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Analgésicos, Antitérmicos e Antiinflamatórios Profa: Marcela Hirumi Uchimura Antiinflamatórios: Reduzem a inflamação prostaglandinas = diminui a vasodilatação e o edema. Não reduzem o acúmulo de células inflamatórias. Analgésicos: Diminuem a sensibilização das terminações nervosas. prostaglandinas = diminui vasodilatação e edema Antipiréticos: Controle da temperatura. prostaglandinas = diminui o patamar de temperatura do centro termorregulador. Mecanismo de ação Inibição periférica e central da atividade da enzima ciclooxigenase e subsequente diminuição da biossíntese e liberação dos mediadores da inflamação, dor e febre (prostaglandinas). Analgésicos, Antitérmicos e Antiinflamatórios Antipiréticos e Analgésicos Medicamentos cuja função é reduzir a dor e a temperatura. 1828, o ácido salicílico foi a primeira molécula a ser isolada. Atividade Antipirética e Analgésica infusão plantas da casca do salgueiro (Salix alba vulgaris) . 1838: Píria isolou ác. salicílico da salicina. 1860: Kolbe e Lautemann obtiveram por síntese. 1899: Dreser introduziu o uso clínico do aas. 1900: BAYER produz 4,2 toneladas. 1919: marca passa a domínio público 1994: consumo de 50 mil toneladas. Curiosidades Mecanismo da ação analgésica Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX. Exceção: fenamatos (ác. Mefenâmico) ação antagonista sobre os receptores das PGs. Analgésicos Dosagem diária: 500 - 3.000 mg Representantes: AAS®, Aspirina ®, Analgesin Meia-vida: 3 – 5 horas Seletividade: Atua tanto sobre COX-1 quanto sobre COX-2 O ácido acetil salicílico tem efeito anticoagulante e pode causar distúrbios digestivos severos. Posologia: crianças - 10 mg a 15 mg/kg a cada 4 - 6 horas (dose máxima: 4 g/dia); adultos - 325 mg a 1.000 mg a cada 4 - 6 horas (dose máxima: 4 g/dia). Salicilatos CUIDADOS Agressor para a mucosa gástrica. Evitar no último trimestre de gravidez: diminuição no peso do recém-nascido e possível morte do feto ou do recém-nascido; problemas no coração ou o fluxo de sangue no feto ou do RN; aumentar o tempo de gestação, prolongar trabalho, causar outros problemas durante o parto, ou causar uma hemorragia grave na mãe antes, durante ou depois do parto. Salicilatos CUIDADOS. Controlar a função hepática e a agregação plaquetária. Pode aumentar o sangramento em cirurgias. Não deverá ser utilizado em suspeita ou quadro de Dengue. Salicilatos INDICAÇÕES CLÍNICAS -Antiinflamatório -Queratolítico -Antiagregante plaquetário -Revulsivo TOXICIDADE TGI, mais frequente com tratamento prolongado e elevadas doses intolerância gástrica (dor, desconforto epigástrico, náuseas, vômitos, anorexia) ulceração da mucosa com sangramento Salicilatos Dosagem diária: 500 - 3.000 mg Representantes: Tylenol®, Tylaflex, Paralgen Apresentação: Comprimidos revestidos: 750mg. Uso adulto (acima de 12 anos) - uso oral. Solução oral (gotas): 200mg/ml, frasco com 15 mL. Uso adulto e pediátrico - uso oral. Suspensão oral: 100mg/mL, frasco com 15 mL. Uso pediátrico - uso oral. Suspensão oral de 32mg/mL, frasco com 60 mL. Uso pediátrico - uso oral. Paracetamol (Acetaminofen) Meia-vida: 2 – 4 horas Seletividade: maior seletividade para COX-2. A superdosagem ou intoxicação aguda involuntária pode ser fatal por insuficiência hepática. O tratamento deverá ser imediato, com N-acetilcisteína. Interações com medicamentos ou alimentos: -alimentos: retarda sua absorção. -álcool/medicamentos indutores do metabolismo: risco de hepatotoxicidade aumenta. -fenobarbital, fenitoína ou carbamazepina -analgésicos e antiinflamatórios não-esteroides: ácido acetilsalicílico ou outros salicilatos. Paracetamol (Acetaminofen) Efeitos colaterais O paracetamol é um analgésico seguro porém pode causar hepatotoxicidade dependendo da dose: letal (rara). A hepatotoxicidade fica aumentada por consumo de álcool, idade, tabagismo, estado nutricional e interações medicamentosas com outros fármacos lesivos ao fígado e/ou indutores enzimáticos, mas, mesmo na presença desses fatores, é rara com doses terapêuticas. Reação de hipersensibilidade: erupções cutâneas, urticária e choque anafilático. Paracetamol (Acetaminofen) Efeitos colaterais Outras reações de incidência rara: Discrasias sanguíneas; Hepatite (cor amarela nos olhos e pele); Icterícia; Lesões eritematosas na pele e febre; Hematúria ou urina turva, micção dificultosa ou dolorosa, diminuição brusca da quantidade de urina. Paracetamol (Acetaminofen) Dosagem diária: 500 – 3.000 mg Representantes: Magnopyrol®, Novalgina®, Dipimed Apresentação: Solução oral (gotas): frascos 10 e 20 mL. Uso adulto e pediátrico acima de 3 meses - uso oral. Solução oral: frasco 100 mL, acompanhado de copo- medida de 10 mL graduado. Uso adulto e pediátrico acima de 3 meses - uso oral. Comprimidos 500mg: Uso adulto acima de 15 anos - uso oral. Solução injetável 2 mL/500mg: Uso adulto e pediátrico acima de 3 meses – uso injetável. Dipirona (Metamizol) Meia-vida: 2,4 – 5 horas Seletividade: Maior seletividade para COX-2. Mecanismo de ação não está completamente investigado. Reações adversas: Agranulocitose e anemia aplástica. Monitoração hematológica e recomendação de uso por períodos curtos. Interações: associação com neurolépticos: hipotermia grave; não deve ser administrada concomitantemente à ciclosporina (Aumenta a toxicidade da ciclosporina). Dipirona (Metamizol) Gravidez: atravessa a barreira placentária. Não existem teratogênese, evidências de recomendado mas não é três meses de gravidez. No durante os primeiros segundo trimestre da gravidez avaliar risco/benefício pelo médico. 3 últimos meses da gravidez: fraca inibidora da síntese de prostaglandinas, há possibilidade de fechamento prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém- nascido. Lactação: evitada durante e até 48 h após o uso - excreção dos metabólitos no aleite materno. Dipirona (Metamizol) EFEITOS COLATERAIS MAIS FREQUENTES GI: dispepsia, desconforto gástrico anemia hemolítica CONTRA-INDICAÇÃO: doença GI, alteração na função renal SUBSTÂNCIAS ácido mefenâmico: Ponstan®, Pontin Ácido flufenâmico: Mobilisin ® assoc. Ácido etofenâmico: Bayro-gel ® Ácido meclofenâmico Ácido tolfenâmico FENAMATOS Antiinflamatórios Medicamentos cuja função é reduzir o grau de inflamação dos tecidos. Classificação Conhecidos como AINE’s indicados para inflamação moderada e severa. Atuam na cicloxigenase, inibindo a ação da COX-1 e COX-2 Classificação Atuam na cicloxigenase, inibindo especificamente ação da COX2, porém também inibe pouco a COX-1. Produzidos para solucionar os efeitos adversos dos AINE’s. Também conhecido como glicocorticóides (supra-renal) Classificação Atuam diretamente inibindo a fosfolipase A2, quebrando toda cascata de inflamação. Inflamação Infecção: vírus, bactérias, etc. Trauma mecânico Temperatura Agentes químicos Radiação Auto-imune Sinais Cardiais da Inflamação Independente do local da inflamação, sempre termos os 5 sinais cardinais Inflamação Aguda Barreiras = Falha ou perda Resposta inflamatória aguda (ação da resposta inata) via das ciclooxigenases (COX), que levam à síntese de prostaglandinas e tromboxanos – inflamação aguda. Quando o patógeno ou estímulo da lesão não foi eliminado. Acima de 6 meses. Presença de células multinucleadas: união de vários macrófagos. Presença de infiltrado de linfócitos: resposta adaptativa. Não aparecem na inflamação aguda. via das lipoxigenases: responsável pela síntese de leucotrienos – inflamação crônica. Inflamação Crônica Inflamação e dor O que é inflamação? Resposta tecidual a um agente agressor (estímulo). Origem fisiológica, farmacológica ou patológica. Mediadores químicos principais: eicosanóides (prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos). Sinais típicos: rubor, calor, tumore dor – perda de função. Resposta normal e necessária: mecanismo efetor da imunidade inata = recuperação do tecido. Sufixo “ite”: Tendinite, artrite, faringite, etc. Inflamação e dor Ácido araquidônico: substrato para duas vias enzimáticas: via das ciclooxigenases (COX): síntese de prostaglandinas e tromboxanos – inflamação aguda. via das lipoxigenases: síntese de leucotrienos – inflamação crônica. Como é a dor inflamatória? Local mais sensível a estímulos - sensibilização dos neurônios que transmitem a informação de dor = HIPERALGESIA INFLAMATÓRIA. Dor pela compressão do edema. Não é específica. Não ocorre imediatamente após ou durante um estímulo Substâncias intimamente relacionadas com estados álgicos, inflamatórios e febris, existindo as formas D, I, E e F. Prostaglandinas - PGs COX-1 Enzima essencial constitutiva = fisiológica: produzida mesmo sem inflamação. Encontrada na maioria das células e tecidos: principalmente na mucosa duodenal e plaquetas Produção de PGs para manutenção de funções fisiológicas. COX-2 formação induzida = inflamatória. Fisiológica: rins, SNC e endotélio. Processo inflamatório e interleucinas - IL1, IL2 e Prostaglandinas que mediam inflamação, dor febre. Ciclooxigenages TNF α. Agregação plaquetária: TXA2: Indutor da coagulação - agregação plaquetária PGI2: Inibidor da coagulação - antiagregante plaquetário Proteção da mucosa gástrica: Inibição da secreção de ác. Gástrico (PGE2). Aumento de secreção de muco (PGE2 e PGI2). Efeito renal: melhoram a filtração glomerular, por melhorarem a irrigação local. Contração uterina: PGF2. Vasodilatação/vasoconstrição Broncodilatação/broncoconstrição Contração/relaxamento do TGI Inibição da lipólise Prostaglandinas - Ações fisiológicas Ações contrárias Dependem: -Tipo de PG -Local -Receptores 1-AINEs Antiinflamatórios não-esteroides - AINEs Antiinflamatórios não-esteroidais – AINEs Antiinflamatórios hormonais 3 características: Ação antiinflamatória Ação analgésica Ação antipirética • Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX. prostaglandinas = diminui a vasodilatação e o edema. Não reduzem o acúmulo de células inflamatórias, sistema complemento, citocinas, etc. – pois a inflamação é um processo necessário para a reparação do tecido. AINEs - Mecanismo de ação Inibidores não seletivos: Inibem COX-1 e COX-2 Geralmente tem preferência pela COX-1, mas existem exceções. Inibidores seletivos: Inibem somente COX-2 AINEs - Classificação Indicações inibem Analgesia: dores leves e moderadas. Antitérmico = antipirético. Antiinflamatório. Antiagregante plaquetário: tromboxanos. Inflamação Gripe Efeitos colaterais dos inibidores COX-1: são decorrentes de ação antifisiológica: aumento da acidez gástrica, queda na perfusão renal, retenção de sódio e água, toxicidade hepatocelular transitória, eventos hemorrágicos decorrentes da diminuição da agregação plaquetária e/ou plaquetopenia, broncoespasmo e outros fenômenos dependentes de sensibilização imunológica. Efeitos colaterais dos inibidores da COX-2: referem-se ao risco cardiovascular. Efeitos colaterais Efeitos colaterais Irritação e ulceração gástrica: anemia e hemorragia digestiva. Problemas na coagulação. Inibição da função renal: cardiopatas, hepatopatas e idosos. Reações de hipersensibilidade (alergias) Toxicidade hepática reversível Efeitos colaterais Alteração do sistema nervoso central incluindo : vertigens, cefaléia, tinido, surdez, hiper- hidrose, nervosismo, náuseas, convulsões e coma Trabalho de parto prolongado Fechamento precoce do ducto arterioso Edema Hipoglicemia Grupo de risco Idosos com mais de 65 anos. Pacientes com gastroduodenal: histórico de sangramento ou úlcera obstrução intestinal. Diabéticos: hipoglicemia. Hipertensos: hipotensão. Doentes renais: função renal. Pacientes que fazem uso de anticoagulantes: hemorragia. Anti-hipertensivos: reduzir a ação por inibição da síntese de prostaglandinas vasodilatadoras. Metotrexato: elevam acentuadamente as enzimas hepáticas – que podem causar problemas hepáticos em seus usuários. Antiácidos: diminuem a absorção = diminui o efeito. Anticoagulantes potencialização do orais: efeito hemorragias = anticoagulante por inibição da agregação plaquetária. Interações medicamentosas Cefalosporinas: efeito inibitório aditivo - risco de sangramentos por inibirem a coagulação sanguínea. Penicilinas: aumento do efeito tóxico de ambos os fármacos - mecanismo de competição por sítios de união das proteínas plasmáticas. Diuréticos: risco de insuficiência renal aguda em pacientes desidratados. Anti-inflamatórios inibem a síntese renal de prostaglandinas que favorecem a filtração glomerular. Interações medicamentosas Etanol: aumenta o risco de sangramento gástrico. – Paracetamol em pacientes usuários crônicos de álcool: aumento da conversão do paracetamol em um metabólito altamente tóxico, podendo provocar danos graves ao fígado. Essa associação deve ser evitada. Glicocorticóides: Aditivo = aumenta o risco de úlcera gastrointestinal. Há risco de hemorragia digestiva alta. Interações medicamentosas Nome comercial Princípio ativo Apresentação Uso Posologia Voltaren Diclofenaco deNa 50mgc/20cp Adulto 8/8h Feldene Piroxicam 20mgc/10cp Adulto 12/12h Spidufen Ibuprofeno * 600mgc/10 cp Adulto 12/12h * Menos tóxico. Alguns AINE’s Alguns AINE’s Nomecomercial Princípio ativo Apresentação Uso Posologia Tilatil Tenoxicam 20e40mg Adulto 12/12h Movatec Meloxicam 7,5e15mg Adulto 12/12h Ponstan Ac. Mefenâmico 500mg Adulto 6/6h Katadolon Flurpirtina 100mg c/10cp Adulto 6/6h Nisulid Nimesulida 50e100mg Adulto 8/8h Cataflan Diclofenaco depotássio 50mg Adulto 8/8h 1-Fenilbutazona Dosagem diária: 100 - 600 mg Representantes: Butazona Cálcica ® 2-Oxifenilbutazona Dosagem diária: 100 - 600 mg Representantes: Algi-peralgin®, Agizolin® Fenilbutazona e Oxifenilbutazona diminuem a produção de radicais livres e são inibidores irreversíveis das ciclooxigenases. São reservadas para casos que não respondem a outros Antiinflamatórios, pois apresentam baixa margem de segurança. Derivados da Pirazolona Efeitos colaterais mais frequentes: -Efeitos GI: náusea, vômitos, desconforto epigástrico, diarreia. -Outros: retenção sódio, fenômenos hemorrágicos, agranulocitose, trombocitopenia e anemia aplástica. Contraindicações: GI, insuficiências hepática e renal, discrasias sanguíneas, hipertensão arterial fenilbutazona; oxifenilbutazona e Substâncias: dipirona. Derivados da Pirazolona 1-Aceclofenaco Dosagem diária: 100 - 200 mg Representantes: Proflam® Inibidor não seletivo, ações similares ao diclofenaco. O pico plasmático é alcançado entre 1 e 3 horas. Tem potência antiflogística superior à indometacina e aos derivados do ácido propiônico. 2-Diclofenaco Potássico Dosagem diária: 50 - 150 mg Representantes: Cataflan®, Neotaflan Derivados do Ácido Acético 3-Diclofenaco Sódico Dosagem diária: 50 - 150 mg Representantes: Voltaren®, Neotaren Inibidor não seletivo, preferencialmente COX-2. Tem potência antiflogística superior ao AAS, indometacina e propiônicos. A diferença fundamental entre os dois sais está no tempo de ação, sendo que o pico plasmático do diclofenaco potássico é alcançado mais rapidamente que o sódico. O diclofenaco está indicado para tratamentos a curto prazo devido ao risco de hipercalemia ou hipernatremia. Derivados do Ácido Acético 1-Indometacina Dosagem diária: 50 - 200 mg Representantes: Indocid® Inibidor não seletivo, reversível e tem ação predominante COX-1. Tem potência 20 vezes superior ao AAS. Apresenta efeito máximo analgésico em 1 a 2 horas e antiinflamatório em 1 a 2 semanas. Tem ação comparável à da colchicina, podendo ser utilizada em agudização de sintomas da artrite gotosa. Apresenta efeitos adversos frequentes e seu uso é reservadopara casos de moderada à severa gravidade. Derivados do Indol 2-Sulindaco Dosagem diária: 100 - 400 mg Representantes: Flancox® Ação predominante em COX-2. Tem ação analgésica e antiflogística similar a do diclofenaco, mas apresenta menor toxicidade gástrica e renal. Derivados do Indol 1-Ibuprofeno Dosagem diária: 600 – 1.200 mg Representantes: Alivium®, Buprovil Posologia: analgésico e antipirético - 300 mg 2 a 3 vezes ao dia; antirreumático - 400 mg 3 vezes ao dia. tem potência analgésica similar ao AAS e apresenta discreta ação anti-inflamatória. Não é seletivo, inibindo igualmente COX-1 e COX-2. Tem pico máximo de ação em 1 a 2 horas. Também pode ser formulado em suspensão 300 mg/5 ml. Derivados do Ácido Propiônico 2-Cetoprofeno Dosagem diária: 50 - 200 mg Representantes: Profenid®, Ceprofen É o mais potente e seguro dos derivados do ácido propiônico. É um inibidor predominante COX-1. Bloqueia as respostas vasculares e celulares da inflamação pois inibe prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos. Derivados do Ácido Popiônico 3-Naproxeno Dosagem diária: 250 – 1.000 mg Representantes: Naprozyn®, Flanax®, Naproxan, Napronax Inibidor não seletivo, predominante COX-1. Mas tem a característica de inibir a síntese de prostaglandinas preferencialmente nos locais de inflamação. Tem efeito analgésico e antiflogístico similar ao ibuprofeno, mas prolongada. apresenta ação mais Derivados do Ácido Popiônico 1-Meloxicam Dosagem diária: 7,5 - 15 mg Representantes: Movatec®, Flanax®, Movacox Inibidor não seletivo sobre COX-2. Indicado em tratamentos de longa duração como antirreumático: alta potência antiflogística e ação prolongada. A toxicidade renal e gástrica é baixa, mas deve ser administrada com cuidado em pacientes com risco cardiovascular. Posologia: processos agudos - 15 mg ao dia; manutenção - 7,5 mg ao dia. Oxicans efeito 2-Piroxicam Dosagem diária: 10 - 20 mg Representantes: Feldene®, Floxican Inibidor não seletivo e com predominante em COX-2. Por via oral, tem efeito máximo analgésico em 2 horas e antiinflamatório em 2 semanas. Não deve ser utilizado por prolongados devido à potencial períodos toxicidade gastrointestinal e renal. Oxicans 3-Tenoxicam Dosagem diária: 10 - 20 mg Representantes: Tilatil®, Tiloxican. Inibidor não seletivo. Comparativamente ao piroxicam tem potência antiflogística similar e menor ação inibidora COX-1. Oxicans 1-Nimesulida Mecanismo de ação: Inibidor não- seletivo da COX-2. Dosagem diária: 100 - 200 mg. Substâncias: Nimesulida: Scaflan®, Antiflogil®, Neosulida® Derivados da Fenoximetanossulfanilida são Efeitos colaterais mais frequentes TGI Reações adversas hepáticas: idiossincráticas. Derivados da Fenoximetanossulfanilida Outras efeitos colaterais: -Sintomas gastrointestinais: azia, dor, náusea; -Efeitos no sistema nervoso central: nervosismo e vertigem. -Pacientes HIV-positivos: ocorrência de trombocitopenia, reversível com a suspensão do fármaco. Contraindicação: -Reações de hipersensibilidade à Nimeulida ou outros AINEs; -Pacientes com úlceras gástricas em fase ativa; -Paceintes com distúrbio de coagulação; -Pacientes com disfunção renal grave; -Pacientes com disfunção hepática; -Menores de 12 anos: Síndrome de Reye; -Gestação: fechamento prematuro do ducto arterioso; Derivados da Fenoximetanossulfanilida 2-COXIBS Atuam na ciclogenase, inibindo especificamente ação da COX2, porém também inibe pouco a COX-1. Produzidos para solucionar os efeitos adversos dos AINE’s. Inibidores seletivos da COX-2 Celecoxib Etoricoxib Rofecoxib Valdecoxib Vantagens: PGs envolvida no processo inflamatório. Interfere pouco com as funções fisiológicas. Menor incidência de efeitos colaterais CLASSIFICAÇÃO Nomecomercial Princípioativo Apresentação Uso Posologia Arcoxia Etoricoxib 120mgc/4cp Adulto 12/12h Celebra Celecoxib 200mgc/10cp Adulto 12/12h INDICAÇÕES Dor aguda Dor crônica Osteoartrite Dismenorréia primária Artrose Dismenorréia Dor aguda EFEITOS COLATERAIS Diminuição da função do fígado Diminuição da função renal Função cardíaca comprometida ou ICC Edema Hipertensão Sangramento gastrointestinal Efeitos colaterais de inibidores de COX-1 e COX-2 Também conhecida como glicocorticoides = corticoides = esteroides = hormonais 3-Antiinflamatórios esteroidais Atuam diretamente inibindo a fosfolipase A2, quebrando toda cascata de inflamação. Grupo dos hormônios similares aos produzidos pelo córtex adrenal denominados corticosteróides. Classificados em: mineralocorticóides: aldosterona e desoxicorticosterona - promovem retenção de sódio e excreção de potássio. glicocorticóides: apresentam ação antiinflamatória, imunossupressora Antiinflamatórios Hormonais (Glicocorticóides) A atividade antiinflamatória dos glicocorticóides decorre dos seguintes efeitos: diminuem a concentração de linfócitos T e B, macrófagos e eosinófilos. inibem a função dos leucócitos e macrófagos. inibem a síntese de prostaglandinas e leucotrienos. Antiinflamatórios Hormonais (Glicocorticóides) Ação farmacológica: Antiinflamatórios Imunossupressores Divisão dos fármacos glicocorticóides: Os fármacos são divididos de acordo com o tempo de duração. Ação curta: Hidrocortisona. Cortisona: primeiro fármaco. Não é tão utilizada. Corticóides Ação intermediária: Prednisona (Meticorten®) Prednisolona (Prelone®) Metilprednisolona (Depo-medrol®) Triancinolona (Omcilon-A®). Os três primeiros são muito utilizados em uso crônico e o último é utilizado em aftas (diminui a dor, mas retarda a cicatrização). Corticóides Ação prolongada: Dexametasona (Decadron®) Betametasona (Diprospan®/Celestone®). Corticóides Nome comercial Princípioativo Apresentação Uso Posologia Decadron Dexametasona 4mgc/10cp 2mgc/2 amp Adulto Adulto 1 aodia Meticorten Prednisona 20mgc/10 cp Adulto 12/12h Celestone Betametasona 2mgc/10cp Adulto 12/12h Prelone Prednisolona 5 a20mgc/ 10cp Adulto 2 a4xdia Nasacort Triancinolona Spray55mcg(nasal) Adulto/criançaacimade12anos 1 a 4 xdia Corticoides A atividade antiinflamatória e mineralocorticóide dos glicocorticóides sintéticos são especificados de acordo com o padrão estabelecido para o cortisol (padrão = 1). A ação mineralocorticóide da cortisona é relativamente alta, impossibilitando o seu uso como antiinflamatório. Se houver necessidade de doses iniciais elevadas, após a remissão do quadro inflamatório o tratamento deve ser descontinuado com doses progressivamente menores até atingir a dose mínima para suspensão = desmame. Por quê???? Dosagem diária: 0,5 - 5 mg Representantes: Celestone® Posologia: 0,5 a 5 mg/dia em dose única diária. Corticóide fluorado de longa duração. potências relativas Apresenta as seguintes (padrão hidrocortisona): Antiinflamatória: 40; Tópica: 10 Mineralocorticóde: 0. Betametasona (base) Dosagem diária: 3 - 30 mg Representantes: Calcort®, Flazal Posologia: dose inicial - 6 a 30 mg ao dia, manutenção - 3 a 18 mg ao dia. Derivado oxazolínico da prednisona com propriedades antiinflamatórias e imunossupressoras. Tem menor interferência na espoliação do cálcio ósseo e menor efeito diabetogênico, comparativamente aos outros glicocorticóides. Possui atividade antiinflamatória e imunossupressora similar à prednisona, à metilprednisolona e à betametasona em doses equipotentes. Deflazacort Dosagem diária: 0,5 - 10 mg Representantes: Decadron®, Dexason Posologia: 0,5 a 10 mg ao dia. Tem longa duração, com meia-vida biológica de 48 horas. potências relativas Apresenta as seguintes (padrão hidrocortisona): Antiinflamatória: 30. Mineralocorticóide: 0. Dexametasona (base) Dosagem diária: 5 - 60 mg Representantes: Prelone®, Predsim® Posologia: dose inicial = 10 a 20 mg pela manhã (a critério médico até 60 mg/dia); manutenção: 5 a 10 mg/dia. Resulta da desidrogenação da hidrocortisona = aumentoda atividade antiinflamatória. Apresenta as seguintes potências relativas: Antiinflamatória: 5. Tópica: 4 e 5. Mineralocorticóide: 0,3. Prednisolona (base) Por via oral, age em 1 a 2 horas e mantém atividade por 16 a 36 horas. Atravessa pouco a barreira placentária (gradiente materno fetal de 10:1). Passa para o leite materno, oferecendo riscos em tratamentos prolongados e com doses acima de 5 mg/dia. Doses de manutenção acima de 7,5 mg/dia = efeitos cushingóides. Prednisolona (base) Dosagem diária: 4 - 48 mg Representantes: manipulação Posologia: 4 a 48 mg ao dia, raras vezes doses acima de 32 mg. Obtida pela fluoração da prednisolona, resultando em aumento da atividade anti-inflamatória e desaparecimento do efeito mineralocorticóide. As potências relativas são: Antiinflamatória: 5. Tópica: 25. Mineralocorticóide: 0. Triancinolona (base) Indicações Doenças alérgicas: urticária, dermatite, edema; Choque: hemorrágico, veneno de cobra, traumatismo, Lúpus Psoríase anafilaxia; Artrite reumatoide; Lúpus eritematoso; Asma brônquica; AVC (edema); Doenças infecciosa: tuberculose, meningite; Transplante renal; Psoríase; Eczema e outras. Eczema Efeitos colaterais CORTICÓIDES TÓPICOS bacterianas e Atrofia cutânea epidérmica e dérmica Púrpura Estrias Erupções acneiformes Hipertricoses Facilitação de infecções fúngicas, virais. Hipertricoses Acneiformes Púrpura EFEITOS COLATERAIS Acne Nervosismo e insônia Úlceras Infecções Hipertensão Hiperglicemia / Glicosúria / Edemas. Corticóides sistêmicos. Síndrome de Cushing: EFEITOS COLATERAIS Efeitos adversos: dependem do tempo de administração. -Início do tratamento: queda da imunidade, hipertensão arterial sistêmica, hiperglicemia e alterações de comportamento (euforia alternada com depressão). -Após 6 meses de uso contínuo: risco de síndrome de Cushing, osteoporose (queda da absorção intestinal do cálcio, inibição da função dos osteoblastos e incremento da reabsorção óssea), obesidade, hipertensão intracraniana benigna e hipertensão intra-ocular. -Em casos de gastrite, úlceras ou colite pode haver risco de hemorragias. -Seu uso deve ser cauteloso em síndromes de imunodeficiência, pelo risco de infecções. Bibliografia Sugerida GOODMAN& GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda. 11ªedição, 2005. CRAIG C, ROBERT E, STITZEL, RE. Farmacologia moderna com aplicações cínicas. 6ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2005. KATZUNG, BG. Farmacologia básica e clínica. 8 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2003. DALE, MM., RITTER, JM., RANG, HP., FLOWER, RJ., farmacologia. 6 ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2008. GRAHAME, SDG., ARONSON, JK. Tratado de farmácia clínica e farmacoterapia. 3 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2004. FUCHES, FD., WANNMACHER, L., FERREIRA, MB. Farmacologia clínica. 3 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2000. ALMEIDA, RN. Psicofarmacologia: fundamentos práticos. Rio de Janeiro. Guanabarra Koogan, 2005. FUCHES, FD., WANNMACHER, L., FERREIRA, MBC. Farmacologia clínica, fundamentos de terapêutica nacional. 4 ed. Rio de Janeiro. Gunabara Koogan, 2004. ELOIR, P., COLAB. Cuidados com os medicamentos. 4 ed. Porto Alegre. UFRGS, 2004. Agradeço a atenção de todos... Tenham uma boa noite!!!
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