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Texto de Apoio Didactica GERAL

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Prévia do material em texto

MANUAL DA DISCIPLINA DE METODOLOGIAS DE ENSINO E TREINAMENTO
Elaborado por:
Ângelo Ferreira
Américo Buque
Alice Morar
Inês Rita
Maputo, Janeiro de 2007
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
RECOMENDAÇÕES
PLANO DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA DE ENSINO E TREINAMENTO
PLANO TEMÁTICO
BREVE ABORDAGEM DA IMPORTÂNCIA DA CADEIRA NO CURSO DE PAGE
OBJECTIVOS DA DISCIPLINA
METODOLOGIAS DE ENSINO E AVALIAÇÃO 
RECURSOS UTILIZADOS
ACTIVIDADES DOS DISCENTES
UNIDADE I
O Fenomeno Educativo
Introdução..........................................................................................................................16
1.1. Objectivos .......................................................................................................................16
2. A Educação nas diferentes épocas do desenvolvimento da humanidade.......................17
2.1. A Educação na Era Primitiva..........................................................................................17
2.2.A Educação na Antiguidade Clássica.............................................................................18
2.3. A Educação na Idade Média ..........................................................................................21
2.4. A Educação na Idade Moderna e o Renascimento.........................................................23
2.4.1. O Renascimento...........................................................................................................23
2.4.2. A Educação na Idade Moderna....................................................................................24
2.5. A Educação na Idade Contemporânea...........................................................................25
3. Conceito de Educação.......................................................................................................27
3.1. Diferentes Concepções sobre Educação........................................................................28
Questões de Reflexão............................................................................................................28
Bibliografia .............................................................................................................................29
UNIDADE II
O Processode Ensino e Aprendizagem
1.Introdução..........................................................................................................................30
1.1. Objectivos ......................................................................................................................30
A relação entre Educação, Ensino e Instrução................................................................31
Educação ..................................................................................................................31
Ensino ........................................................................................................................31
Instrução ....................................................................................................................31
Educação intencional e não intencional ...........................................................................31
3.1. Educação não formal e formal .......................................................................................32
3.2 Educação informal ...........................................................................................................33
Historial do Processo de Ensino e Aprendizagem ............................................................34
O Processo de Ensino e Aprendizagem............................................................................35
Características Básicas do Processo de Ensino e AprendizagemEducativo ...................37
Questões de Reflexão ...........................................................................................................39
Bibliografia .............................................................................................................................40
UNIDADE III
As Funções Didácticas
1.Introdução..........................................................................................................................41
1.1. Objectivos ......................................................................................................................41
2. Funções Didácticas ...........................................................................................................41
3. Classificação das Funções Didácticas .............................................................................42
3.1. Função Didáctica Introdução e Motivação .....................................................................42
3.2. Função Didáctica Mediação e Assimilação ....................................................................44
3.3. Função Didáctica Domínio e Consolidação.....................................................................46
3.4. Função Didáctica Controle e Avaliação ..........................................................................48
Questões de Reflexão ...........................................................................................................49
Bibliografia .............................................................................................................................50
UNIDADE IV
Treinamento
1.Introdução............................................................................................................................51
1.1. Objectivos .......................................................................................................................52
2. Treinamento: Conceito.......................................................................................................52
3. Etapas ou Fases de Preparação do Treinamento .............................................................53
3.1. Levantamento de necessidades......................................................................................53
3.2. Planificação do treinamento ...........................................................................................53
3.3. Programação do treinamento .........................................................................................54
3.4. Avaliação dos resultados ................................................................................................54
4. Importância da Planificação de um Programa de Treinamento ........................................54
5. Formas de Treinamento ....................................................................................................56
6. Desenvolvimento do Conteúdo do Treinamento ...............................................................58
7. As Principais Técnicas de Treinamento ............................................................................59
Questões de Reflexão............................................................................................................59
Bibliografia..............................................................................................................................59
UNIDADE V
Métodos de Ensino
1. Introdução...........................................................................................................................61
1.1. Objectivos .......................................................................................................................61
2. Método de Ensino: Conceito .............................................................................................62
3. Classificação dos Métodos de Ensino e Aprendizagem ...................................................65
3.1. As Variantentes Metódicas Básicas................................................................................71
3.1.1. Método Expositivo........................................................................................................71
3.1.2. Método de Trabalho Independente..............................................................................763.1.3. Método de Elaboração Conjunta .................................................................................79
Questões de Reflexão ...........................................................................................................81
Bibliografia..............................................................................................................................82
UNIDADE VI
Os Meios de Ensino
1. Introdução..........................................................................................................................84
1.1. Objectivos .......................................................................................................................84
2. Os Meios de Ensino: Conceito ..........................................................................................85
3. Classificação dos Meios de Ensino ...................................................................................85
4. Objectivos do Uso dos meios de ensino ...........................................................................85
5. Critérios de Utilização dos Meios de Ensino .....................................................................86
6. Os Principais Meios de Ensino ..........................................................................................87
Questões de Reflexão ...........................................................................................................88
Bibliografia .............................................................................................................................89
UNIDADE VII
Planificação do Ensino
1.Introdução............................................................................................................................90
1.1. Objectivos .......................................................................................................................90
2. Planificação:Conceito .......................................................................................................91
3. Tipos de Planificação ........................................................................................................91
4. Importância da Planificação ……………………………………………………………...........91
5. Características da Planificação .........................................................................................92
6. Etapas da Planificação do Ensino .....................................................................................92
7. Ciclos de Planificação........................................................................................................93
7.1. Plano Anual ....................................................................................................................94
7.2. Planificação da Unidade de Ensino ................................................................................94
7.2.1. Elementos de um Plano de Unidade............................................................................95
7.3. Plano de Aula .................................................................................................................96
7.3.1. Exigências de Uma Aula .............................................................................................96
Questões de Reflexão ...........................................................................................................97
Bibliografia .............................................................................................................................97
UNIDADE VIII
Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem
1. Introdução..........................................................................................................................98
1.1. Objectivos .......................................................................................................................99
2. Referencial teórico .............................................................................................................99
2.1. Avaliação: Conceito.........................................................................................................99
2.2. Tarefas de Avaliação.....................................................................................................101
2.3. Finalidades da Avaliação ..............................................................................................101
2.4. Funções da Avaliação...................................................................................................102
2.4.1. Função Diagnóstica....................................................................................................102
2.4.2. Função Formativa.......................................................................................................102
2.4.3. Função Somativa .......................................................................................................103
Questões de reflexão ..........................................................................................................103
Bibliografia ...........................................................................................................................103
UNIDADE IX
Personalidade do Professor/Formador
1. Introdução.......................................................................................................................104
1.1. Objectivos ....................................................................................................................104
2. Personalidade: Conceito..................................................................................................105
3. Características da Personalidade do Professor ou Formador,.........................................105
3.1. Instrutor ou Professor de Autómatos.............................................................................105
3.2. O Professor que se Concentra no Conteúdo .............................................................. 106
3.3.O Professor que se Concentra no Processo de Instrução ............................................106
3.4. O Professor que se Concentra no Intelecto do Aluno ..................................................107
3.5.O Professor que se Concentra na Pessoa Total ...........................................................107
3.6. O professor que tem uma visão estrutural da Sociedade ............................................108
4. Qualidades Profissionais do Professor............................................................................108
4.1. Qualidade Essencial do Professor ................................................................................109
Questões de Reflexão .........................................................................................................110
Bibliografia ...........................................................................................................................110
Bibliografia Final ............................................................................................................111
Anexos
INTRODUÇÃO
A disciplina de Metodologia de Ensino e Treinamento pretende iniciar e dotar o estudante de conhecimentos chaves concernentes ao ensino e treinamento, partindo da descrição e análise da educação em diferentes épocas do desenvolvimento da humanidade, passando pelo estudo do conceito de educação bem como o âmbito deste termo. Com este enfoque, pretende-se que o estudante adquira os conhecimentos sobre o processo de ensino e aprendizagem, o seu papel para o desenvolvimento da sociedade bem como o domínio dos diferentes factores que a influenciam. 
No ano lectivo de 2007 a disciplina de Metodologia de Ensino e Treinamento será leccionada em regime semi-presencial.
Quanto aos conteúdos, os mesmos consistirão em unidades desenvolvidas em redor das seguintes áreas:
O fenómeno educativo; 
As funções didácticas;
Treinamento;
Métodos e meios de ensino;
Planificaçãode ensino;
Avaliação de ensino;
Personalidade do Professor/Formador.
Deste manual constarão bibliografias de cada unidade sobre as quais se farão comentários com vista a auxiliar o estudante a reflectir e consolidar os seus conteúdos. Do manual constarão ainda várias actividades didácticas centradas na auto-aprendizagem do estudante.
RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se que o estudante obedeça os seguintes procedimentos:
- Leia o (s) texto (s) na íntegra com a devida atenção e concentração;
- Pratique os exercícios sugeridos;
- Contacte o docente ou tutor em caso de dificuldade;
- Contacte também outros profissionais e colegas do curso caso tenha dúvidas;
- Leia a bibliografia seguindo a ordem sugerida no manual. 
É importante que o estudante evite se emocionar pela possibilidade que tem de estudar e cometer, por exemplo, o erro de querer consumir de uma só vez todos os módulos, entrando, desse modo, em temas mais adiantados, sem ainda ter concluído os precedentes. Tal atitude provocaria ao estudante sérias dificuldades de aprendizagem. Também se adverte ao estudante para que não seja lento, mas sim que respeite o tempo estabelecido para a frequência do curso. 
PLANO DA DISCIPLINA DE METODOLOGIA DE ENSINO E TREINAMENTO
	
MÓDULO
DE METODO-
LOGIAS DE 
ENSINO E
TREINAMENTO
	UNIDADES
	SESSÕES
	
	Unidade I 
Unidade II
Unidade III
Unidade IV
	1 - O Fenómeno Educativo
	
	
	2 –O Processo de Ensino e Aprendizagem
	
	
	3- Funções Didácticas
	
	
	4 –Treinamento
	
	Unidade V
	5 – Métodos de ensino
	
	Unidade VI
	6 - Meios de Ensino
	
	Unidade VII
Unidade VIII
Unidade IX
	7 –Planificação deensino
	
	
	8 - Avaliação de Ensino
	
	
	9 - Personalidade do Professor/Formador
	PLANO TEMÁTICO
	
Sessões
	
Temas
	Distribuição das horas 
	
	
	Estudo Individual
	Resolução das actividades praticas 
	I 
	1. O fenómeno educativo
2-A Educação nas diferentes épocas do desenvolvimento da humanidade.
2.1-A Educação na era primitiva
2.2-A Educação na Antiguidade Clássica.
2.3-A Educação na Idade Média
2.4-A Educação na Idade Moderna e o Renascimento.
2.4.1- O Renascimento.
2.4.2-A Educação na Idade Moderna.
2.5 -A Educação na Idade Contemporânea.
3-Conceito de Educação.
3.1- Diferentes concepções sobre educação.
	12
	4
	
	Total de horas
	20
	II
	1. O Processo de Ensino e Aprendizagem
2-Relação existente entre educação, instrução e ensino
3.- A Educação Intencional e não intencional
3.1-A Educação não formal e formal.
3.2-Educação informal
4- Breve historial do PEA
5- O PEA
6 - Características Básicas do PEA
	
14
	
6 h
	
	Total de horas 
	16
	III
	1. Funções Didácticas
2. - Conceito de Funções didácticas
3.- Classificação das Funções didácticas
3.1- Função didáctica Introdução e Motivação
3.2 - Função didáctica Mediação e Assimilação
3.3 - Função didáctica Domínio e Consolidação
3.4-Função didáctica Controle e Avaliação
	
4
	
2
	
	Total de horas
	6
	IV
	Treinamento
1- O que é Treinamento?
2- Etapas/fases do Treinamento
3- Levantamento das necessidades
4- Planificação do Treinamento
5- Programação do Treinamento
6- Avaliação dos Resultados
7- Importância da Planificação de um Programa de Treinamento
8- Como definir os Objectivos do Treinamento
9- Formas do treinamento
10- Desenvolvimento do Conteúdo do Treinamento
11- Principais teorias do Treinamento
	4
	2
	V 
	Métodos De Ensino
1- Introdução
1.1-Objectivos
2-Conceito de Método de Ensino
3-Classificação dos Métodos de Ensino e Aprendizagem
3.1-Variantes Metódicas Básicas
3.2.1-Método Expositivo
3.2.2-Método de Trabalho Independente
3.2.3-Método de Elaboração Conjunta
	8
	2
	
	
	10
	VI
	Meios de Ensino
1- Introdução
1.1-Objectivos
2- Meios de Ensino: Conceito
3- Classificação dos Meios de Ensino
4- Objectivos do uso dos Meios de Ensino
5-Criterios da Utilização dos Meios de Ensino
6- Principais Recursos de Ensino
6.1- Gravuras
6.2- Cartazes
6.3-Album Seriado
6.4- Plano de Aula
6.5- O Manual da Disciplina
	
	VII
	Planificação de ensino
1- Introdução
1.1-Objectivos
2-Planificação: Conceito
3-Etapas da Planificação do Ensino
3.1-Conhecimento da Realidade
3.2-Elaboração do Planos
3.3- Execução do Plano
3.4-Avaliação e Aperfeiçoamento do Plano
	4
	2
	
	
	8
	VII
	Personalidade Do Professor/Formador
1-Conceito De Personalidade
1.1-Objectivos
2-Caracteristicas Da Personalidade Do Professor
2.1- Instrutor Ou Professor De Automatos
2.2 –O Professor Que Se Concentra Nos Conteúdos
2.3– O Professor Que Se Concentra No Processo De Instrução
2.4– O Professor Que Se Concentra Intelecto Do Aluno
2.5– O Professor Que Se ConcentranaPessoa Total
2.6- O Professor Que Tem Uma Visão Estruturada da Sociedade
	6
	2
	VIII
	Avaliação de ensino
1-Introdução
1.1- Objectivos 
2- Referencial Teórico
2.1- Avaliação: Conceito 
2.2- Tarefas da Avaliação
2.3 –Finalidas da Avaliação
2.4- Funções da Avaliação
2.4.1- Função Diagnostica
2.4.2- Função Formativa
2.4.2- Função Sumativa
	6
	2
	
	Avaliação Final 
	2
	
	Total de horas 
	128
	128 horas / 8 horas de estudo por semana significa 16 semanas correspondente a um Semestre 
UMA PEQUENA ABORDAGEM DA IMPORTÂNCIA DA CADEIRA NO CURSO (PAGE)
A Metodologia de Ensino e Treinamento em qualquer área de trabalho é uma actividade útil para a coordenar e orientar os esforços e recursos, de modo correcto, que se empregam na concepção dos objectivos e tarefas principais que se enquadram nos sector de actividade, neste caso nos serviços educacionais.
A efectivação (realização) das actividades previstas nos planos que visam o aperfeiçoamento do SNE, dependem, em grande medida, do nível ou grau de organização e planificação que se alcança nos diferentes níveis de direcção.
Isto significa que a planificação adequada constitui uma das premissas fundamentais para que se possa exercer cabalmente a direcção do processo educativo.
Por outras palavras, pode-se afirmar que a direcção do processo educativo deve saber, em primeiro lugar, planificar. É assim que se mostra a necessidade, no desenvolvimento das ciências pedagógicas, encontrar ou melhor ministrar-se formação que consiste em munir os dirigentes, gestores e investigadores nesta matéria, de conhecimentos e habilidades que o permitam saber planificar o seu trabalho e do colectivo.
OBJECTIVOS 
No fim da disciplina, o estudante deverá ser capaz de:
Realizar actividades de educativas e de treinamento com eficácia e profissionalismo
Reter o conceito de educaçãoconsiderando os seus diferentes ângulos;
Dominar a história da educação;
Analisar criticamente os conteúdos educativos históricos em relação a educação contemporânea; 
Dominar o instrumentário básico didáctico-metodológico de mediação dos conteúdos no processo de ensino e aprendizagem, e saiber utilizá-lo de forma criadora na planificação das actividades de ensino e treinamento;
Assumir a importância da avaliação no âmbito da mediação de conteúdos, e dominar os instrumentos e técnicas básicas de avaliação pedagógico-didáctica.
Aplicar os conhecimentos, habilidades e atitudes como gestor na administração da educação;
METODOLOGIAS DE ENSINO E AVALIAÇÃO
As aulas serão ministradas em unidades didácticas. A seguir as aulas expositivas existirão sessões de exercícios práticos para a consolidação da matéria.
Os conceitos serão apresentados através de exemplos práticos e situações concretas para melhor assimilação dos mesmos pelos alunos.
No fim de cada unidade o estudante deverá responder por escrito os exercícios propostos que pontuarão para a nota final que conduzirá o aluno ao exame. Portanto, a soma das notas atribuídas após a realização dos exercícios das unidades didácticas, divididaspelo número das unidades achar-se-á a nota de frequência, que ditará a realização ou não do exame.
RECURSOS UTILIZADOS
Livros e textos seleccionados.
ACTIVIDADES DISCENTES
Participação activa nas aulas;
Leitura da bibliografia recomendada, e
Realização dos exercícios recomendados nas unidades didácticas.
UnidadeI: O Fenómeno Educativo
Introdução
A Cadeira de que nos propomos debruçar é um campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação que se realiza na sociedade e que constitui um meio para a transmissão do património sócio-cultural, técnico e científico da velha geração para a nova geração. A educação é um dos ingredientes básicos da formação do homem.
Para reflectirmos educação hoje é importante que olhemos para a história da educação porque para podermos entender os problemas da educação é necessário compreender qual é a sua origem, e como foi reflectida nas diferentes épocas do desenvolvimento da humanidade.
Com o estudo da história da educação podemos compreender os valores que orientaram os educadores de cada época, de modo a reflectirmos sobre esses valores com o objectivo de confrontá-los com os valores actuais de educação.
Portanto, no presente texto far-se-á um breve histórico da educação vinculando educação e o contexto histórico.
Ao iniciar-se o estudo da história da educação procuraremos saber como era a educação antes da escola e quais eram as suas características. De seguida iremos abordar os principais aspectos da educação na antiguidade clássica sobretudo a educação grega e romana por serem nestas sociedades onde se assenta a tradição escolar desta época. Também far-se-á a análise da educação da época medieval, moderna e contemporânea.
Objectivos
No final desta unidade o aluno deverá ser capaz de :
Abordar e analisar os grandes modelos de educação, relacionando-os com os contextos em que se moldaram;
conhecer os diferentes pensamentos sobre educação;
identificar o objecto, objectivos e métodos educativos de cada época.
identificar os principais mentores da filosofia de educação vigentes em diferentes épocas.
Conceitos chaves: educação, sociedade
2. A educação em diferentes épocas do desenvolvimento da humanidade
2.1. A educação na Era Primitiva
A educação como um processo de transmissão do património sócio-cultural, técnico e científico da humanidade sempre ocorreu mesmo antes da existência da escola bem como dos métodos de educação reconhecidos como tais. 
De início, a educação era a transmissão de formas de acção que ajudavam o homem a aproveitar-se da natureza e segundo Pilette (1993:43), citando Monroe, a educação primitiva tinha como objectivo promover o ajustamento da criança ao ambiente típico e social por meio da aquisição da experiência de gerações passadas. 
A sua estrutura era simples e entre os povos primitivos a criança adquiria conhecimento por meio da imitação e cerimónias de iniciação. 
Por meio da imitação as crianças brincam com pequenas reproduções de instrumentos utilizados pelos adultos e numa fase posterior elas participam das actividades dos adultos onde aprendem as diversas ocupações da tribo como a construção de utensílios, a pesca, a caça e trabalho agrícola.
As cerimónias de iniciação possuíam um especial valor educativo e consistiu na cerimónia de admissão do jovem adolescente a comunidade adulta da tribo.
O valor educativo das cerimónias de iniciação incidiam nos seguintes aspectos:
Valor moral: as crianças aprendem a suportar a dor, pela submissão à mutilações, a tolerar as circunstâncias difíceis e a fome pela exposição ao tempo e falta de alimentação;
Valor social e político: a criança aprende a obediência e a reverência aos mais velhos, bem como a servir aos idosos e a suprir as necessidades da família;
Valor religioso: nesta cerimónias existem os animais ou plantas que são o centro do culto. Estes, geralmente, são considerados um antepassado mítico da tribo, de que esperam protecção;
Valor prático: visto que os jovens aprendem os métodos de captura de certos animais, a arte de acender o fogo, de preparar os alimentos entre outros.
Por outro lado, existia uma característica comum nos povos primitivos o animismo, que consiste na crença de que todas as coisas possuem alma ou espírito. Portanto, a aprendizagem das formas que permitem a convivência pacífica com os espíritos que habitam os objectos de que se precisa constitui a parte mais importante da educação nestes povos.
As cerimónias de iniciação servem para transmitir aos jovens a explicação do universo para torná-los capazes de assegurar um satisfatório ajustamento `as suas exigências.
É importante saber que haviam determinadas pessoas às quais cabia a direcção das cerimónias de iniciação que variavam desde chefes de grupos familiares, feiticeiros, curandeiros, etc.
Nas sociedades primitivas destacam-se a educação chinesa e hindu. Nestas primitivas civilizações orientais a necessidade de dominar línguas geralmente muito difíceis fez com que a educação girasse em torno do domínio da linguagem e literatura.
A educação centrava-se no conhecimento de uma linguagem tecnicamente complexa, difícil de dominar, e na posse da sabedoria do passado contida na sua literatura. Esta literatura expunha as formas de conduta, o cerimonial religioso e era exclusiva da classe sacerdotal isto é a classe dominante.
Portanto, nos povos orientais a educação consistia em conduta e actividades práticas dadas pelos sacerdotes, pela classe literária governante e pelos adultos das famílias.
Questões:
1. Qual é o objectivo da Educação entre os primitivos?
2. Qualé o papel da imitação na educação primitiva?
3. A quem cabia inicialmente a direcção das cerimônias de iniciação?
4. Que valores positivos da educação primitiva são ainda válidos actualmente?
2.2. A educação na Antiguidade Clássica
Enquanto que na sociedade oriental a educação visava conservar, reproduzir o passado mediante a supressão da individualidade, na educação grega observava-se o contrário, a educação era a oportunidade para o desenvolvimento individual. Como resultado dessa característica surge um novo conceito de educação, a educação liberal, uma educação que habilitava o indivíduo a tirar proveito da sua liberdade ou dela fazer uso. 
 Na educação grega deu-se mais oportunidade para o desenvolvimento individual e os ideais gregos eram: liberdade política e moral, desenvolvimento intelectual, e racionalidade. Contudo, os privilégios do desenvolvimento intelectual eram limitados aos homens livres que correspondia a 9/10 da população e negados aos restantes.
Os ideais da educação grega foram resultado de uma lenta evolução podendo-se destacar os seguintes períodos(Piletti, 1993:58):
A educação no período homérico (900 - 750 a.C)- onde os ideais de educação aparecem nos poemas Ilíadas e Odisseia. A educação teve um carácter eminentemente poético;
A educação no período espartano (750 - 600 a.C)- o objectivo da educação era dar a cada indivíduo um nível de perfeição física, coragem e hábito de obediência às leis que tornassem um soldado ideal. Esta era controlada pelo estado;
A educação no período ateniense (600 - 450 a.C)- o ideal era a formação completa do homem (física e intelectual). O estado assegurava a liberdade pessoal, criando as condições vantajosas para a educação;
A educação no período sofista (450 - 400 a.C)- o termo sofista designa uma nova classe de professores que surgiram devido a falta de meios para ministrar uma educação que proporcionasse ao indivíduo condições de êxito pessoal impostas pela sociedade. Esta classe de professores recebiam, em troca das aulas que ministravam, elevados valores monetários.
Nos seus ensinamentos, os sofistas, acentuavam de forma exagerada o valor da individualidade. É destes que surge o termo de Pitágoras, “o Homem é a medida de todas as coisas”.
O período dos grandes filósofos (400-300 a.C)- as deficiências do sistema ateniense de educação fez com que se repensasse na educação de modoa resolver o problema que consistia em formular um ideal educativo que pudesse satisfazer as necessidades institucionais e o bem do colectivo, para promover o desenvolvimento completo da personalidade.
Neste período destacam-se:
Sócrates (470-399 a.C.) – com o slogan “conhece-te a ti mesmo” afirma que é na consciência individual que se deve procurar os elementos determinantes da finalidade da vida e da educação.
Desenvolveu o método socrático a ironia -que consiste em perguntar fingindo ignorar, e maiêutica queconsiste em fazer outras perguntas para levar o interlocutor a descobrir a verdade.
Contribuições de Sócrates para a educação:
o conhecimento possui um valor de natureza universal e não individualistas;
o processo objectivo para obter-se conhecimento é o de conversação.
a educação tem por objectivo imediato o desenvolvimento de capacidade de pensar e não apenas de ministrar conhecimento.
Platão (428-348 a.C.)-concorda com Sócrates sobre a necessidade de se procurar uma nova base moral para a vida , a qual deveria se encontrar em ideias e na verdade universal.
Para Platão, a educação é um processo do próprio educando mediante o qual são dadas à luz as ideias que fecundam a mente. Assim, o papel do educador consiste em promover no educando o processo de interiorização através do qual o educando pode sentir a presença das ideias. São conteúdos da educação os exercícios corporais, a cultura estética e moral, a formação científica e filosofia.
Aristóteles (384-322 a. C.)- ao contrário de Platão e Sócrates, afirma que a virtude está na conquista da felicidade e do bem, enquanto que para os primeiros esta na posse do conhecimento pelo indivíduo.
Desenvolveu seu conceito de educação partindo da ideia de imitação. Segundo este autor o homem se educa na medida em que copia a forma de viver dos adultos. E conhecido como o maior sistematizador visto que vem dele a ideia de a educação deve compreender um plano metódico. 
Os povos romanos também influenciaram em grande parte a educação da antiguidade clássica. O ideal romano de educação visava a concepção de direitos e deveres daí que esta tinha uma finalidade prática e procurava alcançar resultados concretos adaptando os meios aos fins. A característica fundamental do método da educação romana era a imitação. Portanto, cabia a educação desenvolver aptidões nos indivíduos para cumprir os seus deveres como cidadãos romanos. 
A educação estava centralizada na formação do carácter moral das pessoas daí que a família desempenhava um papel importante.
Tal como a educação grega, o desenvolvimento da educação romana também foi gradual. Numa primeira fase era dada praticamente no lar e mais tarde, com a expansão do império romano, surgiram as escolas elementares que passam a ministrara leitura, a escrita e a conta. 
Por influência da cultura grega, houveram alterações substanciais que alteraram a educação romana. Surgem novas instituições de educação que passam a ministrar novos conteúdos como gramática, retórica e mais tarde direito e filosofia. Foi a partir destas instituições que se tornou possível o surgimento das universidades.
2.3. A educação na Idade Média
O desenvolvimento do pensamento pedagógico e da educação desta época esta estreitamente ligado a história da religião, o cristianismo, que substituiu a concepção liberal e individualista dos gregos e um conceito de educação prática e social dos romanos. O cristianismo passou a dar maior importância ao aspecto moral que se baseou na ideia de caridade cristã.
Nesta época surge um novo ideal educacional que se concentra no aspecto moral da pessoa humana, baseia-se na ideia de caridade cristã ou amor. 
De acordo com esta premissa, a função principal da educação consiste em dominar o corpo e pacificar o espírito.
Os recém-convertidos, antes de serem admitidos como membros efectivos da igreja, eram chamados de catecúmenos, e nessas escolas, de catecumenatos. Mais tarde estas escolas vieram a ser organizadas pelos bispos com o intuito de preparar o clero para as igrejas que estavam sob sua direcção, e passaram a ser dominadas escolas das catedrais.
A escolástica medieval exerceu forte influência na escola e pedagogia da Europa Ocidental. O termo escolástica, inicialmente, significou o conjunto do saber, mais tarde se deu o mesmo nome aos que escolarmente se dedicavam `a filosofia e a teologia. Foi um movimento intelectual que se preocupou em demonstrar e ensinar a relação entre a razão e a fé pelo método da análise lógica. 
Contudo, a escolástica teve limitações que se repercutiram na educação:
consideravam-na como uma preparação para o cristianismo e exercício do culto;
nas escolas dava-se maior importância a memorização;
os castigos corporais eram estimulados como forma de purificar a alma.
Entre os seguidores da igreja naquele tempo, e que deram contribuição no campo educacional, havia indivíduos cultos, filósofos e escritores onde se destacaram Santo Agostinho (354-430) e São Tomas de Aquino (1225-1274) que afirmavam que Deus é o verdadeiro mestre que ensina dentro de nossa alma embora sublinhem a necessidade de uma ajuda exterior.
O clero, na primeira metade da idade média, foi muito importante pois foi nos mosteiros que se criaram bibliotecas e escolas. 
2.4. A educação na Idade Moderna e o Renascimento
2.4.1. O Renascimento
	
Os séculos XIV, XV, XVI a Europa foram dominado por um movimento cultural e artístico denominado renascimento que se propunha restaurar a forma e ideais da antiguidade clássica. Este movimento teve início na Itália tendo-se estendido para o resto da Europa.
No renascimento destacaram-se três grandes áreas de interesse: o interesse pela vida real do passado; o interesse pelo mundo objectivo das emoções e o interesse pelo mundo da natureza física. 
Como consequência dos novos interesses passou-se:
ao estudo mais amplo e intensivo das línguas grega e latina;
caça aos manuscritos remanescentes desta literatura;
restauração das obras clássicas;
criação, na literatura, de um novo interesse por tudo o que levasse a imaginação e para o coração;
a análise introspectiva da vida emocional provoca imensa dedução literária (poesia, drama e romance);
desenvolvimento das ciências históricas e sociais;
deslocamento do centro de gravitação, até então situado nas coisas divinas, para o próprio homem.
Nesta época o Homem passa a ser o centro de atenção. Todos os humanistas destacados manifestavam-se contra o ceptismo medieval, lutaram contra a escolástica e o jugo da igreja.
Este movimento teve grande influência no pensamento pedagógico pois as ideias humanistas visavam a aproximação da escola a vida, o desenvolvimento de actividade e a independência dos alunos.
Uma das principais consequências educacionais do renascimento era a busca de uma educação que se opunha ao velho sistema escolástico e promovia o ideal de nova vida.
Nesta época, o interesse da educação esteve centrado nos propósitos, nas actividade específicas da humanidade e o meio usado para a compreensão de tais actividades foi a literatura dos gregos e romanos.
A educação tinha um carácter multifacético dado o desenvolvimento da educação física e estética, o estudo não só dos livros mas também da natureza, os princípios das ciências naturais e a familiarização com a actividade laboral dos homens.
Os mais notáveis representantes do renascimento no campo educacional foram (Piletti, 1993:96-100): Vitorino da Feltre (1378-1446) que criou uma escola chamada “casa alegre” a margem da organização religiosa. Defendia que a educação devia ser gradual de acordo com o desenvolvimento psiquico do aluno; François Rebelais (1483-1555) cuja preocupação com a educação destinada a formar juízo prático nos jovens para as coisas da vida coincide com a preocupação do nosso tempo. Seguiu toda a problemática da época medieval, na sua novela satírica “Gargântua e Pantagruel”;Michel de Montaigne (1533-1592) cujo ideial educativo é o homem para o mundo por isso aeducação deve formar o homem completo, de corpo e alma.Para este o professor não deve limitar-se só a questionar o aluno sobre a matéria dada mas também sobre o sentido e sentido e a substância da matéria.
2.4.2. A educação na Idade Moderna
Durante o fim da Idade Média a educação foi controlada pela Igreja e tinha a finalidade de educar o indivíduo segundo os ensinamentos das sagradas escrituras, interpretadas pelas autoridades eclesiásticas.
Na Idade Moderna a religião não deixa de ter influência na educação. Contudo, com o surgimento de um movimento protestante aos católicos, o controle educacional exercido pela Igreja de Roma também começa a ser contestado.
	
Os estados que estavam sob orientação dos protestantes começaram a organizar sistemas próprios de escolas transferindo para o seu controle as escolas paroquiais.
Segundo (Aranha, 1996:89;Piletti, 1993:104), destacou-se no movimento protestante Martinho Lutero (1483-1546) segundo o qual a educação deveria se libertar das amarras que a prendiam a igreja e subordinar-se ao estado.
Perante este movimento, a igreja católica reagiu criando novas ordens religiosas que dessem especial atenção ao ensino, tendo-se destacado a Companhia de Jesus. Esta criou um sistema de educação mais eficiente abrangendo a educação secundária e superior.
Com o tempo, as grandes transformações que ocorreram na passagem da Idade Média para a Moderna como: as grandes navegações, o surgimento dos estados nacionais, a reforma protestante, imprensa, o desenvolvimento da burguesia e do capitalismo, fortaleceram o movimento no sentido de que a autoridade da igreja ficasse restrita aos assuntos religiosos.
O pensamento pedagógico desta época foi influenciado pelas ideias de Francis Bacon (1561-1626),GalileoGalileu(1564-1642),René Descartes, João Amós Coménius(1592-1670), Jean Jaques Russeau(1712-1778), entre outros.
Embora tenha havido alterações substanciais na abordagem pedagógica, a educação elementar do povo permaneceu esquecida durante este período pois a educação era dirigida para a nobreza e o clero.
2.5. A educação na Idade Contemporânea
No desenvolvimento das humanidades novas e importantes transformações ocorreram entre os séculos XVII e XX que deram início ao que se convencionou era contemporânea.
Foram factores motivadores a revolução industrial, o surgimento das ciências humanas, o nascimento de uma nova classe social, o proletariado formado por trabalhadores assalariados, o derrube do Estado Absolutista pela burguesia que passa a assumir o poder político e a separação entre o estado e a Igreja.
Esta nova forma de estar teve influência no pensamento pedagógico. A passagem da Idade Moderna para a Contemporânea na segunda metade do século XVIII é assinalada pela ,,Revolução Burguesa que teve repercussões na educação como consequência da separação entre a Igreja e o Estado que conduziram ao desenvolvimento dos sistemas públicos de educação.
Com o desenvolvimento industrial a escola passa a desenvolver um outro papel, isto é, a dar mais importância aos conteúdos técnicos e científicos ao lado das antigas matérias clássicas e literárias.
O ensino público e gratuito torna-se obrigatório e é visto como a melhor forma para o alcance da verdadeira democracia.
Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), Johann Friedrich Herbart(1776-1841) e Friedrich Froebel (1782-1852) foram os educadores que se destacaram durante este período pelas inovações que propuseram a educação. 
Comentários
A passagem de uma idade histórica para a outra é resultado de importantes transformações que marcam a vida da humanidade.
A educação bem como o pensamento pedagógico, esta relacionado com essas transformações que se verificam no desenvolvimento da humanidade. É assim, que pode-se afirmar que a educação também tem história pois ela diz respeito ao homem.
Neste texto abordamos não de forma exaustiva, a interacção entre a educação e as transformações que se verificaram no desenvolvimento da humanidade. Vimos que o pensamento pedagógico, o conceito de educação bem como o seu objecto e objectivos variam tendo em conta o contexto sócio-cultural de cada época.
Na era primitiva a educação era um meio para garantir a subsistência da espécie humana. Na antiguidade clássica a educação era uma oportunidade para o desenvolvimento individual. 
Na idade média, o ideal educacional esteve ligado a religião e este se baseia no aspecto moral do indivíduo substituindo a concepção liberal e individualista dos gregos e romanos.
Com o renascimento de novo o homem passa a ser o centro de atenção embora reviva-se o passado. A educação na idade contemporânea, movida pela separação entre a igreja e o estado, o ensino torna-se público e gratuito.
Olhando o desenvolvimento da educação nas diferentes épocas verifica-se que a educação foi durante longo tempo uma oportunidade para a classe dominante tendo contribuído em certa medida para o alargamento das desigualdade social.
3. O conceito de educação
Existem várias definições sobre educação. A seguir ilustraremos algumas delas, segundo vários autores:
Platão	a boa educação consiste em dar ao corpo e a alma toda a beleza e perfeição de que são capazes;
Herbert Spencer	defendia que a educação é um processo cujo objectivo é a formação do carácter;
John Dewey	a educação é um processo de contínua reconstrução da experiência com o propósito de ampliar e aprofundar o seu conteúdo social enquanto ao mesmo tempo o indivíduo ganha controle dos métodos envolvidos;
Lourenço Luzuriaga	a educação é a influencia interacional e sistemática sobre o seu juvenil com o propósito de formá-lo e desenvolvê-lo, mas significa também, acção genérica ampla de uma sociedade sobre as gerações jovens com o fim de conservar e transmitir a existência colectiva.
Carlos Libâneo	é um processo de desenvolvimento unilateral da personalidade, envolvendo a formação de qualidades humanas- físicas, morais, intelectuais, estéticas- tendo em vista a orientação da actividade humana na sua relação com os meios social, num determinado contexto de relações sociais.
Embora haja variadas formas de definira educação quase todas têm aspectos
em comum:
Todas as definições limitam a educação a espécie humana;
A educação é um processo
Todos consideram que a educação consiste numa acção exercida por um grupo sobre o outro;
Toda a educação tem uma finalidade.
3.1As diferentes concepções sobre educação
As definições de educação, como vimos, são tão variadas quantas são as correntes e autores que se dedicaram ao seu estudo. Mencionaremos algumas concepções que retractam os diferentes posicionamentos sobre a natureza da acção de educar e a finalidade ou o ideal que postulam. Todas comungam que a educação é um processo de desenvolvimento. O homem se desenvolve e a educação actua na configuração, isto é, na formação da personalidade a partir de determinadas condições. A questão é: que condições são determinantes, internas ou externas, e qual é a sua finalidade?
Concepções naturalistas (inatistas)- dão primazia aos factores biológicos do desenvolvimento. Para este os factores sociais regulam o ritmo e a manifestação dos processos internos inatos. A finalidade de educação é tirar para fora o que existe no interior do indivíduo.
Concepções ambientalistas- para estes o ambiente externo é a força motriz, a sociedade propicia valores , idéias, regras às quais o espírito do educando deve submeter-se. Portanto, a educação é uma imposição ao educando da maneira de ver, sentir, e de agir.
Concepçõesinteracionistas- evitam a polarização. O processo educativo o homem desenvolve tanto biológico como psiquicamente na interacção com o ambiente implicando interacção entre o sujeito e o meio. A educação é um processo interactivo em que os sujeitos constróem seus conhecimentos através da interacção com o meio.
Questões para reflexão
“Durante as nossas aulas vimos que não se pode dissociar o desenvolvimento do PEA com o desenvolvimentosócio econômico e cultural da humanidade.”De forma clara e suscita fundamente esta afirmação.
Qual era o objectivo da educação entre os povos primitivos.
Como se deu o surgimento de uma instrução mais elaborada e formal entre os povos primitivos.
Debruce-se sobre as principais características da educação na antiguidade clássica.
Qual é a diferença na concepção de educação dos gregos e dos romanos.
Quem foram os principais representantes desta época.
Quais as principais características da educação da idade média.
Em que aspectos tal educação (da época média) se distingue da educação grega e romana.
Quais foram os principais representantes da idade média.
Que novos interesses se baseava as tendências gerais do renascimento.
Que ideais educacionais surgiram com o renascimento.
Quais os principais representantes, do período acima referido, que deram importante contributo no desenvolvimento da educação.
Como era vista a educação na era contemporânea e que factores influenciaram o desenvolvimento do pensamento pedagógico desta ‘época.
Quem foram os principais representantes desta época e quais foram os seus ideais.
Bibliografia
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; História da Educação; Editora Moderna; S.Paulo; 2001.
CAMBI, Franco; História da Pedagogia; Editora ONESP; S.Paulo; 1995
GADOTTI, Moacir; História das Ideias Pedagógicas; Editora Ática; S.Paulo; 2001
LIBÂNEO, José carlos, Pedagogia e Pedagogos para Quê?, Cortez Editora; S.Paulo; 1998
PILETTE, Claudino, PILETTE, Nelson; Filosofia e História da Educação, 9ªEdição, S.Paulo, 1993.
www.pdagogia.pro.br
Unidade II: O Processo de Ensino e Aprendizagem
Introdução
Neste capítulo apresentamos algumas das indagações que as pessoas têm acerca da diferença entre educação, ensino e instrução. Se educação é a transmissão do património sócio-cultural, técnico- científico da geração mais velha para a mais nova, afinal o que é ensino?. Qual é a diferença entre ensino e instrução?
Objectivos 
No Final desta unidade o estudante deverá ser capaz de:
Relação existente entre educação, instrução e ensino:
Conceito de ensino;
Conceito de instrução.
As diferentes modalidades de educação:
Educação informal;
Educação não-formal;
Educação formal;
Auto-educação;
Reeducação.
Conceitos chaves:Aprendizagem, Educação, Ensino, Instrução
2. A relação entre educação, Ensino e Instrução
2.1. Educação
 A educação é um conjunto de acções, processos, estruturas, que intervêm no desenvolvimento de indivíduos e grupos na sua relação activa com o meio natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais.
2.2. Ensino
Segundo o conceito etimológico, ensinar (do latim signare) é colocar dentro, gravar no espírito” Assim, ensinar é gravar ideias na cabeça do aluno.
Ensino é o processo de organização da actividade cognitiva. É um processo bilateral que inclui a assimilação do material de estudo que é a actividade do aluno e a direcção deste processo que é actividade do mestre/professor. Portanto, é um processo bilateral que inclui actividade: ensino – aprendizagem.
2.3. Instrução
É o processo e o resultado da assimilação de conhecimentos, hábitos e habilidades. Caracteriza-se pelo nível de desenvolvimento intelectual e das capacidades criadoras do homem. Pressupõe determinado nível de preparação do indivíduo para a participação em qualquer esfera da actividade social.
3. Educação intencional e não intencional
Nos aspectos tópicos da educação consideram-se as modalidade de educação não intencional também chamada informal e a educação intencional que se desdobra em educação não formal e formal.
A educação pode ser compreendida como produto do desenvolvimento social, determinada pelas relações sociais vigentes em cada sociedade e, portanto, dependente dos interesses e práticas de classe, de tal modo que a transformação da educação é um processo ligado a transformação das relações sociais.
A educação intencional surge no desenvolvimento histórico da sociedade, como consequência da complexidade da vida social e cultural, da modernização e das instituições, do processo técnico-científico, da necessidade de cada vez maior número de pessoas participarem das decisões que envolvem a colectividade. 
Os processos educacionais intencionais implicam objectivos sócio-políticos explícitos, conteúdos, métodos, lugares e condições específicas de educação, precisamente para possibilitar aos indivíduos a participação consciente, activa e crítica na vida da sociedade.
Entretanto, boa parte das influências que operam e condicionam a prática educativa ocorrem de modo não intencional, não sistemático, não planejado. Contudo, eles actuam, embora de modo disperso e com carácter informal, na formação da personalidade daí que não se deve negar os seus efeitos educativos.
3.1. Educação não formal e formal
É necessário distinguir duas modalidade de educação intencional: a educação não formal e a educação formal.
O que é educação não formal e formal? A educação não formal é mesma coisa informal? E a educação formal se aplica apenas a educação escolar?
Iniciaremos caracterizando o conceito de formal. Formal refere-se a tudo que implica uma forma estruturada. A educação formal seria, neste caso, aquela educação estruturada, organizada, intencional e sistemática. Por isso, onde há ensino ou melhor escola há educação formal. São actividades educativas formais, a educação de adultos, educação sindical, educação profissional e outras desde que nelas estejam presentes a intencionalidade, a sistematicidade e condições previamente preparadas ainda que se realize fora do marco escolar propriamente dito.
	
Educação Formal é aquela que é ministrada nas instituições oficiais Ex: escolas, institutos, etc.
A educação não formal, por sua vez, é aquelas actividades com carácter de intencionalidade, porém com baixo grau de estruturação e sistematização implicando relações pedagógicas não formalizadas. Ex: movimentos sociais organizados, movimentos comunitários, actividades de animação cultural, museus, cinemas, praças, áreas de recreação, etc.
	
Educação não formal é aquela que ocorre em instituições com vista aperfeiçoar as capacidades e habilidades dos indivíduos. (Educação que não obedece o SNE)
3.2. Educação informal
Libâneo (1998:83) citando Nassit (1980:277), define educação informal como processo contínuo de aquisição de conhecimentos, competências que não se localizam em nenhum quadro institucional.
Entende-se por termo informal a modalidade de educação que resulta do meio em que os indivíduos vivem, envolvendo tudo o que é do ambiente, das relações sócio-culturaise políticasque influenciam a vida dos indivíduos. Estes factores afectam ou influenciam a educação das pessoas de modo inevitável, embora não actuando metodicamente visto não haver objectivos pré estabelecidos. 
	
Educação informal- é aquela que se adquire no quotidiano, na sociedade em geral.
	
Assim, podemos resumir no seguinte esquema:
					Educação
	Intencional							Não intencional
Formal Não formal						informal
Também encontramos outros conceitos relacionados com educação, como:
Auto-educação- é a actividade do homem com o objectivo de mudanças da sua personalidade. A auto-educação pode ser o factor principal para regular e orientar o seu comportamento, a sua conduta.
Reeducação- é um processo de eliminação de vícios e defeitos adquiridos ao longo da formação da personalidade.
4. Historial do Processo de Ensino e Aprendizagem
O processo de ensino e aprendizagem, como um processo em si se desenvolveu em conformidade com o desenvolvimento da sociedade conforme se pode observar a seguir:
Comunidade Primitiva: de Caçadores e Recolectores
Todos ensinavam tudo a todos;
Comunidade de Agricultores, Pastores e Artesãos
Transmissão de conhecimentos por pessoas especializadas; isto é . conhecimentos e habilidades um pouco mais especializados;
Uso de ritoscomo uma das formas de transmissão.
SociedadeEsclavagista
Surgimento dos primeiros sistemas educacionais nas civilizações para responder ao progresso técnico e conhecimentos acumulados;
Organização do PEA no seu aspecto e carácter quantitativo. 
SociedadeModerna
Transmissão de conhecimentos, segundo critérios selectivos, segundo as particularidades dos alunos;
Organização do PEA planificado e sistemático;
PEA organizado no seu aspecto e carácter qualitativo, com o desenvolvimento da escola-nova.
5. O Processo de Ensino e Aprendizagem
O ensino e a aprendizagem são tão antigos quanto à própria humanidade. Nas tribos primitivas os filhos aprendiam com os pais a entender suas necessidades, a superar as dificuldades do clima e a desenvolver-se na arte da caça. No decorrer da história da humanidade, o ensino e a aprendizagem foram adquirindo cada vez maior importância. Por isso, com o passar do tempo, muitas pessoas começaram a se dedicar exclusivamente a tarefas relacionadas com o ensino. Também surgiram as escolas que são instituições voltadas para essas tarefas.
Em nossos dias, tal é a importância do ensino e a aprendizagem que ninguém pode deixar de reflectir sobre o seu significado.
Mas afinal o que significa aprender? E o que significa ensinar?
O conceito de ensino evoluiu graças aos questionamentos e pesquisas realizadas por diversos pensadores, educadores, psicólogos, sociólogos, etc.
Segundo o conceito etimológico, ensinar (do latim signare) é “colocar dentro, gravar no espírito”. De acordo com esse conceito, ensinar é gravar ideias na cabeça do aluno. Nesse caso, o método de ensino é o de marcar e tomar a lição. 
Piletti faz uma divisão da evolução histórica do ensino da seguinte forma: 
Concepção tradicional do ensino: a iniciativa cabe ao professor, que é, ao mesmo tempo, sujeito do processo, o elemento decisivo e decisório no ensino. A questão pedagógica central é aprender.
Concepção de ensino da escola nova: a iniciativa desloca-se para o aluno e o centro da acção educativa situa-se na relação professor-aluno. A questão pedagógica central é aprender a aprender.
Concepção tecnicista de ensino: o elemento principal passa a ser a organização racional dos meios, e o professor e o aluno ocupam posição secundária. Professor e aluno são relegados à condição de executores de um processo cuja concepção, planificação, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas supostamente habilitados, neutros, objectivos, imparciais. A questão pedagógica fundamental é aprender a fazer.
O ensino visa a aprendizagem. Então, o que é aprendizagem?
A aprendizagem é um processo de aquisição de conhecimentos, conteúdos ou informações.
Contudo, convém salientar que ela não é apenas um processo de aquisição de conhecimentos visto que as informações são importantes, mas precisam passar por um processamento muito complexo.
Comentários
Existe uma relação extreita entreentre ensinar e aprender. Historicamente, sabemos que o indivíduo modifica seu comportamento por processos directos e espontâneos de imitação. Essa forma, enquanto organização social, se restringe a pequenas e simples comunidades. Assim a família desempenha um papel preponderante na transmissão de conhecimentos necessários para o desenvolvimento e ajustamento do educando.
A medida que a vida social torna-se mais complexa, surge a necessidade de organizar uma forma sistematizada para o acto de educar. Essa forma é o ensino (Vilarino, 1979:24).
 Portanto:
Ensinar: é criar condições favoráveis para a aprendizagem do aluno, é procurar descobrir interesses, gostos e necessidades.
Aprender : é mudança de comportamento (maneira de agir), pensar, de ser, atitudes e opiniões, conseqüência da assimilação e interiorizarão de novos conhecimentos, capacidades e habilidades, o que pressupõe a aquisição de novas atitudes e hábitos.
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6. Características Básicas do Processo de Ensino e Aprendizagem
	1. CARACTER SOCIAL DO PEA
	2. CARACTER EDUCATIVO DO PEA
	3. CARACTER PLANIFICADO E SISTEMÁTICO DO PEA
	O PEA responde as exigências da sociedade de distintas maneiras;
O Conteúdo do PEA enriquece-se historicamente a medida que se acumula o património so1ciop-cultural;
O PEA garante a continuidade do desenvolvimento da sociedade;
O PEA garante a integração do comportamento aos requisitos de ordem social.
	No PEA ha uma relaçãodialécticaindissociável entre educação e instrução;
A mediação e assimilação dos conhecimentos, das habilidades, e dos hábitos ocorre em simultâneo com a formação e desenvolvimento das atitudes, valores e convicções. 
	O PEA decorre de forma estruturada;
Programas, horários, objectivos, conteúdos definidos de acordo com a idade e capacidade de aprendizagem dos alunos;
Existe SECA (Sistema de ensino em Classes anuais);
A planificação, organização e direcção do PEA baseia-se nos conhecimentos e contribuição das ciências afins.
Características Básicas do Processo de Ensino e Aprendizagem
	4. O PEA REGIDO POR LEIS E REGULARIDADES
	5. O PEA DESENVOLVE A PERSONALIDADE
	6. CARACTER DIALECTICO DO PEA
	O PEA tem um carácter cientifico;
O PEA esta sobre influencias de diferentes leis: 
- didácticas;
- psicológicas;
- sociológicas;
- ideológicas, e
- higiénicas.
 O PEA depende das leis naturais, da ontogênese.
	 A aprendizagem constitui a actividades dominante dos adolescentes e dos jovens, nela os jovens adquirem conhecimentos, desenvolvem capacidades, habilidades, pontos de vista , atitudes e convicções.
	No PEA a relação fundamental e professor-aluno, e gerada de contradições, que funcionam como forca motriz de desenvolvimento quer dizer:
diferentes tipos de contradições geram desenvolvimento. Por exemplo:
- a contradição entre o nível inicial e o nível de desenvolvimento próximo;
- a contradição entre os conhecimentos teóricos e sua aplicação na pratica
Questões de Reflexão
Os índios, em resposta ao convite do Estado da Virgínia (EUA) para mandarem seus filhos a um colégio em Williamsburg, disseram:
“ ... Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam todos a vossa ciência. Mas, quando voltavam para nós eles eram maus corredores, ignorantes da vida, da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. (..) Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros. (PILETTE, 1986: 12-13)”
Considerando o acima exposto diga o que se entende por educação.
Das questões que se seguem coloque V para as questões verdadeiras e F para as falsas:
A educação formal designa-se ao tipo de educação dada nas instituições oficiais e que obedece a um programa previamente estabelecido.______
Educação não formal é o tipo de educação que ocorre na vida e na sociedade em geral._______
Educação informal é a que ocorre em instituições não vocacionadas ao ensino regular e tem em vista o aperfeiçoamento dos indivíduos. ______
Ensino é o processo e o resultado da assimilação de conhecimentos sistemáticos, caracteriza-se por um nível e esta orientado para actividade prática. ______
Instrução é o processo de organização da actividade cognitiva, é um processo bilateral que inclui a assimilação do material de estudo e a direcção do mesmo processo. ______
É comum ouvir a seguinte expressão “este indivíduo é instruído/ tem instrução mas não é educado”. Disserte sobre esta questão. 
Durante as nossas aulas vimos que não se pode dissociar o desenvolvimento do PEA com o desenvolvimento sócio económico e cultural da humanidade. De forma clara e suscinta fundamente esta afirmação. 
Indique as características básicas do PEA e explicite o carácter educativo.
Afirma-se que o PEA é um processo dialéctico.O que se quer dizer com esta afirmação?
Bibliografia
PILETTE, Claudino, PILETTE, Nelson;Filosofia e História da Educação, 9ªEdição, S.Paulo, 1993.
LIBÂNEO, José Carlos; Didáctica; Cortez Editora; S.Paulo; 1994
LIBÂNEO, José Carlos; Pedagogia e Pedagogos , para quê?; Cortez Editora; S. Paulo; 1998 
Unidade III: As Funções Didácticas
1. Introdução
Estimado Estudante,
O processo de ensino e aprendizagem é um conjunto estruturado, tem um ritmo característico que é determinado pelas regularidades de aprendizagem, tem uma dinâmica própria. Esses momentos, fases ou passos são designados de Funções Didácticas.
1.1.Objectivos
No final desta unidade o estudante deve ser capaz de: 
Definir funções didácticas; 
Identificar as funções didácticas;
Descrever as caracteriticas das funções didácticas;
Explicar a importãncia da sua observãncia no PEA;
Aplicar as funções didácticas no ensino e treinamento
Conceitos Chaves: funções didácticas, motivação, mediação, assimilação, domínio, consolidação, controle e avaliação
Funções Didácticas: conceito
Funções Didácticas são finalidades pedagógicas das diferentes etapas do processo de ensino e aprendizagem e de medidas educativas.São orientações para o professor dirigir um processo completo de aprendizagem e de aquisição das diferentes qualidades.
Existe uma estreita ligação entre as funções didácticas. Significa que elas não se realizam sozinhas ou isoladamente. Por isso, elas sobrepõem-se nas diferentes etapas do processo. Porém, numa determinada etapa uma função didáctica pode dominar e as outras funções estão-lhe subordinadas. Cada etapa do processo de ensino e aprendizagem é caracterizada por uma função didáctica dominante.
Para Libâneo (1990) funções didácticas são movimentos/ passos do PEA no decorrer de uma aula ou unidade didáctica.
Classificação das Funções didácticas
Assim, de acordo com a classificação que escolhemos, as funções didácticas são as seguintes:
Introdução e Motivação
Transmissão|mediação e Assimilação
Domínio e Consolidação
Controle e Avaliação
1. INTRODUÇÃO 2.TRANSMISSÃO|MEDIAÇÃO
E E
MOTIVAÇÃO ASSIMILAÇÃO
FUNÇÕES
DIDÁCTICAS
3.DONÍNIO 4.CONTROLE
E E
CONSOLIDAÇÃO AVALIAÇÃO
3.1. Função Didáctica: Introdução e Motivação
AFunção Didáctica Introdução e Motivação desempenha grande papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Quer dizer, que o sucesso e rendimento do processo de ensino e aprendizagem dependem, em primeiro lugar, da forma como os alunos são motivados para a aprendizagem. A aprendizagem deve ser uma actividade consciente por parte dos alunos. Por isso, tarefa importante do professor é a estimulação dos alunos, a criação de interesses, motivos e necessidades de aprender.
A Função Didáctica Introdução e Motivação, é o primeiro passo ou primeiro momento da aula. Esta fase tem tem em vista preparar os alunos para a aprendizagem. Essa preparação tem os seguintes aspectos:
a)Criar atmosfera e atitude propícia para a aprendizagem
Assegurar a ordem e disciplina;
Dar informações sobre o conteúdo (orientação para os objectivos);
procurar curiosidade nos alunos (introdução).
b)(re)activar os conhecimentos, habilidades, comportamentos necessários para a aprendizagem do novo conteúdo (introdução).
Conseguir interesse e a atenção (motivação)
Existem diferentes formas que o professor pode seguir para realizar a reactivação do nível inicial. Assim, o professor poderá:
fazer o controle oral ou escrito dos conhecimentos adquiridos na aula anterior;
repetir resumidamente os aspectos essenciais da aula anterior;
escolher um aluno ou alguns alunos para exporem resumidamente os aspectos essenciais da aula anterior;
fazer perguntas a alguns alunos sobre os conteúdos da aula anterior;
reactivar fazer reactivar os conhecimentos através do TPC.
No entanto, a motivação não se realiza apenas na primeira etapa da aula. Ela deve ser permanentede modo a criar interesse na aquisição dos conteúdos pelo aluno, desde o primeiro momento da aula até ao ultimo momento da aula. A aula deverá permanecer viva, atraente, motivadora. Há diferentes formas para conseguir esta finalidade, a destacar as seguintes:
O trabalho com os objectivos. Com base na orientação para os objectivos, o professor deve comparar os resultados com os objectivos, mesmo objectivos no fim duma parte da aula;
fazer os conteúdos de forma lógica e sistemática, onde deverá fazê-lo, destacando os pontos essenciais;
deverá colocar tarefas ou questões onde os alunos possam ter possibilidade de mostrar os conhecimentos adquiridos e sentir o progresso.
A duração desta fase depende dos objectivos da aula. Todavia, em geral, esta função didáctica dura menos tempo em relação à de Mediação e Assimilação.
3.2. Função Didáctica: Mediação e Assimilação
AFunção Didáctica Mediação e Assimilação está no centro do processo de ensino e aprendizagem. É nesta fase onde transmite-se o património da sociedade e realiza-se nele o desenvolvimento da personalidade.
É neste momento que os alunos tomam o primeiro contacto com o conteúdo novo e realiza-se a parte fundamental da aprendizagem.
Para garantir a aquisição e compreensão dos conteúdos de uma forma duradoura, o professor durante a transmissão destes, deverá observar algumas regras. 
Assim, a assimilação é mais firme quando:
os alunos sabem o que está a ser tratado;
os alunos podem aplicar os conhecimentos já adquiridos ao conteúdo novo;
o procedimento metódico também é bem estruturado e faz sentido para os alunos;
se dá valor à exactidão, à linguagem e nos métodos de trabalho;
se analisa regularmente o que já foi alcançado;
o ensino cativa os alunos exige o empenho das suas capacidadespara garantir o sucesso referido anteriormente, o professor deverá concentrar-se nos aspectos fundamentais, exigidos ou estabelecidos nos programas de ensino. Aliás é nesses pontos onde ele espera progressos nos seus alunos.
A transmissão do conteúdo novo realiza-se através de duas fontes principais: directa e indirecta.
Na fonte directa, o aluno obtém conhecimentos através do contacto directo com a realidade. São exemplos os seguintes: a observação, experimentação, a demonstração, e excursão.
Na fonte indirecta, o conhecimento se adquire através da exposição oral do professor, leitura, esquemas, diálogo, meios gráficos.
No processo de ensino e aprendizagem, predomina a via indirecta. Contudo, a utilização das duas vias pelo professor pode garantir uma aquisição sólida de conhecimentos pelos alunos.
Recomenda-se a utilização das duas vias uma vez que vai permitir uma aquisição sólida e duradoira de conhecimentos pelos alunos.
No entanto, há regras que o professor deverá seguir no processo de mediação. Assim, destacamos as seguintes:
seleccionar cuidadosamente os factos a transmitir (a escassez tal como a acumulação de factos dificultam o processo de abstracção e generalização);
sempre que possível transmitir os factos fazendo a interligação entre a via directa e indirecta para conseguir a formação de conceitos e juízos claros e o desenvolvimento de concepções científicas;
quando a transmissão dos conhecimentos se realiza principalmente pela via verbal, utilizar uma linguagem viva, visual de maneiras que deste modo os alunos obtenham concepções claras;
ligar os conhecimentos novos frequentemente com os assimilados.
Para concluir-mos esta parte diríamos que o trabalho com o conteúdo novo na função didáctica mediação e assimilação, é caracterizado pelo princípio de unidade dialéctica entre:
a mediação do saber;
o desenvolvimento do saber fazer (intelectual e prático);
a formação de qualidades de carácter e de comportamento,em suma, o desenvolvimento da personalidade dos alunos.
3.3. Função Didáctica Domínio e Consolidação
AFunção Didáctica Domínio e Consolidação, é o momento em que se dá maior atenção à repetição e exercitação com o objectivo de interiorização dos conhecimentos e capacidades do domínio dos conteúdos da aprendizagem.
Esta fase ou etapa tem como função básica de assegurar os resultados da aprendizagem.
A consolidação da matéria permite elevar o nível das capacidades, desenvolver mais as habilidades, fixar os hábitos, dar firmeza às atitudes e convicções.
Os alunos realizam a consolidação através de algumas acções tais como:
repetir e resumir;
sistematizar e integrar;
exercitar; e
aplicar.
Entre a assimilação e consolidação existe uma relação muito forte, senão vejamos:
conteúdos sistematizados são meios bem fixados que conteúdos desorganizados, isto é, a sistematização condiciona a solidez dos resultados;
o saber, o saber fazer e as convicções sistematizadas facilitam a escolha dos elementos necessários para a aplicação dos conteúdos aprendidos (a sistematização condiciona a aplicação);
a consolidação dos conteúdos aprendidos permite o desenvolvimento de um sistema de conhecimento e de uma visão do mundo correspondente (a consolidação condiciona a sistematização);
a consolidação dos conhecimentos, habilidades, atitudes, comportamentos, possibilita a aplicação dos mesmos em situações novas (a consolidação condiciona a aplicação);
a aplicação do aprendido leva a flexibilidade do sistema de conhecimentos, capacidades e habilidades e melhora o sistema de qualidades da personalidade (a aplicação condiciona a sistematização);
através da aplicação consegue-se o efeito consolidativo do aprendido, tanto mais forte quanto mais independente for a aplicação (a aplicação condiciona a consolidação);
A repetição (essencial) da matéria dada pelos alunos visa alcançar os seguintes objectivos:
controlar o nível essencial (Introdução/Motivação);
reactivar (Introdução/Motivação; Mediação/Assimilação);
consolidar o essencial(Domínio/Consolidação;Mediação/Assimilação; Introdução/ Motivação);
corrigir erros e falhas (Introdução/Motivação;Domínio/Consolidação; Mediação/Assimilação;Controlole/Avaliação);
avaliaro nível de assimilação(Controlo/ Avaliação; Domínio/ Consolidação; Introdução/ Motivação; Mediação/Assimilação).
A exercitação é a execução repetida de actividades e acções com objectivos de aperfeiçoar e transformar em habilidades e hábitos.
A exercitação é importante na medida em que:
os exercícios fazem os alunos penetrarem mais profundamente na matéria;
os exercícios servem, quando bem orientados pelo professor, para reforçar a auto-confiança dos alunos;
os resultados da exercitação dependem, por um lado, da sua inserção correcta do processo de ensino e aprendizagem, quer dizer, que o fundamental da compreensão e da capacidade de execução do exercício devem ser apreendidos pelos alunos, por outro lado, depende da forma didáctica metódica como é dado (a exercitação).
No âmbito do domínio e consolidação os alunos realizam acções relacionadas com a sistematização e integração de conhecimentos. Então o que é sistematizar e integrar? 
Sistematizar e integrar é estruturar logicamente dando a visão do conjunto dos conhecimentos e as experiências aprendidas. É também continuar o processo cognoscitivo pela integração dos conhecimentos em sistemas científicos. É também capacitar os alunos a pensar e agir de maneira organizada e sistemática.
Durante o processo de ensino e aprendizem os alunos devem aplicar os conhecimentos aprendidos durante o processo de ensino e aprendizagem.
Aplicarsignifica o domínio real dos conteúdos. É saber resolver problemas e tarefas em situações análogas, parecidas com as situações aprendidas, em novas situações.
3.4. Função Didáctica: Controle e Avaliação
A outra Função Didáctica é a de Controle e Avaliação. O controle é sempre a base da avaliação. Cada controle deve ter uma avaliação ou oral ou expressa em notas.
Qual é a importância do controle e avaliação no processo de ensino e aprendizagem?É importante porque, primeiro:
No Controle, o professor, para poder dirigir efectivamente o processo de ensino, deve conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria. O controle é uma tarefa permanente e vital para o professor realizar de uma forma efectiva o ensino;
No controle, os alunos são orientados para as matérias essenciais que promovem o desenvolvimento intelectual dos alunos;
O controle regula e educa os alunos nos hábitos de aprendizagem permanente e assídua, forma a vontade nos alunos.
Quanto à avaliação, dizer que ela é a comparação e valorização dos resultados dos alunos com os objectivos dos programas de ensino, considerando as condições concretas dos alunos e do ensino realizado.
A avaliação deve ser sempre uma estimulação para os alunos e ele é um meio educativo para informar e confirmar a qualidade do rendimento do ensino (fazer com que os alunos conheçam os resultados obtidos e o êxito do processo de ensino).
Também a avaliação serve para criar um clima de alegria na aprendizagem, uma atmosfera de optimismo nas forças intelectuais e práticas de cada aluno.
Informar o director, as estruturas e sobretudo os pais e encarregados de educação, do nível de conhecimentos e outras qualidades da personalidade dos alunos.
Algumas formas básicas de controle e avaliação:
exames;
provas/ponto/teste (oral ou escrito);
chamadas escrita/ mini-teste;
acompanhamento contínuo.
O controle e avaliação, têm como objectivo primário elevar a qualidade do ensino e aprendizagem e em última instância, promover o desenvolvimento da personalidade dos alunos.
Questões para reflexão
Define Funções didácticas
Indique duas (2) caracteristicas da Função Introdução e motivação
Quais são as regras que o professsor deve seguir na mediação
Qual é a relação existente entre a assimilação e a consolidação
Porque que é importante repetir a matéria?
Enumere tres (3)aspectos importantes do controle e avaliação no processo de ensino e aprendizagem?
Demostre que o controle e a avaliação é fundamental no PEA.
Conhecer o conjunto das Funções Didácticas é fundamental para o professor orientar correctamente o PEA. 
Porque é importante considerar as Funções Didácticas no seu conjunto?
Podemos distinguir uma ou mais Funções Didácticas que seja(m) mais importante(s) que as outras? Qual(is) seria(m) e porque seria(m) mais importante(s)?
Explique a importância da motivação contínua e dê um exemplo concreto de motivação contínua no PEA.
Bibliografia
PILETTE, Claudino, PILETTE, Nelson; Filosofia e História da Educação, 9ªEdição, S.Paulo, 1993.
LIBÂNEO, José Carlos; Didáctica; Cortez Editora; S.Paulo; 1994
LIBÂNEO, José Carlos; Pedagogia e Pedagogos , para quê?; Cortez Editora; S. Paulo; 1998 
NÉRICI, Imídio G. ; Introdução à Didáctica Geral; S.Paulo, Editora Atlas S.A.; 12ª Edição, 1991 
Unidade IV: Treinamento
	1. Introdução
No mundo das organizações é uma questão de sobrevivência a actualização constante do quadro de pessoal, quer no aspecto técnico que o habilita a desenvolver as funções específicas do seu cargo, quer no aspecto do relacionamento interpessoal.
Tem se observado que tornou-se cada vez mais fácil o estabelecimento da concorrência nos mais diversos mercados e isto ocorre em função da maior disponibilidade de informações, antes privilégio de poucos, e da facilidade de acesso a tais informações, como por exemplo através da Internet.
As organizações passaram a levar em consideração os investimentos no chamado capital intelectual visto ser o factor humano o principal factor que possibilita a empresa a tornar-se competitiva uma vez que só com recursos humanos treinados e competentes podem produzir ou prestar serviços com qualidade necessária.
Neste contexto, entende-se que se a empresa percebe que o treinamento é um instrumento

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