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CARL GUSTAV JUNG
Carl Gustav Jung foi um psiquiatra suíço, fundador da escola da Psicologia Analítica. Desenvolveu os conceitos da personalidade extrovertida e introvertida, de arquétipos e do inconsciente coletivo.
BIOGRAFIA
Carl Gustav Jung nasceu em Kesswil na Suíça, no dia 26 de julho de 1875. Filho de Johann Paul Achilles Jung e Emilie Preiswerk. Paul era um homem trabalhador, dedicado pastor luterano da Igreja Suíça Reformado e zeloso pai de família. Emilie sofria de distúrbios emocionais e tinha humor instável. Carl Jung recebeu esse nome em homenagem ao avô. Em 1878, Emilie foi internada no Hospital para doentes mentais de Friedmatt, na Basiléia. Nesse mesmo ano, seus pais tiveram uma separação temporária, sendo que a vida do casal era constantemente conturbada, chegando ao ponto de dormirem em quartos separados. Nesses momentos Jung permanecia no quarto com o pai.
Em 1879, a família Jung se mudou para Klein-Hüningen. Jung era uma criança muito voltada para o seu mundo interior. Por volta dos quatro anos, ele viu um homem que morreu afogado no rio Reno e foi dito a ele que Jesus o receberia, e em decorrência a este fato, sonhou com um enorme falo subterrâneo sobre um altar. Para ele esse sonho era a representação de um arquétipo da fertilidade e da união do corpo e espírito. Jung via a morte como um tema intrigante que o assustava. Era comum a morte de pescadores na região em que morava, e ele presenciada os ritos fúnebres celebrados pelos clérigos, com suas vestimentas e chapéus pretos, isso fazia com ele associasse tais figuras sombrias com a própria morte, lhe apavorando ainda mais.
Em 1881 Jung ingressou na escola primária e começou a estudar latim com o seu pai. Em 1882, foi acometido pela doença de Crupe, fazendo com que ele buscasse a solidão, e até mesmo passasse a apreciá-la verdadeiramente, e criasse seus próprios passatempos. Em julho de 1884, nasceu sua irmã Johanna Gertrud (1884 - 1935).
Jung aos seis anos de idade.
Mesmo tendo a companhia da irmã, Jung preferia ficar sozinho, por isso deu pouca importância ao seu nascimento. Ele chegou a ter sonhos e experiência que não compartilhou com ninguém e em busca de isolamento, costumava buscar refúgio no sótão. Sua única companhia era um manequim de madeira que ele mesmo esculpiu. Jung costumava escrever e esconder seus escritos no sótão. A religiosidade era muito presente em sua vida, além de seu pai, mais oito tios eram párocos.
Em 1886, aos onze anos, foi transferido para o Liceu de Basel, um grande colégio na cidade. Lá conheceu pessoas de classes sociais acima da sua e passou a invejar a vida de seus colegas. A consciência da situação financeira de sua família despertou o sentimento de compaixão por seu pai em razão da dedicação deste à sua família. Jung apreciava as companhias de seus colegas, mas ele estava muito à frente de todos intelectualmente, e por isso não conseguia ter muita intimidade com os outros. Gostava de ler filosofia, teologia e arqueologia. Em 1887, sofreu um acidente em que bateu a cabeça e como consequência teve que se ausentar das aulas durante seis meses. Foi uma fase difícil para ele, pois sua mãe o constrangia por considerar estranho o comportamento do filho. Em 1988 seu pai se tornou capelão do Hospital Psiquiáatrico Friedmatt em Basel. Jung sofria constantes conflitos entre sua mente analítica e a fé cega de sua família, já que ambas não se tocavam. Seu comportamento isolado permitiu sua autoanálise, mas ainda assim Jung se sentia diferente dos demais.
Em 1891 leu a obra O FAUSTO de Göethe, o que se tornou um fato marcante pelo personagem Mefistófeles, a personificação do diabo. A leitura permitiu que Jung tivesse contato com a expressão do mal, o que viria a se tornar tema de seus escritos sobre a dualidade de tudo, incluindo o bem e o mal. Schopenhauer também chamou a atenção do jovem ao abordar o sofrimento humano e as misérias no mundo. Jung concordava com o pensamento de Schopenhauer sobre o irracionalismo da natureza humana, porém discordava das soluções por ele apresentadas. A filosofia também o fascinava, o que o tornava privilegiado na inteligência e erudição. Dessa forma ele via a escola como um enfado, pois além de estar à frente de seus colegas de classe, preferia obter seu conhecimento sozinho, dedicando seu tempo a estudar assuntos de seu interesse. Jung poderia ser descrito como um jovem intelectual, introspectivo e com forte ligação à natureza.
Jung experienciava a sensação de que sua psique viviam duas personalidades distintas que ele denominou de número 1 e número 2. Essas personalidades se alternavam, sendo a primeira personalidade do garoto dedicado a sua vida social e a segunda era uma personalidade mais introspectiva com uma ligação com a Idade Média e que ensejava em Jung pensamentos reflexivos e aproximação com Deus. O conflito entre as duas personalidades permeou a sua vida e podem ser observadas nos personagens do Livro Vermelho, os quais Jung denominou como “espírito dessa época” e “espírito da profundeza”.
Em abril de 1895, Jung ingressou na Escola de Medicina, Universidade de Basel. Jung em sua juventude se dividia em dois aspectos, um que lhe voltava para a vida externa e pública, onde prevalecia a influência de sua família e outro interno e secreto, onde prevalecia sua espiritualidade e proximidade com Deus. Nesse período se interessou por literatura e filosofia, principalmente pelos pensamentos de Pitágoras, Empédocles, Heráclito, Platão, Kant e Goethe. Em 28 de janeiro de 1896, seu pai faleceu. 
No ano de 1898, período da vida acadêmica de Jung, coincidiu a eclosão do espiritualismo e junto com seus colegas universitários, ele participava de sessões espíritas e uma série de encontros com Hélène Preiswerk, sua prima de quinze anos. Isto foi determinante para a elaboração de sua futura tese de doutorado que abordava a psicogênese dos fenômenos chamados ocultos. O assunto fascinava Jung que se interessou pelos trabalhos de Frederic Myers, Théodore Flournoy e pelo pensamento de William James. Concluiu o curso em 1900.
Carl Gustav Jung iniciou sua vida profissional como assistente de psiquiatria na Clínica Bugholzli, em Zurique, dirigida pelo pasiquiatra Eugen Bleuler que era famoso por suas ideias e compreensão da esquizofrenia. Nesse período, Jung pode desenvolver estudos e pesquisas sobre a associação de palavras para obter o diagnóstico psiquiátrico. Jung já tratava seus pacientes como seres únicos e não via a patologia de maneira isolada, portanto acreditava que o processo de cada paciente também seria único, não existindo uma receita de tratamento para cada doença. Em 1902 obteve o doutorado na Universidade de Zurique, com a dissertação “Psicologia e Patologia dos Fenômenos Chamados Ocultos”. Em 1904 montou um laboratório experimental onde iniciou a aplicação de sua tese para o diagnóstico psiquiátrico, através da associação das palavras. Identificou conteúdos psíquicos reprimidos para o qual denominou de “complexo”, estudo esse muito explorado por Freud.
Em 1905 tornou-se livre docente de Psiquiatria na Universidade de Zurique. Em 1907 iniciou seu contato com Freud. Em 1908, juntos com Adler, Jones e Stekel, se reuniram no primeiro Congresso Internacional de Psicanálise. Dois anos mais tarde, o grupo fundou a Associação Internacional Psicanalítica, da qual Jung se tornou o presidente e criou sucursais em vários países.
Depois de vários anos trabalhando juntos, Jung e Freud viram que suas relações estavam chegando ao fim, com Jung de um lado contestando os princípios da análise de Freud sobre a grande influência que os traumas sexuais deixavam na vida humana e por outro lado, Freud não admitia que os fenômenos espirituais fossem usados por Jung como fonte de estudos.
 Jung em 1909
O relacionamento de Jung com Freud acabou de vez quando Jung publicou “Psicologia do Inconsciente” (1911) no qual fez alguns argumentos contra as ideias de Freud. Jung sofreu muito com a separação, como ele mesmo afirma: “Depoisda ruptura com Freud, começou para mim período de incerteza interior, e mais que isso, de desorientação” (JUNG, 1963, p.152). 
A partir daí, os inúmeros sonhos e imagens que lhe acudiam à mente renderam um rico material a ser integrado que, segundo suas palavras, se não fosse elaborado, lhe traria um sério risco de sucumbir a uma psicose. Porém, sua força de via e sabedoria o motivaram a tentar buscar e compreender todo aquele material que aflorava proveniente do seu inconsciente:
“Os anos durante os quais me detive nessas imagens interiores constituíram a época mais importante da minha vida e neles todas as coisas essenciais se decidiram. (...) Toda a minha atividade ulterior consistiu em elaborar o que jorrava do inconsciente naqueles anos e que inicialmente me inundara: era a matéria-prima para a obra de uma vida inteira”. (JUNG, 1963, p.176).
 Carta de Freud a Jung (1913)
Foi durante toda esta fase da sua vida que Jung travou confronto com o seu inconsciente, através da interação da sua consciência com os diversos personagens que surgiram pro meio de sonhos, fantasias e imaginação, vivenciando o desenvolvimento do enredo que estar formas isncosncientes propunham. A este processo Jung chamou “Imaginação Ativa”, um método para que o indivíduo compreenda seu inconsciente e com ele interaja de modo a transformá-lo e por ele ser transformado.
Em 1912 publicou “Símbolos e Transformações da Libido”. Jung procurava entender o significado simbólico dos conteúdos do inconsciente, a fim de fazer a distinção entre a psicologia individual e a psicanálise, deu à sua disciplina o nome de “Psicologia Analítica”. Jung desenvolveu sua teoria observando o seu próprio universo interior, o qual ele expressa claramente em sua autobiografia “Memória, Sonhos e Reflexões” (1963).
 Jung em 1910
Muito interessado em mitologia, psicologia e religião, Jung questionava os dogmas protestantes e consequentemente entrava em conflito com sua família, em especial com seu pai.
Carl Gustav Jung seguiu seu caminho e destacou-se no uso de técnicas de estudos dos desenhos e dos sonhos. Ambos relacionados ao inconsciente humano. Publicou “Tipos Psicológicos” e estabeleceu as diferenças entre sua posição e a de Freud. Estudou a simbologia mitológica e religiosa. Publicou dezenas de outros estudos e trabalhos. Aos 80 anos escreveu um livro de memórias, que foi aclamado pela crítica especializada.
Jung faleceu dia 06 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa às margens do lago Zurique, em Küsnacht. Ele definiu sua vida da seguinte maneira: “Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou. Tudo o que nele repousa aspira a tornar-se acontecimento, e a personalidade, por seu lado, quer evoluir a partir de suas condições inconscientes e experimentar-se como totalidade.” Jung, 1963, p.19.
Congreso Psicoanalítico Internacional de 1911, presidido por Jung (no centro, à direita de Freud).
Psicologia Analítica 
Jung desenvolveu um sistema teórico que nomeou primeiramente como Psicologia dos Complexos, sendo que mais tarde o chamou de Psicologia Analítica, cujo cerne se reporta às diversas maneiras como o inconsciente se expressa, ou seja, aos sonhos, à imaginação e a desenhos. Dessa forma o inconsciente subdivide-se em pessoal e coletivo, sendo aquele formado para o material reprimido e complexo e este constituído por material arquetípico comum a toda humanidade.
Bibliografia:
SILVEIRA, Nise da. Jung: Vida e Obra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
http://www.jungnewyork.com em 24/11/2018.
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/antiga/2003/08/29/001.htm em 24/11/2018.
http://www.psicologiasandplay.com.br/carl-jung/ em 24/11/2018.

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