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Carnes Paula Morcelli de Castro Carnes - partes comestíveis de animais – alimentação humana (aves, peixes, mamíferos e vísceras). TIPOS: bovina, suína, ovina, caprina, aves, pescados, avestruz, búfalo, ganso e outros. VALOR NUTRITIVO - Fonte de PAVB (10 a 20%), gorduras (5 a 30%), vitaminas (complexo B), vitamina A, e minerais (ferro, cálcio, fósforo, zinco, magnésio, sódio e potássio). - Carne mamíferos (60 a 80%) – água. ESTRUTURA: tecido muscular, conjuntivo, gordura, ossos e cartilagens. Tecido muscular – feixe de fibras – define a textura das carnes. Tecido conjuntivo – sustentação do tecido muscular. Formado de colágeno e elastina (insolúveis em água fria). Calor seco – endurece. Calor úmido – transforma-se em gelatina e amolece – amaciamento. Gordura – situada entre os feixes musculares é chamada marmorizada. Melhora sabor, suculência e maciez com a cocção. COR DA CARNE: pigmentos – hemoglobina (sangue) e mioglobina (músculo). Animal vivo – equilíbrio entre a mioglobina (vermelho púrpura) e a oxiomioglobina (vermelho brilhante). -Após a morte, com a rápida utilização do oxigênio pelos tecidos, predomina a mioglobina. Corte carne Protegendo a superfície, a cor volta a ser vermelho brilhante. Exposição O2 – Vermelho brilhante Mioglobina - Oxiomioglobina Depois de um tempo (repouso) Escurecimento (desidratação) Formação metamioglobina (oxidação mioglobina e oxiomioglobina) - Modificação da cor da carne com o cozimento devido a coagulação das proteínas. AMACIAMENTO DA CARNE Ação mecânica, enzimática ou química. Ação mecânica: moer, picar, bater Ação enzimática: enzimas naturais - papaína (mamão), bromelina (abacaxi), ficina (figo) ou industrializadas. Ação química: vinha d’alhos (vinagre ou vinho com temperos). Ácido – hidrolisa as proteínas – maciez. AQUISIÇÃO: aparência tenra, firme e fresca, cor vermelha e uniforme, ausência de manchas e odor característico. COCÇÃO: tornar mais palatável, macia e digerível, diminui e destrói microorganismos patogênicos. Principais modificações decorrentes da cocção: - mudança de cor decorrente da coagulação; - retração de fibras – perdas de sucos, diminui superfície e peso; - fusão da gordura que se torna condutora de calor; - calor úmido – colágeno – transforma em gelatina; - cocção favorece desenvolvimento de sabor e aroma – liberação de substâncias extrativas; - digestibilidade e biodisponibilidade – temperatura e tempo de cocção excessivo contribui para formação de substância indesejáveis (aminas heterocíclicas) – tostadura. Fatores que influenciam a penetração do calor na carne: - presença de osso (carne aquece mais rapidamente pois o osso é condutor de calor); - volume, formato, espessura da carne; - revestimento de camada de gordura (facilita a penetração de calor). Formas de preparo: Bifes (sentido transversal a fibra) – Não retirar toda a gordura pois contribui para a maciez. Espessura de 1 a 1,5 cm para não ficar ressecado. Picados: padrão tamanho e formato para melhor apresentação e cozimento uniforme. Espeto cubos 3 cm, goulash – 4cm, picadinho cubos 2 cm, iscas 5cm de comprimento e 1cm de largura. Cortes de carne bovina Animal – dividido em traseiro (cortes mais macios) e dianteiro (cortes mais rijos). CARNES CONSERVADAS 1. Carne de sol – carne boi cortada, salgada e exposta ao sol forte e clima seco. Secagem rápida – crosta protetora – garante suculência, maciez, conserva umidade parte interna. 2. Carne seca – após abate – retalha-se o animal, cortes esfregados em sal e empilhados em local seco. Mantas de carne são trocadas de posição para evaporação água e evitar que ela estrague. Após pendurar no sol para desidratar (completar a secagem). 3. Carne curada – cura – processo preservação e manutenção da cor vermelha – combinação de sal, nitrito ou nitrato sódio e açúcar e temperos – produção de reação química do nitrato com a mioglobina – produz cor rósea.
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