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TERMINACAO DO CONTRATO

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Flávio Nunes - Professor
Direito do Trabalho
Flávio Nunes - Professor
Apresentação
 Professor: Flávio Filgueiras Nunes;
 Titulação: Mestre em Direito;
 Contato:
▪ E-mail: professor@flavionunes.adv.br;
▪ Site: www.flavionunesprofessor.com.br;
▪ Instagram e Facebook: @flavionunesprofessor;
▪ Telefones: (32) 98812-4729; (32) 3231-3911.
Flávio Nunes - Professor
Terminação 
do Contrato 
Individual de 
Trabalho
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Terminologia:
a) Rescisão (§1º e 2º do art. 477, 482, 483, 484 da
CLT dentre outros);
b) Terminação e cessação (caput do art. 477 da
CLT);
c) Dissolução (art. 477,§2º da CLT).
O autor Sussekind e a OIT utilizam a expressão
terminação.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Verbas terminativas
a) Saldo de Salário (art. 464 CLT);
b) Aviso Prévio (art. 487 CLT);
c) Férias com o terço
▪ Férias Simples (art. 130 CLT);
▪ Férias Dobrada (art. 137 CLT);
▪ Férias proporcionais (art. 146, parágrafo único CLT);
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
d) Décimo Terceiro Salário
Art. 7º, VIII CF - décimo terceiro salário com base na remuneração
integral ou no valor da aposentadoria;
Lei n. 4.090/62
Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga,
pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da
remuneração a que fizer jus.
§ 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida
em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.
§ 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida
como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
d) Décimo Terceiro Salário
Lei n. 4749/65
Art. 1º - A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13 de
julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de
cada ano, compensada a importância que, a título de adiantamento, o
empregado houver recebido na forma do artigo seguinte.
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 2º - Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o
empregador pagará, como adiantamento da gratificação referida no artigo
precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo
empregado no mês anterior.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
e) Multa de 40% sobre o FGTS
Lei n. 8.036/90
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do
empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do
trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês
da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido
recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa,
depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância
igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados
na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados
monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior,
reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º
será de 20 (vinte) por cento.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
e) Multa de 40% sobre o FGTS
Lei n. 8.036/90
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do
empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do
trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês
da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido
recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa,
depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância
igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados
na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados
monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior,
reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º
será de 20 (vinte) por cento.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Documentos terminativos
a) ANOTAÇÃO DA CTPS;
b) TRCT;
C) CHAVE DE CONECTIVIDADE;
D) GUIA SD.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Obrigações decorrentes da terminação
Previsão: art. 477 da CLT
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o
empregador deverá proceder à anotação na Carteira de
Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos
órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas
rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste
artigo.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Discriminação das verbas terminativas devidas
Previsão: art. 477, §2º da CLT
§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação,
qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do
contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela
paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo
válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas
parcelas.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Discriminação das verbas terminativas devidas
Súmula nº 330 do TST - QUITAÇÃO. VALIDADE.
A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade
sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos
requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia
liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no
recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado
à parcela ou parcelas impugnadas.
I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de
quitação e, consequentemente, seus reflexos em outras parcelas,
ainda que estas constem desse recibo.
II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a
vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao
período expressamente consignado no recibo de quitação.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Pagamento das verbas terminativas
Previsão: art. 477, §4º da CLT
§ 4o O pagamento a que fizer jus o empregado será
efetuado:
I - em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado,
conforme acordem as partes; ou
II - em dinheiro ou depósito bancário quando o
empregado for analfabeto.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Pagamento das verbas terminativas
EMENTA: ACERTO RESCISÓRIO. PAGAMENTO COM CHEQUE.
VALIDADE. O § 4º do art. 477, da CLT, permite o pagamento do
acerto rescisório com cheque visado, exceto se o empregado for
analfabeto, situação em que o acerto deve ser pago somente em
dinheiro. Porém, o empregador assume o risco pela possível
ausência de fundos do cheque passado ao empregado, o que
ensejaria a não quitação das parcelas rescisórias. Tal fato, assim,
faria o empregador violar o prazo estabelecido no § 6º do art. 477,
da CLT, e, consequentemente, incorrer na multa do § 8º do mesmo
artigo. (TRT da 3.ª Região; Processo: 0001200-74.2012.5.03.0014
RO; Data de Publicação: 22/04/2013; Disponibilização: 19/04/2013,
DEJT, Página 86; Órgão Julgador: Terceira Turma; Relator: Camilla
G.Pereira Zeidler; Revisor: Convocada Maria Cristina Diniz Caixeta)
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Pagamento das verbas terminativas
EMENTA: ACERTO RESCISÓRIO. PAGAMENTO COM CHEQUE.
VALIDADE. O § 4º do art. 477, da CLT, permite o pagamento do
acerto rescisório com cheque visado, exceto se o empregado for
analfabeto, situação em que o acerto deve ser pago somente em
dinheiro. Porém, o empregador assume o risco pela possível
ausência de fundos do cheque passado ao empregado, o que
ensejaria a não quitação das parcelas rescisórias. Tal fato, assim,
faria o empregador violar o prazo estabelecidono § 6º do art. 477,
da CLT, e, consequentemente, incorrer na multa do § 8º do mesmo
artigo. (TRT da 3.ª Região; Processo: 0001200-74.2012.5.03.0014
RO; Data de Publicação: 22/04/2013; Disponibilização: 19/04/2013,
DEJT, Página 86; Órgão Julgador: Terceira Turma; Relator: Camilla
G.Pereira Zeidler; Revisor: Convocada Maria Cristina Diniz Caixeta)
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Compensação do crédito empresarial na ocasião da
terminação.
Previsão: art. 477, §5º da CLT
§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata
o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a
um mês de remuneração do empregado.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Prazo para cumprimento das obrigações decorrentes
da terminação
Previsão: art. 477, §6º da CLT
§ 6o A entrega ao empregado de documentos que
comprovem a comunicação da extinção contratual aos
órgãos competentes bem como o pagamento dos valores
constantes do instrumento de rescisão ou recibo de
quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a
partir do término do contrato.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Consequência em caso de não cumprimento do Prazo
da CLT
Previsão: art. 477, §8º da CLT
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo
sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador,
bem assim ao pagamento da multa a favor do
empregado, em valor equivalente ao seu salário,
devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN,
salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der
causa à mora.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Consequência em caso de não cumprimento do Prazo
da CLT
Nota:
▪ Multa Administrativa aplicada pelo MTE (160 BTN);
▪ Multa individual destinada ao empregado (1 salário do
empregado);
▪ A multa se aplica em caso de não entrega dos
documento e ou pagamento das verbas terminativas
(obrigação complexa).
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Jurisprudência:
▪ Súmula n. 388 do TST. MASSA FALIDA. ARTS. 467 E 477 DA CLT.
INAPLICABILIDADE. A Massa Falida não se sujeita à penalidade
do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT.
▪ Súmula n. 445 do TST. INADIMPLEMENTO DE VERBAS
TRABALHISTAS. FRUTOS. POSSE DE MÁ-FÉ. ART. 1.216 DO
CÓDIGO CIVIL. INAPLICABILIDADE AO DIREITO DO TRABALHO.
A indenização por frutos percebidos pela posse de má-fé,
prevista no art. 1.216 do Código Civil, por tratar-se de regra
afeta a direitos reais, mostra-se incompatível com o Direito do
Trabalho, não sendo devida no caso de inadimplemento de
verbas trabalhistas.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Jurisprudência:
▪ Súmula n. 462 do TST. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA
CLT. INCIDÊNCIA. RECONHECIMENTO JUDICIAL DA
RELAÇÃO DE EMPREGO. A circunstância de a relação
de emprego ter sido reconhecida apenas em juízo não
tem o condão de afastar a incidência da multa prevista
no art. 477, §8º, da CLT. A referida multa não será
devida apenas quando, comprovadamente, o
empregado der causa à mora no pagamento das
verbas rescisórias.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Jurisprudência:
▪ OJ n. 162 da SDI-1 do TST. MULTA. ART. 477 DA CLT.
CONTAGEM DO PRAZO. APLICÁVEL O ART. 132 DO
CÓDIGO CIVIL DE 2002. A contagem do prazo para
quitação das verbas decorrentes da rescisão contratual
prevista no artigo 477 da CLT exclui necessariamente o
dia da notificação da demissão e inclui o dia do
vencimento, em obediência ao disposto no artigo 132
do Código Civil de 2002 (artigo 125 do Código Civil de
1916).
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Jurisprudência:
▪ OJ n. 238 da SDI-1 do TST. MULTA. ART. 477 DA CLT.
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁVEL.
Submete-se à multa do artigo 477 da CLT a pessoa
jurídica de direito público que não observa o prazo
para pagamento das verbas rescisórias, pois nivela-se a
qualquer particular, em direitos e obrigações,
despojando-se do "jus imperii" ao celebrar um
contrato de emprego.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 O Poder Liberatório da CTPS baixada
Previsão: §10 do art. 477 da CLT
§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de
Trabalho e Previdência Social é documento hábil para
requerer o benefício do seguro-desemprego e a
movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, desde que a
comunicação prevista no caput deste artigo tenha sido
realizada.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 Homologação da Terminação perante o Sindicato ou
MTE
Revogação: §1º, 3º e 7º do art. 477 da CLT
Nota:
▪ Não há mais a necessidade de homologação perante o
Sindicato ou MTE, exceto para em caso de pedido de
demissão de empregado estável (art. 500 da CLT).
ATENÇÃO
Art. 500 da CLT - O pedido de demissão do empregado estável só
será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato
e, se não o houver, perante autoridade local competente do
Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do
Trabalho.
Flávio Nunes - Professor
Terminação
dos Contratos
Por Prazo
Determinado
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO NO TERMO;
❖ TERMINAÇÃO ANTECIPADA POR INICIATIVA DO
EMPREGADOR;
❖ TERMINAÇÃO ANTECIPADA POR INICIATIVA DO
EMPREGADO;
❖ TERMINAÇÃO COM CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DO
DIREITO RECÍPROCO DE TERMINAÇÃO.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO NO TERMO;
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Férias com 1/3 (Simples, Dobrada e ou Proporcional);
▪ 13º salário (integral e ou Proporcional;
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO ANTECIPADA POR INICIATIVA DO
EMPREGADOR;
❖ Previsão: art. 479 da CLT.
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o
empregador que, sem justa causa, despedir o empregado
será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por
metade, a remuneração a que teria direito até o termo do
contrato.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO ANTECIPADA POR INICIATIVA DO
EMPREGADOR;
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Férias com 1/3 (Simples, Dobrada e ou Proporcional);
▪ 13º salário (integral e ou Proporcional);
▪ Multa do art. 479 da CLT.
▪ Multa de 40% sobre FGTS? (Ponto Polêmico)
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Ponto Polêmico:
a) Multa de 40% sobre o FGTS
Art. 18, §1º da Lei 8.036/90
Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa
causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador
no FGTS, importância igual a quarenta por cento do
montante de todos os depósitos realizados na conta
vinculada durante a vigência do contrato de trabalho,
atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos
juros.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Ponto Polêmico:
a) Multa de 40% sobre o FGTS
Decreto n. 99.684/90.
Art. 14. No caso de contrato a termo, a rescisão
antecipada, sem justa causa ou com culpa recíproca,
equipara-se às hipóteses previstas nos §§ 1° e 2° do art.
9°, respectivamente, sem prejuízo do disposto no art. 479
da CLT.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Decisão do TST: 
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Proc.: RR-120600 -94.2009.5.06.0017
a relatora que examinou o recurso do atleta no TST, ministra
Dora Maria da Costa, reformou a decisão regional,
afirmando que o trabalhador tem direito à indenização de
40% dos depósitos fundiários, prevista no artigo 18,
parágrafo 1º, daLei 8.036/90, quando o empregador o
despede de forma imotivada. Trata-se de indenização
relacionada ao tempo de serviço, distinta daquela prevista
no artigo 479 da CLT, que tem por fundamento o
descumprimento do contrato. A relatora destacou ainda que
o artigo 18 da Lei 8.036 não faz distinção entre o empregado
contratado por prazo determinado daquele contratado por
prazo indeterminado.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
TRT DA 3ª REGIÃO
EMENTA: CONTRATO A TERMO - ANTECIPAÇÃO DA
RESCISÃO. A mera antecipação do fim do contrato de
trabalho por prazo determinado não modifica a sua
natureza jurídica de contrato a termo, não se alterando,
por consequência, o prazo para o acerto rescisório e,
tampouco, as verbas devidas em tal módulo contratual.
(TRT da 3.ª Região; PJe: 0011303-33.2014.5.03.0027 (RO);
Disponibilização: 09/05/2016, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 146; Órgão
Julgador: Quinta Turma; Relator: Convocado Joao Bosco de Barcelos
Coura)
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO ANTECIPADA POR INICIATIVA DO
EMPREGADO;
❖ Previsão: art. 480 da CLT.
Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não
se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena
de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos
que desse fato lhe resultarem.
§ 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a
que teria direito o empregado em idênticas condições.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO ANTECIPADA POR INICIATIVA DO EMPREGADO;
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Férias com 1/3 (Simples, Dobrada e ou Proporcional);
▪ 13º salário (integral e ou Proporcional);
▪ Desconto da multa do art. 480 da CLT.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
EMENTA: CONTRATO A TERMO. RESCISÃO ANTECIPADA
DE INICIATIVA DO TRABALHADOR. INDENIZAÇÃO DO
ART. 480 DA CLT. REQUISITO PARA APLICAÇÃO EM FAVOR
DA EMPREGADORA.
Na hipótese concreta examinada, a empregadora admite,
expressamente, que apenas "inverteu", em seu benefício,
o regramento do art. 479 da CLT, descontando no TRCT a
rubrica que denominou "multa do art. 480 da CLT", tendo
computado, pela metade, a remuneração do tempo
faltante para encerramento do contrato a termo, extinto
antecipadamente por iniciativa do empregado.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
No entanto, se fosse essa a intenção do legislador, por
certo não existiriam dois dispositivos, que buscam,
claramente, tratar desigualmente os desiguais. Haveria
apenas o art. 479 estabelecendo que, em caso de
rompimento antecipado, aquele que lhe desse causa
arcaria com a indenização pelo tempo faltante. Nada
mais. Se existem dois dispositivos, é porque o legislador
entendeu que a parte frágil da relação contratual
somente teria que arcar com o efetivo prejuízo que seu
ato viesse a causar.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Prejuízo concreto e demonstrável, cujo ônus da prova
incumbe à parte que o alega (art. 818 da CLT). Ainda que,
eventualmente, considere-se injusta a dualidade legal de
tratamento, o fato é que esta ainda vige e merece
aplicação. Recurso provido.
(TRT da 3.ª Região; Processo: 0001807-65.2015.5.03.0052
RO; Data de Publicação: 22/03/2016; Disponibilização:
21/03/2016, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 540; Órgão
Julgador: Decima Primeira Turma; Relator: Convocado
Antonio Carlos R.Filho; Revisor: Convocado Jose Nilton
Ferreira Pandelot)
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO COM CLÁUSULA ASSEGURATÓRIA DO
DIREITO RECÍPROCO DE TERMINAÇÃO ANTECIPADA:
❖ Previsão: art. 481 da CLT.
Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que
contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de
rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se,
caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os
princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo
indeterminado.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
DETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO COM CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DO
DIREITO RECÍPROCO DE TERMINAÇÃO:
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Aviso Prévio (trabalhado ou indenizado);
▪ Férias com 1/3 (Simples, Dobrada e ou Proporcional);
▪ 13º salário (integral e ou Proporcional;
▪ Multa de 40% sobre o FGTS quando a iniciativa for do
Empregador.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
EMENTA: CONTRATO A TERMO. DIREITO RECÍPROCO DE
RESCISÃO ANTECIPADA. Havendo cláusula contratual
expressa no sentido de assegurar às partes o direito
recíproco de rescisão antecipada, a demissão da
reclamante é circunstância que afasta o direito do
empregador à indenização pelos prejuízos que deste fato
lhe resultarem (inteligência dos artigos 480 e 481 da CLT).
(TRT da 3.ª Região; Processo: 0001582-46.2013.5.03.0139
RO; Data de Publicação: 02/12/2015; Disponibilização:
01/12/2015, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 141; Órgão
Julgador: Segunda Turma; Relator: Convocado Helder
Vasconcelos Guimaraes; Revisor: Jales Valadao Cardoso)
Flávio Nunes - Professor
Terminação 
dos Contratos 
Por Prazo 
Indeterminado
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
INDETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO SEM MOTIVAÇÃO;
❖ TERMINAÇÃO COM MOTIVAÇÃO.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
INDETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO SEM MOTIVAÇÃO:
A. DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA;
B. PEDIDO DE DEMISSÃO;
C. DISTRATO
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
A. DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA
❖ Terminação sem motivação por iniciativa do
EMPREGADOR.
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Aviso Prévio (trabalhado ou indenizado);
▪ Férias com 1/3 (Simples, Dobrada e ou Proporcional);
▪ 13º salário (integral e ou Proporcional;
▪ Multa de 40% sobre o FGTS.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
B. PEDIDO DE DEMISSÃO
❖ Terminação sem motivação por iniciativa do
EMPREGADO.
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Aviso Prévio (trabalhado ou indenizado);
▪ Férias com 1/3 (Simples, Dobrada e ou Proporcional);
▪ 13º salário (integral e ou Proporcional;
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
C. DISTRATO DO CONTRATO DE TRABALHO
Previsão: art. 484-A da CLT
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por
acordo entre empregado e empregador, caso em que
serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I - por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei
no 8.036, de 11 de maio de 1990;
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo
permite a movimentação da conta vinculada do
trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de
maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do
valor dos depósitos.
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista
no caput deste artigo não autoriza o ingresso no
Programa de Seguro-Desemprego.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 CRITICA:
▪ Necessidade de observação dos Princípios da
Continuidade da Relação de Emprego e da
Irrenunciabilidade dos Direitos do Trabalho;
▪ Necessidade de observar a isonomia das formas:
Art. 472 do CC. O distrato faz-se pela mesma forma exigida
para o contrato.
▪ Necessidade de realização de forma escrita;
▪ Não tem efeito de quitação geral, podendoo
empregado alegar o vício do consentimento.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 TERMINAÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO
INDETERMINADO
❖ TERMINAÇÃO COM MOTIVAÇÃO:
A. DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA;
B. RESCISÃO INDIRETA;
C. CULPA RECÍPROCA.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
A. DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA
❖ Terminação com motivação por iniciativa do
EMPREGADOR, em razão de ato ilícito praticado pelo
EMPREGADO;
❖ Previsão legal: art. 482 da CLT (Rol Taxativo);
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Aviso Prévio (será descontado, art. 487, §2º da CLT);
▪ Férias com 1/3 (Simples, Dobrada, art. 146 da CLT);
▪ 13º salário (integral, Lei 4.090/62).
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
❖ ROL TAXATIVO DE CONDUTAS ENSEJADORAS DA
DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do
contrato de trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem
permissão do empregador, e quando constituir ato de
concorrência à empresa para a qual trabalha o
empregado, ou for prejudicial ao serviço;
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
d) condenação criminal do empregado, passada em
julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da
pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
f) embriaguez habitual ou em serviço;
 Diferenciação entre Embriaguez habitual e a em
serviço;
 Embriaguez habitual é a que decorre da dependência
química;
 A OMS reconhece a dependência química como
doença grave;
 O empregado identificado como dependente químico
deverá ser afastado para tratamento, ficando o seu
contrato interrompido ou suspenso.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 A Embriaguez em serviço pode decorrer da
dependência química ou do mau comportamento;
 Decorrendo da dependência química deverá ser
afastado para tratamento, ficando o contrato
interrompido ou suspenso;
 Decorrendo do mau comportamento poderá ser
dispensado por justa causa.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 SÚMULA N. 443 DO TST:
DISPENSA DISCRIMINATÓRIA. PRESUNÇÃO. EMPREGADO
PORTADOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA OU
PRECONCEITO. DIREITO À REINTEGRAÇÃO.
Presume-se discriminatória a despedida de empregado
portador do vírus HIV ou de outra doença grave que
suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o
empregado tem direito à reintegração no emprego.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 PROJETO DE LEI:
PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 48, DE 2010
“Art. 482. [...]
f) embriaguez em serviço;
[...]
§ 2º Em relação ao alcoolista crônico cuja condição seja
comprovada clinicamente, a ocorrência do fato arrolado na
alínea ‘f’ somente permitirá a rescisão do contrato de trabalho
caso o empregado se recuse a se submeter a tratamento.”
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Bafômetro não gera dano moral a empregado
Fonte: Valor Econômico, por Adriana Aguiar, 17.09.2012
Em nome da segurança no local de trabalho, a Justiça têm admitido
que as empresas submetam seus funcionários a testes de
bafômetro, sem que isso desencadeie condenações por dano
moral. As companhias, porém, só pode adotar esse procedimento
em áreas que ofereçam riscos ao empregado e a terceiros e
submeter ao teste todos que trabalham no setor.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi unânime ao
decidir a favor de uma empresa do setor químico que realizava
testes de bafômetro nos trabalhadores da parte operacional. O
empregado que foi ao Judiciário, fazia a carga e descarga de silos de
polietileno por meio de uma empilhadeira, em uma área
considerada de risco.
Ele alegou que os testes para detectar o uso de álcool esbarram em
princípios constitucionais da inviolabilidade da vida privada e da
intimidade, segundo os quais ninguém é obrigado a produzir provas
contra si mesmo.
Flávio Nunes - Professor
No caso, porém, os ministros entenderam que não houve violação à
honra e dignidade do trabalhador, pois os testes tinham como
finalidade a prevenção de acidentes e aplicado a todos os
trabalhadores do setor. No tribunal há outros julgamentos no
mesmo sentido.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas também negou
o pedido de danos morais do ex-motorista de uma empresa de
transportes submetido ao teste. Ele alegava que tinha sido tratado
de forma rude e humilhante, ao ser obrigado a entregar as chaves
do veículo, antes de manobrá-lo, por suspeita de embriaguez.
Flávio Nunes - Professor
Segundo ele, a repercussão foi tamanha que ficou conhecido na
vizinhança de sua casa, como "Glauco Bafômetro". Contudo, os
desembargadores entenderam que não houve comprovação do
suposto constrangimento.
Para os magistrados, se o próprio motorista não ficou sabendo do
resultado do teste para evitar que os colegas presentes tivessem
conhecimento, não se poderia dizer que a empresa tenha
contribuído para que a notícia se espalhasse entre vizinhos.
No caso de motoristas, além de jurisprudência favorável ao teste, a
Lei nº 12.619, de 30 de abril deste ano, autoriza expressamente o
procedimento para a categoria. A norma inseriu o inciso VII, no
artigo 235-B, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para
permitir a realização do teste pelo empregador. O texto ainda
estipula que a recusa do empregado será considerada infração
disciplinar.
Flávio Nunes - Professor
Para Túlio de Oliveira Massoni, professor e advogado do Amauri
Mascaro Nascimento & Sonia Mascaro Advogados, a lei que estipula
esse direito às empresas de transporte, poderia ser ampliada, como
tem sido em decisões judiciais, para outros setores que envolvem
risco, como as indústrias químicas, atividade de corte de cana,
metalurgia e construção civil.
A Justiça, segundo Massoni, tende a ter uma atitude mais
preventiva em relação ao problema do alcoolismo e a aceitar que se
faça teste de bafômetro, desde que se estenda a todos que atuam
em áreas de risco da empresa.
O número de acidentes que envolve estado de embriaguez e de
afastamentos pelo INSS em razão do alcoolismo vem crescendo nos
últimos anos. Em 2011, foram concedidos 13.445 auxílios-doenças
pelo uso de álcool. Um número maior do que em 2010, quando
foram autorizados 12.462 auxílios e em 2009 com 12.099, segundo
dados fornecidos pelo Ministério da Previdência Social.
Flávio Nunes - Professor
Com diversas decisões judiciais a favor das empresas, há uma maior
segurança para que se possa adotar o procedimento com os
empregados que atuem em setores de risco, avalia a advogada
Mayra Palópoli, do Palópoli & Albrecht Advogados. Para isso, Mayra
alerta ser importante que a prática conste no regulamento interno
da empresa.
"O empregado deve ter ciência desde a sua admissão que será
submetido de forma obrigatória ao teste", afirma. A empresa ainda
deve respeitar a individualidade dos empregados e jamais expor os
resultados perante os trabalhadores, o que poderia desencadear
uma condenação por dano moral, de acordo com a advogada.
Mas nem sempre a Justiça admitiu a possibilidade de realização do
procedimento para avaliar o teor alcoólico em funcionários.
Flávio Nunes - Professor
O advogado Marcel Cordeiro, do Salusse Marangoni Advogados,
lembra que recebeu uma consulta sobre o tema, há cerca de dois
anos, de uma empresa de estampagem para a indústria
automobilística, que utiliza prensas de cerca de 800 toneladas.
"Naquela época, a jurisprudência era desfavorável. Hoje jáse pode
recomendar", afirma.
Se a empresa, porém, submete apenas um de seus trabalhadores ao
teste, a Justiça tem concedido o dano moral. Foi o que ocorreu em
uma decisão na 2ª Vara do Trabalho de Mauá, da Região
Metropolitana de São Paulo.
O trabalhador de uma empresa de transportes alegou ter sido
perseguido por ser o único motorista obrigado a realizar teste de
bafômetro. O juiz do trabalho Moisés dos Santos Heitor condenou a
empresa a pagar R$ 6,2 mil por danos morais ao funcionário.
Flávio Nunes - Professor
A condenação às empresas também tem ocorrido quando o
empregado submetido ao teste não está em área de risco. Foi o que
ocorreu em um caso julgado em fevereiro pela 8ª Turma do TST. A
empresa do ramo de transportes foi obrigada a pagar 50 vezes o
valor da remuneração do trabalhador, de R$ 600.
Isso porque a companhia teria realizado diariamente o teste no
cobrador de ônibus. A turma julgadora entendeu que, sendo o
reclamante cobrador e não motorista, não há como entender que,
com o teste do bafômetro, a companhia pretendia prevenir
acidentes e proteger os usuários do transporte. Por esse motivo, o
tribunal manteve a condenação de segunda instância.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 MOTORISTA PROFISSIONAL EMPREGADO
Art. 235-B. São deveres do motorista profissional empregado:
[...]
V - colocar-se à disposição dos órgãos públicos de fiscalização na via
pública;
VII - submeter-se a exames toxicológicos com janela de detecção
mínima de 90 (noventa) dias e a programa de controle de uso de
droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com sua
ampla ciência, pelo menos uma vez a cada 2 (dois) anos e 6 (seis)
meses, podendo ser utilizado para esse fim o exame obrigatório
previsto na Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de
Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos 60 (sessenta)
dias.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 MOTORISTA PROFISSIONAL EMPREGADO
ATENÇÃO:
Parágrafo único. A recusa do empregado em submeter-se
ao teste ou ao programa de controle de uso de droga e de
bebida alcoólica previstos no inciso VII será considerada
infração disciplinar, passível de penalização nos termos da
lei.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
d) condenação criminal do empregado, passada em
julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da
pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço
contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas
condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou
de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas
praticadas contra o empregador e superiores
hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou
de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos
em lei para o exercício da profissão, em decorrência de
conduta dolosa do empregado.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
ATENÇÃO:
▪ Parágrafo único do Art. 482 da CLT - Constitui
igualmente justa causa para dispensa de empregado a
prática, devidamente comprovada em inquérito
administrativo, de atos atentatórios à segurança
nacional. (Incluído pelo Decreto-lei nº 3, de
27.1.1966)
▪ O Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966 foi Revogado pela Lei
nº 8.630, de 25.2.1993
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
B. RESCISÃO INDIRETA
❖ Terminação com motivação por iniciativa do
EMPREGADO, em razão de ato ilícito praticado pelo
EMPREGADOR;
❖ A terminação ocorrerá mediante sentença judicial;
❖ Previsão legal: art. 483 da CLT (Rol Taxativo);
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Aviso Prévio (indenizado);
▪ Férias com 1/3 (Simples, Dobrada e ou Proporcional);
▪ 13º salário (integral e ou Proporcional);
▪ Multa de 40% sobre o FGTS.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o
contrato e pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças,
defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios
ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores
hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou
pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no
fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou
de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por
peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou
rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações
legais, incompatíveis com a continuação do serviço  DIREITO DE
RESISTÊNCIA.
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa
individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de
trabalho AUTONOMIA DA VONTADE
§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado
pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das
respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até
final decisão do processo.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
C. CULPA RECÍPROCA
❖ Terminação com motivação por iniciativa em razão de
ato ilícito praticado por EMPREGADO e EMPREGADOR;
❖ A terminação ocorrerá mediante sentença judicial;
❖ Previsão legal: art. 484 da CLT;
❖ Verbas terminativas devidas:
▪ Saldo de Salário;
▪ Aviso Prévio (indenizado)METADE;
▪ Férias com 1/3 (Simples e Dobrada de forma integral) e ou
Proporcional (METADE);
▪ 13º salário (Proporcional METADE);
▪ Multa de 20% sobre o FGTS.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
C. CULPA RECÍPROCA
❖ NOTA:
 O EMPREGADO TEM DIREITO A SACAR A TOTALIDADE DO SALDO DO
FGTS;
 NÃO TEM DIREITO AO SEGURO DESEMPREGO.
Art. 484 da CLT - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a
rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a
indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do
empregador, por metade.
Flávio Nunes - Professor
Formas Especiais
ou menos comum
de Terminação 
do Contrato de
Trabalho
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 PARTICIPAÇÃO DOS SINDICATOS NAS TERMINAÇÕES
IMOTIVADAS PLÚRIMAS E COLETIVAS
Previsão: art. 477-A da CLT
Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas
ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não
havendo necessidade de autorização prévia de entidade
sindical ou de celebração de convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 PARTICIPAÇÃO DOS SINDICATOS NAS TERMINAÇÕES
IMOTIVADAS PLÚRIMAS E COLETIVAS
 Notas:
▪ Ausência de previsão normativa antes da reforma;
▪ Caso Embraer de São José dos Campos dispensou
cerca de 4,2 mil trabalhadores em 2009, da noite para
o dia, sem um acerto com o sindicato dos
trabalhadores;
▪ Transformação em dissídio coletivo, julgado
procedente em parte pelo TRT da 15ª Região, que
declarou abusiva a dispensa coletiva, por ausência de
negociação coletiva com o sindicato dos trabalhadores.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
▪ Tribunal Superior do Trabalho apreciou o tema (DC -
00309/2009-000-15-00.4) e, por maioria de votos,fixou
entendimento no sentido de que demissão em massa,
diante das graves consequências econômicas e sociais
dela decorrente deve, antes, ser submetida à negociação
com o sindicato dos trabalhadores, com o objetivo não de
proibi-la, porque não há lei que assim estabeleça, mas,
para se encontrar mecanismos que diminuam seus
impactos para a sociedade.
▪ Transcrição de parte do Julgado (DC - 00309/2009-000-15-
00.4): [...] A massificação das dinâmicas e dos problemas
das pessoas e grupos sociais nas comunidades humanas,
hoje, impacta de modo frontal a estrutura e o
funcionamento operacional do próprio Direito.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Parte significativa dos danos mais relevantes na presente
sociedade e das correspondentes pretensões jurídicas têm
natureza massiva. O caráter massivo de tais danos e
pretensões obriga o Direito a se adequar, deslocando-se da
matriz individualista de enfoque, compreensão e
enfrentamento dos problemas a que tradicionalmente
perfilou-se. [...] As dispensas coletivas realizadas de maneira
maciça e avassaladora, somente seriam juridicamente
possíveis em um campo normativo hiperindividualista, sem
qualquer regulamentação social, instigador da existência de
mercado hobbesiano na vida econômica, inclusive entre
empresas e trabalhadores, tal como, por exemplo, respaldado
por Carta Constitucional como a de 1891, já há mais um
século superada no país.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
Na vigência da Constituição de 1988, das convenções
internacionais da OIT ratificadas pelo Brasil relativas a direitos
humanos e, por conseqüência, direitos trabalhistas, e em face
da leitura atualizada da legislação infraconstitucional do país,
é inevitável concluir-se pela presença de um Estado
Democrático de Direito no Brasil, de um regime de império da
norma jurídica (e não do poder incontrastável privado), de
uma sociedade civilizada, de uma cultura de bem-estar social
e respeito à dignidade dos seres humanos, tudo repelindo,
imperativamente, dispensas massivas de pessoas, abalando
empresa, cidade e toda uma importante região. Em
consequência, fica fixada, por interpretação da ordem jurídica,
a premissa de que – a negociação coletiva é imprescindível
para a dispensa em massa de trabalhadores.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
▪ Posição do TST após a edição do art. 477-A da CLT:
RECLAMAÇÃO CORREICIONAL: 1000393-87.2017.5.00.0000
REQUERENTE: SOCIEDADE DE EDUCACAO RITTER DOS REIS LTDA.
[...] Assim, impedir instituição de ensino de realizar demissões nas
janelas de julho e dezembro, louvando-se exclusivamente no fato
do número de demissões realizadas, ao arrepio da lei e do princípio
da legalidade, recomenda a intervenção da Corregedoria-Geral da
Justiça do Trabalho, ocasionalmente exercida pela Presidência do
TST, para restabelecer o império da lei e impedir o dano irreparável
que sofrerá a entidade de ensino, cerceada no gerenciamento de
seus recursos humanos, financeiros e orçamentários,
comprometendo planejamento de aulas, programas pedagógicos e
sua situação econômica.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
▪ Críticas ao art. 477-A da CLT:
✓ O dispositivo legal é formalmente inconstitucional,
porque de acordo com o artigo 7º e inc. I da
Constituição Federal, a regulamentação deverá ocorrer
por meio de lei complementar:
I - relação de emprego protegida contra despedida
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória,
dentre outros direitos.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA (PDV)
Previsão: art. 477-B da CLT
Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou
Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva,
previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos
direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo
disposição em contrário estipulada entre as partes.
Notas:
▪ Forma: Norma Coletiva (ACT ou CCT);
▪ Efeito: Quitação Plena e Irrevogável para os que aderirem
(regra), salvo disposição em contrário expressa (exceção).
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 JURISPRUDÊNCIA:
▪ OJ n. 270 SDI-I. PROGRAMA DE INCENTIVO À
DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. TRANSAÇÃO
EXTRAJUDICIAL. PARCELAS ORIUNDAS DO EXTINTO
CONTRATO DE TRABALHO. EFEITOS (inserida em
27.09.2002). A transação extrajudicial que importa
rescisão do contrato de trabalho ante a adesão do
empregado a plano de demissão voluntária implica
quitação exclusivamente das parcelas e valores
constantes do recibo.
Flávio Nunes - Professor
 JULGAMENTO DO STF SOBRE O TEMA:
STF altera entendimento do TST sobre validade de cláusula de
quitação em PDV. (04.05.2015)
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na
sessão plenária do dia 30/4, que, nos planos de dispensa
incentivada (PDI) ou voluntária (PDV), é válida a cláusula que
dá quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas decorrentes
do contrato de emprego, desde que este item conste de Acordo
Coletivo de Trabalho e dos demais instrumentos assinados pelo
empregado. A decisão reforma entendimento do TST,
consolidado na Orientação Jurisprudencial 270 da Subseção 1
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), no sentido de
que os direitos trabalhistas são indisponíveis e irrenunciáveis e,
assim, a quitação somente libera o empregador das parcelas
especificadas no recibo, como prevê o artigo 477, parágrafo 2º,
da CLT.
Flávio Nunes - Professor
O posicionamento foi adotado no julgamento do Recurso
Extraordinário (RE) 590415, com repercussão geral
reconhecida, e, segundo informado na sessão, deverá ser
aplicado em mais de 2 mil processos sobre o mesmo tema que
estavam sobrestados aguardando o posicionamento do STF.
No processo originário, a Justiça do Trabalho de primeiro grau
em Santa Catarina julgou improcedente o pleito de uma ex-
empregada do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) que,
depois de ter aderido ao PDI, ajuizou reclamação requerendo
verbas trabalhistas e questionando a validade da cláusula de
quitação. O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do
Trabalho da 12ª Região (SC) julgaram o pedido improcedente,
considerando válida a cláusula de renúncia constante do plano,
aprovado em convenção coletiva, mas o TST deu provimento a
recurso da trabalhadora e determinou o retorno do processo
ao primeiro grau, para exame dos seus pedidos.
Flávio Nunes - Professor
RE - O Banco do Brasil (sucessor do Besc) interpôs recurso
extraordinário ao STF contra essa decisão. O representante da
instituição frisou, durante o julgamento, que o acórdão do TST
teria violado ato jurídico perfeito e ainda o artigo 7º, inciso
XXVI, da Constituição Federal, que reconhece as convenções e
acordos coletivos de trabalho. O advogado da empregada, por
sua vez, sustentou que a importância dada a convenções e
acordos não pode ser um "cheque em branco" na mão dos
sindicatos.
O relator do recurso no STF, ministro Luís Roberto Barroso,
afirmou que, no direito individual do trabalho, o trabalhador
recebe a proteção do Estado porque empregado e
empregador têm peso econômico e político diversos. Mas, no
caso das negociações coletivas, os pesos e forças tendem a se
igualar, pois o poder econômico do empregador é
contrabalançado pelo poder social, político e de barganha dos
sindicatos que representam os empregados.
Flávio Nunes - Professor
No caso concreto, a previsão de quitação ampla constou do
regulamento que aprovou o PDI, do acordo coletivo de
trabalho aprovado em assembleia com participação dos
sindicatos e do formulário que cada empregado preencheu
para aderir ao plano, além de constar do termo de rescisão do
contrato de trabalho (TRCT). A decisão foi unânime no sentido
do voto do relator, de dar provimento ao recurso edar
validade à quitação.
Flávio Nunes - Professor
SDI - O TST tem entendimento pacificado quanto ao tema desde
2002, quando foi editada a OJ 270. Havia, contudo, uma polêmica
sobre a possibilidade de se estender esse entendimento ao PDI do
BESC diante das peculiaridades da transação entre o banco estatal e
seus empregados, detentores de estabilidade no emprego. Em
2009, o Tribunal julgou incidente de uniformização de
jurisprudência (IUJ) especificamente em relação ao BESC, diante de
decisões divergentes sobre o tema, e decidiu pela aplicabilidade da
OJ 270.
O ponto central da controvérsia em relação ao BESC era o fato de
que o regulamento da empresa previa estabilidade no emprego, o
que vedava a extinção dos contratos de trabalho, ainda que
bilateral. Para permitir a dispensa, foi celebrado acordo coletivo
com os sindicatos representantes da categoria no qual se firmou a
possibilidade de renúncia ao direito à estabilidade, juntamente com
a quitação plena, geral e irrestrita do contrato de trabalho, como
contrapartida ao recebimento de indenização.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 EMPREGADO RELATIVAMENTE MELHOR
REMUNERADO, PORÉM SIGNIFICATIVAMENTE
MENOS PROTEGIDO. PERMISSÃO LEGAL PARA A
PACTUAÇÃO DE CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE
ARBITRAGEM.
Previsão: art. 507-A da CLT.
Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja
remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo
estabelecido para os benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula
compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do
empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos
termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 CRÍTICIAS:
a) A manifestação volitiva dos litigantes deve ser consciente, livre
e provida de boa-fé. Somente deverá ser aceita a que ocorra
após o término do contrato.
b) Deve existir igualdade substancial entre os litigantes.
Giovanni Tesorieri “quando o tomador de trabalho e trabalhador
assumem no processo as vestes formais de partes, não cessam por
isso de ser o que sempre terão sido; a história das suas relações não
se transforma numa outra história: é a mesma, que continua.
(Lineamenti di Diritto Processuale del Lavoro, Padova: Cedam, 1975,
p.4).
C) Inconstitucionalidade. Afronta ao §1º, do art. 114 da CF:
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger
árbitros.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
D) Ilegalidade. Confronto com o Princípio da Indisponibilidade dos
Direitos Trabalhistas:
Lei n. 9.307/96:
Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se
da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos
patrimoniais disponíveis.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 PERMISSÃO PARA CELEBRAÇÃO DE TERMO DE
QUITAÇÃO ANUAL DE OBRIGAÇÃO TRABALHISTAS
Previsão: art. 507-B da CLT.
Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na
vigência ou não do contrato de emprego, firmar o termo
de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o
sindicato dos empregados da categoria.
Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de
dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a
quitação anual dada pelo empregado, com eficácia
liberatória das parcelas nele especificadas.
Flávio Nunes - Professor
Terminação do Contrato
 ENCERRAMENTO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL EM
RAZÃO DA MORTE DO EMPREGADOR
Previsão: art. 485 da CLT
Art. 485 - Quando cessar a atividade da empresa, por
morte do empregador, os empregados terão direito,
conforme o caso, à indenização a que se referem os art.
477 e 497.
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual
ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal
de serviço.
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 ENCERRAMENTO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL EM
RAZÃO DA MORTE DO EMPREGADOOR
SÚMULA 44 DO TST. AVISO PRÉVIO. A cessação da
atividade da empresa, com o pagamento da indenização,
simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do
empregado ao aviso prévio.
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 ENCERRAMENTO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL EM
RAZÃO DA MORTE DO EMPREGADOOR
EMENTA: AVISO PRÉVIO. MORTE DO EMPREGADOR.
Extinto o contrato de trabalho em virtude da morte do
empregador, não há que se falar em pagamento do aviso
prévio, pois a rescisão do contrato se deu em virtude de
fato que não é passível de previsão, não havendo também
responsabilidade do empregador pela rescisão do
contrato.
(TRT da 3.ª Região; Processo: 0000577-43.2011.5.03.0079 RO; Data de
Publicação: 06/09/2011; Disponibilização: 05/09/2011, DEJT, Página
116; Órgão Julgador: Segunda Turma; Relator: Luiz Ronan Neves Koury;
Revisor: Jales Valadao Cardoso)
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 FATO DO PRÍNCIPE
Previsão: art. 486 da CLT
Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva
do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal,
estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou
resolução que impossibilite a continuação da atividade,
prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a
cargo do governo responsável.
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 FATO DO PRÍNCIPE
VERBAS TERMINATIVAS:
▪ SALDO DE SALÁRIO;
▪ AVISO PRÉVIO (Trabalho e Indenizado) ESTADO;
▪ FÉRIAS + 1/3 (Simples, Dobrada e Proporcional);
▪ DÉCIMO TERCEIRO (Integral e Proporcional);
▪ MULTA DE 40% sobre FGTS (ESTADO).
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 FORÇA MAIOR
Previsão: art. 501 da CLT
Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento
inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização
do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.
NOTA:
§ 1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior.
§ 2º - À ocorrência do motivo de força maior que não afetar
substâncialmente, nem for suscetível de afetar, em tais condições, a
situação econômica e financeira da empresa não se aplicam as
restrições desta Lei referentes ao disposto neste Capítulo.
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❖ Verbas terminativas devidas no caso de Força Maior:
▪ Saldo de Salário;
▪ Aviso Prévio (indenizado)METADE;
▪ Férias com 1/3 (Simples e Dobrada de forma integral) e
ou Proporcional (METADE);
▪ 13º salário (Proporcional METADE);
▪ Multa de 20% sobre o FGTS.
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FORÇA MAIOR:
❖ NOTA:
 O EMPREGADO TEM DIREITO A SACAR A TOTALIDADE DO SALDO DO
FGTS;
 O EMPREGADO TEM DIREITO AO SEGURO DESEMPREGO.
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 PEDIDO DE DEMISSÃO DE EMPREGADO ESTÁVEL
Previsão: art. 500 da CLT
Art. 500 - O pedido de demissão do empregado estável só
será válido quando feito com a assistência do respectivo
Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local
competente do Ministério do Trabalho e Previdência
Social ou da Justiça do Trabalho.

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