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A HORA DA ESTRELA – CLARICE LISPECTOR
O livro começa com Rodrigo S. M., sendo o narrador e escritor. Ele usa o primeiro capítulo para justificar o próprio livro.
Rodrigo S. M. continua a aparecer ao longo de todo o romance, fazendo pequenas intervenções e levantando questões existenciais sobre si mesmo e sobre as personagens. Macabéa é a personagem principal do romance. Ela é uma nordestina que migra para o Rio de Janeiro.
Macabéa é datilógrafa e divide um quarto com outras três migrantes. Logo no começo da estória, ela é demitida por não saber escrever direito, mas seu chefe Raimundo ainda a deixa trabalhar por ter pena dela.
A vida de Macabéa é simples, ela trabalha e em casa escuta uma rádio na qual a programação consiste em cultura, hora certa e alguns anúncios. Toma café frio antes de dormir, tosse à noite e come pedacinhos de papel para enganar a fome.
Um dia ela falta ao trabalho e fica sozinha no seu quarto. Ela experimenta a solidão, dança sozinha, toma café solúvel e até sente tédio. É nesse mesmo dia que ela conhece Olímpico, que vem a ser o seu primeiro namorado.
O namoro segue sem graça, o casal sai quase sempre em dias de chuva. Seus passeios consistem em sentar-se em um banco na praça, onde conversavam. Olímpico sempre se irritava com as perguntas de Macabéa.
Um dia Olímpico resolve pagar um café para Macabéa, que fica tão feliz com o luxo que acaba colocando muito açúcar no café para aproveitar. Outro dia eles vão ao zoológico. Macabéa fica tão assustada com o rinoceronte que urina na própria saia.
O relacionamento acaba quando Olímpico conhece Glória, a colega de trabalho da Macabéa. Glória era loira oxigenada, seu pai trabalhava num açougue e ela fazia parte do clã do sul do Brasil. Todas essas qualidades eram atrativas para o ambicioso Olímpico, que trocou Macabéa por sua colega Glória.
Sentindo-se mal por ter roubado o namorado da colega, Glória passa a ajudar Macabéa. Primeiro a convida para jantar em sua casa e depois oferece dinheiro emprestado para Macabéa ir visitar uma cartomante.
A visita à cartomante marca uma reviravolta na vida de Macabéa. Ela pede licença do trabalho, inventando uma dor de dente e, com o dinheiro emprestado, vai de táxi para a cartomante. Lá, se encontra com a Madama Carlota, uma antiga prostituta e cafetina que, depois de enriquecer, tira a sorte nas cartas.
Carlota traz boas notícias para Macabéa: ela vai encontrar um gringo rico que vai se casar com ela, e sua vida de sofrimento vai ficar para trás. Para confirmar a sua sinceridade ao contar o futuro, Carlota afirma que a cliente anterior saiu chorando, pois, as cartas disseram que ela seria atropelada.
Macabéa sai da cartomante cheia de saudades do futuro, pronta para começar a sua nova vida. Porém, ao atravessar a rua, é atropelada. O atropelamento de Macabéa é uma das partes mais importantes do livro, é a “hora da estrela”.
CARTA AO PAI – FRANZ KAFKA
Relata a descrição de um filho que teve sua vida totalmente subjugada, ao lado de um pai onipotente e narcísico, no qual envolve toda uma família, assim como aqueles que os rodeiam. De importância relevante, vemos todo seu desenvolvimento junto a suas submissões, seus medos e temores, assim como as consequências desastrosas que ficaram em sua vida futura. Conforme o autor vai descrevendo sua relação com seu pai, podemos levantar a hipótese do quanto à força de seu pai minara sua autoestima, restando-lhe nada mais nada menos do que uma personalidade assustadoramente fraca. 
Seu pai, Hermann, parece ter sido um homem de difícil convívio e teve um impacto forte no filho mais velho. Essa problemática familiar influenciaria Kafka em seus escritos mais famosos. Tudo isso parece ligado ao Kafka menino.
Hermann era empresário e junto com a mãe de Franz, Julie, trabalhavam incessantemente para garantir a prosperidade dos negócios. Como um pai ausente, ele garantia que a casa continuasse funcionando através de governantas. Quando estava em casa, a regra era clara para todos – façam o que o pai manda. 
Desde o começo da carta fica claro que o relacionamento entre pai e filho não foi fácil. O pai, nas palavras de Kafka, era uma força opressora intensa. Ele exigia que nenhuma opinião que não a sua fosse ouvida e que os filhos seguissem a conduta que ele acreditava ser a correta causando em Franz uma sensação triste de que o pai não o amava e não o respeitava pois ele discordava de muito do que o pai dizia ou o mandava fazer.
Esse excesso de frustração levou Kafka a ter três relacionamentos fracassados e a nunca constituir uma família (claro que esse pode ter sido apenas um dos componentes para isso. Mas na carta Kafka parece acreditar que era o principal). A influência de um pai sobre a vida de um menino pode ser decisiva e, infelizmente para Kafka, a de seu pai foi fatal. O autor morreu sozinho internado em um sanatório aos 41 anos.
DOM CASMURRO – MACHADO DE ASSIS
O Livro narra a história da vida de Bento Santiago, no qual o mesmo se encontra na casa dos 60 anos. Desde logo fica evidente um foco bastante dirigido: o relacionamento com a jovem Capitu, a vizinha que viria a ser o grande amor de sua vida. 
Personagem fascinante, Capitu possui um extraordinário poder de sedução, manifesto em seus “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”, capazes de atrair como a ressaca do mar. 
Por isso, o espaço dedicado à infância é insignificante, assim como aquele que trata mais diretamente da velhice. Os marcos temporais da narrativa e o âmbito de interesse do autor são limitados pelo período que vai da adolescência, quando tem início seu relacionamento amoroso, até a idade adulta, marcada pela traição da amada. 
Moço rico, Bento vive sob a proteção da mãe, a viúva D. Glória, que ainda mantém sob sua dependência um grupo de parentes: o irmão Cosme, a prima Justina e o agregado José Dias. É nessa casa de velhos viúvos que Bento cresce. Depois da perda do primeiro filho, D. Glória jurou que o segundo seria padre. Tendo enviuvado quando o filho era ainda criança, o juramento se transformou em angústia e prenúncio de separação do filho único. O namoro com Capitu reforça no menino a falta de vocação, mas ele acaba por obedecer ao desejo materno e entra para um seminário. 
No seminário, Bento e Escobar se tornam melhores amigos. Juntos, os jovens conseguem convencer os pais a retirá-los do seminário. Com isso, Bento se forma em Direito e se casa com Capitu, enquanto a melhor amiga Sancha, acaba por se tornar esposa de Escobar. A felicidade de Bento se completa com o nascimento de Ezequiel, seu filho, que vem fazer companhia a Capituzinha, filha do casal amigo.  
No entanto, uma fatalidade muda o rumo do grupo de amigos: Escobar morre afogado. Durante o velório, Bento percebe no comportamento da esposa marcas de um adultério que ele, até ali, não tinha suspeitado. 
A partir desse momento, outros indícios se juntam ao primeiro. O maior deles é a grande semelhança que Bento vê entre seu filho e o amigo morto. Obtida essa prova viva da traição, separa-se e envia Capitu e Ezequiel para a Europa. Dali até a velhice, Bento vive em estado de relativa reclusão, o que faz surgir seu apelido: Dom Casmurro, que quer dizer introspectivo. 
Ocorre que a expressão tem outro significado, que o narrador esconde do leitor desavisado: teimoso. E se a primeira definição mostra o comportamento do narrador, esta última revela o traço mais forte de sua personalidade: a insistência em defender o ponto de vista de acordo com o qual foi traído, mesmo sem a apresentação de provas incontestáveis.
ESTAÇÃO CARANDIRU – DRÁUZIO VARELLA
O livro é o relato do Dr. Dráuzio Varella sobre os anos que passou na Casa de Detenção de São Paulo, mundialmente conhecida como Carandiru. Inicialmente Dráuzio entrou na cadeia para participar de uma campanha de conscientização dos presos para o risco da AIDS, que crescia assustadoramente entre os detentos. 
Neste livro, ele procura mostrar que a perda da liberdade e a restrição do espaço físico não conduzem à barbárie, ao contráriodo que muitos pensam. Em cativeiro, os homens, como os demais grandes primatas, criam novas regras de comportamento com o objetivo de preservar a integridade do grupo.
Como o projeto tinha prazo de validade, ao seu fim Dráuzio se viu na difícil missão de abandonar aquelas pessoas tão necessitadas de acompanhamento médico. Haviam médicos na cadeia, mas todos desmotivados. Ele decide então assumir uma das enfermarias do pavilhão 2 e atender quem precisasse. Dessa forma começa um dos mais surpreendentes relatos sobre o dia a dia da maior cadeia da América Latina. Com o interesse e respeito dos presos, Dráuzio vai mostrando um pouco da vida de cada um dos presos que mais chamaram a sua atenção, seja pela malandragem, seja pela crueldade, seja pela humanidade presente em cada um deles.
Dr. Dráuzio faz verdadeiros inventários sobre diversos aspectos da cadeia: a localização, o funcionamento e o tipo de preso que havia em cada um dos 7 pavilhões; o funcionamento da limpeza dos pavilhões a cargo dos próprios presos; o funcionamento do dia de visitas. Mesmo no tratamento de travestis, estupradores ou evangélicos, o respeito e a medicina falavam mais alto.
Para começar, uma grande dificuldade, além da burocracia, eram as condições extremamente insalubres das celas. Ninhos de proliferação de sarnas, micoses, dermatites, viroses de todos os tipos, e tuberculose. Tudo aliado ao consumo excessivo de drogas, primeira cocaína injetável, depois crack, transformavam a “enfermaria do 2” em um verdadeiro hospital de guerra. 
Outro ponto alto do livro é a descrição do funcionamento, limpeza, carteiro, distribuição de alimentação, tudo feito pelos próprios detentos. Algumas empresas davam trabalhos para àqueles que queriam o quanto antes sair do Carandiru. E sempre havia aquela sensação dúbia entre ajudar bandido, enquanto nas ruas a violência só aumentava.
E então acontece a rebelião, famosa, em 2 de outubro 1992, onde, pelas estimativas da PM, 111 homens perderam a vida; mais de 200 pelas estimativas dos presos, fora os feridos que nunca mais voltaram. Dráuzio tem o relato dos presos, sua visão dos acontecimentos. Ele não tenta empurrar goela a baixo do leitor quem está certo quem está errado, mas o livro tem uma tendência a dignificar o preso na cadeia.
GRANDE SERTÃO: VEREDAS – JOÃO GUIMARÃES ROSA
Riobaldo é o protagonista do romance, o personagem-narrador que apresenta um relato sobre sua vida, desde seus medos, amores, traições, dentre outros.
De tal maneira, Riobaldo faz uma autorreflexão sobre sua vida ao descrever além dos acontecimentos, a paisagem do sertão, a um doutor que recentemente chegou na fazenda em que vive, a quem ele se refere como “Senhor” ou “Moço”.
Com a morte de sua mãe, Riobaldo passou a viver com seu padrinho, Selorico Mendes, na fazenda São Gregório; mais tarde ele descobrirá que Selorico é seu verdadeiro pai.
Por conseguinte, na fazenda conhece o bando de jagunços de Joca Ramiro, o chefe dos jagunços. Mais adiante, conhece Reinaldo, jagunço do bando de Joca Ramiro, que mais trade revela ser Diadorim, seu grande amor.
Riobaldo foca sobretudo, no seu amor impossível, Diadorim, e na existência de Deus e do Diabo.
Por meio de uma narrativa ziguezagueante, ou seja, labiríntica e espontânea, é narrado as divagações de Riobaldo, que descreve as personagens que compõem a obra e ainda, as lutas entre os bandos de jagunços, o conflito com o bando de Zé Bebelo e a morte de chefe dos jagunços, Joca Ramiro.
INFANCIA – GRACILIANO RAMOS
O livro é uma autobiografia do autor Graciliano Ramos, que conta como foi sua infância. Ele vive boa parte do livro no sertão de Pernambuco, conta que na primeira fazenda de que se recorda ter vivido, eles plantavam muita abóbora. Ele ouvia histórias, mas era novo demais para entender. Se muda várias vezes, sua mãe lhe dá vários outros irmãos ao longo do livro. 
Graciliano apanhou muito e foi repreendido severamente diversas vezes em sua infância. Seus pais eram impacientes e acreditavam que aquele que ama o seu filho, castiga-o com frequência. O pai de Graciliano era carrancudo. Sua mãe era má. Mas notamos a maior infelicidade de Graciliano quando ele vai para a escola. Muda de escola várias vezes, na verdade. Mas descreve como os professores eram rigorosos (com exceção da primeira) e batiam nos alunos da forma que podiam. 
Ele deixa bem claro o quanto o povo sofria com a seca do sertão pernambucano. Ele dizia que era a época que ele mais odiava. Certa vez, chegou a ficar desidratado. 
Quando ele começa a se envolver com livros desde que deixa de ser analfabeto, após os 9 anos de idade, ele lê e vê como os livros podem lhe deixar triste, ele chega a "chorar muito", como descreve, após ler um pequeno conto chamado "O Menino da Mata e o seu Cão Piloto".
E assim acompanhamos, a infância até a puberdade de Graciliano Ramos.
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS – MACHADO DE ASSIS
A obra tem início com a declaração da morte de Brás Cubas, cujo narrador e protagonista relata suas memórias depois de ter sido vítima de pneumonia.
Pertencente a uma família abastada do século XIX, Brás Cubas narra primeiramente sua morte e enterro onde apareceram onze amigos.
Por conseguinte, ele relata diversos momentos de sua vida, desde eventos da sua infância, adolescência e fase adulta.
Ainda no início da obra ele revela suas expectativas com o “emplastro”, um medicamento que contém grande potencial de cura.
Durante sua infância Brás Cubas comenta sua relação com seu escravo, o negrinho Prudêncio. Como um menino aristocrata, pertencente à classe alta, Brás Cubas esboça a relação que tinha com o garoto desde suas brincadeiras e caprichos.
Nessa relação, podemos notar a superioridade de Brás que montava no negrinho. Além disso, ele escreve sobre um amigo da escola Quincas Borba que, por fim, torna-se um filósofo e desenvolve a teoria do humanismo.
Quando jovem, conhece Marcela, uma prostituta de luxo por quem se apaixona. Essa relação esteve baseada nos interesses, ainda que Cubas aponta que Marcela o amou “durante quinze meses e onze contos de réis”.
Preocupado com o envolvimento que Brás tinha com Marcela, seu pai resolve que seu filho deve estudar fora do país por um tempo.
Sendo assim, ele foi estudar em Coimbra, Portugal, onde se forma em Direito. De volta ao Brasil, apaixona-se por Virgília, no entanto, ela acaba por se casar com Lobo Leves. Isso porque ela pretendia ter mais status e resolve ficar com um político de maior influência.
Ainda que desolado, o casal se encontra às escondidas numa casa alugada para esse propósito. Nesse momento podemos notar a presença de Dona Plácida, empregada de Virgília e que encobre todos os encontros da adúltera.
Por fim, Brás Cubas entra para a política e mesmo desenvolvendo um trabalho medíocre essa posição lhe oferece certo “status”, num mundo onde a aparência era o mais louvável.
OS SERTÕES – EUCLIDES DA CUNHA
A obra regionalista narra os acontecimentos da sangrenta Guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro (1830-1897), que ocorreu no Interior da Bahia, durante 1896 e 1897.
Trata-se de um relato histórico mesclado à literatura, posto que Euclides foi convidado pelo Jornal Estado de São Paulo para cobrir a guerra no Arraial de Canudos e nesse momento, surgiu sua obra.
O livro divide-se em três partes: A terra, O homem e A luta.
A TERRA: Na primeira parte são estudados o relevo, o solo, a fauna, a flora e o clima da região nordestina. Euclides da Cunha revelou que nada supera a principal calamidade do sertão: a seca. Registrou, ainda, que as grandes secas do Nordeste brasileiro obedecem a um ciclo de nove a doze anos, desde o século XVIII, numa ordem cabalística.
O HOMEM: O determinismo julgava que o homem é produto do meio (geografia), da raça (hereditariedade) e do momento histórico (cultura). O autor faz uma análise brilhante da psicologia do sertanejo e de seus costumes.
A LUTA: Fala sobre o que foi a Guerra de Canudos e explica com riqueza de detalhes os fatosdessa guerra que dizimou a população de Canudos. Entre os jagunços e as expedições militares que combatiam o movimento. No final Antônio conselheiro morre e os jagunços são derrotados.
VIDAS SECAS – GRACILIANO RAMOS
Vidas Secas é um profundo retrato da sociedade brasileira, sobretudo de seus problemas sociais.
Dessa forma retratando as dificuldades encontradas por uma família pobre de retirantes. Eles têm de conviver constantemente com a miséria e a seca que assola o sertão nordestino.
Fabiano e Sinhá Vitória é um casal simples que possuem dois filhos: o mais novo e o mais velho. Dos filhos, nenhum nome é mencionado durante toda a estória. Mesmo convivendo constantemente com a miséria, eles são crianças que possuem sonhos. O mais velho é muito curioso, e o mais novo anseia por fazer algo importante, para que todos fiquem orgulhoso dele.
A Baleia é a cadela que curiosamente tem um nome, e faz referência a um animal aquático, ou seja, uma baleia, em contraste com a seca. Ela é muito adorada pelos meninos e no decorrer da história adoece e por fim, morre. Interessante notar que a baleia é considerada um ser humano.
Vale lembrar que a obra muitas vezes não possui diálogos. Fabiano, deveras ignorante, tem dificuldade de se expressar e prefere ficar quieto. Sua mulher, Sinhá Vitória, é uma lutadora que busca melhorar a situação, sendo menos ignorante que seu marido, que a admira muito.
Quando a família encontra um lugar para descansar do sol escaldante, se deparam com o dono da terra, que será o patrão de Fabiano.
Ele permanece no local com sua família, trabalhado como vaqueiro na fazenda. Fabiano é preso injustamente pelo soldado amarelo, momento em que reflete sobre sua vida e sua condição.
O romance é repleto de pequenas felicidades dentro da família de retirantes. No entanto, os problemas sociais e animalização das personagens permeiam toda obra.
Além disso, o sonho do sofrimento acabar, permanece em todos, na esperança de encontrar melhores oportunidades.
Note que o último capítulo “Fuga” aponta que a seca vem novamente assolar a região, com o verão que se aproxima. Assim, se inicia uma nova fuga sendo a mesma do início: a fuga da seca.

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