possibilita a criação de ações com poder de veto (‘golden shares’) nas companhias privatizadas).
. Exercício do direito de voto
O acionista deve exercer o direito de voto no interesse da companhia (LSA art. 15)
Assim, é regular o voto não abusivo (não exercido com o fim de causar dano à companhia ou à outro acionista) e não conflitante (não exercido em matéria a respeito da qual o acionista tenha interesse inconciliável com o da sociedade).
4- Acionista controlador – LSA art. 116
. Modalidades de poder de controle da S/A:
(Fábio Ulhoa Coelho e J.E.T.Borba)
controle totalitário – concentração da quase totalidade das ações com direito a voto na propriedade de uma única pessoa;
controle majoritário – controle exercido por uem é titular por mais da metade das ações com direito de voto;
controle minoritário – controle exercido por quem, embora possuindo menos da metade das ações com direito de voto, dirige os negócios sociais e elege a maioria dos administradores;
controle gerencial – controle exercido por administradores, face à extrema pulverização do capital, permitindo-lhes, através da obtenção de procurações, perpetuar-se na direção da sociedade.
. Responsabilidades do controlador
Inexistindo irregularidade, fraude ou ilícitos, o acionista controlador responde na mesma medida dos demais acionistas.
Atos praticados com abuso de poder – LSA art. 117
. A proteção da minoria é conferida:
 - pelos direitos essenciais dos acionistas – LSA art. 109;
 - pela exigência de manifestação unânime para aprovação de certas matérias (ex.: aprovação do estatuto socialquando da formação da sociedade LSA art. 87, $ 2º );
 - pelo poder de convocar, em certas circunstâncias, a assembléia geral; bem como pelo direito de exigir a instalação do conselho fiscal; e o de eleger, em separado, um membro e respectivos suplentes no conselho fiscal, entre outros.
5- Venda de controle
A alienação, direta ou indireta, do controle de companhia aberta somente poderá ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se obrigue a fazer oferta pública de aquisição das ações com direito a voto de propriedade dos demais acionistas da companhia, de modo a lhes assegurar o preço mínimo de 80% (oitenta por cento) do valor pago por ação com direito a voto integrante do bloco de controle.
A obrigação de oferta de compra das demais ações por valor mínimo correspondente a 80% do valor pago pelas ações de controle, representa socialização do prêmio de controle, ou seja, do valor maior geralmente atribuído às ações que garantem o controle. Viabiliza, assim, a sida dos minoritários por preço justo (direito conhecido no mercado como ‘tag along right’)
6- Acordo de acionistas
Os acordos de acionistas podem ter por objeto a compra e venda de ações; preferência para adquiri-las; exercício de direito a voto, ou do poder de controle.
Devem ser observados pela companhia quando arquivados em sua sede.
Os acionistas podem promover a execução específica das obrigações assumidas.
LSA art. 118.
SEMANA X - ÓRGÃOS SOCIETÁRIOS 
I – Órgão de deliberação
Assembléia Geral
. órgão deliberativo máximo da estrutura da sociedade anônima, podendo deliberar sobre qualquer assunto do interesse social.
. competência privativa para deliberar sobre as matérias relacionadas no art. 122 da LSA.
Espécies
.ordinária e extraordinária, conforme a competência – LSA art. 131
. ordinária – deve ser realizada anualmente, nos quatro primeiros meses seguintes ao término do exercício social, para tratar das matéria relacionadas no art. 132 da LSA.
. extraordinária – em qualquer época, para tratar das matérias relacionadas no art. 122 da LSA, que não sejam da competência da AGO, bem como, para deliberar sobre qualquer matéria de interesse para a companhia.
Convocação –
.compete ao Conselho de Administração, se houver, ou aos diretores – LSA art. 123.
. outras hipóteses de convocação – LSA art. 123 – parágrafo único
. modo de convocação – LSA arts. 124 e 289
Quorum
.quorum de instalação – número mínimo de representação de capital social com direito a voto necessário para a instalação da assembléia – LSA art. 125
. quorum de deliberação – quantidade de votos necessários à aprovação de determinada matéria – LSA art. 129 – regra geral – manifestação favorável de mais da metade dos votos dados em preto pelos acionistas presentes à assembléia.
. quorum de deliberação qualificado – LSA art. 136 – metade , no mínimo, das ações com direito a voto.
. quorum de deliberação estatutário – nas companhias fechadas – LSA $ 1º do art. 129 e ‘caput’ do art. 136.
Legitimação e representação
. LSA art. 126
. as pessoas presentes à assembléia deverão comprovar a sua qualidade de acionista .
. os acionistas podem ser representados por seus procuradores (constituídos há menos de 1 ano, que sejam outros acionistas, administradores da companhia ou advogados e, na companhia aberta, também por instituição financeira ou administrador de fundos de investimento ) ou representantes legais.
Ata
. deve ser lavrada ata da assembléia no livro de ‘atas das assembléias gerais’ - LSA art. 100, IV - , extraindo-se do livro cópia para arquivamento na Junta Comercial – LSA arts. 130 e 134, $ 5º .
. a ata pode ser lavrada em forma sumária – LSA art. 130, $ 1º .
. a ata da AGO deve ser publicada – LSA art. 134, $ 5º e 289.
. na AGE a publicação é obrigatória, ou não, conforme a matéria deliberada (ex. matéria que autoriza o exercício do direito de recesso pelo acionista – LSA art. 137)
. quando a ata da assembléia não for lavrada de forma sumária, poderá ser publicada por extrato – LSA art. 130 $ 3º .
II- Órgãos da administração 
- Conselho de administração
.órgão deliberativo e fiscalizador de número ímpar e plural, integrado por, no mínimo, 3 membros – LSA art. 138 e $$ 1º e 2º .
. eleito pela assembléia geral.
. integrado por pessoas naturais – LSA art. 146.
. competência para deliberar sobre qualquer matéria do interesse da companhia, exceto as privativas da assembléia geral.
. competência específica – LSA art. 142.
. prazo de gestão determinado pelo estatuto, não podendo ser superior a 3 anos, permitida a reeleição – LSA art. 140, III.
. facultativo nas sociedades anônimas de capital fechado e obrigatório nas companhias abertas e nas sociedades de capital autorizado e nas sociedades de economia mista – LSA arts 138, $ 2º e 239.
- Diretoria
. órgão executivo da companhia.
. eleita pelo conselho de administração ou pela assembléia geral.
. competência
- interna – gerir a companhia
- externa – manifestar a vontade da pessoa jurídica, na generalidade de seus atos – LSA art. 138 – representação legal da S/A.
. composição – mínimo de duas pessoas naturais, acionistas ou não, residentes no Brasil.
. número, duração do mandato, substituição e competência determinados no estatuto.
- Normas comuns aos administradores (conselheiros e diretores – LSA art. 145)
. requisitos – LSA art. 146
. investidura – LSA art. 149.
. responsabilidade dos administradores – LSA arts. 153/158
- os administradores respondem pelos danos originados do descumprimento do dever legal;
- compete à companhia, mediante prévia deliberação da assembléia geral, a ação de responsabilidade civil contra o administrador - LSA art. 159;
. hipótese de responsabilidade solidária entre os administradores – LSA art. 158 $$ 2º a 4º ;
III – Conselho Fiscal
. órgão de assessoramento da assembléia geral na votação de matérias atinentes à regularidade dos atos da administração da companhia;
. órgão de existência obrigatória e funcionamento facultativo
- funcionamento permanente: sociedades de economia mista LSA art. 240; e quando prevista a permanência no estatuto – LSA art. 161;
. composição : 3 a 5 membros titulares e respectivos suplentes, pessoas naturais, residentes no Brasil, com formação superior ou experiência empresarial;
. remuneração – LSA art. 162, $ 3º .
IV – Auditoria independente
- . obrigatória nas companhias abertas e opcional nas companhias fechadas – LSA art. 177, $$ 3º e 6º .
- obrigatória nas sociedades de grande porte não constituídas sob a forma de S/A – Lei 11638/2007.
DISSOLUÇÃO; LIQUIDAÇÃO; EXTINÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE
I- Dissolução
. de pleno direito – LSA art. 206 I;
. por decisão judicial LSA art. 206 II
“a companhia dissolvida conserva a personalidade jurídica, até a extinção, com o fim de proceder à liquidação” – LSA art. 207
II – Extinção – LSA art. 219
- pelo encerramento da liquidação;
- pela incorporação (LSA art. 227) ou fusão (LSA art. 228) e pela cisão com versão de todo o patrimônio em outras sociedades (LSA art. 229).
Obs.: a transformação não implica em extinção da pessoa jurídica – LSA art. 220.

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