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Emancipação e Nome Civil

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EMANCIPAÇÃO e
NOME CIVIL
Prof. Dr. Paulo Roberto
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A emancipação traduz a antecipação da capacidade plena, podendo ser: 
a) emancipação voluntária: prevista no art. 5º, parágrafo único, inciso I, 1ª parte, do CC. É aquela concedida pelos pais, por escritura pública, desde que o menor tenha 16 anos completos. Tal emancipação não depende de homologação judicial. 
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A Lei de Registro Público (6.015/73), no art. 89, prevê que a emancipação voluntária é ato praticado pelos pais.
 
Art. 89. “No cartório do 1° Ofício ou da 1ª subdivisão judiciária de cada comarca serão registrados, em livro especial, as sentenças de emancipação, bem como os atos dos pais que a concederem, em relação aos menores nela domiciliados”.
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b) emancipação judicial: prevista no art. 5º, parágrafo único, I, 2ª parte, do CC. 
É aquela concedida pelo juiz, ouvido o tutor, se o menor contar com 16 anos completos.
Pode ser registrada de ofício, por ordem judicial, caso não seja realizada em 8 dias, conforme disposto na Lei de Registro Público (art. 91).
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c) emancipação legal: é aquela que decorre de um dos fatos previstos em lei (art. 5º, II a V, parágrafo único, CC).
Art. 1.517, CC: idade mínima para o casamento (capacidade núbil) é adquirida aos 16 anos de idade.
16 a 18 anos: necessita-se da autorização dos representantes legais ou do juiz para o casamento.
A pessoa, casando-se, é considerada emancipada.
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Art. 1.520, CC: admite-se casamento de pessoa com idade inferior a 16 anos, em 2 situações:
a) em caso de gravidez;
b) para evitar a imposição ou cumprimento de pena criminal.
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OBS 1: apesar da Lei nº 11.106/05 haver derrogado o art. 107 do CP, não mais contemplando o casamento como causa extintiva de punibilidade em crimes sexuais, sem violência real, é
razoável sustentar que, em havendo o matrimônio, a punibilidade seria extinta por outras vias: perdão do ofendido ou renúncia.
OBS 2: a união estável não foi contemplada com a extinção de punibilidade.
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Causas de emancipação:
1) emancipação voluntária;
2) casamento;
3) exercício de emprego público efetivo;
4) colação de grau em curso de Ensino Superior;
5) o menor que possui uma relação de emprego e tem economia própria: automaticamente é
considerado emancipado.
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O nome civil da pessoa natural é mais do que simples denominação, é de extrema relevância na vida social, por ser um direito subjetivo da personalidade e também de interesse da coletividade, já que carrega a função de distinguir os indivíduos e atribuir-lhes corretamente direitos e deveres, o que torna o nome obrigatório e regrado. 
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O vocábulo “nome”, como elemento individualizador da pessoa natural, é empregado em sentido amplo, indicando o nome completo. 
Integra a personalidade, individualiza a pessoa não só durante a sua vida como também após a sua morte, e indica a sua procedência familiar. 
Nome é a designação ou sinal exterior pelo qual a pessoa identifica-se no seio da família e da sociedade. 
 
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Para Washington de Barros Monteiro é a expressão mais característica da personalidade, o elemento inalienável e imprescritível da individualidade da pessoa, não se concebendo, na vida social, ser humano que não traga um nome.
 
Para Limongi França, nome é “a designação pela qual se identificam e distinguem as pessoas naturais, nas relações concernentes ao aspecto civil da sua vida jurídica”
 
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Destacam-se, no estudo do nome, um aspecto público e um aspecto individual. 
Aspecto público: o Estado tem interesse em que as pessoas sejam corretamente identificadas na sociedade pelo nome e, por essa razão, disciplina o seu uso na Lei dos Registros Públicos (Lei n. 6.015/73), proibindo a alteração do prenome, salvo exceções expressamente admitidas (art. 58) e o registro de prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores (art. 55, parágrafo único). 
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Aspecto individual: consiste no direito ao nome, no poder reconhecido ao seu possuidor de por ele designar-se. Art. 16 do CC: ''toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”.
Esse direito abrange o de usá-lo e de defendê-lo contra usurpação, como no caso de direito autoral, e contra exposição ao ridículo. 
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O uso desses direitos é protegido mediante ações (Têm dupla finalidade: 
a) a retificação, para que seja preservado o verdadeiro; 
b) a contestação, para que terceiro não use o nome, ou não o exponha ao desprezo público), que podem ser propostas independentemente da ocorrência de dano material, bastando que haja interesse moral.
 
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Possibilidade de alteração do nome:
Ver artigo 58 da Lei de Registros Públicos.
Hipóteses:
a) Causas Necessárias: decorrentes da modificação do estado de filiação (reconhecimento/contestação de paternidade; adoção) ou alteração do nome dos pais. – Preserva-se sempre o NOME DE FAMÍLIA.
 
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Possibilidade de alteração do nome:
Ver artigo 58 da Lei de Registros Públicos.
Hipóteses:
b) Causas Voluntárias: casamento (independe de autorização judicial) – artigo 1565 do CC.
 Homem ou mulher, por ocasião do casamento civil, podem adotar o sobrenome do cônjuge ou continuar com o nome de solteiro(a).
As regras para suprimir nomes intermediários e/ou sobrenome dependem de análise e aprovação do Promotor de Justiça que atuar no processo de habilitação para o casamento.
 
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Possibilidade de alteração do nome:
Outras Causas Voluntárias: dependem necessariamente de autorização judicial.
Ação cabível: Ação de retificação voluntária de registro de nome (trata-se de uma ação constitutiva negativa). 
Prazo decadencial: 1 ano após completada a maioridade civil.
Ver também: artigo 58, parágrafo único da Lei de Registros Públicos.
 
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Possibilidade de alteração do nome:
Caso do parágrafo único do art. 55, LRP, se o oficial não o houver impugnado por expor ao ridículo o seu portador, depende de distribuição, perante o juiz, de procedimento de retificação de nome, na forma do art. 109 da mencionada lei. 
Incluem-se nesse caso as hipóteses de pessoas do sexo masculino registradas com nome feminino e vice-versa. 
Tem a jurisprudência admitido a retificação não só do prenome como também de outras partes esdrúxulas do nome. 
 
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Possibilidade de alteração do nome:
A Lei n. 9.708, de 18 de novembro de 1998, deu ao art. 58 da Lei dos Registros Públicos a seguinte redação: 
“O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios”. 
Na primeira parte, a nova redação segue, em princípio, a regra anterior, ao prescrever que o prenome será definitivo, de modo a evitar eventuais alterações indesejáveis para a segurança das relações jurídicas. 
 
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Possibilidade de alteração do nome:
Os apelidos públicos notórios somente eram acrescentados entre o prenome, que era imutável, e o sobrenome, como aconteceu com Luiz Inácio “Lula” da Silva e Maria da Graça “Xuxa” Meneghel, por exemplo. 
Agora, podem eles substituir o prenome, se quiserem. Se o desejar, Edson Arantes do Nascimento poderá passar a chamar-se Pelé Arantes do Nascimento, por exemplo. 
 
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ESTADO DA PESSOA NATURAL: 
Segundo Orlando Gomes: “estado em direito privado, é noção técnica destinada a caracterizar a posição jurídica da pessoa no meio social”.
Espécies de estado:
Estado Político: classifica as pessoas em nacionais e estrangeiras (Direito Constitucional).
Estado Familiar: categoria segundo o Direito de Família. Diz respeito ao parentesco consanguíneo ou por afinidade.
Estado Individual: baseia-se na condição física do indivíduo que influencia seu poder de agir. 
 
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ESTADO DA PESSOA NATURAL: 
Os atributos da pessoa, componentes de seu estado, caracterizam-se pela:
IRRENUNCIABILIDADE;INALIENABILIDADE;
IMPRESCRITIBILIDADE.
Ninguém pode pretender vender ou renunciar ao seu estado de filho ou de brasileiro, por exemplo.
 
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REGISTRO CIVIL: 
“É instituição administrativa que tem por objetivo imediato a publicidade dos fatos jurídicos de interesse das pessoas e da sociedade. Sua função é dar autenticidade, segurança e eficácia aos fatos jurídicos de maior relevância para a vida e os interesses dos sujeitos de direito”. (FRANCISCO AMARAL)
 
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REGISTRO CIVIL: 
Lei 6.015/73 – Lei dos Registros Públicos;
Artigo 1º
Artigo 29
Artigo 52
 
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EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL: 
Pela Morte Civil: ultrapassado em nosso Ordenamento Jurídico (no passado: pessoas com penas perpétuas e religiosos enclausurados)
Morte Presumida: artigo 6ª CC (ver artigo 9º, IV).
* Ausência.
a) Curadoria dos bens do ausente (pg. 176/177 – Stolze);
b) Sucessão provisória (pg. 177 – Stolze);
c) Sucessão definitiva (pg. 178 – Stolze);
d) Retorno do ausente (pg. 179 – Stolze);
Morte simultânea (Comoriência)

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