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DIREITO ADMINISTRATIVO I Profº: Atanásio – “atanasio@udc.edu.br” UNIDADE II 2 – REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 1.1 – DEFINIÇÃO A expressão regime jurídico administrativo é utilizada para abranger o conjunto de traços que tipificam o Direito Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada na relação jurídico-administrativa. É composto por princípios e regras que guardam entre si uma correlação lógica 1.2 – PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Princípio da Supremacia do Interesse Público: está presente tanto no momento da elaboração da lei como no momento de sua execução em concreto pela Administração Pública. Segundo ele, o convívio social se dá pela supremacia do interesse público sobre o particular, representando a superioridade desse interesse. Está disposto de forma implícita na Constituição Federal, especialmente no artigo 5º, XXII, que trata da desapropriação. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: o administrador exerce função pública, logo não pode dispor desse interesse, uma vez que o direito é do povo. Exercer função pública é exercer ônus público, uma obrigação. É um princípio implícito na Constituição Federal. A Administração deve realizar suas condutas sempre velando pelos interesses da sociedade, mas nunca dispondo deles, uma vez que o administrador não goza de livre disposição dos bens que administra, pois o titular desses bens é o povo. Isto significa que a Administração Pública não tem competência para desfazer-se da coisa pública, bem como, não pode desvencilhar-se da sua atribuição de guarda e conservação do bem. A Administração também não pode transferir a terceiros a sua tarefa de zelar, proteger e vigiar o bem. Ademais a disponibilidade dos interesses públicos somente pode ser feita pelo legislador. Vale mencionar dois importantes institutos que concretizam o dever de indisponibilidade do interesse público pela Administração: a licitação e o concurso público. No primeiro caso, a Administração não pode escolher, sem nenhum critério objetivo definido em lei, com quem vai celebrar contrato. A lei estabelece um processo administrativo que deve ser rigorosamente seguido a fim de que se possa escolher o interessado que apresente a proposta mais vantajosa. No que tange ao concurso público, se há uma vaga na estrutura administrativa, a escolha de quem será nomeado não pode ser aleatória. Então, por meio do concurso, pretende-se dar a mesma oportunidade a todos que preenchem os requisitos estabelecidos em lei de apresentarem sua capacidade física e intelectual de ser escolhido. Por outro lado, a Constituição Federal, em seu artigo 37, traz alguns princípios que devem ser observados pela Administração Pública. Estes podem ser resumidos na palavra “LIMPE”, que compreende: o Princípio da legalidade – é a condição para a existência de um Estado de Direito. No Direito Público, significa que o administrador só pode fazer o que estiver previsto e autorizado na Lei. É uma segurança para o cidadão, proibindo o administrador de “inventar” regras. Se para o particular o princípio da legalidade se resume na frase “tudo que não é proibido é permitido”, para a Administração é contrário, ou seja, só aquilo que está na lei é permitido. o Assim, o princípio da legalidade é considerado pelo Direito Constitucional como uma das maiores conquistas do povo, porque a legalidade é, na verdade, uma barreira protetora que os particulares têm em relação à Administração. É de se notar que a Administração atua em nossas vidas com poderes muito grandes, e se não houvesse o princípio da legalidade, a máquina administrativa poderia ser utilizada sem qualquer controle e sem a devida atenção que o interesse público merece. Nesse campo, esse princípio representa um escudo para que a Administração não abuse dos seus poderes. Consequentemente, com fundamento ao princípio da legalidade, o STF editou as seguintes súmulas: A) Súmula 346: “A administração pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos”. B) Súmula 473: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”. Nesse sentido, a jurisprudência: EMENTA ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. FUNDEF (LEI Nº 9424/96). VERBAS "CARIMBADAS". APLICAÇÃO EM ÁREAS DIVERSAS DE ENSINO (INFANTIL E SUPLETIVO). DESVIO DE VERBAS. VIOLAÇÃO AO PRINCIPIO DA LEGALIDADE. RECOMPOSIÇÃO DOS VALORES. 1. A Administração Pública tem, como um de seus vetores, o respeito irrestrito à legalidade (estrita legalidade). 2. A lei que instituiu o FUNDEF -Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério previu repasse de verbas federais aos municípios, para que estes as empregassem na mencionada área educacional, qual seja, o ensino fundamental. A aplicação nas demais áreas da educação é permitida apenas quando presentes alguns requisitos, os quais não foram observados. 3. Logo, a utilização de verba para fim diverso daquele para o qual estava "carimbada" por Lei, implicou em violar a pilastra mestra do Estado de Direito, qual seja, o princípio da legalidade. 4. Ainda que gasto da verba tenha sido efetivado na área da educação, deve ser recomposta à área para a qual foi originariamente destinada, qual seja, o ensino fundamental. 5. Recurso de Apelação parcialmente provido. Processo: AC 6561931 PR 0656193-1 EMENTA APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO - PODER/DEVER DE REVER ATOS: AUTOTUTELA ADMINISTRATIVA. 1. A Administração Pública tem o poder/dever de rever seus atos, principalmente daqueles que padecem do vício da ilegalidade. 2. Conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a autotutela administrativa prescinde de processo administrativo. Processo: AC 10024100147347001 MG EMENTA ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. REVISÃO DE PENSÃO MILITAR. POSSIBILIDADE. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. CONVALIDAÇÃO DE ATO NULO PELO DECURSO DO TEMPO. IMPOSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA ADMINISTRATIVA. SÚMULA Nº 473/STF. RECURSO E REMESSA DESPROVIDOS. 1. O cerne da questão resume-se em saber se a Administração pode alterar valores quando constatar que estão sendo pagos indevidamente, ou se, passado mais de cinco anos, operou- se a decadência administrativa para os servidores que receberam tais valores de boa-fé. 2. Por óbvio, a Administração pode e deve anular seus atos ilegais. É evidente que o recebimento indevido de proventos tem que ser corrigido pela Administração sob pena de enriquecimento sem causa do servidor ou pensionista (súmula nº 473 do STF). 3. No entanto, para o deslinde da hipótese presente, mister determinarmos se o ato em exame é nulo ou anulável. Assim o é porque a Administração só pode anular os atos anuláveis. De acordo com Marçal Justen Filho, aplicando a terminologia com rigor técnico, não se 'anula' o ato 'nulo', mas o 'anulável, pois a Administração não pode anular algo que já nasceu morto, nulo. 4. In casu, tendo em vista que a Portaria nº 459-S/DIP, de 07 de dezembro de 1978, refere-se a homônimo do pai das autores, verifica-se que tal ato administrativo não pode produzir efeitos em face de destinatário diverso, sendo nulo em relação a este. 5. Com efeito, repise-se que o ato nulo não se convalida com o decurso do tempo. Desta forma, se o ato possui defeito de formação, não pode lhe ser atribuída qualquer estabilidade derivada de ato jurídico perfeito, nem do direito adquirido. 6. Portanto, não é aplicável, no caso, a decadência prevista no art. 54 daLei nº9.784/99, eis que o referido dispositivo não deve receber interpretação que permita a perpetuação de ilegalidade, em afronta ao disposto no caput do art. 37 da Lei Fundamental. 7. Recurso de Apelação e Remessa Necessária providas. Processo: REEX 201151040019738 o Princípio da Impessoalidade – significa ausência de interesses próprios, subjetividade. O ato praticado pelo agente não lhe pertence, mas sim à pessoa jurídica para a qual ele presta serviço. Conforme preceitua José dos Santos Carvalho Filho; “O princípio objetiva a igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se encontrem em idêntica situação jurídica. Nesse ponto, representa uma faceta do princípio da isonomia. Por outro lado, para que haja verdadeira impessoalidade, deve a Administração voltar-se exclusivamente para o interesse público, e não para o privado, vedando-se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros e prejudicados alguns para favorecimento de outros”. o Princípio da Moralidade – moralidade, neste caso, projeta a ideia de honestidade, boa- fé/probidade. Ser honesto é ser fiel ao interesse público, aquele interesse definido em lei. Em regra envolve o servidor e os particulares que se relacionam com a Administração. Refere-se à boa administração empenhada de forma clara e competente. Na administração pública todo ato imoral é também ato de improbidade administrativa, conforme fundamento do Art. 37, § 4º da CF/88 e na Lei 8.429/92. Contudo, a recíproca não é verdadeira; o Princípio da Publicidade – Uma vez que o poder emana do povo, este deve ter conhecimento de tudo. Publicidade significa conhecimento, ciência. Conhecimento com o qual é possível a fiscalização das contas públicas. O princípio da publicidade é uma condição para que um ato administrativo produza efeitos. É muito importante salientar que esse princípio traz duas únicas exceções previstas no art. 5º, LX, quais sejam, restrição à publicidade determinada em lei para a proteção da intimidade (do particular ou do agente público) e o interesse social. Logo, o dever de motivação que a Administração Brasileira tem, ou seja, dever de expor por escrito as razões de fato e de direito que justificam a prática de qualquer uma de suas condutas decorre do princípio da publicidade. o Princípio da Eficiência – Introduzido pela EC nº 19 de 1998, significa ser eficiente quanto a resultados/produtividade e quanto à economia na Administração. Os servidores públicos devem ser eficientes quanto aos meios e resultados. É nesse sentido que Maria Sylvia Zanella di Pietro de maneira brilhante comenta, “o princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público. Vale dizer que a eficiência é princípio que se soma aos demais princípios impostos à Administração, não podendo sobrepor-se a nenhum deles, especialmente ao da legalidade, sob pena de sérios riscos à segurança jurídica e ao próprio Estado de Direito”. Além dos princípios constitucionais elencados acima, a Administração Pública possui no seu regime outros princípios aplicados a ela, dentre os quais o princípio da presunção de legitimidade ou veracidade; da Razoabilidade e da Proporcionalidade, do Contraditório e da Ampla Defesa, da autotutela, da motivação e da segurança jurídica etc... O Princípio da Presunção de Legitimidade ou Veracidade nada mais é do que a presunção da verdade, ou seja, a certeza dos fatos desenvolvidos pela Administração Pública. Se todos os atos são respaldados pela lei, logo o agir do servidor, presume-se verdadeiro. Por outro lado, é importante dizer que essa presunção é relativa (júris tantum), o que, naturalmente, ocorrendo descontentamento da outra parte cabe recursos inerentes a cada caso. A presunção de legitimidade tem significado de que as decisões administrativas são de execução imediata, criando assim, obrigações diretas para o particular. Para o Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade, preconiza que o agir de forma razoável é uma conduta coerente. A razoabilidade é um princípio implícito na Constituição e expresso na Lei 9.784/99 (artigo 2º). Proporcionalidade significa o equilíbrio entre o benefício e o prejuízo, estando embutido na razoabilidade. De outra parte, analisa-se o caso concreto e não a letra fria da lei. A visão que se tem na aplicação desses princípios é no sentido de impor limitações à discricionariedade administrativa, o que redunda na apreciação do ato administrativo pelo Judiciário. Logo, se aquele ato da Administração ocorre com excessos, ou seja, exorbitando seus limites, caberá ao Judiciário corrigir a ilegalidade. No que tange ao princípio da proporcionalidade, este há de revestir-se de três fundamentos, ou seja: a adequação, a exigibilidade e a proporcionalidade em sentido estrito. Observa-se que o grande fundamento do princípio da proporcionalidade é o excesso de poder, assimilado ao fim que se destina, ou seja, conter atos, decisões e condutas de agente públicos que ultrapassem os limites adequados, com vistas aos objetivos pretendidos pela Administração, ou até mesmo pelos Poderes representativos do Estado. È verdade que o Poder Público deve atuar de ofício, intervindo nas atividades que esta sob seu controle, pois esta reclama realmente uma intervenção. Entretanto, este agir deve processar-se com absoluto equilíbrio, sem excessos e proporcionalmente ao fim que se objetiva. Veja posicionamentos da jurisprudência: EMENTA ADMINSTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. ECT. CARTEIRO. ELIMINAÇÃO DO CANDIDATO NA SEGUNDA FASE DO CERTAME POR NÃO CONSTAR NO ATESTADO MÉDICO AS EXATAS PALAVRAS DO EDITAL CONVOCATÓRIO. EXCESSO DE FORMALISMO. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. 1. Remessa oficial em face de sentença que, nos autos de mandado de segurança impetrado por particular, confirmando liminar, deferiu o pleito autoral para determinar a inclusão do candidato participante de concurso público para o cargo de Carteiro da ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, segunda fase. 2. No caso, o atestado médico apresentado pelo candidato continha o nome do participante, o nome do médico, o número do seu registro no Conselho Regional de Medicina, a sua assinatura e a consignação de que o autor encontrava-se apto a participar do teste de avaliação física, além de elaborado em data anterior à realização da prova. Afigura-se excesso de formalismo exigir que o documento contenha as exatas palavras insertas no Ato Convocatório, quando o documento caminha no mesmo sentido do editalício. Princípios da razoabilidade e proporcionalidade não observados. Precedentes desta Corte. 5. Remessa oficial improvida. Processo: REO 18350420134058500 EMENTA ADMINSTRATIVO. LIBERAÇÃO DO VEÍCULO APREENDIDO. PENA DE PERDIMENTO. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. 1. A Jurisprudência dos Tribunais têm reconhecido de forma torrencial que para a aplicação da pena de perdimento do veículo transportador de mercadoria desacompanhada de documentação fiscal, há necessidade de que o valor da mercadoria seja proporcional ao veículo, o que na espécie não ocorreu. 2. Não se discute a constitucionalidade da pena de perdimento, posto que tal forma de punição é legal, mas sua adoção precisa de certostemperos, tais como a proporcionalidade, sendo que só a previsão e a possibilidade de sua aplicação aos casos concretos também age como agente inibidor de conduta ilícita. Apelação e remessa oficial improvidas. Processo: AMS 51738 SP 95.03.051738-9 Já o Princípio da Autotutela sugere que os atos administrativos podem ser revistor pela própria Administração. Ou seja, condiciona em anular os atos ilegais e revogar os inconvenientes e inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário. O principio da autotutela é decorrente da própria legalidade. Nesse sentido, o STF editou duas súmulas, 346 e 473. Observa-se a autotutela administrativa no poder que tem a Administração Pública de zelar pelos bens integrantes do seu patrimônio, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. Exemplos clássicos são as medidas impostas pelo Poder de Policia Administrativo como forma de impedir riscos à conservação dos bens. No que tangem aos Princípios do Contraditório e da Ampla defesa, é importante asseverar que todo ato realizado pela Administração Pública comporta ao particular fazer a sua defesa, sempre que decorrer restrição, apreensão e atuação etc.. Logo, o contraditório significa dar ciência à parte, possibilitando a bilateralidade no processo. Já a ampla defesa é dar oportunidade a outra parte para que essa faça sua defesa. Assim, garante-se o cumprimento do devido processo legal. Na mesma onda, são princípios norteadores da Democracia e do Estado Democrático de Direito. Com referencia ao Princípio da Motivação, este se refere que todo ato administrativo deverá ser motivado, isto quer dizer que a Administração deve indicar os fundamentos de fato e de direito de suas decisões. Os atos vinculados e os discricionários são motivados. Ou seja, sem motivação não há controle de legalidade dos atos administrativos. Exemplos: pareceres, laudos, relatórios etc... Sobre o Princípio da Segurança Jurídica, elencado no artigo 2º da Lei 9.784/99, pode-se afirmar que é um principio norteador do Processo Administrativo, pois visa proteger à aplicação retroativa de nova interpretação de lei no âmbito da Administração Pública. Ou seja, a lei deve ser interpretada da melhor forma que garanta o fim público. Por outro lado, a mudança de posicionamento doutrinário é possível, mas não pode afetar o direito adquirido. Assim, são norteadores da segurança jurídica a proteção à confiança e a boa fé. Atenção! Os atos jurídicos podem ser anulados por vícios de ilegalidade e não de interpretação. OBS! Os princípios na seara do Direito Administrativo não se esgotam nesses apontados aqui, existindo, portanto, outros. Exercícios 1- (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário). “Exige que a atividade seja prestada com presteza, perfeição e rendimento funcional” (Hely LopesMeirelles).O conceito refere-se ao princípio da: (A) Impessoalidade. (B) Eficiência. (C) Legalidade. (D) Moralidade. (E) Publicidade. 2 - (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário). O conteúdo do princípio constitucional da legalidade: (A) Não exclui a possibilidade de atividade discricionária pela Administração Pública, desde que observados os limites da lei, quando esta deixa alguma margem para a Administração agir conforme os critérios de conveniência e oportunidade. (B) Impede o exercício do poder discricionário pela Administração, haja vista que esse princípio está voltado para a prática dos atos administrativos vinculados, punitivos e regulamentares. (C) Autoriza o exercício do poder discricionário pelo administrador público, com ampla liberdade de escolha quanto ao destinatário do ato, independentemente de previsão normativa. (D) Impede a realização de atos administrativos decorrentes do exercício do poder discricionário, por ser este o poder que a lei admite ultrapassar os seus parâmetros para atender satisfatoriamente o interesse público. (E) Traça os limites da atuação da Administração Pública quando pratica atos discricionários externos, mas deixa ao administrador público ampla liberdade de atuação para os atos vinculados internos. 3 - ( FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) – Técnico Judiciário). O Jurista Celso Antônio Bandeira de Mello apresenta o seguinte conceito para um dos princípios básicos da Administração Pública: De acordo com ele, a Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade de princípios éticos. (...) Compreendem-se em seu âmbito, como é evidente, os chamados princípios da lealdade e boa-fé. Trata-se do princípio da: (A) Motivação. (B) Eficiência. (C) Legalidade. (D) Razoabilidade. (E) Moralidade. 4 – O que se entende por poder de autotutela da Administração Pública e como a mesma é exercida? 5 - ( FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário). Analise as seguintes proposições, extraídas dos ensinamentos dos respectivos Juristas José dos Santos Carvalho Filho e Celso Antônio Bandeira de Mello: I. O núcleo desse princípio é a procura de produtividade e economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir os desperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos com presteza, perfeição e rendimento funcional. II. No texto constitucional há algumas referências a aplicações concretas deste princípio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir que o ingresso no cargo, função ou emprego público depende de concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso em plena igualdade. As assertivas I e II tratam, respectivamente, dos seguintes princípios da Administração Pública: (A) Moralidade e legalidade. (B) Eficiência e impessoalidade. (C) Legalidade e publicidade. (D) Eficiência e legalidade. (E) legalidade e moralidade. 6 - Analise a seguinte premissa: “Na relação de princípios apresentada, verifique e aponte aquele que NÃO está expressamente na Constituição Federal de 1988?”. (A) Princípio do Devido Processo Legal. (B) Princípio da Ampla Defesa. (C) Princípio da Publicidade. (D) Princípio do Contraditório. (E) Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público. 7 - Sobre os conceitos introdutórios do Direito Administrativo é INCORRETO afirmar: (A) A Lei é fonte primaria do Direito Administrativo, pois em sentido amplo refere-se a qualquer espécie normativa, abrangendo desde a Constituição até os regulamentos executivos; (B) O Governo é soberano quando é independente na ordem internacional e possui supremacia na ordem interna. (C) O Estado é pessoa jurídica de direito público, sujeito de direitos e obrigações, podendo afirmar que possui três elementos, ou seja, o Povo, o Território e o Governo Soberano. (D) A jurisdição única, também conhecida de sistema francês, afirma que a ultima palavra é do Judiciário, pois não é possível que a administração faça coisa julgada definitiva, sendo estas revistas pelo Judiciário. Boa reflexão!!!
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