Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Resenha Becker, Grossman e Murphy Rational Addiction and the Effect of Price on Consumption Nome: Gustavo de Andrade Morais Disciplina: ECN 605 – Psicologia e Economia – 2018/2 A legalização de drogas certamente iria reduzir o preço dessas substâncias. Caso acontecesse, a demanda por tais aditivos certamente iria subir, porém quanto? O objetivo desse artigo é apontar, baseado em evidencias e teorias, as consequências da legalização dessas substancias que geralmente são proibidas em diversos países. O “comportamento do vício” usualmente é abordado envolvendo o “reforço” que significa que quanto mais se consumir uma droga no passado, maior a demanda por se consumir ela no presente. Ou também pela “tolerância” que assume que a utilidade em consumir essas substancias é menor quando o consumo no passado é maior. Os autores propõem diversas fórmulas matemáticas para exemplificar essas duas afirmações, porém não iremos tratar sobre elas. Não é uma surpresa que bens que causam vicio são usualmente mais usados por pessoas que dão menos valor para as adversidades do futuro. Os autores demonstram um gráfico, onde relaciona o “estoque” desses bens e a utilidade por consumi-los ao passar do tempo. Fica evidente que no início, o indivíduo tende a demandar mais desses bens e isso vai se diminuindo com o passar do tempo. Outra variável composta nesse gráfico é o preço dessas drogas, onde se a curva de utilidade passar por cima da curva de preço, certamente aquele indivíduo continuará aumentando seu consumo, até chegar um ponto onde a utilidade se encontre com o preço do estoque desses bens. Quando o preço de uma droga caí, o consumo de um indivíduo viciado sobre ela certamente irá aumentar. Porém isso acontece até um ponto de equilíbrio, onde ele irá consumir apenas as mesmas quantidades até que o preço se altera novamente por exemplo. Outro fato apontado pelos autores é que indivíduos que possuem vícios muito fortes sobre algum bem, possuem uma curva quase inelástica em relação aos preços desse bem, enquanto aqueles que possuem vícios mais moderados respondem melhor a alterações sobre o preço do bem. Por esse fato, o consumo de equilíbrio para essas pessoas que possuem um vício maior, não se altera muito, visto que mudanças no preço pouco influenciam na demanda pelo bem. O preço monetário de drogas para o consumidor, é igual ao valor das futuras adversidades que aquele indivíduo impõe sobre si. Ou seja, o preço do cigarro, é igual a todos os efeitos negativos que o tabagismo pode trazer. Um crescente nos preços reduz o consumo tanto no longo quanto no curto prazo pois para alguns indivíduos o preço já não bate com o preço das adversidades do futuro. O preço desses bens para pessoas mais jovens e pobres geralmente tende a ser relativamente mais importante pois eles alocam menos dinheiro em planos de saúde ou na prevenção de futuras doenças. Essas pessoas também costumam dar menos importância para o futuro. Pessoas que se importam menos com o futuro respondem mais facilmente na mudança de preços. Os autores dão o exemplo de consumidores de cigarro, álcool ou até mesmo apostas. O consumo de cigarros em qualquer ano é menor quando os preços futuros e a influencia dos preços passados são mais altos. Segundo apontado no artigo, existe uma má interpretação de que uma mudança permanente nos preços desses bens foi criada pela repressão policial em relação ao comercio ilegal do mesmo. E mesmo que esses bens aumentem de preço, com uma maior repressão da polícia, não garante que o consumo por tais substancias venham a abaixar. A guerra contra o tráfico pode ter efeitos negativos muito maiores sobre os indivíduos do que se esses simplesmente pudessem comprar esses bens por um valor menor. Por fim o que o artigo mostra é que uma mudança permanente nos preços causada pela legalização provavelmente causará um efeito positivo substancial, principalmente entre os pobres e pessoas mais jovens.
Compartilhar