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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISONADO EM ANÁLISES CLÍNICAS REALIZADO NO LABORCEUMA São Luís UNIVERSIDADE CEUMA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO GERAL DE SAÚDE COORDENAÇÃO DO CURSO DE FARMÁCIA 2018 JULIANA MARIA MINEIRO CPD: 023847 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISONADO EM ANÁLISES CLÍNICAS REALIZADO NO LABORCEUMA Relatório apresentado ao curso de Farmácia da Universidade Ceuma, para obtenção de nota da disciplina Estágio Supervisionado em Análises Clínicas. Docente: Prof. Ademilton Alves São Luís 2018 SUMÁRIO IDENTIFICAÇÃO Discente: Juliana Maria Mineiro Curso: Farmácia Período: 10º Início do estágio curricular: 26/02/2018 Término do estágio curricular: 12/06/2018 Carga horária total: 440 horas Supervisor docente: Ademilton Costa Alves CAMPO DE ESTÁGIO Local: Laboratório de Análises Clinicas – (LABORCEUMA) Endereço : Rua Josué Montello, 01 - Renascença II - São Luís, MA - CEP: 65075-120 Ramo de atividade: Análises Clínicas INTRODUÇÃO As Análises clínicas é uma das principais áreas de atuação do profissional farmacêutico, atuando na execução de exames laboratoriais, gerenciar os laboratórios garantia e controle de qualidade. Este está habilitado para prestar assessoria e consultoria para laboratórios clínicos, além de atuar em ensino e pesquisa. O Farmacêutico Analista Clínico, também denominado de Bioquímico, tem como responsabilidade garantir resultados seguros prezando-se por qualidade no diagnóstico, prognóstico, rastreamento e monitoramento das patologias (CFF, 2013). O presente trabalho, refere-se ao relatório de estágio obrigatório no campo de análises clinícas, realizado na clínica Laborceuma, situado na cidade de São Luís, na unidade matriz da Universiade Ceuma. No período de 26 de Fevereiro a 12 de Junho de 2018, totalizando 440 horas. O estágio teve como supervisora docente a Biomédica Fabiana Nitz. O estágio obrigatório teve como objetivo, da a oportunidade ao aluno por em prática , o conhecimento teórico adquirido em sala de aula, a respeito das ciências que envolvem as análises clinicas, dando a vivência de todas as suas etapas, ou, seja, a fase pré-analítica, que consiste na preparação do paciente, coleta, manipulação e armazenamento das amostras; A fase analítica, que faz a validação do sistema analítico, através do controle de qualidade interno; Fase Pós- analíica, que é a aprovação e liberação do resultado gerado e a emissão do laudo. Essas fases são essenciais para um bom diagnóstico. A perspectiva é que o estágio supervisionado é indispensável para a vida do futuro profissional, porque dará oportunidade ao aluno de se defrontar com problemas concretos que irá enfrentar após a conclusão do curso. Assim estará preparado para realizar qualquer tipo de exame na área da análise e poder demonstrar no mercado o que pode aprender em todo o tempo de estágio (LIMA et al 2012). CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO (LABORCEUMA) ÁREA DE ATUAÇÃO Análises Clínicas. HISTÓRIA E ESTRUTURA FÍSICA O Laborceuma, é uma clínica escola da Universidade CEUMA, criada no ano 2004, com o objetivo principal o treinamento dos alunos de graduação dos cursos da área da saúde, dentre eles o curso de Farmácia. A clinica escola exerce também um papel social, onde oferece atendimento da população carente, em duas modalidades: cortesias, que é a forma gratuita, ou com valores a baixo custo, sob responsabilidade e supervisão do corpo docente desta Instituição de Ensino Superior. A Universidade CEUMA conta também com o corpo docente do curso de medicina e uma clínica de atendimento cuja demanda também será atendida por este Laboratório. Assim, esta I.E.S. cumpre com seu objetivo maior: Pesquisa, Ensino e a Extensão. O LABORCEUMA já possui uma trajetória de atividades voltadas para o ensino e a pesquisa. Há 14 anos vem realizando exame básico para demonstração aos alunos da graduação e agora com seus procedimentos solidificados e atualizados se propõe a mais um passo à frente que e o atendimento ao público externo, com qualidade e segurança e com a supervisão de seu corpo docente. Cada uma das linhas de atuação do LABORCEUMA apresentadas a seguir, foi executada pelos estagiários com o respectivo acompanhamento da supervisora docente Fabiana Niz , e teceremos sobre elas. CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS O LABORCEUMA, funciona semanalmente de Segunda a Sexta, nos horários de 07:30 ás 16:30h. O processo de coleta é realizada a partir 07:30 às 09:30h, pela técnica Raquel . O mesmo compreende apenas uma unidade. As atividades desenvolvidas prezam pela assistência médica, dessa forma realizando exames imunológicos, hematológicos, parasitológicos e bioquímicos. OBJETIVOS DO ESTÁGIO OBJETIVO GERAL Estabelecer relação dinâmica entre a teoria e a prática, propiciando ao estagiário complementação e desenvolvimento de habilidades exigidas para a formação profissional fazendo a interação do aluno com a realidade do mercado de trabalho. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Participar das ações coletivas de saúde; Realizar assistência farmacêutica a população; Executar e interpretar técnicas laboratoriais bioquímicas, hematológicas, imunológicas e parasitológicos; Discutir os princípios, metodologias e interpretação dos resultados dos testes laboratoriais para o diagnóstico das diferentes patologias; Realizar a emissão de laudos, quando necessário; ATIVIDADES DESENVOLVIDAS SISTEMA ADOTADO PELO LABORCEUMA O LABORCEUMA usa como sistema de informação laboratorial o Sistema das Clinicas. O sistema é uma ferramenta essencial para agilizar o resultado dos exames, uma vez que estes devem ser seguros e de qualidade. O sistema permite que todo o material recebido, processado e liberado possa ser rastreado, criando um banco de dados que pode ser consultado posteriormente,sobre cada paciente. Coleta Na sala de coleta são recolhidas as amostras do pacientes, estas que serão de acordo com os exames solicitados. São recolhidas amostras de fezes e urina para exames parasitológicos e urinálise, amostras estas, que o paciente já traz de casa, sendo orientado previamente sobre os cuidados de recolher amostra, armazenamento e transporte. As amostras de sangue, são coletadas no local, com o acompanhamento da técnica Raquel Santos, que nos auxiliou durante todo o processo. As amostras eram transferidas para diferentes tubos de acordo com o objetivo do exame, estes tubos de modo didático, eram diferenciados por cores e cada um possuía diferentes anticoagulantes para diferentes testes. Tampa vermelha: também chamado de tubo seco, usado para sorologia, não contém anticoagulantes, mas pode conter gel separador e partículas de sílica que aumentam a superfície de contato. Tubo geralmente usado para dosagens bioquímicas para obtenção de plasma. Tampa azul: usado para realização de coagulograma, possui citrato trissódico 3,2 a 3,8%, sendo uma parte de citrato para nove parte de amostra. Tubo utilizado para realizar exames de tempo de atividade da protrombina, tempo de tromboplastina e antitrombina III Tampa roxa: usado para exames hematológicos e pode conter EDTA-K2, EDTA-K3 ou EDTA 8%. Destinado a exames de hematologia, contagem de plaqueta, eletroforese de hemoglobina entre outros. Tampa cinza: último tudo a ser usado, contém oxalato de potássio, estabilizador, ou fluoreto de sódio, EDTA, usando para teste de tolerância da glicose, prova de sobrecarga de lactose, teste de tolerância da insulina. A sala de coleta é equipada com uma poltrona confortável para os pacientes e com todos os EPIs necessários para realização adequada da coleta do material desejado, a mesma também conta com a caixa térmica para transporte do material para sala de triagem. Setor de Imunologia No setor de imunologia os testes são realizados na bancada da sala geral. O LABORCEUMA conta com os exames de Antiestreptolisina, Beta HCG, Fator Reumatoide, VDRL, HBsAg, HIV, HCV. Sendo que os exames de Hepatite eHIV são realizados apenas para acidentes com perfuro cortantes, obedecendo o protocolo de segurança da Universidade Ceuma. Setor de Hematologia No setor é realizado o Hemograma, Contagem de Plaquetas, VHS, TP , tipagem sanguínea, coagulograma . O setor conta com aparelhos modernos e de alta tecnologia, entre eles o SDH-20, um contador de células sanguíneas rápido e confiável, processa até 67 amostras por hora e libera hemograma com 20 parâmetros. Utiliza apenas dois reagentes e oferece, como opcional, a aspiração de amostras de sangue colhidas em micropipetas - ideal para amostras pediátricas. Realizamos o hemograma completo no aparelho SHD-20, o qual possui um suporte para rotação e homogeneização dos tubos, além de uma impressora. Para tipagem sanguínea é realizamos o teste rápido com anticorpos para determinação de Rh e grupo sanguíneo e para VHS o teste é feita manualmente, colocando o sangue em uma pipeta de Westergreen para medir a velocidade da hemossedimentação. Também realizamos o hemograma completo e a confecção de esfregaço do sangue em lâminas para realização de contagem de células sanguíneas. O setor ainda conta com o CloTimer, este realiza o TP, o mesmo possui um Sistema de detecção ótica extremamente sensível, inclusive em plasmas lipêmicos ou com fraca formação de fibrinas. também possui uma Impressora térmica embutida. Realizei a preparação da lâmina de reticulócitos, geralmente a contagem de reticulócitos é pedida quando há diminuição do número de hemácias, da hemoglobina e do hematócrito. Realizei também contagem das células sanguíneas no microscópico, bem como manutenção dos aparelhos, armazenamento e descarte das amostras. Máquina de Hemograma (fonte: Autora, 2018). Setor de Bioquímica Aprendemos fazer o cadastro do paciente para a realização dos exames, após isso adicionamos todos os exames que foram prescritos pelos discentes e docentes de Medicina da Clínica Escola, o paciente é identificado e a partir do soro do mesmo é analisado é transmitido o laudo. A calibração do equipamento é feita diariamente, antes da rotina diária. Realizávamos os controles no momento que era inserido um novo lote de algum dos kits disponíveis, para cada kit possui um tipo de controle e calibração. Sempre obtendo dois tipos de amostras a patológicos é feito isso para que o aparelho entenda qual a diferença e libere um exame correto. Se houvesse um desequilíbrio mesmo depois de haver realizados esses procedimentos os exames eram suspensos até o técnico realizar uma manutenção mais precisa. Os exames realizados são: Glicose, proteínas plasmáticas como albumina, lipídeos plasmáticos como colesterol, lipoproteínas e outros, provas de função hepática como bilirrubina, TGO, TGP, Gama GT, provas de função renal como creatinina, ureia e ácido úrico. Espectrofotometro para analises clinicas. Realiza até 100 teste/hora (Fonte: autor, 2018) Características Volume de aspiração: 2µL a 400µL Bandeja refrigerada para 12 reagentes. Opcional bandeja de até 24 posições. Frascos de 5, 15 e 30 mL Detector de nível para reagentes Amostras Bandeja com 23 posições (calibradores, controles e emergências) para tubos primários ou cubetas. Opcional bandeja de até 53 posições. Volume mínimo de aspiração: 2µL Análise imediata de amostras de urgência (STAT) Retorno automático na execução dos testes após encerramento das amostras STAT Reação Cubetas de resina óptica descartáveis Volume mínimo de reação: 240µL Temperatura de reação: 25 e 37°C Metodologias Testes bioquímicos e imunoquímicos (turbidimetria) Cinética e Ponto Final Calibrações lineares e não-lineares Sistema Fotométrico Fotômetro com 7 filtros interferenciais (340, 380, 405, 505, 545, 580, 630 nm) com possibilidade de adição de mais um filtro opcional. Lâmpada Halógena de Tungstênio Leitura Monocromática ou Bicromática Faixa de absorbância: 0,0 a 3,0 Abs Sistema de Lavagem Lavagem das sondas (interna e externa) Sistema de Homogeneização Utilização de um homogeneizador com velocidade programável Sistema de Pipetagem Sonda única para reagentes e amostras Sistema de Interface Bidirecional Software Ambiente Windows Controle de Qualidade Armazenamento dos valores de controles podendo ser visualizados graficamente (Levey-Jennings). Setor de Urinálise O processo da urinálise é composto por duas partes: Reações químicas e análise microscópica. Na parte das reações químicas, as urinas eram colocadas em tubos, enumeradas de acordo com o número de solicitação de cada amostra, em um estande. Em seguida, eram colocadas as fitas de reação da marca uri-test, onde era possível determinar: densidade, ph, presença de proteínas, glicose, nitritos, entre outros elementos. A fase das reações químicas é essencial para dar um norte para análises microbiológicas, onde para que os resultados do exame fosse preciso, os resultados das duas fases tinham que ser coerentes. Para o preparo da lamina de análise, era usado o processo de sedimentação – centrifugo. As amostras eram colocadas na centrifuga durante 15 minutos, em seguida era desprezada o sobrenadante, com o auxilio de uma pipeta, era colocada uma gota da urina na lâmina e observava ao microscópio, pela biomédica Fabiana Nitz. Materiais Centrífuga Microscópio Lâmina e lamínula Kit de fitas reagentes e pipeta Frascos de coletas e amostras de urina (fonte: autora) Setor de Parasitologia Neste setor é utilizado a técnica de Hoffmann (sedimentação espontânea). Procedimento Dissolvíamos 2 a 5 g de fezes no béquer com um fio de água. Coávamos a suspensão em gaze, em uma taça de sedimentação, em seguida deixávamos a taça com amostra em meio ambiente por um período cerca de 1 hora, para ocorrer a sedimentação da amostra. A lâmina para análise era feita da seguinte forma: Com auxílio de uma pipeta de Pasteur, coletavamos do fundo cônico da taça um pouco do sedimento; Dispensavmos o material para a lâmina, adicionando 1 ou 2 gotas do corante lugol, cobríamos com lamínula e realizávamos a leitura em microscópio ótico, com o acompanhamento e orientações da biomédica Fabiana Nitz. Materiais Béquer, espátula de madeira, gaze, peneira, taça de sedimentação, pipeta Pasteur, lâmina, lamínula, lugol, microscópio, fezes. Setor esterilização. Todos os equipamentos, instrumentais, materiais e utensílios utilizados nos setores são submetidos a processo de esterilização, desinfecção e/ou limpeza, de acordo com sua finalidade CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio nos proporcionou a vivência prática da analises clinicas, com todos os detalhes do dia a dia do farmacêutico, desde a coleta até o controle de qualidade dos exames realizados, além da vivência multidisciplina com outros profissionais. Portanto, o estagio foi muito produtivo para o nosso aprendizado na graduação de Farmácia, colaborando para um maior entendimento teorico-prático, passando por diversos setores entre pré-analítica, analítica e pós-analítica, onde podemos compreender e aprimorar nossos conhecimentos, correlacionando patológico com os exames clinicos assim disponibilizados pelo laboratorio, saindo confiante para encarar o mercado de trabalho com melhor qualidade. REFERÊNCIAS WALLACH,Jacques.Interpretação de exames laboratoriais.8ed. Rio de Janeiro:Editora Guanabara Koogan, 2015 LIMA, A. Oliveira; SOARES, J. Benjamin; GRECO, J.P; GALEZZI, João, CANÇADO, J. Romeu. Métodos de Laboratórios Aplicados à Clínica. 5.ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. 2014 Linfócitos. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/linfoc- itos.htm. Acesso em: 30/11/2017. ROITT, Ivan M., DELVES, Peter J. Fundamentos de Imunologia. 11 ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2013. STRASINGER, Susan K.; DI LORENZO, Marjorie S. Urinálise e fluídos corporais.5 ed. São Paulo: Editora LMP –Livraria Médica Paulista, 2012. TORTORA, J. Microbiologia. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. SANTOS, Alessandra P. et al. Comparação entre diversos métodos de contagem diferencialde leucócitos em pacientes leucopênicos. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 31, n. 3, 2010 . Confecção do esfregaço sanguíneo ideal. Disponível em: http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/esfregaco.htm. Acesso em: 07/12/2017.
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