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LEGISLAÇÃO - LEI MUNICIPAL 065.2007

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29/08/12 www.LEISMUNICIPAIS.com.br - Informação legal em tempo real
1/48www.leismunicipais.com.br/cgi-local/forpgs/form_vig.pl
LEI COMPLEMENTAR Nº 65/2007
DISPÕE SOBRE A AVALIAÇÃO, REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO DIRETOR DE ORGANIZAÇÃO
FÍSICO-TERRITORIAL DE JARAGUÁ DO SUL (SC) E SUA ADEQUAÇÃO AO ESTATUTO DA CIDADE E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O PREFEITO MUNICIPAL DE JARAGUÁ DO SUL, no uso de suas atribuições e nos termos do
inciso XXXI, do artigo 71, da Lei Orgânica do Município, FAZ SABER a todos os
habitantes deste Município que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte
Lei Complementar:
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS, DOS OBJETIVOS GERAIS E DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS GERAIS
Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre a avaliação, revisão e atualização do
PDO - Plano Diretor de Organização Físico-territorial de Jaraguá do Sul e sua
adequação à Lei Federal 10.251/01, de 10/07/01 (Estatuto da Cidade), e visa propiciar
melhores condições para o desenvolvimento integrado e harmônico e o bem-estar social
da comunidade de Jaraguá do Sul, atendendo as aspirações da população e direcionando
as ações do Poder Público e da iniciativa privada.
§ 1º O PDO é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana
do Município e é parte do processo de planejamento municipal, devendo o Plano
Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual incorporar as diretrizes
e prioridades nele contidas, na forma do § 1º, art. 40 do Estatuto da Cidade.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no PDO, assegurando o atendimento das
necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao
desenvolvimento das atividades econômicas e os seguintes requisitos:
I - compatibilidade do uso da propriedade com a infra-estrutura urbana, equipamentos
comunitários e urbanos e serviços públicos disponíveis e com a preservação da
qualidade do ambiente natural e cultural;
II - distribuição de usos e intensidades de ocupação do solo de forma equilibrada em
relação à infra-estrutura urbana disponível, aos transportes e ao meio ambiente, de
modo a evitar ociosidade ou sobrecarga dos investimentos coletivos.
Art. 2º Sem prejuízo da autonomia municipal, o planejamento físico-territorial
municipal procurará articular-se com os planos nacionais, estaduais e regionais de
ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social.
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Art. 3º O PDO é complementado pelo seguinte ordenamento legal ordinário decorrente,
afim e correlato:
I - delimitação do perímetro urbano, áreas de expansão urbana e núcleos urbanos
isolados;
II - delimitação e denominação de bairros e localidades rurais;
III - obras e edificações;
IV - mobilidade e acessibilidade;
V - parcelamento do solo;
VI - zoneamento de uso e ocupação do solo.
Parágrafo Único - A regulação das matérias relacionadas será objeto de legislação
específica, observado o disposto nesta Lei.
Art. 4º O processo de planejamento urbano municipal dar-se-á de forma integrada,
contínua e permanente, em conformidade com as diretrizes estabelecidas nesta Lei, sob
coordenação e monitoramento dos órgãos integrantes do Sistema de Acompanhamento e
Controle Social, nos termos do art. 98, devendo promover:
I - a revisão e adequação do PDO e do ordenamento urbanístico à dinâmica do
desenvolvimento sustentável e das novas tecnologias, sempre que necessário;
II - o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade e da cidade e
garantia do bem-estar de seus habitantes;
III - a articulação do plano de ação da Administração Municipal com a legislação
orçamentária;
IV - a atualização e disseminação dos dados e informações pertinentes de interesse
local;
V - a participação popular.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Art. 5º A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
Municipal, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana e garantir o bem-estar de seus habitante, mediante as
seguintes diretrizes gerais:
I - garantia do direito à cidade sustentável, entendido como o direito à terra
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e
aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
II - gestão democrática por meio da participação da população e das associações
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
III - cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da
sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV - planejamento do desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial da população
e das atividades econômicas do Município, de modo a evitar e corrigir as distorções
do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V - oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;
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VI - ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação
à infra-estrutura urbana;
d) da instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos
geradores de tráfego, sem a previsão da infra-estrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não
utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
VII - integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em
vista o desenvolvimento sócio-econômico do Município;
VIII - compatibilização da expansão urbana com os limites da sustentabilidade
ambiental, social e econômica do Município;
IX - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
X - adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos
gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os
investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes
segmentos sociais;
XI - recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha resultado a
valorização de imóveis urbanos;
XII - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do
patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
XIII - audiência do Poder Público Municipal e da população interessada nos processos
de implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos
sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população;
XIV - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa
renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação
do solo e edificação, consideradas a situação sócio-econômica da população e as
normas ambientais;
XV - simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas
edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta de lotes
e unidades habitacionais;
XVI - isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de
empreendimentos e atividades relativos ao processosde urbanização, atendido o
interesse social.
Art. 6º São diretrizes complementares da política de desenvolvimento urbano,
especificamente para Jaraguá do Sul:
I - consolidar o Município como pólo microrregional de desenvolvimento sustentável
nos setores econômicos secundário e terciário e de competividade em inovação
tecnológica, sede de atividades produtivas e geradoras de emprego e renda;
II - aumentar a eficiência econômica da cidade, de forma a ampliar os benefícios
sociais e reduzir os custos operacionais para os setores público e privado, por meio
do aperfeiçoamento técnico-administrativo do setor público;
III - promover o desenvolvimento sustentável, a justa distribuição das riquezas e a
eqüidade social no Município;
IV - elevar a qualidade de vida do cidadão, promovendo a inclusão social e reduzindo
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as desigualdades que atingem diferentes camadas da população e áreas do Município,
particularmente no que se refere à saúde, educação, cultura, condições habitacionais,
à oferta de infra-estrutura urbana e serviços públicos e à geração de oportunidades
de acesso ao trabalho e à renda;
V - levar a qualidade do ambiente urbano, por meio da preservação dos recursos
naturais e da proteção do patrimônio histórico, artístico, cultural, urbanístico,
arqueológico e paisagístico;
VI - propiciar padrões adequados de qualidade do ar, da água, do solo, de uso dos
espaços abertos e verdes, de circulação e habitação em áreas livres de resíduos, de
poluição visual e sonora;
VII - racionalizar a distribuição espacial da população, atividades econômicas,
equipamentos e serviços públicos no território do Município, conforme as diretrizes
de crescimento, vocação, infra-estrutura, recursos naturais e culturais;
VIII - otimizar o uso da infra-estrutura instalada, em particular a do sistema viário
e a de transportes;
IX - democratizar o acesso à terra e à habitação, estimulando os mercados acessíveis
às faixas de menor renda;
X - evitar o uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade;
XI - promover a integração e a cooperação mútua com os governos federal e estadual e
com as instâncias metropolitana e microrregional, no processo de planejamento e
gestão das funções públicas de interesse comum;
XII - incentivar a participação da iniciativa privada e demais setores da sociedade
em ações relativas ao processo de urbanização, mediante o uso de instrumentos
urbanísticos diversificados, quando for de interesse público e compatíveis com as
funções sociais da cidade;
XIII - descentralizar a gestão e o planejamento públicos, mediante a consolidação das
administrações regionais e níveis de participação local;
XIV - priorizar o bem-estar coletivo em relação ao individual.
Art. 7º Para assegurar a execução de sua política de desenvolvimento urbano o
Município utilizará, dentre outros instrumentos, os de planejamento municipal, em
especial os previstos no inciso III; os institutos tributários e financeiros
previstos no inciso IV; os institutos jurídicos e políticos previstos no inciso V e
os estudos prévios de impacto ambiental e de vizinhança, previstos no inciso VI, art.
4º do Estatuto da Cidade.
Parágrafo Único - Os meios referidos neste artigo que demandam dispêndio de recursos
por parte do Poder Público devem ser objeto de controle social, garantida a
participação da comunidade, movimentos e entidades da sociedade civil.
TÍTULO II
DAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 8º Entende-se por desenvolvimento sustentável o crescimento local socialmente
justo, ambientalmente equilibrado e economicamente viável, visando garantir a
qualidade de vida e as necessidades da geração atual, sem comprometer a possibilidade
da geração futura satisfazer as suas.
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Art. 9º As estratégias propostas pelo PDO para o desenvolvimento urbano sustentável
de Jaraguá do Sul são:
I - Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural;
II - Estratégia para Melhoria da Mobilidade e da Acessibilidade;
III - Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo;
IV - Estratégia para Promoção da Habitação de Interesse Social;
V - Estratégia para Gestão Democrática e Participativa.
Art. 10 As propostas, sintetizadas e sistematizadas segundo as estratégias
expostas, tem por base o cruzamento das leituras comunitária e técnica da cidade e a
realização de audiências, debates e consultas públicas envolvendo os cidadãos,
movimentos populares, entidades civis, instituições governamentais, organizações não-
governamentais e organizações da sociedade civil de interesse público, consolidando a
gestão da política urbana local de forma democrática, ao incorporar a participação
dos diferentes segmentos da sociedade na sua formulação, execução e acompanhamento.
CAPÍTULO II
DA ESTRATÉGIA PARA VALORIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE NATURAL E CULTURAL
SEÇÃO I
DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS
Art. 11 Entende-se como meio ambiente natural o conjunto de condições, leis,
influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e
rege a vida em todas as suas formas.
Art. 12 Entende-se como meio ambiente cultural os bens de natureza material,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação
e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade jaraguaense, nos quais se
incluem:
I - as obras, monumentos, edificações e demais bens e espaços destinados às
manifestações artístico-culturais, científicas e tecnológicas;
II - os conjuntos urbanos e sítios de valor arqueológico, arquitetônico, artístico,
científico, ecológico, histórico, paleontológico e paisagístico.
Art. 13 A Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural tem como
objetivo geral associar a tutela e a conservação do patrimônio ambiental do Município
de Jaraguá do Sul à criação de oportunidades de trabalho e renda para seus
habitantes, através do desenvolvimento sustentável das atividades econômicas.
§ 1º São objetivos específicos da estratégia referida neste artigo:
I - o uso sustentável das potencialidades da área rural, considerada a limitada
aptidão do solo para culturas e uso agrícola;
II - a proteção das áreas representativas dos ecossistemas municipais com atributos
ambientais excepcionais, particularmente a rede hídrica e as encostas com sua
cobertura vegetal, bem como as áreas ambientalmente frágeis e alagáveis;
III - a preservação das águas correntes e dormentes do Município, evitando a sua
poluição e o seu assoreamento, possibilitando-se o desenvolvimento de atividades
econômicas dependentes da sua potabilidade;
IV - o aproveitamento sustentável dos recursos naturais com a geração de trabalho e
renda;
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V - a adequação do saneamento ambiental com:
a) a universalização da prestação dos serviços de abastecimento de água, esgoto
sanitário e resíduos sólidos;
b) o monitoramento dos sistemas de captação de água;
c) a adoção de soluções para o esgoto sanitário e para o manejo das águas pluviais
que minimizem os impactos ambientais nas áreas urbanas e rurais;
VI - a valorização do patrimônio cultural e natural, em especial dos bens
arquitetônicos, ecológicos, históricos, paisagísticos e urbanísticos;
VII - o reconhecimento e a apropriação pelos cidadãos do valor cultural do
patrimônio;
VIII - a garantia da compatibilização do uso do patrimônio arquitetônico com as
edificações que o integram;
IX - o desenvolvimentodo potencial turístico local de forma sustentável, com base em
seu patrimônio cultural e natural;
X - o estabelecimento e a consolidação da gestão participativa do patrimônio
cultural.
SEÇÃO II
DAS DIRETRIZES
Art. 14 A Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural observará
as seguintes diretrizes:
I - gestão integrada da proteção do patrimônio ambiental e do desenvolvimento de
atividades econômicas sustentáveis;
II - atuação integrada com o Ministério Público e com os órgãos governamentais
responsáveis pela proteção do meio ambiente natural e cultural;
III - adoção de modalidades inéditas ou alternativas de preservação ambiental
adequadas às transformações tecnológicas, computados seus reflexos na vida econômica
e social do Município;
IV - prioridade na proteção de áreas com maior fragilidade ambiental e das matas
nativas;
V - orientação à população no manejo dos recursos naturais e controle das atividades
extrativistas, turísticas e agrossilvopastoris;
VI - conservação dos recursos naturais e das condições de moradia na área rural,
compreendendo melhor estrutura de gestão, implantação de corredores ecológicos,
implantação de sistema de coleta de dejetos animais, manejo e conservação do solo e
água, recomposição de mata ciliar, educação ambiental, sistema de captação,
armazenamento e distribuição de água e destinação adequada de efluentes domésticos;
VII - avaliação permanente dos sistemas de infra-estrutura urbana e de saneamento
ambiental cuja carência ou deficiência seja causa potencial de impacto urbanístico e
ambiental e de prejuízo ao desenvolvimento econômico e social;
VIII - direcionamento prioritário dos incentivos ao setor produtivo para atendimento
das necessidades locais;
IX - estímulo e apoio ao desenvolvimento e à propagação do conhecimento tecnológico
adequado à realidade local;
X - articulação com o órgão responsável pelos serviços de abastecimento de água e
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esgoto sanitário, para implementação do plano de saneamento ambiental.
SEÇÃO III
DAS PROPOSTAS
Art. 15 A Estratégia para Valorização do Meio Ambiente Natural e Cultural será
implementada mediante os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou
procedimentos:
I - criar unidades de conservação, segundo as Leis Federal 9.985/00, de 18/07/00, e
Estadual 11.986/01, de 12/11/01, para fins de preservação dos ecossistemas, recursos
hídricos e atrativos turísticos, se viável, prioritariamente nas áreas abaixo, sem
prejuízo de outras julgadas necessárias:
a) nas localidades do Manso/Grota Funda e Garibaldi/Santo Estevão;
b) no morro Jaraguá, nos parques Malwee e Tifa Martins e no CIMA - Centro
Interpretativo da Mata Atlântica (Instituto Rã-bugio para Conservação da
Biodiversidade);
c) no entorno e a montante dos pontos de captação dos mini-sistemas independentes de
abastecimento de água dos bairros Santa Luzia, Rio Molha, Águas Claras, Boa Vista e
Ilha da Figueira;
II - elaborar e editar o Código Municipal de Meio Ambiente;
III - avaliar, rever e atualizar a legislação de terraplenagem;
IV - restringir empreendimentos com emissão de efluentes líquidos potencialmente
poluidores a montante da ETA - Estação de Tratamento de Água central do SAMAE -
Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto;
V - instituir um programa de conservação e uso racional da água, que contemple o
aproveitamento da água da chuva e o reuso;
VI - reenquadrar os cursos d` água municipais em observância à Resolução CONAMA
357/05, de 17/03/05, e divulgar periódicamente a qualidade da água fornecida à
população, atendendo a Portaria MS 518/04, de 25/03/04;
VII - instituir um programa de proteção e recuperação ambiental da bacia hidrográfica
do rio Itapocu;
VIII - apoiar o CBH Itapocu - Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio
Itapocu na promoção do gerenciamento descentralizado, participativo e integrado da
referida bacia e criar e implantar o plano da bacia hidrográfica do referido
manancial, observadas as Políticas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos;
IX - criar e implantar um plano de saneamento ambiental que defina as ações e
investimentos necessários para a prestação dos serviços públicos de abastecimento de
água, esgoto sanitário e manejo de resíduos sólidos e águas pluviais, observadas as
Políticas Nacional e Estadual de Saneamento Básico;
X - elaborar um sistema de classificação de áreas verdes; estabelecer metodologia de
cálculo do índice de área verde por habitante; criar e implantar um plano de
arborização urbana, que considere solo, clima, função, espécie e espaços; e estimular
a arborização em imóveis particulares;
XI - criar e implantar um plano de preservação de fundos de vales e incluir,
prioritariamente, os rios Itapocu, Itapocuzinho, Jaraguá, do Cerro e da Luz na
paisagem urbana e na vida da cidade, sem prejuízo dos demais cursos d` água,
considerando a implantação de parques lineares, a recomposição da mata ciliar e a
urbanização e paisagismo das margens, observada a Resolução CONAMA 369/06, de
28/03/06 e demais dispositivos legais pertinentes;
XII - instituir um programa de paisagismo de praças, bens e espaços públicos,
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incluindo canteiros, refúgios e rotatórias do sistema viário; estimular o
ajardinamento em imóveis particulares e implantar praças e áreas de lazer em bairros
deficientes e nas localidades rurais;
XIII - empregar pavimentação ecológicamente correta em vias locais, calçadas, praças,
bens e espaços públicos, facilitando a drenagem pluvial e favorecendo o conforto
térmico;
XIV - instalar estações de avaliação e monitorar os padrões de qualidade do ar;
XV - exigir barreiras vegetais:
a) a sotavento de empreendimentos geradores de efluentes gasosos, bem como sistemas
de neutralização de odores;
b) a barlavento de empreendimentos habitacionais, nas confrontações com indústrias
pré-instaladas;
XVI - promover a pavimentação das rotas de colonização alemã, italiana e húngara,
integrantes do roteiro turístico do Governo do Estado de SC intitulado "Caminho dos
Príncipes";
XVII - definir, divulgar e implantar uma política de preservação e restauro do
patrimônio arquitetônico e histórico, avaliando, revisando e atualizando a Lei
Municipal 1.854/94, de 29/06/94;
XVIII - ampliar a rede de esgoto sanitário e estudar o emprego de tecnologias
alternativas para o tratamento de efluentes domésticos, implantar as ETEs - Estações
de Tratamento de Esgoto de Nereu Ramos e Santa Luzia e equacionar a disposição final
de dejetos suínos na área rural, esta em conjunto com o órgão estadual competente;
XIX - atualizar o plano de drenagem pluvial e implantar lagoas reguladoras de vazão
nas áreas alagáveis, prioritariamente nos bairros João Pessoa e Vieira, sem prejuízo
das demais;
XX - criar e implantar um plano de defesa civil, incluindo adequação da estrutura
organizacional, telemetria, sistema de informação, educação ambiental, gestão
integrada, etc., e um plano municipal de redução de riscos;
XXI - elaborar o mapeamento geotécnico do Município;
XXII - implementar a legislação que disciplina a mídia exposta e a poluição visual, e
adotar medidas para a melhoria e destaque arquitetônico das fachadas;
XXIII - instituir um programa de controle da poluição sonora;
XXIV - executar o projeto de reabilitação do Centro Histórico;
XXV - limitar o gabarito de altura de edificações:
a) no entorno do centro histórico, para fins de valorização e visualização do
patrimônio cultural;
b) no entorno da pista de pouso do vôo livre, no bairro Ilha da Figueira, para fins
devalorização do potencial turístico local;
c) nas bases de morros e elevações circundantes do sítio urbano, para fins de
preservação da vegetação das encostas e valorização e visualização da paisagem
natural;
XXVI - manter atualizado e disponibilizar ao público o mapeamento e o relatório das
áreas de risco de escorregamentos, enchentes e inundações e capacitar a Defesa Civil
para o gerenciamento dessas áreas;
XXVII - intensificar a fiscalização da ocupação de APPs - Áreas de Preservação
Permanente, encostas e outras ambientalmente frágeis, prioritariamente nos morros do
Carvão, Gottlieb Stein (AABB), Vieira, Jaraguá, Funil, Chico de Paulo, Tifa Monos,
Tifa Martins e Vila Lenzi, bem como no Pico da Malwee, e adotar medidas para a sua
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proteção, sem prejuízo dos demais;
XXVIII - organizar um sistema de manutenção urbana;
XXIX - adotar taxa de permeabilidade do solo;
XXX - resgatar e implementar a Agenda 21 local;
XXXI - gestionar junto ao Governo do Estado de SC a implantação do policiamento
militar de proteção ambiental;
XXXII - definir, de comum acordo entre o Poder Executivo Municipal e os órgãos
competentes de segurança pública, nos novos parcelamentos do solo que vierem a ser
aprovados após edição de legislação respectiva, a concepção e a destinação de espaços
para os pontos-base e/ou unidades de policiamento ostensivo, sem prejuízo ao programa
de paisagismo previsto no ítem XII, art. 15 desta Lei, e às áreas para equipamentos
comunitários de educação e saúde;
XXXIII - criar e implantar um plano de preservação das águas, das encostas, vales e
fundos de vales do Rio Jaraguá e de seus afluentes (Rio Jaraguá 99, Rio Jaraguá 84,
Ribeirão das Pedras, Ribeirão dos Húngaros, Ribeirão Cacilda, Ribeirão Jaraguá,
Ribeirão Rodrigues, Rio Jaraguazinho, Ribeirão Garibaldi e Ribeirão Serra do
Jaraguazinho), a montante do Parque Malwee, considerando a implantação de áreas de
preservação, recomposição da mata ciliar, paisagismo das margens e a proibição da
instalação de atividades e empresas poluentes, de qualquer natureza, que venham a
concorrer para a poluição do Rio Jaraguá e de seus afluentes e para a degradação dos
seus entornos;
XXXIV - instituir um programa de educação continuada de preservação do ambiente
natural e cultural.
CAPÍTULO III
DA ESTRATÉGIA PARA MELHORIA DA MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE
SEÇÃO I
DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS
Art. 16 Entende-se por mobilidade o conjunto estruturado e coordenado de modos,
serviços e infra-estrutura que garantem os deslocamentos de pessoas e bens na cidade,
contribuindo para o acesso amplo e democrático à mesma, por meio do planejamento e
organização do sistema e a regulação dos serviços de transportes urbanos.
Art. 17 Entende-se por acessibilidade a possibilidade e condição de alcance para
utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transportes e dos
dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de
deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 18 A Estratégia para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade no Município de
Jaraguá do Sul tem como objetivo geral qualificar a circulação e a acessibilidade da
população de modo a atender às suas necessidades.
Parágrafo Único - São objetivos específicos da Estratégia para Melhoria da Mobilidade
e Acessibilidade no Município:
I - melhoria da circulação e do transporte urbano, facilitando a interconexão entre
bairros e proporcionando deslocamentos intra e interurbanos que atendam as
necessidades da população;
II - garantia da acessibilidade a todos os equipamentos urbanos, transportes e demais
serviços da cidade;
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III - redução dos acidentes e mortes de trânsito e maior conscientização da população
sobre a necessidade de obediência às regras envolvendo a mobilidade e a
acessibilidade;
IV - ampliação e aperfeiçoamento da participação comunitária na gestão, fiscalização
e controle do sistema de transporte;
V - vinculação do planejamento e da implantação da infra-estrutura física de
circulação e de transporte público às diretrizes de planejamento contidas neste PDO.
SEÇÃO II
DAS DIRETRIZES
Art. 19 A Estratégia para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade observará as
seguintes diretrizes:
I - condicionamento das intervenções públicas e privadas à garantia da ampla
mobilidade e acessibilidade;
II - tratamento urbanístico adequado do sistema viário, em especial o cicloviário e o
de pedestrianização, de modo a garantir a segurança dos cidadãos, da preservação do
patrimônio natural e cultural e da própria cidade;
III - adequação da oferta de transportes à demanda, compatibilizando seus efeitos
indutores com os objetivos e diretrizes de uso e ocupação do solo, contribuindo, em
especial, para a requalificação dos espaços urbanos, a criação e o fortalecimento dos
centros de bairros;
IV - priorização da circulação do transporte coletivo e do tráfego de passagem nas
vias arteriais, estruturais e coletoras, restrigindo-o em vias locais;
V - ordenamento e manutenção permanente da malha viária e da rede de estradas
vicinais, equacionando o abastecimento e a distribuição de bens dentro do município,
de modo a reduzir seus impactos na circulação viária e no meio ambiente;
VI - priorização ao transporte coletivo, ao transporte não-motorizado e à
pedestrianização;
VII - desvio do tráfego de passagem e do transporte ferroviário de cargas da área
central da cidade, gestionando a implantação do anel viário perimetral e do
deslocamento da ferrovia.
SEÇÃO III
DAS PROPOSTAS
Art. 20 A Estratégia para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade será implementada
mediante os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos:
I - gestionar:
a) a implantação dos trechos Norte e Oeste (ligação entre a BR-280 e a SC-416) do
contorno rodoviário da BR-280;
b) a implantação do contorno ferroviário ao Norte da cidade;
c) a pavimentação da ligação da rua Carlos Oechsler e sua continuidade, no bairro
Ilha da Figueira, com a SC-413;
d) melhoramentos nos trechos urbanos das rodovias BR-280 e SC-416, garantida a
segurança na travessia de pedestres;
II - reformular, modernizar e efetivar o controle do sistema de transporte coletivo
municipal, bem como elaborar estudos para avaliação da viabilidade de adoção de
sistemas de transporte intermodais;
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III - priorizar, demarcar e executar as vias, ligações e obras de arte projetadas
para o sistema viário;
IV - rever a hierarquia e as larguras das vias componentes da malha viária, incluindo
as estradas rurais, estabelecendo uma rotina permanente de manutenção, recuperação e
melhoria destas últimas;
V - determinar o índice de mobilidade para a cidade e rever o sistema de circulação
viária, modernizando a sinalização semafórica, horizontal, vertical, indicativa e
turística;
VI - dar tratamento preferencial às vias estruturais, eixos prioritários, corredores
de transporte coletivo e anéis viários, otimizando fluxos, privilegiando a segurança,
minimizando a demanda à área central, evitando incomodidades, adensando setores e
locando determinadas atividades em vias adequadas à sua função;
VII - determinar o índice de caminhabilidade para a cidade e instituir um programa de
construção e recuperação de calçadas, considerando a padronização prevista no Decreto
Municipal 4.961/03, de 08/08/03,e priorizando vias que dão acesso a equipamentos
comunitários;
VIII - instituir um programa de acessibilidade para pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida, de acordo com o Decreto Federal 5.296/04, de 02/12/04;
IX - criar e implantar um plano cicloviário, de acordo com o Manual de Planejamento
Cicloviário do Ministério dos Transportes, que contemple a extensão da ciclovia
existente e a implantação de ciclofaixas, revendo a Lei Municipal 2.830/01, de
12/06/01;
X - instituir um programa de pavimentação viária que contemple o emprego de asfalto
nas vias arteriais, estruturais e coletoras e pavimentos ecológicamente corretos nas
vias locais, bem como das estradas rurais;
XI - avaliar, revisar e atualizar o Decreto Municipal 3.381/96, de 19/06/96, que
disciplina a movimentação de carga na área central da cidade;
XII - estudar a viabilidade de implantar estacionamento rotativo controlado, mediante
pesquisa de rotatividade e prévia realização de audiência pública, prioritariamente
em vias ou áreas comerciais e de prestação de serviços;
XIII - elaborar e editar legislação de pólos geradores de tráfego;
XIV - criar e implantar um plano de gestão integrada de iluminação pública, que
contemple a iluminação funcional nas vias e logradouros públicos e a iluminação
decorativa e artística nas praças, bens, espaços públicos e edificações do patrimônio
histórico e arquitetônico;
XV - monitorar o tráfego de cargas perigosas nas vias da cidade;
XVI - elaborar e editar legislação de redes de infra-estrutura;
XVII - avaliar, rever e atualizar a legislação de táxis e de transporte especial;
XVIII - estudar e discutir alternativas de reaproveitamento e inserção urbana do
leito remanescente da linha férrea, após seu deslocamento;
XIX - propiciar a instalação de pontos-base e/ou unidades de policiamento ostensivo
em locais estratégicos, de comum acordo entre o Poder Executivo Municipal e os órgãos
competentes de segurança pública, sem prejuízo ao programa de paisagismo previsto no
ítem XII, art. 15 desta Lei, e às áreas para equipamentos comunitários de educação e
saúde;
XX - instituir um programa de educação continuada no trânsito.
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CAPÍTULO IV
DA ESTRATÉGIA PARA O USO E OCUPAÇÃO RACIONAL DO SOLO
SEÇÃO I
DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS
Art. 21 Entende-se como uso e ocupação racional do solo a utilização conveniente
das diversas partes da cidade e a localização das diferentes atividades econômicas
que afetam a comunidade em áreas adequadas, mediante a classificação dos usos, a
definição de parâmetros urbanísticos relativos à intensidade do uso e ocupação do
solo e a sua conformidade com as respectivas zonas em que se divide a cidade, segundo
a sua precípua destinação.
Art. 22 A Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo tem por objetivo geral
ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana,
equilibrando e harmonizando o interesse geral da coletividade com o direito
individual de seus membros no uso da mesma, na localização e no exercício das
atividades urbanas.
Parágrafo Único - São objetivos específicos da estratégia referida no caput deste
artigo:
I - controle e direcionamento da expansão urbana, visando a preservação do patrimônio
ambiental do Município e a otimização da infra-estrutura, dos serviços públicos e dos
equipamentos urbanos e comunitários existentes;
II - disciplinamento da convivência de usos e atividades e minimização das
incomodidades, evitando o desperdício de energia, o sub-aproveitamento da infra-
estrutura e diminuindo a necessidade de deslocamentos;
III - promoção de intervenções estruturadoras do espaço da cidade, criando novas
oportunidades empresariais, recuperando e redistribuindo a renda urbana decorrente da
valorização do solo;
IV - fomento à produção de novas moradias para as populações de baixa renda adequadas
à qualificação ambiental da cidade;
V - promoção da regularização administrativa, urbanística e fundiária de
assentamentos ocupados por população de baixa renda.
SEÇÃO II
DAS DIRETRIZES
Art. 23 A Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo observará as seguintes
diretrizes:
I - restrição ao parcelamento do solo e ao uso e ocupação nos fundos de vales, junto
às nascentes dos cursos dágua, nas encostas e nas demais áreas ambientalmente frágeis
e/ou que requisitem proteção;
II - regulação do uso e ocupação do solo visando a harmonia da paisagem urbana com a
ambiental;
III - indução da ocupação das áreas urbanas com melhor capacidade de infra-estrutura
visando atender a demanda de habitação ou implantação de equipamentos urbanos e
comunitários;
IV - priorização da ocupação de áreas próximas às áreas urbanas consolidadas, cuja
mobilidade é facilitada pela proximidade dos principais eixos viários;
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V - diferenciação das densidades de ocupação para as áreas urbanas, considerando as
características ambientais de cada área e a capacidade de infra-estrutura e serviços
urbanos existentes;
VI - garantia da integração dos empreendimentos de grande porte e dos novos
loteamentos à malha viária existente, visando a mobilidade dos usuários e evitar
custos adicionais ao Poder Público;
VII - estímulo à polinucleação, com a indução à formação de centralidades nos
bairros;
VIII - promoção da qualificação e requalificação de espaços urbanos centrais ou
periféricos fundamentais à melhoria da função social da cidade;
IX - controle da instalação de empreendimentos geradores de impacto ambiental e de
vizinhança.
SEÇÃO III
DAS PROPOSTAS
Art. 24 A Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo será implementada segundo
os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos:
I - alterar o zoneamento estabelecendo-se:
a) zoneamento industrial com restrição para efluentes líquidos potencialmente
poluidores no bairro Três Rios do Norte e em faixa ao longo da BR-280, a montante da
ETA central do SAMAE;
b) zoneamento industrial nos bairros Centenário, Rio da Luz e Ilha da Figueira, neste
ao longo da rua Carlos Oechsler;
c) zoneamento misto diversificado em faixas ao longo dos principais corredores de
tráfego e na interligação dos bairros Jaraguá Esquerdo e Chico de Paulo;
II - vedar a implantação de loteamentos para fins urbanos e a instalação de
indústrias incompatíveis com as atividades próprias do campo na área rural,
permitindo agroindústrias e empreendimentos ecoturísticos e de lazer, atendido o
disposto na Instrução INCRA 17-B/80, de 22/12/80; no art. 96 do Decreto Federal
59.428/66, de 27/10/66; e no art. 53 da Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79;
III - locar os pólos geradores de tráfego pesado, em especial as transportadoras,
terminais de carga, depósitos de material de contrução, oficinas, comércio de
veículos de grande porte e de auto-peças afins e similares preferencialmente nos
acessos à cidade e em locais onde não embaracem a mobilidade e não causem incômodos à
vizinhança;
IV - rever o uso do solo quanto à natureza, potencial poluidor/degradador e porte das
atividades industriais, comerciais, de prestação de serviço e de utilidade pública,
considerando a Resolução CONAMA 237/97, de 19/12/07, e a Resolução CONSEMA/SC 1/05,
de 30/08/05;
V - rever a quantidade de vagas de estacionamento exigidas por tipo de uso do solo;
VI - rever a permissão para ocupação integral do solo no embasamento das edificações;
VII - estudar a viabilidade legal de regulamentação dos condomínios horizontais;
VIII - estudar a viabilidade de aumentar o limite de gabarito máximo de alturade
edificações para 16 pavimentos, com maior afastamento das divisas;
IX - rever a exigência de alinhamento recuado único para edificações nas novas vias;
X - regulamentar o instrumento do EIV - Estudo de Impacto de Vizinhança;
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XI - disciplinar a instalação de redes subterrâneas e aéreas de infra-estrutura de
serviços públicos;
XII - elaborar e implantar um projeto de modernização e padronização da comunicação
visual e do mobiliário urbano;
XIII - induzir a polinucleação, com a implantação gradativa de áreas de lazer,
escolas, creches e postos de saúde; o incentivo à instalação de atividades comerciais
e de prestação de serviços de caráter vicinal, como mercados, farmácias, postos de
combustível, agências bancárias e outras; a inserção das estações do sistema de
transporte coletivo urbano e a descentralização administrativa, propiciando auto-
suficiência aos bairros e reduzindo deslocamentos;
XIV - adequar a legislação de parcelamento do solo à Lei Federal 9.785/99, de
29/01/99;
XV - manter a proibição de construção ou instalação de escolas, creches e asilos em
vias arteriais e estruturais;
XVI - evitar a implantação de empreendimentos habitacionais significativos ao longo
de rodovias, da ferrovia e de vias arteriais;
XVII - instituir um programa de educação continuada de pedagogia urbana.
SEÇÃO IV
DOS PADRÕES RECOMENDADOS PARA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS URBANOS
Art. 25 Para melhoria da função social da cidade, recomenda-se adotar os seguintes
padrões urbanísticos mínimos para os equipamentos e serviços urbanos abaixo listados:
I - praças:
a) serem pequenas, centralizadas, servindo a unidades de vizinhança e interligadas a
atividades recreacionais, bem como em vias, tratadas como "praças lineares";
b) com previsão de estacionamentos para automóveis, motos e bicicletas;
c) articuladas com o sistema viário;
d) dimensionamento de 4,50 m²/hab;
II - parques:
a) aproveitando bosques e áreas arborizadas nativas;
b) em faixas ribeirinhas, tratadas como "parques lineares";
c) dimensionamento de 4 m²/hab;
III - cemitérios:
a) em vias de fácil acesso e evitando vizinhança de residências, escolas, hospitais,
locais de lazer e outros incompatíveis;
b) evitar vales, talvegues, pântanos, charcos e aterros;
c) com previsão de projeto global e implantação por etapas, conforme crescimento da
demanda, atendendo uma população de 50.000 habitantes;
d) dimensionamento de 1,20 m² de terreno/hab;
IV - saúde:
a) hospitais: dimensionamento de 4 leitos/1.000 hab e 40 m² de edificação/leito (de
no máximo 4 pavtos., com rampa);
b) postos de sáude: com atendimento odontológico, em todos os bairros,
dimensionamento de 1.000 m² de terreno e 200 m² de edificação, ampliável, em vias de
fácil e rápido acesso;
V - centros sociais:
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a) prioritariamente em regiões de baixa renda;
b) dimensionamento de 1.000 m² de terreno e 200 m² de edificação, sempre em função
dos serviços prestados (médico, odontológico, alfabetização, profissionalização,
cursos, palestras, campanhas, etc.);
VI - creches:
a) oferta de vagas compatível à demanda por bairro e em todos os conjuntos
habitacionais de interesse social;
b) raio de atendimento máximo de 500 m da residência da criança;
c) próximas a unidades de saúde e odontológicas e vinculadas a pré-escolas;
d) próximas a praças e áreas verdes;
e) localizadas em vias não arteriais e estruturais e distantes de fontes poluidoras
de qualquer natureza;
f) dimensionamento de 6 m² de terreno/criança (nunca menor que 300 m²) e 4 m² de
edificação/criança, com taxa de ocupação de 2/3 da área do terreno, e área livre
preferencialmente arborizada para atividades recreacionais;
g) concepção arquitetônica e construtiva própria à faixa etária da clientela;
VII - ensino:
a) oferta de vagas compatível à demanda por bairro;
b) raio de atendimento máximo de 800 m para 1º grau e de 1.600 m para 2º grau, da
residência do aluno;
c) localizadas em vias não arteriais e estruturais, com percurso livre de barreiras
naturais (fundos de vale, cursos d` água, morros, etc.) e distantes de fontes
poluidoras de qualquer natureza;
d) dimensionamento de 6,40 m² de terreno/aluno (nunca menor que 1.000 m²) e 3,20 m²
de edificação/aluno (de um só pavimento), com taxa de ocupação de 1/2 da área do
terreno, e área livre preferencialmente arborizada para atividades esportivas e
recreacionais, ampliável;
VIII - transporte coletivo urbano:
a) raio de atendimento máximo de 500 m do itinerário;
b) percurso prioritário em vias arteriais, estruturais e coletoras, preferencialmente
asfaltadas;
c) pontos de embarque/desembarque cobertos, com conforto térmico, bancos, comunicação
visual e lixeira, localizados a cada 800 m se em vias arteriais e estruturais, 400 m
se em vias coletoras e 200 m se em vias locais;
IX - iluminação pública em todas as vias com mais de 50% dos lotes edificados e nas
que atendem estabelecimentos de ensino;
X - comunicação:
a) telefone público com raio de atendimento máximo de 300 m do domicílio do usuário;
b) 3 aparelhos/100 habitantes;
c) caixas de coleta de correspondência com raio de atendimento máximo de 400 m do
domicílio do usuário;
XI - resíduos sólidos:
a) coleta de lixo em dias alternados em toda a área urbana;
b) varrição diária de todas as vias da área central;
c) varrição das vias pavimentadas 2 vezes/semana;
d) limpeza de terrenos baldios 2 vezes/ano;
e) disposição final em áreas adequadas, sem causar poluição hídrica, visual e
atmosférica, de acordo com o plano de saneamento ambiental;
f) lixeiras públicas na área central e nos corredores comerciais a cada 50 m, 1 (uma)
no mínimo por praça e 1 (uma) no mínimo por ponto de ônibus;
XII - sistema viário:
a) pavimentação de todas as vias com mais de 75% de lotes edificados;
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b) manutenção das vias não pavimentadas 2 vezes/ano ou sempre que necessário;
XIII - segurança pública: instalar câmeras de vigilância, pontos-base e/ou unidades
de policiamento ostensivo em locais estratégicos, de comum acordo entre o Poder
Executivo Municipal e os órgãos competentes.
§ 1º Para fins desta Lei define-se como:
I - equipamentos comunitários: os equipamentos de educação, cultura, saúde,
segurança, esporte, lazer, convívio social e similares;
II - equipamentos urbanos: os equipamentos de abastecimento de água potável,
disposição adequada de esgoto sanitário, energia elétrica, manejo das águas pluviais,
rede telefônica, rede de fibra ótica, gás canalizado e similares.
§ 2º Os padrões mínimos recomendados originam-se de diversos estudos de planejamento
urbano, podendo ser alterados e adaptados às peculiaridades de cada local ou região
onde são aplicados ou de acordo com critérios técnicos específicos que garantam
satisfatória qualidade de vida, observadas ainda as normas e recomendações emanadas
de concessionárias ou dos órgãos governamentais.
CAPÍTULO V
DA ESTRATÉGIA PARA PROMOÇÃO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
SEÇÃO I
DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS
Art. 26 Entende-se por habitação de interesse social aquela destinada para fins de
moradia a pessoas com renda familiar máxima de até 5 (cinco) salários mínimos ou
outra que vier a ser adotada pelo SNHIS - Sistema Nacional de Habitação de Interesse
Social, dispondo de compartimentação mínima constituída de um banheiro, uma cozinha e
um cômodo de múltiplo uso, devidamente isolados entre si,com área construída entre
22 m² e 70 m² se de alvenaria, e 80 m², se de madeira, com um único pavimento,
atendida por infra-estrutura urbana e equipamentos comunitários e com boa solução
habitacional e urbanística, observada a legislação edilícia.
Parágrafo Único - Considera-se boa solução habitacional e urbanística o atendimento
aos aspectos de conforto, salubridade, segurança e economia quanto à parte
habitacional, e aos aspectos de respeito ao meio ambiente, harmonia com o entorno,
harmonia interna do empreendimento e também economia, quanto à parte urbanística.
Art. 27 Observado o exposto no art. precedente e o atendimento à população de baixa
renda, considera-se também como de interesse social:
I - as moradias econômicas, assim definidas pela Instrução Normativa CREA/SC 18/93,
de 08/03/93;
II - a produção de lotes urbanizados para fins habitacionais:
a) com participação do Poder Público;
b) pela iniciativa privada, em áreas destinadas à promoção de habitação de interesse
social pelo Poder Público;
III - a construção, ampliação ou reforma de habitação e equipamentos comunitários
vinculados a empreendimentos de interesse social;
IV - a recuperação ou produção de moradias em áreas encortiçadas ou deterioradas;
V - a urbanização, implantação de equipamentos comunitários e regularização de
assentamentos informais em ZEIS.
Art. 28 A Estratégia para Promoção da Habitação de Interesse Social no Município
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tem como objetivo geral orientar as ações do Poder Público e da iniciativa privada,
propiciando o acesso à moradia, priorizando famílias de menor renda, num processo
integrado às políticas de desenvolvimento urbano e regional e demais políticas
municipais.
Parágrafo Único - São objetivos específicos da estratégia referida no caput deste
artigo:
I - compatibilização e integração da política habitacional local às políticas
habitacionais regional, estadual e federal e às demais políticas setoriais de
desenvolvimento urbano, ambiental e de inclusão social;
II - ocupação do território urbano de forma harmônica, com áreas diversificadas e
integradas ao ambiente natural;
III - cumprimento da função social da terra urbana respeitando o meio ambiente, em
consonância com o Estatuto da Cidade e com este PDO;
IV - viabilização da produção de lotes urbanizados e de novas moradias, com vistas à
redução do déficit habitacional e ao atendimento à demanda gerada pelo incremento
populacional;
V - estímulo à participação da iniciativa privada no produção de moradias, em
especial as de interesse social;
VI - simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas
edilícias, facilitando e agilizando a produção de habitação de interesse social, sem
prejuízo das condições adequadas à habitabilidade e ao meio ambiente;
VII - criação, instituição e implantação de planos e programas de habitação de
interesse social.
§ 1º A elaboração e implementação da política de habitação de interesse social é de
responsabilidade do órgão municipal competente, que deverá integrar-se ao SNHIS -
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, observado o disposto nesta Lei e
respeitadas as atribuições dos demais órgãos e secretarias municipais.
§ 2º O FROHAB - Fundo Rotativo Habitacional, criado pela Lei Municipal 1.824/94, de
04/05/04, com dotação orçamentária própria, é o instrumento destinado a captar
recursos para execução da política habitacional de interesse social e receber
recursos do FNHIS - Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.
SEÇÃO II
DAS DIRETRIZES
Art. 29 A Estratégia para Promoção da Habitação de Interesse Social observará as
seguintes diretrizes:
I - diversificação das modalidades de acesso à moradia, tanto nos produtos quanto nas
formas de comercialização, adequando o atendimento às características sócio-
econômicas das famílias beneficiadas;
II - produção e incentivo à produção de moradias e lotes urbanizados destinados ao
atendimento de famílias de menor renda;
III - permissão do parcelamento e ocupação do solo de interesse social com parâmetros
diferenciados, como forma de incentivo à participação da iniciativa privada na
produção de habitação para as famílias de menor renda;
IV - melhoria da capacidade de gestão dos planos, programas e projetos habitacionais
de interesse social;
V - busca da auto-suficiência interna na implementação dos programas habitacionais,
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propiciando o retorno dos recursos aplicados, respeitadas as condições sócio-
econômicas das famílias beneficiadas.
SEÇÃO III
DAS PROPOSTAS
Art. 30 A Estratégia p/ Promoção da Habitação de Interesse Social será implementada
mediante os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos:
I - constituir conselho que contemple a participação de entidades públicas e
privadas, bem como de segmentos da sociedade ligados à área habitacional, garantido o
princípio democrático de escolha de seus representantes e a proporção de 1/4 das
vagas aos representantes dos movimentos populares;
II - elaborar plano habitacional de interesse social, considerando as especificidades
locais e de demanda, considerando o reassentamento de famílias ocupantes de áreas de
risco;
III - dar continuidade e incrementar o programa de moradia econômica, recriado pela
Lei Municipal 2.016/95, de 23/08/95, voltado a unidades isoladas;
IV - instituir um programa de produção de lotes urbanizados destinados à construção
de moradias para baixa renda, prevendo a ocupação das áreas de expansão urbana e as
áreas destinadas à habitação popular, dotados de infra-estrutura urbana básica;
V - implementar loteamentos em parceria com a iniciativa privada;
VI - instituir um programa de regularização fundiária incluindo, dentre outros:
a) os parcelamentos do solo a que se refere a Lei Municipal 2.551/99, de 12/07/99;
b) as ocupações irregulares inseridas nas áreas urbanas consolidadas, assim definidas
pela Resolução CONAMA 303/02, de 20/03/02, incluindo ações de desenvolvimento social,
com ênfase para a capacitação profissional e estímulo à geração de emprego e renda
junto às comunidades;
VII - dar continuidade e incrementar os programas de arrendamento residencial normal
e social e de comercialização do imóvel na planta, em conjunto com a CEF - Caixa
Econômica Federal;
VIII - promover empreendimentos que prevejam a entrega de unidades habitacionais
prontas, priorizando a ocupação de vazios urbanos, a implantação de conjuntos com
moradias diversificadas, a mescla de renda, a integração à vizinhança e a reserva
interna de áreas para empreendimentos comerciais e de prestação de serviços;
IX - procurar estabelecer parceria com a iniciativa privada na venda de
empreendimentos habitacionais para baixa renda promovidos por tal setor, prestando
serviço na organização, encaminhamento e acompanhamento da demanda;
X - propiciar a construção, reforma e ampliação de moradias rurais, fortalecendo a
integração do agricultor com o meio em que vive;
XI - instituir um programa de moradia ao idoso, com adequações arquitetônicas,
contratuais e financeiras compatíveis à sua condição física e etária;
XII - instituir um programa de moradia integrada ao ambiente de trabalho,
possibilitando o estabelecimento de negócios próprios, proporcionando emprego e
renda;
XIII - criar linha de crédito para aquisição de cesta básica de materiais de
construção;
XIV - organizar e capacitar comunidades para a auto-construção e mutirões
comunitários;
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XV - manter e incrementar o programa de fabricação de kits para montagem de casas
populares pré-moldadas e laborterapia pelos apenados do presídio local, reinserindo-
os socialmente através do aprendizado profissional;
XVI - assegurar o destino das áreas de uso público especial nos conjuntos
habitacionais e nos loteamentos ao fim legal precípuo a que se destinam;
XVII - manter as áreas destinadas à habitação popular na legislaçao vigente de
parcelamento do solo.
SEÇÃO IV
DAS DIRETRIZES PARA A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Art. 31 Legislação específica possibilitará a regularização das edificações,
parcelamento, uso e ocupação do solo informais, em situações técnica e ambientalmente
viáveis e compatíveis com as prioridades e diretrizes definidas neste PDO,
condicionada à realização de obras e ações necessárias para garantir estabilidade
jurídica, física, salubridade e segurança de utilização, de forma a incorporar os
referidos assentamentos e imóveis ao tecido urbano regular, definindo normas técnicas
e procedimentos especiais abrangendo as seguintes situações:
I - parcelamentos do solo urbano e condomínios rurais implantados clandestina e
irregularmente, em especial aqueles relacionados na Lei Municipal 2.551/99, de
12/07/99, e no Decreto Municipal 4,422/01, de 06/11/01;
II - empreendimentos habitacionais de interesse social promovidos pela Administração
Pública direta e indireta e nas áreas desapropriadas para solução de situações de
conflito;
III - favelas, conjuntos habitacionais e loteamentos onde seja possível aplicar os
instrumentos de usucapião urbano e da Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79, e em
cortiços sem condições mínimas de moradia, ocupados pela população de baixa renda;
IV - áreas públicas com ocupação habitacional consolidada, não situadas em áreas de
risco, onde possam ser aplicadas as concessões de direito real de uso e de concessão
especial de uso para fins de moradia, previstas na Medida Provisória 2.220/01, de
04/09/01;
V - edificações executadas e utilizadas em desacordo com a legislação vigente.
Art. 32 Os parcelamentos do solo para fins urbanos implantados irregularmente
poderão ser regularizados com base em lei que contenha no mínimo:
I - os requisitos urbanísticos e jurídicos necessários à regularização, observada a
Lei Federal 6.766/79, de 19/12/79, alterada pela 9.785/99, de 29/01/99, e os
procedimentos administrativos;
II - o estabelecimento de procedimentos que garantam os meios para exigir do loteador
irregular o cumprimento de suas obrigações;
III - a possibilidade da execução das obras e serviços necessários à regularização
pela Prefeitura, associação de moradores e terceiros, sem isentar o loteador das
responsabilidades legalmente estabelecidas;
IV - o estabelecimento de normas que garantam condições mínimas de acessibilidade,
habitabilidade, saúde e segurança;
V - o percentual de áreas públicas a ser exigido e alternativas quando for comprovada
a impossibilidade da destinação;
VI - as ações de fiscalização necessárias para coibir a implantação de novos
parcelamentos, bem como o desdobro e o remembramento de lotes na área objeto da
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regularização, exceto para implantação de equipamentos comunitários;
VII - a possível previsão de isenção ou parcelamento de dívidas ao Erário Público.
§ 1º O Executivo poderá reconhecer o direito e outorgar o título de concessão do
direito real de uso ou de concessão especial para fins de moradia, nos casos em que
sejam preenchidos os requisitos legais estabelecidos no Estatuto da Cidade e na MP
2.220/01, de 04/09/01.
§ 2º A urbanização e a regularização garantirá aos moradores condições dignas de
moradia, acesso aos serviços públicos essenciais e o direito ao uso do imóvel
ocupado.
§ 3º O programa de regularização fundiária deverá, em todas as suas etapas, ser
desenvolvido com a participação direta dos moradores e de suas diferentes formas de
organização, realizando-se trabalhos de cunho social com a comunidade envolvida.
§ 4º Terão prioridade as áreas que oferecem risco de vida ou de saúde aos seus
ocupantes, em especial aquelas listadas no Relatório das Áreas de Risco da Defesa
Civil local, de abril de 2005, estabelecendo-se e tornando públicos os critérios e
prioridades de atendimento, considerando a possibilidade de relocação de moradores e
a recuperação do meio ambiente degradado.
Art. 33 As edificações e usos irregulares poderão ser regularizados com base em lei
que contenha no mínimo:
I - os requisitos técnicos, jurídicos e os procedimentos administrativos;
II - as condições mínimas para garantir estabilidade, segurança, salubridade,
higiene, habitabilidade, infra-estrutura urbana e acesso aos serviços e quipamentos
urbanos, podendo a Prefeitura solicitar adequações, complementações e melhorias qdo.
necessárias;
III - a exigência de anuência ou autorização dos órgãos competentes, qdo. se tratar
de regularização em áreas de proteção e preservação ambiental, cultural, paisagística
e de mananciais e quando se tratar de instalações e equipamentos públicos, usos
institucionais segundo a legislação de uso e ocupação do solo vigente, pólos
geradores de tráfego e atividades sujeitas ao licenciamento ambiental.
Parágrafo Único - Lei poderá prever a regularização mediante outorga onerosa, quando
a área construída a regularizar resultar área construída computável superior à
permitida pelo coeficiente de aproveitamento em vigor à época da construção.
CAPÍTULO VI
DA ESTRATÉGIA PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
SEÇÃO I
DOS CONCEITOS BÁSICOS E DOS OBJETIVOS
Art. 34 A Estratégia para a Gestão Democrática e Participativa tem como objetivo
geral implantar o Sistema de Acompanhamento e Controle Social que se constitui em um
processo contínuo, democrático e dinâmico, com base nas disposições e instrumentos
previstos nesta Lei .
Parágrafo Único - São objetivos específicos da Estratégia para a Gestão Democrática e
Participativa:
I - a organização de um sistema de gestão de planejamento físico-territorial apoiado
em dados e informações permanentemente atualizadas sobre o Município, visando maior
eficácia na formulação de estratégias, na elaboração de instrumentos e no
gerenciamento e execução das ações;
II - a oportunização do exercício da cidadania, visando um maior comprometimento da
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população com o município, sua capacitação na formulação, execução e acompanhamento
de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.
SEÇÃO II
DAS DIRETRIZES
Art. 35 A Estratégia para Gestão Democrática e Participativa observará as seguintes
diretrizes:
I - conhecimento das peculiaridades locais e estabelecimento de canais de informação,
debate e controle social permanentes mediante descentralização administrativa;
II - capacitação dos técnicos da área de planejamento urbano do Governo Municipal,
estimulando a participação dos mesmos em congressos, seminários, palestras, cursos,
eventos, etc., ampliando a capacidade de gestão governamental para o desenvolvimento
urbano sustentável;
III - envolvimento dos órgãos municipais cujas atividades tenham interface com o
planejamento urbano, visando a implantação de um sistema integrado de gestão físico-
territorial;
IV - participação de órgão colegiado no processo de formulação de políticas, planos,
programas e projetos relacionados ao desenvolvimento urbano;
V - articulação e integração com os poderes constituídos, instituições
governamentais, organismos não-governamentais, entidadesde ensino e pesquisa e
sociedade civil, para a implementação das estratégias previstas nesta Lei,
estabelendo um compromisso com a sua aplicação, monitoramento e avaliação;
VI - garantia de acesso às informações sobre a realidade física municipal e
indicadores de qualidade de vida urbana aos cidadãos;
VII - monitoramento, controle e fiscalização da aplicação dos instrumentos do PDO e
do Estatuto da Cidade, especialmente daqueles previstos pelo art. 182, § 4º da
Constituição Federal.
SEÇÃO III
DAS PROPOSTAS
Art. 36 A Estratégia para a Gestão Democrática e Participativa será implementada
mediante os seguintes planos, programas, projetos, ações, medidas e/ou procedimentos:
I - implantar o COMCIDADE - Conselho Municipal da Cidade, com representação do
governo, da sociedade civil e das diversas regiões do Município, conforme
estabelecido na Resolução CONCIDADES 13/04, de 16/06/04;
II - promover a realização de conferências, audiências, fóruns de debates, encontros,
reuniões e consultas públicas sobre assuntos de interesse urbanístico, conforme
estabelecido na Resolução CONCIDADES 25/05, de 18/03/05;
III - organizar, estruturar e aparelhar adequadamente os órgãos municipais
competentes para a execução da política de desenvolvimento urbano prevista neste PDO;
IV - instituir e manter um sistema de produção de informação que subsidie o
planejamento físico-territorial local;
V - instituir um programa de capacitação de recursos humanos que qualifique e
estimule os dirigentes, técnicos e fiscais da área de planejamento urbano;
VI - proporcionar a formação de uma consciência pública voltada à cultura
urbanística, através do uso da mídia, da distribuição de material e da realização de
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palestras e eventos difundindo a legislação, os projetos, os indicadores, os dados e
demais informações de interesse ao planejamento físico-territorial e ao
desenvolvimento urbano.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO FÍSICO-TERRITORIAL DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I
DOS SISTEMAS REFERENCIAIS
SEÇÃO I
DOS CONCEITOS BÁSICOS
Art. 37 O planejamento físico-territorial da cidade tem como objetivo geral
orientar, ordenar e disciplinar o crescimento da cidade, através dos instrumentos de
regulação que definem a distribuição espacial das atividades, a intensidade
construtiva, o adensamento populacional, a capacidade de suporte da infra-estrutura e
a configuração da paisagem urbana.
Art. 38 Para tal objetivo, o território municipal será organizado com base em
elementos estruturadores e integradores, segundo os sistemas referenciais abaixo:
I - sistema ambiental, composto pelos seguintes elementos:
a) bacia hidrográfica do rio Itapocu;
b) cobertura vegetal integrante da Mata Atlântica;
c) contrafortes da Serra do Mar e todas as elevações com cota do topo em relação à
base igual ou maior a 50 m e encostas com declividade superior a 30% na linha de
maior declividade, conforme Resolução CONAMA 303/02, de 20/03/02;
d) patrimônio cultural;
e) APPs - Áreas de Preservação Permanente e faixas "non aedificandi" ao longo das
águas correntes e dormentes e as demais legalmente exigidas pelo Poder Público
destinadas a equipamentos urbanos;
II - sistema de mobilidade, composto pelos seguintes elementos:
a) ferrovia, rodovias, estradas e demais vias;
b) áreas "non aedificandi" ao longo das faixas de domínio das rodovias, ferrovias e
dutos.
§ 1º Consideram-se elementos estruturadores aqueles que constituem o arcabouço
permanente da cidade, os quais, com suas características diferenciadas, permitem
alcançar progressivamente maior aderência do tecido urbano ao sítio natural, melhor
coesão e fluidez entre suas partes, bem como maior equilíbrio entre as áreas
construídas e os espaços abertos, compreendendo as redes hídrica, viária, de
transporte coletivo e de eixos e pólos de contralidades.
§ 2º Consideram-se elementos integradores aqueles que constituem o tecido urbano que
permeiam os elementos estruturadores e abrigam as atividades dos cidadãos que deles
se utilizam, compreendendo a habitação, os equipamentos urbanos, o sistema de áreas
verdes, os espaços públicos e os de comércio, serviços e indústrias de caráter local.
§ 3º A relação entre os elementos estruturadores e os integradores deverá ser
elaborada de modo a assegurar o equilíbrio entre necessidades e oferta de serviços
urbanos.
Art. 39 A implantação de qualquer empreendimento, quer público quer privado,
deverá, na respectiva área, considerar a existência e a previsão dos elementos
estruturadores e integradores que compõe os sistemas ambiental e de mobilidade
citados, bem como obedecer as disposições e os parâmetros urbanísticos estabelecidos
nesta Lei e na legislação decorrente, afim e correlata.
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SEÇÃO II
DO SISTEMA AMBIENTAL
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 40 Visando a efetivação da Estratégia para Valorização do Meio Ambiente
Natural e Cultural, ficam instituídas as seguintes prioridades referentes ao sistema
ambiental:
I - resgate e implementação da Agenda 21 local;
II - criação das unidades de conservação previstas;
III - instituição de um programa de proteção e recuperação ambiental da bacia
hidrográfica do rio Itapocu, abrangendo a poluição hídrica, sonora, atmosférica e do
solo, inclusive na área rural;
IV - criação e implantação do plano da bacia hidrográfica do rio Itapocu, de acordo
com a Política Estadual de Recursos Hídricos;
V - criação e implantação de um plano de saneamento ambiental, abrangendo o
abastecimento de água, o esgoto sanitário e o manejo de resíduos sólidos e águas
pluviais;
VI - ampliação das redes de água e esgoto sanitário, com as novas ETAs e ETEs
previstas;
VII - proteção e preservação da paisagem natural, reformulação da legislação
disciplinadora de movimentos de terra e intensificação da fiscalização nas APPs,
encostas e locais sujeitos a escorregamentos, enchentes e inundações, gestionando,
inclusive, junto ao Governo do Estado de SC a implantação do policiamento militar de
proteção ambiental;
VIII - suprimento de praças e áreas de lazer em bairros deficientes;
IX - implantação do projeto de reabilitação do Centro Histórico;
X - definição de uma política de preservação, restauro e valorização do patrimônio
arquitetônico e histórico e das tradições étnicas locais;
XI - pavimentação das rotas turísticas de colonização alemã, italiana e húngara.
SUBSEÇÃO II
PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL
Art. 41 O patrimônio natural e cultural do Município de Jaraguá do Sul é
constituído:
I - dos recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu;
II - da cobertura vegetal da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa) e as cadeias
de contrafortes da Serra do Mar (Serras do Leste Catarinense), em especial o morro
Jaraguá;
III - dos bens de natureza material, tomados individualmente ou em conjunto,
portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade jaraguaense, dentre os quais as edificações cadastradas com
potencial arquitetônico e histórico e as tombadas e o Centro Histórico ("altstadt");
IV - do espaço aéreo e do subsolo.
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§ 1º O Município se articulará com os órgãos competentes estaduais e federais
responsáveis pela preservação histórica para definição de medidas que viabilizem a
proteção e o aproveitamento turístico e econômico do patrimônio natural e cultural
local.
§ 2º Na implementação de tais medidas deverãoser assegurados:
I - o envolvimento da população local na tomada de decisões;
II - o usufruto das vantagens que possam advir dessas medidas pelas comunidades
locais.
Art. 42 O Município protegerá seus bens naturais e culturais através da Lei
Municipal 1.854/94, de 29/06/94, dos órgãos municipais competentes integrantes da
estrutura administrativa municipal e do COMPHAAN - Conselho Municipal do Patrimônio
Histórico, Cultural, Arqueológico, Artístico e Natural.
Parágrafo Único - Ficam declaradas como de preservação permanente e "non aedificandi"
as áreas arqueológicas porventura existentes no Município, ressalvadas as edificações
necessárias aos serviços de guarda e conservação, ficando a cargo do órgão federal
competente a delimitação exata e precisa das mesmas, cabendo ainda a este a anuência
prévia quanto à aprovação de projetos, bem como o licenciamento de obras ou
escavações no local.
SUBSEÇÃO III
DA PAISAGEM URBANA
Art. 43 Entende-se como paisagem urbana a configuração visual da cidade e seus
componentes, resultante da interação entre os elementos naturais, edificados,
históricos e culturais, terá a sua política municipal definida com os seguintes
objetivos:
I - possibilidade ao cidadão de identificação, leitura e compreensão da paisagem e de
seus elementos constitutivos, públicos e privados, bem como do direito de usufruir
desta;
II - promoção da qualidade ambiental do espaço público;
III - busca do equilíbrio visual entre os diversos elementos que compõe a paisagem
urbana;
IV - ordenação e qualificação do uso do espaço público;
V - fortalecimento de uma identidade urbana, promovendo a preservação do patrimônio
cultural e ambiental urbano.
Art. 44 São diretrizes gerais da política de paisagem urbana:
I - implementação dos instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão da
paisagem urbana;
II - promoção do ordenamento dos componentes públicos e privados da paisagem urbana,
assegurando o equilíbrio visual entre os diversos elementos que a constituem;
III - favorecimento da preservação do patrimônio cultural e ambiental urbano;
IV - participação da comunidade na identificação, valorização, preservação e
conservação dos elementos significativos da paisagem urbana;
V - proteção dos elementos naturais, culturais e paisagísticos, permitindo a
visualização do panorama e a manutenção da paisagem em que estão inseridos;
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VI - conscientização da população a respeito da valorização da paisagem urbana como
fator de melhoria da qualidade de vida, por meio de programas de educação ambiental e
cultural;
VII - consolidação e promoção da identidade visual do mobiliário urbano, equipamentos
e serviços municipais, definindo e racionalizando os padrões para sua melhor
identificação, com ênfase na funcionalidade e na integração com a paisagem urbana.
VIII - adoção de medidas e incentivo ao tratamento e embelezamento de fachadas;
IX - disciplinamento e fiscalização da mídia exposta, implementando-se as Leis
Municipais 3.528/04, de 06/03/04, e 3.718/04, de 22/12/04.
SEÇÃO III
DO SISTEMA DE MOBILIDADE
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 45 Visando a efetivação da Estratégia para Melhoria da Mobilidade e
Acessibilidade, ficam eleitas as seguintes prioridades:
I - reformulação e modernização do sistema de transporte coletivo urbano, implantando
programa de mobilidade urbana;
II - construção do contorno ferroviário, desviando a linha férrea da área central da
cidade;
III - construção do contorno rodoviário, desviando a BR-280 da área central da
cidade, através da implantação do trecho Norte e do trecho Oeste (ligação da BR-280
com a SC-416);
IV - tratamento preferencial às vias arteriais e estruturais, aos eixos viários
prioritários, aos anéis viários e aos corredores de transporte coletivo urbano;
V - demarcação, abertura e construção das vias, ligações e pontes projetadas para o
sistema viário;
VI - implantação de ciclovias e ciclofaixas, observado o disposto neste PDO e no
Manual de Planejamento Cicloviário do Ministério dos Transportes;
VII - padronização, construção e recuperação de calçadas, melhorando a
pedestrianização e a acessibilidade, com prioridade para os bairros Centro, Barra do
Rio Cerro e Nereu Ramos, bem como nas vias com equipamentos comunitários.
SUBSEÇÃO II
DO SISTEMA VIÁRIO BÁSICO
Art. 46 A malha viária municipal é formada por vias extra-urbanas, interurbanas e
intra-urbanas, sob a jurisdição do Município, do Estado de SC e da União, assim
tuteladas:
I - pela União: BR-280 e ferrovia;
II - pelo Estado de SC: SC-416 e futura SC-280;
III - pelo Município: as demais.
Art. 47 Sob o aspecto funcional, o Sistema Viário Básico, conforme indicado nos
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mapas dos Anexos 1 e 2, é constituído de vias arteriais, estruturais e coletoras e as
estradas rurais principais, complementado por vias locais e especiais e as estradas
rurais secundárias, assim definidas:
I - arteriais: que possibilitam o contorno ou o acesso à cidade, interligando-a a
outras, ligando dois pólos de uma região conurbada ou conectando localidades situadas
na zona rural entre si ou à área urbana;
II - estruturais: responsáveis pelos maiores fluxos de tráfego, canalizando-os de um
ponto a outro da cidade, interligando centro a bairro, bairro a bairro, coletora a
arterial, dando vazão às correntes de tráfego interzonais, organizando as unidades de
vizinhança e conciliando a fluidez com o acesso às propriedades lindeiras e com o
transporte coletivo;
III - coletoras: destinadas a alimentar ou coletar o tráfego das estruturais,
distribuindo-o nas vias locais, nos bairros e nos diversos escalões urbanos;
IV - locais: destinadas a suprir ou captar o tráfego das coletoras, propiciando
acesso a áreas restritas ou de caráter residencial;
V - especiais: compreendem as ciclovias, ciclofaixas, exclusiva de pedestres,
preferencial de transporte coletivo e as panorâmicas;
VI - estradas rurais: destinadas a dar escoamento à produção agrícola e acesso às
propriedades rurais. Classificam-se em principais e secundárias.
§ 1º Integram o Sistema Viário Básico as vias, ligações e obras-de-arte especiais e
correntes, conforme indicado no mapa do Anexo 3, que compõe o Sistema Viário
Projetado.
§ 2º Nas vias arteriais e estruturais a segurança e a fluidez do tráfego são
condicionantes prioritárias da disciplina do uso e ocupação do solo das propriedades
lindeiras.
Art. 48 Ficam estabelecidos os seguintes gabaritos mínimos de largura para a malha
viária municipal:
I - via arterial:
a) rodovia federal: a critério do órgão competente com jurisdição sobre a mesma, com
faixa de domínio de 60 m;
b) rodovia estadual: a critério do órgão competente com jurisdição sobre a mesma, com
faixa de domínio de 30 m;
c) rodovia municipal (estrada rural principal): 11 m de pista e 3 m de calçada em
cada lado, com faixa de domínio de 30 m;
II - via estrutural: 15 m de pista e 3 m de calçada em cada lado;
III - via coletora: 11 m de pista e 3 m de calçada em cada lado;
IV - via local: 8,50 m de pista e 2,50 m de calçada em cada lado;
V - ciclovia: 2 m se unidirecional e 3 m se bidirecional;
VI - ciclofaixa: 2 m;
VII - faixa preferencial de transporte coletivo: 3,50 m;
VIII - via exclusiva de pedestres: 3 m;
IX - panorâmicas: a critério do órgão competente, dependendo de sua localização,
posicionamento, topografia, acessibilidade e condições ambientais;
X - estrada rural secundária: 8,50 m de pista e 2,50 m de calçada em cada lado, com
recuo das edificações de 5 m a

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