Buscar

SEMI_Familia_e_Sociedade_08

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Família e Sociedade
Autor: Cláudia Regina Benedetti
Tema 08
Os Papéis Sociais na Família: o Lugar 
da Mulher como Figura Estruturante
seç
ões
Como citar este material:
BENEDETTI, Cláudia Regina. Família e 
Sociedade: Os Papéis Sociais na Família: o 
Lugar da Mulher como Figura Estruturante. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
Tema 08
Os Papéis Sociais na Família: 
o Lugar da Mulher como Figura Estruturante
SeçõesSeções
Tema 08
Os Papéis Sociais na Família: 
o Lugar da Mulher como Figura Estruturante 
5
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• A Mãe: papel social da mulher.
• A Mãe como figura feminina na família.
• A condição de gênero e as imposições sociais.
• As transformações o papel de mãe e mulher na família contemporânea.
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Política Social, Família e 
Juventude, dos autores Mione Apolinário Sales, Maurílio Castro de Matos e Maria Cristina 
Leal, editora Cortez, 2010, Livro-Texto n. 267.
Roteiro de Estudo:
Cláudia Regina BenedettiFamília e Sociedade 
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Os Papéis Sociais na Família: o Lugar da Mulher como 
Figura Estruturante 
Falar em papéis sociais na Família implica, como já se observou, designar aos seus 
membros determinados papéis, previamente marcados e historicamente elaborados. Por 
isso é muito difícil fugir de algumas referências consolidadas e, em alguns casos, do puro 
estereótipo.
Quando se pensa na mãe isso é mais perigoso ainda! Não há criatura no mundo mais 
carregada de estereótipos e de chavões que a definam... “ser mãe é padecer no paraíso”; 
“mãe só tem uma”; “rainha do lar” entre outros. Quantas vezes já não se ouviu ou verbalizou 
tais expressões?
O importante é saber que essas imagens do que é ser mãe são resultado de séculos. 
Que “ser mãe” é algo socialmente definido e esperado das mulheres e que sua relação na 
Família tem como base a expectativa sobre como isso deve ocorrer: o que é aceitável para 
uma mãe.
Da mesma forma, os filhos possuem funções pré-definidas no interior da estrutura familiar, 
essas funções têm relação direta com a expectativa dos pais e com a idade e as fases de 
desenvolvimento.
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Qual é o papel de mãe, historicamente construído?
• Como a mãe é vista na família contemporânea?
• O que é ser mãe e mulher na família contemporânea?
• Quais as transformações do papel de mãe na família atual?
LEITURAOBRIGATÓRIA
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Pensar em papéis sociais é pensar em como se consolidam e os conflitos que surgem desta 
luta no interior da Família. Para o Assistente Social, é de suma importância compreender 
que nem sempre os “tipos ideais” são plausíveis na realidade concreta, que a perspectiva 
do que foge à regra é muito mais comum do que se imagina.
Não há como falar em Mãe e não ligar este papel ao feminino, ou melhor, à feminilidade que 
lhe cabe. Talvez porque sua definição já parta da prerrogativa da maternidade, mais do que 
Esposa, a mulher em uma Família é definida por sua relação com os filhos, ninguém além 
dela pode gerar, gestar e parir. Sendo assim, a questão de gênero está diretamente ligada 
à definição deste papel social: Mãe e Mulher, sob a perspectiva das relações familiares são 
indissociáveis.
O senso comum, ajudado no século XX pela mídia, construiu e consolidou o estereótipo 
da mulher como o sexo frágil, o ente familiar que precisa da proteção masculina. Primeiro 
quem garante esta proteção é o pai – senhor da casa – posteriormente tal legado cabe ao 
marido – o senhor da casa. À mulher cabe a obediência e o subjugo de suas determinações, 
assim como o cumprimento das obrigações que lhes pertencem “naturalmente”.
Tais concepções formam um escopo de dizeres e práticas sobre o papel da mulher na 
Família que ganham grande complexidade quando observados mais profundamente. Vê-se 
que 
Elas também dispõem de possibilidades de ação não desprezíveis, tanto 
mais que a esfera privada e os papéis femininos conhecem uma constante 
revalorização no século XIX, aos olhos de uma sociedade interessada no 
utilitarismo, preocupada com os filhos e atormentada por suas próprias 
contradições (PERROT, 1991).
A modernidade e as urgências materiais trazem à tona uma mulher, uma mãe de família 
bem diferente daquela impressa nos romances Românticos dos séculos XVIII e XIX. A mãe/
mulher – pelo menos a proletária e a pequena burguesa – é também força de trabalho, 
em relação ao homem deve ser igualmente produtiva na sociedade industrial. Porém, ao 
mesmo tempo têm de garantir a manutenção do lar, a criação dos filhos e os cuidados 
com o marido... Sim! Está-se falando da mulher europeia do século XIX e não da mulher 
brasileira do século XX! Percebe-se dessa forma como o processo de industrialização e 
a necessidade produtiva alteram as relações familiares e os papéis sociais da mulher na 
Família.
Mesmo nas casas onde as mulheres têm um ganho financeiro maior do que 
os maridos, ou mesmo naquelas onde os maridos estão desempregados, elas 
realizam uma quantidade muito maior de atividades no trabalho doméstico 
que eles. Ademais, homens e mulheres ainda desempenham distintas tarefas 
domésticas como se tais atividades fossem próprias de cada um deles. Assim, 
as mulheres seguem realizando tarefas como cozinhar, lavar e passar enquanto 
os homens desempenham tarefas como carpintaria e pequenos consertos 
(WAGNER e COLS., 2005) 
8
Mais do que isso, a grande contradição que se vive hoje: mãe/mulher/trabalhadora/
esposa; não é algo recente e nem menos contraditório do que há quase dois séculos atrás. 
A industrialização “acrescentou” ao papel da mulher na família, a condição de também 
“sustentar” o lar, de dividir com o marido as obrigações do trabalho “fora” de casa. No 
entanto, nesse ínterim, o homem não “dividiu” nenhuma outra função familiar, a não ser 
timidamente. 
Ainda que a mulher tenha rendimentos maiores que o homem, estes ainda são considerados 
no discurso familiar como um complemento ao orçamento. 
Por outro lado, as tarefas domésticas desempenhadas pelos maridos são percebidas como 
uma “ajuda”, expressando a isenção deste da responsabilidade no desempenho de tais 
atividades (2005).
Grande parte das funções antes exclusivas das mulheres foi delegada ao Estado: creches, 
escolas, assistência social, saúde entre outros papéis que antes pertenciam quase que 
exclusivamente à mulher/mãe são divididos com o Estado, este último provém o bem-
estar das novas gerações para que as famílias do presente possam produzir e as proles 
futuras mantenham-se saudáveis física e psiquicamente, garantindo a reposição da força 
de trabalho.
Os direitos trabalhistas são mais do que conquistas... a licença maternidade permite à mãe 
a dedicação exclusiva ao filho sem que lhe falte os rendimentos, é também a garantia de 
que os todos os cuidados iniciais serão dispensados àqueles que dentro em breve farão 
parte da população economicamente ativa! Em países europeus como França, Suécia, 
Holanda, dentre outros, a licença maternidade pode chegar a 18 meses consecutivos, visto 
que alguns Estados Nacionais colocaram a conta na posta do lápis e viram que é menos 
dispendioso fornecer à mãe uma licença prolongada do que ter que construir e manter 
creches para que elas possam voltar ao trabalho. O Estado de Bem-Estar Social pode ser 
custoso em curto prazo, mas em longo prazo permite a consolidação de uma mão de obra 
altamente qualificada e emocionalmente equilibrada.
No Brasil, algumas conquistas trabalhistas vêm ao encontro de tais perspectivas, a ampliação 
facultativa da licença maternidade, a garantia da amamentação de duas em duas horas, aobrigatoriedade dos municípios em assistir à população com a oferta do ensino infantil de 0 
a 5 anos. Todos esses benefícios garantidos pelo Estado permitem à mãe trabalhar também 
“fora” de casa, suprir as necessidades da prole e continuar a desempenhar seus papéis.
Percebe-se a relação industrialização e complexidade dos papéis da mulher, observando 
os dados do Censo 2000 no Brasil. Verificou-se que nas unidades da Federação mais 
industrializadas, o percentual de mulheres que são responsáveis pelo sustento do lar é 
maior (Figura 8.1).
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
Figura 8.1: Proporção de domicílios unipessoais com responsáveis mulheres, segundo as Unidades da 
Federação – 2000.
O século XIX e a industrialização criaram uma nova mulher. Para as burguesas: “agora, 
administram a casa, o grande número de empregados e a família igualmente numerosa” 
(PERROT, 1991). Já a mãe proletária: precisa multiplicar suas funções para dar conta dos 
inúmeros trabalhos que lhe competem. Na grande cidade, prover o lar não é papel exclusivo 
do homem, é preciso dividi-lo com a mulher e, em alguns casos (no Brasil a média é de 
17%) é ela, a mulher/mãe, a “chefe” da família – já que esta expressão está intrinsecamente 
ligada à questão econômica.
 A Figura 8.2 mostra que no Brasil essa situação ocorre em dois casos distintos. 
 
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
Figura 8.2: Distribuição percentual dos responsáveis pelos domicílios, por sexo, segundo as classes de 
anos de estudo – 2000.
No primeiro caso, em que as mulheres superam os homens em responsabilidade pelo 
domicílio, há uma mulher analfabeta, sem instrução escolar, essa realidade cria a mãe/
esposa abandonada, a mãe solteira e a mãe adolescente, geralmente pobre e sem acesso 
aos benefícios da sociedade industrial. No segundo caso, vê-se outro tipo de mãe, que 
estudou mais que homem, que possui independência intelectual, emocional e, principalmente, 
financeira. 
 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
A Tabela 8.1 indica as transformações que ocorreram no Brasil em apenas uma década:
Os domicílios sustentados por mulheres cresceram cerca de 37% em dez anos, percebe-se 
também um significativo crescimento (27,3%) nos anos de estudos destas mulheres, o que 
acompanha o aumento da renda (78%), consequentemente, viu-se a diminuição do número 
de crianças em domicílios com responsáveis femininos com rendimento de até dois salários 
mínimos (- 20%) e a diminuição da proporção de responsáveis femininos com até três anos 
de estudo (- 24%), o que indica que uma renda maior e mais anos de estudo, fornece à 
mulher um controle maior sobre a natalidade, sobre seu corpo e sua vida.
 Como você leu nos capítulos da parte I de seu Livro-Texto, a família sofreu mudanças 
estruturais, principalmente em seu papel para as políticas sociais, a assistência à família 
tem como princípio o respeito às diferenças e particularidades de cada contexto, tal como 
a perspectiva dos impactos gerados pelas transformações econômicas e sociais no Brasil 
das últimas décadas.
 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo:
NEGREIROS, Teresa Creusa de Góes Monteiro; FERES-CARNEIRO, Terezinha. Masculino 
e feminino na família contemporânea. Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, jun. 
2004 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
42812004000100004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Leia também o artigo: 
NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia Helena. Famílias e patriarcado: da prescrição 
normativa à subversão criativa. Psicol. Soc., Porto Alegre, v. 18, n. 1, Apr. 2006. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822006000100007&lng=
en&nrm=iso>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Leia o artigo: SCAVONE, Lucila.Maternidade: transformações na família e nas relações 
de gênero. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/icse/v5n8/04.pdf>. Acesso em: 02 jan. 
2014.
Vídeos
Veja o filme: Tudo Sobre Minha Mãe, de Pedro Almodóvar. Trechos disponíveis em: <http://
www.youtube.com/watch?v=dWzIhiza8ok>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Uma emocionante e polêmica película sobre as relações modernas de parentesco e 
constituição familiar.
LINKSIMPORTANTES
13
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
A figura da mãe possui um peso simbóli-
co muito importante para a constituição da 
identidade familiar. Explique a construção 
da imagem feminina na família tradicional 
burguesa, cujo modelo, bem ou mal, serve 
como parâmetro de referência na socieda-
de ocidental.
Questão 2:
No âmbito das relações de gênero, as 
transformações da família e do trabalho fe-
minino, que permeiam todos os estratos e 
segmentos sociais, constituem tendência 
mundial. Acerca desse assunto, julgue os 
itens subsequentes. 
a) Essas transformações representam 
o fortalecimento das características 
hierárquicas da sociedade e o surgimento 
de formas mais verticais e assimétricas 
de interação. 
b) Essa situação demonstra claramente 
a existência de uma crise na instituição 
familiar, e não a expressão de um 
processo de democratização ou de direito 
a ter direitos. 
c) O aumento dos índices de divórcio e 
as novas normas jurídicas que regulam a 
constituição dos laços conjugais revelam 
a prevalência do afeto como dimensão 
que orienta tanto as escolhas como a 
dissolução dos laços conjugais.
AGORAÉASUAVEZ
14
d) A inexistência de uma contrapartida 
social e pública que atenda às 
necessidades de homens e mulheres que 
trabalham fora não interfere nos cuidados 
em relação a crianças, enfermos e idosos.
e) Tal situação demonstra a existência 
de uma crise na instituição familiar 
e a expressão de um processo de 
democratização ou de direito a ter 
direitos, sendo que reconhecidamente a 
mulher deve manter-se prioritariamente 
nos cuidados com a família, delegando 
ao homem as funções de provedor.
Questão 3:
Sobre o papel da mulher na família tradi-
cional:
I. “Ser mãe” é algo socialmente definido e 
esperado das mulheres e que sua re-
lação na Família tem como base a ex-
pectativa sobre como isso deve ocor-
rer: o que é aceitável para uma mãe.
II. O senso comum, ajudado no século XX 
pela mídia, construiu e consolidou o es-
tereótipo da mulher como o sexo frágil, 
o ente familiar que precisa da proteção 
masculina. 
III. À mulher cabe a obediência e o subjugo 
de suas determinações, assim como o 
cumprimento das obrigações que lhes 
pertencem “naturalmente”.
IV. A mulher é essencialmente mãe, na 
perspectiva familiar, sua individualida-
de fica subjugada ao seu papel social, 
até em momentos de intimidade.
Estão corretas somente:
a) II.
b) III e IV.
c) I, III e IV.
d) I, II, III e IV.
e) III.
Questão 4:
O século XIX e a industrialização criaram 
uma nova mulher. Que nova mulher é essa? 
a) É a mulher que administram a casa e 
divide o papel de provedora.
b) É a mulher submissa que não trabalha 
fora de casa.
c) É a mulher e mãe que se dedica 
integralmente a cuidar dos filhos.
d) É a mulher moderna que depende 
financeiramente do marido.
e) É a mulher que trabalha fora e não tem 
mais nenhuma tarefa domética.
AGORAÉASUAVEZ
15
Questão 5:
Sobre a participação econômica da mulher 
na família contemporânea, no Brasil, pode-
se dizer:
a) Não houve alteração em seu papel, ela 
continua sendo responsável pelo sustento 
demais de 60% dos lares.
b) Não houve alteração, a mulher não 
contribui para o sustento econômico da 
família.
c) Houve uma pequena alteração, a 
mulher chefia 5% das famílias no Brasil.
d) A relação econômica entre homens e 
mulheres é igualmente dividida.
e) Houve uma alteração significativa, 
a mulher é a principal responsável pelo 
sustento de 25% dos lares.
Questão 6:
Analise a Figura 8.2 deste tema. É possível 
dizer que há diferenças segundo formação 
cultural e social? Explique sua resposta.
Questão 7:
Explique como a industrialização alterou o 
papel da mulher nas relações familiares. 
Questão 8:
Cite e explique algumas consequências da 
inserção da mulher na vida produtiva da fa-
mília, ou seja, o que aconteceu com a saí-
da da mulher para o mercado de trabalho? 
Mudou alguma coisa?
Questão 9:
Qual a relação entre o Estado e os novos 
papéis da mulher na família? Explique.
Questão 10:
Explique a transformação econômica e so-
cial da mulher no Brasil. Qual o impacto que 
essa configuração gera sobre a família?
 
AGORAÉASUAVEZ
16
Como ser mulher, mãe e esposa na sociedade contemporânea?
Romper com a associação do feminino com o doméstico não é tarefa fácil, pois implica em 
se desmontar pressupostos morais, crenças e valores estabelecidos sobre as diferenças 
entre homens e mulheres. Implica em se questionar representações de gênero tradicionais 
que contribuem para criar um meio discursivo em que diferenças socialmente construídas 
são vistas como inevitáveis e naturais (apud. BRUMER, 2009).
Obviamente tais pressupostos não são fáceis de resolver, mas o debate é válido, 
principalmente para um estudante de Serviço Social que manterá contato com diversos 
conflitos resultantes das contradições inerentes ao processo visto neste capítulo.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. tradução Plínio 
Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Do poder familiar. Disponível em:http://www.http// jus2.uol.com.br/
doutrina/texto.asp?id=8371
BRUMER; Anita. “Gênero, família e globalização”. In: Sociologias, Porto Alegre, ano 11, n. 
21, jan./jun. 2009, p. 14-23.
REFERÊNCIAS
17
LENHARD, Rudolf. Sociologia Educacional. São Paulo: Pioneira, 1985.
PERROT, Michele. Os Atores. In: História da vida Privada: da Revolução Francesa à Primei-
ra Guerra. v. 4; São Paulo: Cia das Letras, 1991.
WAGNER, A. e COLS. Compartilhar Tarefas? Papéis e Funções de Pai e Mãe na Família 
Contemporânea. In: Psicologia: Teoria e Pesquisa. maio-ago 2005, v. 21, n. 2, p. 181-186.
Estereótipo: formado de ideias preconcebidas e alimentado pela falta de conhecimento 
real sobre o assunto em questão.
Plausíveis: que se pode admitir, aceitar; razoáveis.
Ínterim: durante aquele tempo, entretanto, no mesmo tempo.
Proles: conjunto dos filhos e filhas de um indivíduo ou de um casal.
Facultativa: que dá ou deixa a faculdade de fazer ou não alguma coisa; que não é obriga-
tório.
GLOSSÁRIO
REFERÊNCIAS
18
Questão 1
Resposta: A figura feminina na família traz consigo estigmas historicamente construído, 
como o de “ser mãe”. Trata-se algo esperado das mulheres e sua relação na Família tem 
como base a expectativa sobre como isso deve ocorrer. O senso comum consolidou o 
estereótipo da mulher como o sexo frágil, o ente familiar que precisa da proteção masculina. 
À mulher cabe a obediência e o subjugo de suas determinações, assim como o cumprimento 
das obrigações que lhes pertencem “naturalmente”. Tais concepções formam um escopo de 
dizeres e práticas sobre o papel da mulher na Família que ganham grande complexidade 
quando observados mais profundamente. Um exemplo de suas consequências é a violência 
contra a mulher, via de regra, alicerçada na concepção do homem como senhor e da mulher 
como devedora de obediência. 
Questão 2
Resposta: Alternativa D
O casamento contemporâneo passa necessariamente pelas relações de afeto, as escolhas 
não se realizam (como no século XIX, por exemplo) exclusivamente pelas relações materiais, 
a autonomia financeira da mulher permitiu também uma maior autonomia em suas escolhas 
amorosas e afetivas.
Questão 3
Resposta: Alternativa D
À mulher coube (e ainda cabe) os estereótipos de rainha do lar e mãe, sob essa perspectiva 
é impossível pensar que uma mulher não queira ser mãe e assumir para si a responsabilidade 
de cuidar, de suprir sua individualidade em nome da família.
GABARITO
19
Questão 4
Resposta: Alternativa A
A mulher que surge a partir do século XIX, divide com o marido a responsabilidade de prover 
o lar, no século XX, nos países mais industrializados, uma parcela significativa das mulheres 
transforma-se em principal fonte de renda da família. No entanto, apesar da independência 
econômica, a mulher ainda é responsável pelas jornadas de trabalho doméstico, onerando 
suas responsabilidades: a chamada dupla jornada. 
Questão 5
Resposta: Alternativa E
Segundo dados do IBGE, a mulher chefia atualmente cerca de 25% dos lares brasileiros, 
sendo a principal responsável pelo sustento de suas famílias. Esta é considerada uma 
alteração significativa, mostra que a mulher ganha cada vez mais espaço na estrutura 
familiar.
Questão 6
Resposta: No primeiro caso, em que as mulheres superam os homens em responsabilidade 
pelo domicílio, tem-se uma mulher analfabeta, sem instrução escolar, esta realidade cria a 
mãe/esposa abandonada, a mãe solteira e a mãe adolescente, geralmente pobre e sem 
acesso aos benefícios da sociedade industrial. No segundo caso, vê-se outro tipo de 
mãe, que estudou mais que homem, que possui independência intelectual, emocional e, 
principalmente, financeira.
Os domicílios sustentados por mulheres cresceu cerca de 37% em dez anos, percebe-se 
também um significativo crescimento (27,3%) nos anos de estudos destas mulheres, o que 
acompanha o aumento da renda (78%), consequentemente, viu-se a diminuição do número 
de crianças em domicílios com responsáveis femininos com rendimento de até dois salários 
mínimos (- 20%) e a diminuição da proporção de responsáveis femininos com até três anos 
de estudo (- 24%), o que indica que uma renda maior e mais anos de estudo, fornece à 
mulher um controle maior sobre a natalidade, sobre seu corpo e sua vida.
GABARITO
20
GABARITO
Questão 7
Resposta: O século XIX, com o processo de urbanização e industrialização que obrigou os 
indivíduos a saírem de suas terras e buscar seu sustento nas cidades e, consequentemente, 
fora do espaço familiar, trouxe com ele urgências materiais e a necessidade de uma mulher, 
uma mãe de família bem diferente daquela que se lê nos romances Românticos. A mãe/
mulher proletária e a pequena burguesa é também força de trabalho, em relação ao homem 
deve ser igualmente produtiva na sociedade industrial, sendo assim, ela deve sair de casa e, 
junto com o marido, buscar os recursos econômicos que garantam a sobrevivência familiar. 
Essa necessidade levou a mulher para outros espaços, antes exclusivos dos homens, como 
consequência, a mulher ganha também novos papéis de participação política e econômica 
na sociedade como um todo.
Questão 8
Resposta: Apesar de a mulher também sustentar o lar, muitas vezes em pé de igualdade 
financeira em relação ao homem, o homem não “dividiu” nenhuma outra função familiar, a 
não ser timidamente. Mesmo tendo rendimentos maiores em 25% das famílias, estes 
ainda são considerados no discurso familiar como um complemento ao orçamento, e as 
tarefas domésticas continuam sob responsabilidade feminina. No entanto, é inegável a 
autonomia da mulher, um dos motivos atribuídos ao aumento dos divórciosé justamente 
o fato de a mulher não depender mais financeiramente do homem, poder desvencilhar-se 
dele com mais facilidade, fato que se comprova nos pedidos de separação/divórcio, já que 
a maioria é solicitada pelas esposas e não pelos maridos.
Questão 9
Resposta: As funções antes exclusivas das mulheres foram delegadas ao Estado: creches, 
escolas, assistência social, saúde e outros papéis que antes pertenciam quase que 
exclusivamente à mulher/mãe são divididos. Passa a ser do Estado a responsabilidade de 
prover o bem-estar das novas gerações para que as famílias do presente possam produzir 
e as proles futuras mantenham-se saudáveis física e psiquicamente, garantindo a reposição 
da força de trabalho. Nesse sentido, os direitos trabalhistas são mais do que conquistas, 
do ponto de vista social e da garantia da estrutura familiar, pois a licença maternidade 
permite à mãe a dedicação exclusiva ao filho sem que lhe falte os rendimentos, é também 
a garantia de que os todos os cuidados iniciais serão dispensados àqueles que dentro 
em breve farão parte da população economicamente ativa. O Estado de Bem-Estar Social 
21
pode ser custoso em curto prazo, mas em longo prazo permite a consolidação de uma 
mão de obra altamente qualificada e emocionalmente equilibrada. No Brasil, a ampliação 
facultativa da licença maternidade, a garantia da amamentação de duas em duas horas, a 
obrigatoriedade dos municípios em assistir à população com a oferta do ensino infantil de 0 
a 5 anos, permitem à mãe trabalhar também “fora” de casa, suprir as necessidades da prole 
e continuar a desempenhar seus papéis.
Questão 10
Resposta: Houve nas últimas décadas um crescimento dos lares sustentados por mulheres, 
assim como um aumento no grau de escolaridade das mesmas, hoje há mais mulheres do 
que homens com ensino superior no Brasil, esse aumento dos anos de estudo promove 
como consequência um aumento nos ganhos, esses fatos geram uma mulher/mãe mais 
autônoma e com domínio sobre seu corpo e suas escolhas, capaz de definir sua vida familiar. 
Outra consequência é a diminuição da natalidade, as famílias cujas mães trabalham fora 
possuem um número bem menor de filhos, transformando em certa medida a estrutura 
familiar, há países europeus em que, a quantidade de famílias com um só filho está fazendo 
desaparecer as figuras de irmãos, tios e primos. 
GABARITO

Outros materiais