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CERTIFICAÇÕES PARKS
TREINAMENTO
GPON
 
 
2 
 
 
 
 
 
DIREITOS DE EDIÇÃO 
Copyright © 2012 por Parks S.A. Comunicações Digitais 
Este manual não pode ser reproduzido, total ou parcialmente, sem a expressa 
autorização por escrito da PARKS S.A. COMUNICAÇÕES DIGITAIS. 
Seu conteúdo tem caráter exclusivamente técnico/informativo e os editores se reservam 
o direito de, sem qualquer aviso prévio, fazer as alterações que julgarem necessárias. 
Todos os produtos PARKS estão em contínuo processo de aperfeiçoamento, sendo que 
algumas características incluídas no produto, solicitadas por clientes, podem não estar 
incluídas neste material, sendo estas anexadas ao produto mediante adendos e erratas. 
A PARKS S.A. COMUNICAÇÕES DIGITAIS agradece qualquer contribuição ou crítica que 
possa melhorar a qualidade deste material e facilitar o entendimento do(s) 
equipamento(s) que ele descreve. 
As informações contidas neste material e as que forem distribuídas durante este curso 
são elaboradas exclusivamente com fins educativos. A PARKS S.A. COMUNICAÇÕES 
DIGITAIS não é responsável pela precisão do conteúdo que foi pesquisado de outras 
fontes. 
 
PARKS S.A. COMUNICAÇÕES DIGITAIS 
Av. Cruzeiro, 530 - Distrito Industrial 
94930-615 - Cachoeirinha - RS 
Fone: (51) 3205-2100 
Fax: (51) 3205-2124 
Web site: www.parks.com.br 
 
Dados Bibliográficos: 
Certificações Profissionais Parks – Treinamento GPON 
Edição 2 – Revisão 02 de 08/05/2012 
 
 
 
3 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
DIREITOS DE EDIÇÃO .................................................................................... 2 
ÍNDICE ........................................................................................................... 3 
LISTA DE TABELAS ......................................................................................... 7 
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................... 7 
1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................10 
2. CERTIFICAÇÃO .........................................................................................11 
2.1. CERTIFICAÇÕES PARKS (CP) ................................................................... 11 
3. FIBRA ÓPTICA .........................................................................................12 
3.1. ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ................................................................. 12 
3.1.1. LUZ ................................................................................................. 13 
3.2. VANTAGENS DA FIBRAS ÓPTICAS .............................................................. 14 
3.2.1. IMUNIDADE À INTERFERÊNCIAS ELETROMAGNÉTICAS ........................................ 14 
3.2.2. DIMENSÕES REDUZIDAS ......................................................................... 14 
3.2.3. PESO ................................................................................................ 15 
3.2.4. MAIOR DISTÂNCIA DE TRANSMISSÃO .......................................................... 16 
3.2.5. SEGURANÇA ....................................................................................... 16 
3.2.6. RELAÇÃO CUSTO X BENEFÍCIO .................................................................. 16 
3.2.7. ELEVADA CAPACIDADE DE TRANSMISSÃO ..................................................... 16 
3.3. DESVANTAGENS DA FIBRAS ÓPTICAS .......................................................... 17 
3.3.1. FRAGILIDADE MECÂNICA E SENSIBILIDADE À UMIDADE ..................................... 17 
3.3.2. EXIGÊNCIA DE MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS ESPECIALIZADOS ......................... 17 
3.3.3. CUSTO DOS ELEMENTOS ATIVOS E INTERFACES ÓPTICAS ................................... 18 
3.4. PROPAGAÇÃO DA LUZ PELA FIBRA .............................................................. 18 
3.4.1. REFLEXÃO DA LUZ ................................................................................ 18 
3.4.2. REFRAÇÃO DA LUZ ................................................................................ 19 
3.5. TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS ...................................................................... 20 
3.5.1. FIBRA ÓPTICA MULTIMODO (MMF - MULTI MODE FIBER) ................................ 21 
3.5.2. FIBRA ÓPTICA MONOMODO (SMF - SINGLE MODE FIBER) ............................... 22 
3.5.3. COMPARAÇÃO ENTRE AS FIBRAS MULTIMODO E MONOMODO ............................... 23 
4. CONECTORES ÓPTICOS ............................................................................24 
4.1. CONEXÕES MECÂNICAS NAS FIBRAS ÓPTICAS ................................................ 24 
4.1.1. PC - PHYSICAL CONTACT (CONTATO FÍSICO) ................................................ 24 
4.1.2. UPC - ULTRA PHYSICAL CONTACT (ULTRA CONTATO FÍSICO) ............................ 25 
4.1.3. APC - ALGLED PHYSICAL CONTACT (CONTATO FÍSICO EM ÂNGULO) .................... 25 
4.2. CONECTOR MONOMODO ST (STRAIGHT TIP) - PC .......................................... 26 
4.3. CONECTOR MONOMODO FC (FERRULE CONNECTOR) - APC ............................... 26 
 
 
4 
 
 
4.4. CONECTOR MONOMODO LC (LUCENT CONNECTOR) - PC .................................. 27 
4.5. CONECTOR MONOMODO SC (SIMPLEX CONNECTOR) - APC ............................... 28 
4.6. CONECTOR MONOMODO MT-RJ (MECHANICAL TRANSFER REGISTERED JACK) ......... 29 
4.7. CONECTOR MONOMODO FC (FERRULE CONNECTOR) - PC / SPC ........................ 29 
4.8. CONECTOR MONOMODO E2000 - APC ....................................................... 30 
4.9. OUTROS CONECTORES ........................................................................... 30 
5. CABOS ÓPTICOS ......................................................................................31 
5.1. CABOS TIPO TIGHT ............................................................................... 31 
5.2. CABOS TIPO LOOSE .............................................................................. 32 
5.3. CABOS TIPO GROOVE ............................................................................ 33 
5.4. CABOS TIPO RIBBON (FITA) .................................................................... 34 
6. MÓDULOS TRANCEIVER ...........................................................................35 
6.1. MÓDULOS SFP COPPER (COBRE) .............................................................. 36 
6.2. MÓDULOS SFP FIBER (FIBRA) ................................................................. 37 
7. REDES ÓPTICAS PON (PASSIVE OPTICAL NETWORK) ..............................39 
7.1. ELEMENTOS DA ESTRUTURA PON .............................................................. 40 
7.1.1. CENTRAL DE EQUIPAMENTOS (HEADEND) .................................................... 40 
7.1.2. BACKBONE ÓPTICO (FEEDER) .................................................................. 40 
7.1.3. PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO ...................................................................... 41 
7.1.4. REDE ÓPTICA DE DISTRIBUIÇÃO ............................................................... 41 
7.1.5. REDE ÓPTICA DROP .............................................................................. 41 
7.1.6. REDE INTERNA .................................................................................... 42 
7.2. ARQUITETURAS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO ÓPTICAS ..................................... 42 
7.2.1. PONTO-A-PONTO (POINT-TO-POINT) .......................................................... 42 
7.2.2. PONTO-A-MULTIPONTO (POINT-TO-MULTIPOINT) ATIVA .................................... 43 
7.2.3. PONTO-A-MULTIPONTO (POINT-TO-MULTIPOINT) PASSIVA ................................. 43 
7.3. TIPOS DE NORMAS PON ......................................................................... 44 
7.4. SOLUÇÕES FTTX ..................................................................................45 
7.4.1. FTTCAB (FIBER TO THE CABINET) ............................................................ 45 
7.4.2. FTTC (FIBER TO THE CURB) ................................................................... 46 
7.4.3. FTTB (FIBER TO THE BUILDING) .............................................................. 46 
7.4.4. FTTH (FIBER TO THE HOME) .................................................................. 47 
7.4.5. FTTA (FIBER TO THE APARTMENT) ............................................................ 48 
7.4.6. FTTD (FIBER TO THE DESK) ................................................................... 48 
8. MERCADO GPON .......................................................................................49 
9. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA REDE GPON..........................................50 
9.1. DIVISORES ÓPTICOS (SPLITTERS) ............................................................. 50 
9.2. OLT (OPTICAL LINE TERMINATION - TERMINAÇÃO DE LINHA ÓPTICA) .................. 51 
9.3. OLT PARKS FIBERLINK SÉRIE 10000 ......................................................... 54 
9.4. ONU (OPTICAL NETWORK UNIT - UNIDADE DE REDE ÓPTICA) ........................... 56 
9.4.1. TIPOS DE ONU .................................................................................... 57 
9.4.1.1. ONT OUTDOOR (OPTICAL NETWORK TERMINAL OUTDOOR) ............................... 57 
9.4.1.2. ONT INDOOR (OPTICAL NETWORK TERMINAL INDOOR) ................................... 58 
 
 
5 
 
 
9.4.1.3. MDU (MULTI DWELLING UNIT) XDSL ........................................................ 59 
9.4.1.4. MDU (MULTI DWELLING UNIT) ETHERNET ................................................... 60 
9.5. ONT PARKS FIBERLINK SÉRIE 4000 .......................................................... 61 
9.5.1. FIBERLINK 4021.................................................................................. 62 
9.5.2. FIBERLINK 4012.................................................................................. 62 
9.5.3. FIBERLINK 4000B ................................................................................ 63 
9.6. ESQUEMA DE LIGAÇÃO OLT - ODN - ONU .................................................. 64 
10. CIDADES DIGITAIS ..................................................................................65 
10.1. VANTAGENS DO USO DO GPON EM CIDADES DIGITAIS .................................... 66 
10.2. APLICAÇÃO EM CIDADES DIGITAIS ............................................................ 67 
10.3. SERVIÇOS RESIDENCIAIS ....................................................................... 69 
10.4. SERVIÇOS CORPORATIVOS ...................................................................... 69 
10.5. BACKHAUL VDSL2 ............................................................................... 69 
10.6. BACKHAUL MÓVEL ................................................................................ 70 
11. GERENCIAMENTO E CONTROLE OMCI .......................................................71 
12. MULTIPLEXAÇÃO TDM GPON ....................................................................73 
13. PROTEÇÃO E REDUNDÂNCIA ....................................................................75 
13.1. PROTEÇÃO OLT DUPLEX ......................................................................... 75 
13.2. OLT E ONT COM PORTAS REDUNDANTES DUPLEX .......................................... 75 
13.3. MODELO DUPLEX COM SISTEMA DUPLO DE OLTS ........................................... 76 
14. COBERTURA DE VÍDEO GPON ...................................................................77 
14.1. VÍDEO ANALÓGICO GPON ...................................................................... 77 
14.2. GPON ASSOCIADO A RFOG .................................................................... 77 
15. ENTIDADES DE TRÁFEGO DA TECNOLOGIA GPON ....................................80 
15.1. ONU-ID (ONU IDENTIFIER) ................................................................... 80 
15.2. ALLOC-ID (ALLOCATION IDENTIFIER) ....................................................... 80 
15.3. T-CONT (TRANSMISSION CONTAINER) ...................................................... 80 
15.4. GEM PORT (GPON ENCAPSULATION METHOD) ............................................ 82 
15.5. GEM PORT-ID ................................................................................... 82 
16. CONFIGURAÇÃO FIBERLINK SÉRIE 10000 VIA CONSOLE .........................83 
16.1. CONEXÃO AO TERMINAL DE COMANDOS ...................................................... 83 
16.1.1. CONEXÃO VIA CONSOLE ......................................................................... 83 
16.1.2. CONEXÃO VIA TELNET ............................................................................ 83 
16.1.3. LOGIN .............................................................................................. 84 
16.1.4. MODOS DE COMANDO ............................................................................ 84 
17. CUIDADOS COM O MANUSEIO DA FIBRA ..................................................86 
18. EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO ..................................................................87 
18.1. CENÁRIO ........................................................................................... 87 
18.2. CONFIGURAÇÃO DA GERÊNCIA.................................................................. 88 
18.2.1. ADICIONANDO A OLT AO SOFTWARE DE GERÊNCIA ......................................... 88 
 
 
6 
 
 
18.2.2. CRIANDO VLAN PARA DADOS .................................................................. 89 
18.2.3. DEFININDO A POLÍTICA PARA AS VLAN ....................................................... 89 
18.2.4. DEFININDO A POLÍTICA PARA AS VLAN ....................................................... 90 
18.2.5. DEFININDO PERFIS DE FLUXO ................................................................... 90 
18.2.6. DEFININDO PERFIS DE PORTA VIRTUAL ....................................................... 91 
18.2.7. DEFININDO PERFIS DE PORTA VIRTUAL ....................................................... 91 
18.2.8. DEFININDO PERFIS DE BANDA PARA CADA SERVIÇO ......................................... 92 
18.2.9. CONFIGURANDO TIPO DE TRÁFEGO ............................................................ 92 
18.2.10. CONFIGURANDO TIPO DE TRÁFEGO ............................................................ 93 
18.2.11. CONFIGURANDO TIPO DE TRÁFEGO ............................................................ 94 
18.2.12. CONFIGURANDO O PERFIL DE BANDA .......................................................... 94 
18.2.13. SELECIONANDO O PERFIL DE BANDA CRIADO ................................................ 95 
18.2.14. CRIANDO O PERFIL DE FLUXO .................................................................. 96 
18.2.15. DEFININDO O TRÁFEGO NAS PORTAS .......................................................... 97 
18.2.1. CRIANDO O PERFIL DE VLAN TRASLATION ................................................. 100 
18.2.1. CRIANDO O NOME DO PERFIL E A QUAL VLAN SERÁ ATRELADO ......................... 101 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1. CARACTERÍSTICAS REDES PON ................................................................ 45 
TABELA 2. INTERFACES FIBERLINK SÉRIE 10000 ........................................................ 54 
TABELA 3. RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO GPON .................................................. 68 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1. – ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ............................................................... 12 
FIGURA 2. – EXPERIMENTO DE JOHN TYNDALL ............................................................ 13 
FIGURA 3. – TAMANHO REDUZIDO DA FIBRA ............................................................. 14 
FIGURA 4. – CABO DE FIBRAS............................................................................... 15 
FIGURA 5. – COMPARAÇÃO DA FIBRA X CABO METÁLICO ............................................... 15 
FIGURA 6. – REFLEXÃO DA LUZ ............................................................................. 18 
FIGURA 7. – REFRAÇÃO DA LUZ ............................................................................. 19 
FIGURA 8. – ÂNGULO LIMITE ................................................................................ 19 
FIGURA 9. – FIBRA ÓPTICA .................................................................................. 20 
FIGURA 10. – FIBRA ÓPTICA MULTIMODO ................................................................. 21 
FIGURA 11. – PROPAGAÇÃO DA LUZ FIBRA ÓPTICA ÍNDICE DEGRAU E GRADUAL ................... 22 
FIGURA 12. – PROPAGAÇÃO DA LUZ FIBRA ÓPTICA MONOMODO ...................................... 23 
FIGURA 13. – COMPARAÇÃO ENTRE AS FIBRAS MULTIMODO E MONOMODO ........................... 23 
FIGURA 14. – CONTATO ENTRE FIBRAS PC ................................................................ 25 
FIGURA 15. – CONTATO ENTRE FIBRAS UPC .............................................................. 25 
FIGURA 16. – CONTATO ENTRE FIBRAS APC .............................................................. 25 
FIGURA 17. – CONECTOR MONOMODO ST ................................................................ 26 
FIGURA 18. – CONECTOR MONOMODO FC ................................................................ 27 
FIGURA 19. – CONECTOR MONOMODO LC ................................................................ 27 
FIGURA 20. – CONECTOR MONOMODO SC ................................................................ 28 
FIGURA 21. – COMPARAÇÃO ENTRE CONECTOR LC X SC ............................................... 28 
FIGURA 22. – CONECTOR MONOMODO MT-RJ ........................................................... 29 
FIGURA 23. – CONECTOR MONOMODO FC ................................................................ 29 
FIGURA 24. – CONECTOR MONOMODO E2000 ........................................................... 30 
FIGURA 25. – OUTROS CONECTORES ...................................................................... 30 
FIGURA 26. – SECÇÃO TRANSVERSAL DE CABO TIGHT .................................................. 31 
FIGURA 27. – CABO TIGHT .................................................................................. 32 
FIGURA 28. – SECÇÃO TRANSVERSAL DO CABO LOOSE ................................................. 32 
FIGURA 29. – CABO LOOSE .................................................................................. 33 
FIGURA 30. – SECÇÃO TRANSVERSAL DO CABO GROOVE ............................................... 34 
FIGURA 31. – CABO TIPO RIBBON .......................................................................... 34 
FIGURA 32. – SFF SOLDÁVEL ............................................................................... 36 
FIGURA 33. – SFP PAR TRANÇADO RJ-45 ................................................................ 37 
 
 
8 
 
 
FIGURA 34. – SFP FIBRA DUPLEX .......................................................................... 38 
FIGURA 35. – ESQUEMA REDES PON ...................................................................... 39 
FIGURA 36. – ESTRUTURA DA REDE PON ................................................................. 40 
FIGURA 37. – ELEMENTOS DA REDE GPON ............................................................... 42 
FIGURA 38. – LIGAÇÃO PONTO-A-PONTO ................................................................. 43 
FIGURA 39. – LIGAÇÃO PONTO-A-MULTIPONTO ATIVA .................................................. 43 
FIGURA 40. – LIGAÇÃO PONTO-A-MULTIPONTO PASSIVA ............................................... 44 
FIGURA 41. – FTTCAB (FIBER TO THE CABINET) ........................................................ 46 
FIGURA 42. – FTTC (FIBER TO THE CURB) ............................................................... 46 
FIGURA 43. – LIGAÇÃO PONTO-A-MULTIPONTO GPON ................................................. 47 
FIGURA 44. – FTTH (FIBER TO THE HOME) .............................................................. 47 
FIGURA 45. – FTTD (FIBER TO THE DESK) .............................................................. 48 
FIGURA 46. – DIVISOR ÓPTICO ............................................................................. 50 
FIGURA 47. – RAZÃO DE DIVISÃO .......................................................................... 50 
FIGURA 48. – DIVISORES PLC 2X16 E 2X32 ............................................................ 50 
FIGURA 49. – DIVISORES .................................................................................... 51 
FIGURA 50. – OLT “PIZZA BOX” PARKS ................................................................... 52 
FIGURA 51. – OLT BASTIDOR ............................................................................... 52 
FIGURA 52. – OLT + SPLITTER + ONT ................................................................... 53 
FIGURA 53. – COMPRIMENTOS DE ONDA GPON ......................................................... 54 
FIGURA 54. – CARACTERÍSTICAS OLT SÉRIE 10000 PARKS ........................................... 55 
FIGURA 55. – GPON EM ANEL .............................................................................. 56 
FIGURA 56. – ONT OUTDOOR............................................................................... 58 
FIGURA 57. – ONT INDOOR ................................................................................. 59 
FIGURA 58. – MDU XDLS ................................................................................... 60 
FIGURA 59. – MDU ETHERNET .............................................................................. 60 
FIGURA 60. – FIBERLINK 4021 ............................................................................. 62 
FIGURA 61. – FIBERLINK 4012 ............................................................................. 63 
FIGURA 62. – FIBERLINK 4000B ........................................................................... 63 
FIGURA 63. – ESQUEMA DE LIGAÇÃO OLT – ONU (ONT OU MDU) ................................. 64 
FIGURA 64. – APLICAÇÃO OLT – ONT EM CIDADES DIGITAIS ........................................ 66 
FIGURA 65. – GPON E OUTRAS TECNOLOGIAS EM CIDADES DIGITAIS ............................... 67 
FIGURA 66. - TIPOS DE USO DO GPON .................................................................... 68 
FIGURA 67. – MODELO DE REFERÊNCIA GPON .......................................................... 71 
FIGURA 68. – GERÊNCIA GPON ............................................................................ 72 
FIGURA 69. – REPRESENTAÇÃO DOWNSTREAM GPON .................................................. 73 
FIGURA 70. – REPRESENTAÇÃO UPSTREAM GPON ....................................................... 74 
FIGURA 71. – PROTEÇÃO OLT DUPLEX .................................................................... 75 
FIGURA 72. – OLT E ONT COM PORTAS REDUNDANTES DUPLEX ...................................... 76 
FIGURA 73. – MODELO DUPLEX COM SISTEMA DUPLO DE OLTS ...................................... 76 
FIGURA 74. – REDE DE COBERTURA RF DE VÍDEO ANALÓGICO ........................................ 77 
FIGURA 75. – REPRESENTAÇÃO DA ARQUITETURA RFOG ............................................... 78 
FIGURA 76. – GPON COEXISTINDO COM RFOG .......................................................... 79 
FIGURA 77. – RELAÇÃO ENTRE PRIORIDADE, TRÁFEGO E BANDA ....................................... 81 
FIGURA 78. – RELAÇÃO ENTRE T-CONT E PORTA GEM................................................. 82 
FIGURA 79. – CONSOLE SERIAL ............................................................................ 83 
FIGURA 80. – CONSOLE MGT ...............................................................................84 
 
 
9 
 
 
FIGURA 81. – CENÁRIO DE CONFIGURAÇÃO............................................................... 87 
FIGURA 82. – ADICIONANDO OLT AO SOFTWARE DE GERÊNCIA ...................................... 88 
FIGURA 83. – CRIANDO VLAN 10 .......................................................................... 89 
FIGURA 84. – DEFININDO A POLÍTICA PARA AS VLANS ................................................. 89 
FIGURA 85. – CONFIGURANDO ONUS ..................................................................... 90 
FIGURA 86. – CONFIGURANDO PERFIS ..................................................................... 90 
FIGURA 87. – CONFIGURANDO PERFIS DE PORTA VIRTUAL ............................................. 91 
FIGURA 88. – CONFIGURANDO PERFIS DE PORTA VIRTUAL ............................................. 91 
FIGURA 89. – CONFIGURANDO PERFIS DE BANDA POR SERVIÇOS ..................................... 92 
FIGURA 90. – CONFIGURANDO TIPO DE TRÁFEGO ....................................................... 92 
FIGURA 91. – CONFIGURANDO TIPO DE TRÁFEGO ....................................................... 93 
FIGURA 92. – CONFIGURANDO TIPO DE TRÁFEGO ....................................................... 93 
FIGURA 93. – SELECIONANDO VIRTUAL PORT E PERFIL DE BANDA .................................... 94 
FIGURA 94. – CONFIGURANDO O PERFIL DE BANDA ..................................................... 94 
FIGURA 95. – CONFIGURANDO O PERFIL DE BANDA ..................................................... 95 
FIGURA 96. – CONFIGURANDO O PERFIL DE BANDA ..................................................... 95 
FIGURA 97. – SELECIONANDO O PERFIL DE BANDA ...................................................... 96 
FIGURA 98. – CRIANDO O PERFIL DE FLUXO .............................................................. 96 
FIGURA 99. – CRIANDO O PERFIL DE FLUXO .............................................................. 97 
FIGURA 100. – DEFININDO O TRÁFEGO POR PORTAS .................................................... 97 
FIGURA 101. – DEFININDO O FLUXO ....................................................................... 98 
FIGURA 102. – DEFININDO O FLUXO ....................................................................... 98 
FIGURA 103. – RESULTADO FINAL DOS FLUXOS .......................................................... 99 
FIGURA 104. – RESULTADO FINAL DOS FLUXOS .......................................................... 99 
FIGURA 105. – CRIANDO O PERFIL DE VLAN TRANSLATION ......................................... 100 
FIGURA 106. – CRIANDO O PERFIL DE VLAN TRANSLATION ......................................... 100 
FIGURA 107. – ATRELANDO PERFIL A VLAN ............................................................ 101 
FIGURA 108. – CONFIRMAÇÃO DE PERFIL ATRELADO A VLAN ....................................... 101 
FIGURA 109. – RESULTADO DE PERFIL ATRELADO A VLAN ........................................... 102 
FIGURA 110. – CONFIGURAÇÃO DE VLAN TRANSLATION ............................................. 102 
FIGURA 111. – RESULTADO FINAL DA CONFIGURAÇÃO ............................................... 103 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O aumento considerável da necessidade de serviços que demandam maior 
largura de banda, como por exemplo, de vídeo, têm forçado a maior parte das 
operadoras a considerar uma atualização ou mesmo uma renovação completa da sua 
rede de acesso de cobre legada. As redes GPON e EPON são dois padrões que abrem 
novas oportunidades tanto para os fabricantes como para as operadoras. 
A ideia da utilização de fibras ópticas em redes de acesso não é nova, 
denominada Fiber to the Premises (FTTP), pode ser traduzida como “fibras até o local”. 
Foi proposta há mais de 20 anos, para atender ao contínuo aumento da necessidade de 
banda pelos usuários das redes de telecomunicações. Entretanto, somente 
recentemente a oferta de novos serviços e aplicações cada vez mais diversificadas e 
sofisticadas, como, por exemplo, videoconferência, vídeo sob demanda, jogos on-line e 
voz sobre IP, justificou o investimento nessa tecnologia. Segundo estimativas 
especializadas a demanda por largura de banda apresenta um crescimento anual 
superior a 50%. 
A utilização de FTTP atende a uma série de requisitos das redes de acesso, entre 
eles: capacidade elevada de taxa de transmissão em Gbps, alcançando distâncias de 
até dezenas de quilômetros, facilidade de instalação e atualização, possibilidade de 
serviços simétricos, baixo custo de operação e manutenção, cabos mais leves e mais 
compactos, total imunidade a interferências eletromagnéticas e elevada confiabilidade. 
Entretanto, até recentemente, os equipamentos necessários para a implantação dessa 
tecnologia apresentavam custos superiores aos de outras tecnologias e a demanda por 
banda não era suficiente para justificar o investimento. 
Além da necessidade de alta capacidade de transmissão e processamento, a rede 
de acesso tem uma série de requisitos específicos, entre os quais destacamos: a 
necessidade de oferecer multisserviços (voz, vídeo e dados) a clientes variados 
(residências, condomínios, empresas) e a instalação de equipamentos em ambiente 
não controlado (fora de estações). Deste modo, grandes fabricantes têm adicionado a 
tecnologia PON ao seu portfólio de redes de acesso de banda larga, e as operadoras de 
todo o mundo têm demonstrado grande interesse em implantar esta tecnologia. 
A Parks S.A. Comunicações Digitais é uma empresa de tecnologia de vanguarda 
e está preparada para esta nova geração de dispositivos e possui em seu portfólio 
produtos GPON de alta qualidade com produtos genuinamente nacionais, tanto em 
hardware com software, sendo eles o alvo de estudo deste material. 
 
 
 
11 
 
 
 
 
2. CERTIFICAÇÃO 
 
Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa o significado de certificação é 
asserção da realidade ou verificação de um fato, ainda, certificação da assinatura, 
reconhecimento de ser verdadeira uma assinatura. A certificação de uma marca ou de 
uma linha de produtos é um processo de treinamento especializado em um ou mais 
produtos de uma determinada empresa. 
A Parks objetivando um melhor atendimento de seus integradores desenvolveu 
um treinamento para os profissionais da área de Tecnologia da Informação com o 
objetivo de ajudá-los a alcançar o sucesso e o desenvolvimento pleno de suas 
atividades profissionais, além de maximizar a utilização de seus produtos através das 
certificações. 
 
2.1. Certificações Parks (CP) 
 
A total dependência da Internet e de complexas redes internas é um fato 
inegável nas empresas modernas, assim, tornam-se necessários profissionais 
habilitados para a realização da instalação da infraestrutura e com habilidades para 
mantê-las funcionando adequadamente e com expertise para promover expansões. O 
objetivo das CP é proporcionar treinamento de qualidade nas mais recentes tecnologias 
de informação, certificando a capacidade técnica e fornecendo recursos para um 
aprendizado contínuo. 
O programa de certificações profissionais da Parks presta um serviço aos 
profissionais de redes e às empresas que o empregam. Fornecendo material apropriado 
para estudo, treinamento de instalação, configuração e manuseio. Após o final do curso 
será realizada uma prova de certificação e posterior fornecimento de certificado de 
capacitação em produtos Parks. 
 
 
 
12 
 
 
 
 
3. FIBRA ÓPTICA 
 
A utilização da luz ou de ondas dentro de espectro eletromagnético visível foi um 
dos primeiros recursos empregados pelo homem para a transferência de informações, 
com uso de fogueiras, espelhos refletores, luzes sinalizadoras, entre outros. 
Isaac Newton e Albert Einstein contribuíram com seus estudos para aumentarmos 
nosso conhecimentoa respeito da luz, e então proporcionaram novas possibilidades 
para o uso da luz em transmissões de informações. Isaac Newton foi o primeiro a 
reconhecer que a luz branca é constituída por uma mistura de cores. A luz possui um 
comportamento dualístico, ou seja, em certas situações se comporta como uma 
partícula, em outras a luz pode ser analisada como uma radiação eletromagnética. E, 
como as outras ondas eletromagnéticas, a luz pode se propagar através do espaço vazio 
e por distância muito grandes. De um modo geral, a teoria das ondas eletromagnéticas 
explica melhor a transmissão da luz do que a teoria das partículas. 
 
3.1. Espectro Eletromagnético 
 
O espectro eletromagnético corresponde ao intervalo completo da radiação 
eletromagnética, desde as ondas de rádio, as micro-ondas, o infravermelho, a luz 
visível, os raios ultravioleta, os raios X, até os raios gama. 
 
 
Figura 1. – Espectro Eletromagnético 
 
 
13 
 
 
 
 
3.1.1. Luz 
 
Até 1870 acreditava-se que a luz somente se propagava em linha reta, mas o 
físico John Tyndall (1820-1893) demonstrou que a luz era capaz de realizar curvas. 
Para provar isso, ele colocou uma fonte de luz dentro de um recipiente opaco cheio 
com água com um orifício em uma das extremidades, por onde escorria a água. 
Observou que a luz acompanhava a trajetória curva d’água. Na verdade a luz se 
propagava por uma série de reflexões internas. 
 
Figura 2. – Experimento de John Tyndall 
 
Graham Bell, em 1880 realizou uma demonstração experimental de transmissão 
de voz entre dois pontos empregando um feixe de luz, entretanto, até meados do 
século XX ocorreram poucos avanços nessa área. As transmissões nesta época 
ocorriam pelo espaço livre, razão pela qual não se conseguia boa capacidade 
transmissão devido a perturbações atmosféricas, tais como chuva, neblina, fumaça, 
etc. 
Em 1952 o físico indiano Narinder Singh Kapany realizou experimentos que o 
levariam a criar e patentear a fibra óptica inicialmente apenas para uso na medicina. 
Mas devido a sua flexibilidade tornou-se um instrumento útil nas telecomunicações, no 
início os sistemas ópticos ficaram restritos a curtas distâncias. 
O interesse pelas comunicações ópticas em maiores distâncias foi retomado no 
início dos anos 60 com a invenção do LASER (Light Amplification by Stimulated 
Emission of Radiation). Este dispositivo fornece uma luz extremamente direcional, com 
elevada intensidade, possibilitando modulações de altas frequências. 
 
 
14 
 
 
 
3.2. Vantagens da Fibras Ópticas 
 
Ao contrário dos cabos convencionais, que nada mais são do que fios de cobre 
que transportam sinais elétricos, a fibra óptica transporta unicamente luz, o que lhe 
confere características importantes e essenciais para utilização em telecomunicações: 
 
3.2.1. Imunidade à interferências eletromagnéticas 
 
A fibra óptica para uso em telecomunicações é composta basicamente de vidro 
de sílica, que possui propriedades dielétricas (isolante elétrico) e, devido ao fato de 
transportar luz, a fibra é totalmente imune a qualquer tipo de interferência 
eletromagnética. 
 
3.2.2. Dimensões Reduzidas 
 
O cabo de fibra óptica é formado por um núcleo extremamente fino de vidro, ou 
mesmo de um tipo especial de plástico. As dimensões das fibras ópticas são 
comparáveis às de um fio de cabelo humano, tendo em média um diâmetro da ordem 
de 250 µm considerando o revestimento de proteção, o diâmetro da fibra em si é 
geralmente de 125 µm. As dimensões são muito inferiores aos cabos metálicos 
comuns. Observe que um cabo de fibra óptica de 6,3 mm de diâmetro, contendo duas 
fibras possui a mesma capacidade que um cabo de 76 mm (7,6 cm) de diâmetro 
contendo 900 pares metálicos. 
 
 
Figura 3. – Tamanho Reduzido da Fibra 
 
 
15 
 
 
 
Como as fibras são muito finas, é possível incluir um grande volume delas em 
um cabo de tamanho modesto, o que é uma grande vantagem sobre os fios de cobre. 
Como a capacidade de transmissão de cada fio de fibra é bem maior que a de cada fio 
de cobre e eles precisam de um volume muito menor de circuitos de apoio, como 
repetidores. Outra vantagem é que os cabos de fibra são imunes à interferência 
eletromagnética, já que transmitem luz e não sinais elétricos, o que permite que sejam 
usados mesmo em ambientes onde o uso de fios de cobre é problemático. 
 
 
Figura 4. – Cabo de Fibras 
 
3.2.3. Peso 
 
Observando-se o item anterior, pode-se facilmente verificar que um cabo óptico 
pode pesar 30 até vezes menos que um cabo metálico de cobre. Essa característica 
possibilita diminuir o problema de espaço e congestionamento de dutos subterrâneos 
de grandes cidades e também em edifícios comerciais. A combinação de peso e 
tamanho extremamente reduzidos permite que as fibras ópticas sejam o meio ideal 
para a utilização em transmissão de dados em aviões, automóveis e satélites. 
 
 
Figura 5. – Comparação da Fibra x Cabo Metálico 
 
 
16 
 
 
 
 
3.2.4. Maior distância de transmissão 
 
As fibras ópticas apresentam perda de sinal muito reduzida, permitindo alcances 
ópticos de grande comprimento sem necessidade de repetidores de sinal. Conforme a 
qualidade das fibras ópticas e o seu tipo, os enlaces podem alcançar distâncias de até 
400 km, distância muito comum em cabo submarino, muito superior, portanto a um 
enlace de micro-ondas, que não supera 90 km, devido à curvatura do nosso planeta. 
 
3.2.5. Segurança 
 
A segurança no tráfego das informações é uma propriedade extremamente 
importante em sistemas de comunicação, tais como para aplicações bancárias, de 
pesquisa, militares ou em transações de crédito, por exemplo. 
A não irradiação da luz propagada, diferentemente do que acontece com os 
meios de par metálico, é uma das propriedades que permite alto grau de segurança 
para as informações transmitidas. Qualquer tentativa de captação indevida de sinais 
ópticos ao longo da extensão da fibra pode ser facilmente detectada, uma vez que isso 
exigiria um desvio de uma porção de potência considerável do sinal transmitido. 
 
3.2.6. Relação custo x benefício 
 
Inegavelmente a fibra óptica é o meio de transmissão que apresenta a melhor 
relação custo x benefício, onde possibilita comunicações de longas distâncias 
necessitando menos sistemas de repetição de sinal. No entanto, para distâncias mais 
curtas os cabos ópticos se mostram relativamente caros, mas quando comparados aos 
outros meios de transmissão se tornam altamente competitivos devido a todos os 
benefícios apresentados, como imunidade a ruídos, facilidade de expansão, entre 
outros. 
 
3.2.7. Elevada Capacidade de Transmissão 
 
O desenvolvimento da fibra óptica alavancou aplicações antes impossíveis, 
proporcionando maior número de canais de voz, dados e de vídeo. 
 
 
17 
 
 
 
 
A capacidade de transmissão está relacionada com a frequência portadora, que 
no caso das fibras ópticas é realizada no intervalo de frequência de 1013 a 1016 Hz, com 
predominância na região do infravermelho, próximo de 1014 a 1015 Hz. Esta largura de 
banda proporciona uma capacidade em torno de 10.000 vezes maior que os sistemas 
convencionais de micro-ondas, onde a banda passante é da ordem de 700 MHz. 
 
3.3. Desvantagens da Fibras Ópticas 
 
As fibras ópticas exigem alguns cuidados que não são relevantes em outros 
meios de transmissão, mas são justificáveis devido a todas as vantagens associadas ao 
seu uso: 
 
3.3.1. Fragilidade mecânica e sensibilidade à umidade 
 
A fibra ótica nua possui sensibilidade à umidade, devendo-se tomar providência 
para evitar acúmulos de umidade. Ainda deve-se dar atenção especial ao raio de 
curvatura que tomará a instalação da fibra, pois poderáprovocar fraturas na fibra ou 
danos irreparáveis à propagação do sinal. 
A fibra óptica, pela sua fragilidade inerente exige que não seja efetuado 
tracionamento excessivo para não danificar irreparavelmente a fibra óptica. 
 
3.3.2. Exigência de mão de obra e equipamentos especializados 
 
Para a instalação, manutenção e gerência de um sistema de comunicação que 
empregue fibra óptica é de fundamental importância que a equipe de trabalho esteja 
capacitada e treinada para realização dos procedimentos com qualidade e dentro dos 
padrões técnicos. Aliás, este é o objetivo deste treinamento. Possui a necessidade de 
utilização de equipamentos especializados para medição, instalação e manutenção. 
 
 
 
 
18 
 
 
 
3.3.3. Custo dos elementos ativos e interfaces ópticas 
 
Possui maior custo nas interfaces ópticas e elementos ativos na rede, entretanto, 
se considerarmos que o sistema de comunicação exige menos repetidores, este não é 
um fator preponderante. 
 
3.4. Propagação da luz pela fibra 
 
Para entendimento da propagação da luz pelo interior da fibra temos que estudar 
o comportamento da luz. Quando ela percorrer um meio de propagação com densidade 
homogênea ela o fará em linha reta. Qualquer curvatura que venha a ocorrer na luz se 
propagando pela atmosfera será tão sutil que poderá ser ignorada. No entanto, quando 
a luz passa se um meio de propagação para outro de densidade diferente há uma 
alteração na sua trajetória e também em sua velocidade de propagação. É importante 
salientar que a propagação por este novo meio continuará retilínea. 
 
3.4.1. Reflexão da luz 
 
O fenômeno físico da reflexão ocorre quando um feixe de luz atinge uma 
superfície e é desviado para o mesmo meio de onde veio o raio incidente. Se a 
superfície for polida ou lisa, teremos uma reflexão regular, caso contrário, se for 
irregular a luz será refletida em várias direções diferentes. 
 
Figura 6. – Reflexão da Luz 
 
 
19 
 
 
 
3.4.2. Refração da luz 
 
O fenômeno da refração ocorre quando um feixe de luz atinge uma superfície e 
atravessa essa superfície para outro meio de densidade diferente. Quando isso ocorrer 
então se diz que esse meio é capaz de propagar a luz. 
 
 
Figura 7. – Refração da Luz 
 
Sempre que ocorre o fenômeno da refração também ocorrerá em menor grau de 
intensidade o fenômeno da reflexão, que pode ser desconsiderado para aplicações 
práticas. O princípio fundamental que rege o funcionamento das fibras ópticas é o 
fenômeno físico denominado reflexão total da luz. Para que haja a reflexão total a luz 
deve sair de um meio mais para um meio menos refringente, e o ângulo de incidência 
deve ser igual ou maior do que o ângulo limite, chamado de ângulo de incidência, 
ângulo de Brewster ou cone de aceitação. 
 
 
Figura 8. – Ângulo Limite 
 
 
20 
 
 
 
As fibras ópticas são constituídas basicamente de uma região cilíndrica composta 
de uma região central, denominada de núcleo (core), por onde passa a luz; e uma 
região periférica denominada casca (cladding) que envolve o núcleo, que traduzido 
para o português significa revestimento. O índice de refração do material que compõe o 
núcleo é maior do que o índice de refração do material que compõe a casca. É 
importante lembrar que a fibra óptica é um elemento sólido, nada tendo a ver com 
espelhamentos internos. 
 
3.5. Tipos de Fibras Ópticas 
 
As Fibras ópticas são feitas de plástico ou de vidro, mas ambas são compostas 
por uma mistura de dióxido de silício, e são materiais dielétricos, isto é, isolantes 
elétricos. 
Existem dois tipos de fibras ópticas, as fibras multimodo e as monomodo. A 
escolha de um desses tipos dependera da aplicação da fibra. As fibras multimodo são 
mais utilizadas em aplicações de rede locais (LAN), enquanto as monomodo são mais 
utilizadas para aplicações de rede de longa distancia (WAN), são mais caras, mas 
também mais eficientes que as multimodo. 
Aqui no Brasil, a utilização mais ampla da fibra óptica teve inicio uma segunda 
metade dos anos 90, impulsionada pela implementação dos backbones das operadoras 
de redes metropolitanas. 
 
 
Figura 9. – Fibra Óptica 
 
 
21 
 
 
 
 
3.5.1. Fibra Óptica Multimodo (MMF - Multi Mode Fiber) 
 
Possuem o diâmetro do núcleo maior do que as fibras monomodais, de modo que 
a luz tenha vários modos de propagação, ou seja, a luz percorre o interior da fibra 
óptica por diversos caminhos. As dimensões comerciais são 62,5µm e 50µm para o 
núcleo e 125 µm para a casca. Observe na figura a seguir a comparação de uma fibra 
óptica com a ponta de uma agulha. 
 
 
Figura 10. – Fibra Óptica Multimodo 
 
As fibras de 62,5µm foram as primeiras a serem comercializadas e os conectores 
ópticos apresentam um menor custo. Dependendo da variação de índice de refração 
entre o núcleo e a casca, as fibras multimodais podem ser classificadas em: índice 
Gradual (Gradual Index) e Índice Degrau (Step Index). 
O núcleo e o cladding são os dois componentes funcionais da fibra óptica. Eles 
formam um conjunto muito fino e frágil, que é recoberto por uma camada mais 
espessa de um material protetor, que tem a finalidade de fortalecer o cabo e atenuar 
impactos chamados de coating ou buffer. O cabo resultante é então protegido por uma 
malha de fibras protetoras, composta de fibras de kevlar (que têm a função de evitar 
que o cabo seja danificado ou partido quando puxado) e por uma cobertura plástica, 
chamada de jacket, ou jaqueta, que sela o cabo. 
 
 
22 
 
 
 
Embora a sílica seja um material abundante, os cabos de fibra óptica são caros 
devido ao complicado processo de fabricação, assim como no caso dos processadores, 
que são produzidos a partir do silício. A diferença entre sílica e silício é que o silício é o 
elemento Si puro, enquanto a sílica é composta por dióxido de silício, composto por um 
átomo de silício e dois de oxigênio. O silício é cinza escuro e obstrui a passagem da luz, 
enquanto a sílica é transparente. 
 
Figura 11. – Propagação da Luz Fibra Óptica Índice Degrau e Gradual 
 
A propagação do sinal ao percorrer o núcleo da fibra resulta em múltiplos modos 
de propagação (origem do nome multimodo), provocando sinais que chegam à outra 
extremidade em tempos diferentes, causando ecos de sinal, isso acontece porque o 
núcleo mais espesso das fibras multimodo favorece a divisão do sinal em vários feixes 
separados, que ricocheteiam dentro do cabo em pontos diferentes, aumentando 
brutalmente a perda durante a transmissão. 
 
3.5.2. Fibra Óptica Monomodo (SMF - Single Mode Fiber) 
 
São adequadas para aplicações que envolvam grandes distâncias, embora 
requeiram conectores de maior precisão e dispositivos de maior custo. Nas fibras 
monomodais, a luz possui apenas um modo de propagação, ou seja, a luz percorre 
interior do núcleo por apenas um caminho. As dimensões do núcleo variam entre 8µm 
a 10µm, e a casca em torno de 125µm. 
 
 
23 
 
 
 
 
Figura 12. – Propagação da Luz Fibra Óptica Monomodo 
 
O Para reduzir a atenuação, não é utilizada luz visível, mas sim luz infravermelha 
invisível ao olho humano, com comprimentos de onda de 850 a 1550 nanômetros, de 
acordo com o padrão de rede usado. Antigamente, eram utilizados LEDs comuns nos 
transmissores, já que eles são uma tecnologia mais barata, mas com a introdução dos 
padrões Gigabit e 10 Gigabit eles foram quase que inteiramente substituídos por lasers, 
que oferecem um chaveamento mais rápido, suportando, assim, a velocidade de 
transmissão exigida pelos novos padrões de rede. 
 
3.5.3. Comparação entre as fibras multimodo e monomodo 
 
 
Figura 13. – Comparação entre as fibras multimodo e monomodo 
 
 
244. CONECTORES ÓPTICOS 
 
Existem vários tipos de conectores de fibra óptica, cada qual voltado a uma 
aplicação diferente, variando o formato e a forma de fixação (encaixe ou rosca). Todos 
os conectores são machos, ou seja, os ferrolhos são estruturas cilíndricas ou cônicas 
que são inseridos nos conectores ópticos. O conector tem uma função importante, já 
que a fibra deve ficar perfeitamente alinhada para que o sinal luminoso possa ser 
transmitido sem grandes perdas. É um componente de extrema importância na rede, 
sendo que seu desempenho pode comprometer toda uma rede. 
Como cada conector oferece algumas vantagens sobre os concorrentes e é 
apoiada por um conjunto diferente de empresas, a escolha recai sobre o conector 
usado pelos equipamentos que pretender usar. É possível inclusive utilizar conectores 
diferentes dos dois lados do cabo, usando conectores LC de um lado e conectores SC 
do outro, por exemplo. 
 
4.1. Conexões mecânicas nas Fibras ópticas 
 
Como vimos o tipo de conexão determina a qualidade da transmissão luminosa 
pela fibra óptica. As conexões mecânicas diferenciam-se conforme o tipo de polimento 
que recebem na superfície de contato da fibra, que pode ser PC (Physical Contact), UPC 
(Ultra Physical Contact) e APC (Angled Physical Contact). 
Os primeiros conectores de fibra óptica tinham a superfície de conexão plana, por 
isso foram chamados conectores planos. Quando conectados, formavam-se pequenas 
bolsas de ar entre as superfícies dos conectores devido a pequenas imperfeições nas 
superfícies de contato. A perda por reflexão (também chamada perda de retorno) neste 
conector gira em torno de -14 dB, aproximadamente 4% do sinal total. 
 
4.1.1. PC - Physical Contact (Contato Físico) 
 
Com o desenvolvimento da tecnologia, a superfície de contato dos conectores 
evoluiu. Uma das primeiras evoluções foi o contato físico com polimento PC. 
 
 
25 
 
 
 
 
Figura 14. – Contato entre fibras PC 
 
No conector com polimento PC (construído na cor azul), como o próprio nome 
anuncia (Physical Contact - Contato Físico), quando conectado, as superfícies das duas 
fibras se encontram como no conector plano, mas as superfícies de contato dessas 
fibras são polidas de forma curva ou esférica, forçando o contato entre as fibras e 
eliminando as lacunas de ar. A perda por reflexão nesse caso está em torno de -40 dB. 
 
4.1.2. UPC - Ultra Physical Contact (Ultra Contato Físico) 
 
Uma evolução dos conectores PC são os UPC, as superfícies também são polidas 
de forma esférica, porém, recebem um polimento com melhor acabamento final, 
reduzindo rugosidades. Neles a perda por reflexão é ainda menor, em torno de -55 dB. 
São frequentemente utilizados em sistemas de TV a Cabo (CATV) e TV digital. Conector 
de cor azul. 
 
Figura 15. – Contato entre fibras UPC 
 
4.1.3. APC - Algled Physical Contact (Contato Físico em Ângulo) 
 
Tipo de conector mais recente onde as superfícies também são curvas, porém, 
em um angulo de 8 graus, isso mantém uma conexão firme e reduz a perda por 
reflexão para aproximadamente -70 dB. Esses conectores são mais utilizados em 
sistemas de telefonia, dados e de CATV. Os conectores possuem a cor verde. 
 
 
Figura 16. – Contato entre fibras APC 
 
 
26 
 
 
 
 
Os conectores PC e UPC são confiáveis e possuem baixa perda de inserção, que é 
a perda causada pelo próprio conector quando o sinal passa por ele (máxima 0,5 dB). A 
perda por reflexão desse tipo de conector depende do acabamento da superfície da 
fibra, quanto menor a granulação menor a perda por reflexão. Quando os conectores 
forem constantemente conectados e desconectados a perda por reflexão aumenta, a 
uma taxa máxima de 0,2 dB a cada conexão / desconexão. 
 
4.2. Conector Monomodo ST (Straight Tip) - PC 
 
O ST é um conector mais antigo popular para uso com fibras multimodo. Ele foi o 
conector predominante durante a década de 1990, mas vem perdendo espaço para 
outros conectores mais recentes. Ele é um conector estilo baioneta, que lembra os 
conectores BNC usados em cabos coaxiais. Deve ser empregado um para a transmissão 
de sinal e outro para a recepção, portando modo simplex. 
 
 
Figura 17. – Conector Monomodo ST 
 
4.3. Conector Monomodo FC (Ferrule Connector) - APC 
 
Usados em transmissão de dados em telecomunicações. Possuem ponteira 
flutuante que oferece isolamento mecânico bom. Os conectores FC precisam ser 
encaixados com mais cuidado do que outros, devido à necessidade de alinhar o 
ferrolho, e ao risco de arranhar a face da fibra ao inserir a ponteira. 
 
 
27 
 
 
 
 
 
Figura 18. – Conector Monomodo FC 
 
4.4. Conector Monomodo LC (Lucent Connector) - PC 
 
O LC (Lucent Connector) Duplex é um conector miniaturizado que, como o nome 
sugere, foi originalmente desenvolvido pela Lucent. Ele vem crescendo bastante em 
popularidade, sobretudo para uso em fibras monomodo. Ele é o mais comumente 
usado em transceivers 10 Gbps Ethernet. 
O tubo branco cilíndrico que aparece na ponta do conector não é o fio de fibra 
propriamente dito, mas sim o ferrolho (ferrule), que é o componente central de todos 
os conectores, responsável por conduzir o fino núcleo de fibra e fixá-lo dentro do 
conector. Ele é uma peça de cerâmica, aço ou polímero plástico, produzido com uma 
grande precisão, já que com um núcleo de poucos micra de espessura, não existe 
muita margem para erro. 
 
 
Figura 19. – Conector Monomodo LC 
 
 
28 
 
 
 
 
4.5. Conector Monomodo SC (Simplex Connector) - APC 
 
Ainda existe o conector SC, um dos conectores mais populares até a virada do 
milênio. Ele é um conector simples e eficiente, que usa um sistema simples de encaixe 
e oferece pouca perda de sinal. Ele é bastante popular em redes Gigabit, tanto com 
cabos multimodo quanto monomodo. Possui versões PC e APC. 
 
 
Figura 20. – Conector Monomodo SC 
 
Uma das desvantagens do SC é seu tamanho avantajado, cada conector tem 
aproximadamente o tamanho de dois conectores RJ-45 colocados em fila indiana, 
quase duas vezes maior que o LC, veja a comparação na figura abaixo. 
 
 
Figura 21. – Comparação entre Conector LC x SC 
 
 
29 
 
 
 
 
4.6. Conector Monomodo MT-RJ (Mechanical Transfer Registered Jack) 
 
O conector MT-RJ é um padrão relativamente novo, que utiliza um ferrolho 
quadrado, com dois orifícios (em vez de apenas um) para combinar as duas fibras em 
um único conector, pouco maior que um conector telefônico. Ele vem crescendo em 
popularidade, substituindo os conectores SC e ST. 
 
 
Figura 22. – Conector Monomodo MT-RJ 
 
4.7. Conector Monomodo FC (Ferrule Connector) - PC / SPC 
 
Possui características similares ao conector FC – APC, porém apresenta maiores 
perdas por reflexão (retorno). 
 
 
Figura 23. – Conector Monomodo FC 
 
 
30 
 
 
 
4.8. Conector Monomodo E2000 - APC 
 
Evolução do SC, desenvolvido pela Diamond, possui menores perdas de retorno. 
 
 
Figura 24. – Conector Monomodo E2000 
 
4.9. Outros Conectores 
 
 
Figura 25. – Outros Conectores 
 
 
31 
 
 
 
 
5. CABOS ÓPTICOS 
 
Um cabo óptico é construído com uma junção entre diversas fibras, devidamente 
revestido de materiais que facilitem o manuseio e proporcionem proteção contra 
esforços mecânicos e ambientes inóspitos. Os cabos ópticos podem ser classificados de 
acordo com a sua constituição física, como: tight, loose, groove e ribbon. 
 
5.1. Cabos Tipo Tight 
 
Neste tipo de cabo as fibras ópticas possuem um revestimento plástico 
secundário com diâmetro nominal de 0,9mm estudado sobre o revestimento primário. 
Esses elementos formam uma unidade que protegeo cabo de aplicações de tração 
adicionado da capa de proteção externa. É resistente à umidade, fungos, intempéries e 
ação solar (proteção UV), possui alta resistência mecânica, retardo à chama e 
dimensões reduzidas. A tradução de tight para o português é justo ou apertado. 
 
 
Figura 26. – Secção Transversal de Cabo Tight 
 
Não necessita de gel, os elementos de sustentação são constituídos por fios de 
aramida que oferecem excelente proteção em cada metro do cabo. Não requer limpeza, 
não possui gel, de modo que é fácil de manusear, instalar e conectorizar, 
economizando tempo e custos, e aumentando a confiabilidade. 
 
 
32 
 
 
 
 
 
Figura 27. – Cabo Tight 
 
5.2. Cabos Tipo Loose 
 
São cabos recomendados para uso externo, apresentam as fibras soltas (loose), 
acondicionadas no interior de um tubo plástico que proporciona a primeira proteção 
para as fibras. 
 
 
Figura 28. – Secção Transversal do Cabo Loose 
 
O tubo geralmente é preenchido com gel ou um pó para proporcionar melhor 
preenchimento e para evitar acúmulo de umidade dentro das capas e proteger contra 
choques mecânicos. O gel usado nos cabos é feito de petróleo e é altamente 
inflamável, por esta razão, por questões de segurança, se for utilizado internamente 
em edificações não poderá passar de um comprimento máximo de 15 metros e jamais 
pode ser empregado na posição vertical para que o gel não escorra coma fibra. 
 
 
33 
 
 
 
 
 
Figura 29. – Cabo Loose 
 
No tubo que recebe o gel normalmente é introduzido um elemento de tração 
que, juntamente com o tubo, recebe o revestimento final. Este tipo de cabo é bastante 
utilizado em instalações externas aéreas e subterrâneas e principalmente, em sistemas 
de comunicações de longas distâncias. A conectorização é difícil e requer kits 
específicos. 
O pó utilizado nos cabos possui características hidro expansíveis, possui a 
vantagem de não ser inflamável, porém, é menos eficiente na proteção contra a 
umidade. 
 
5.3. Cabos Tipo Groove 
 
Em uma fibra tipo Groove (sulco) as fibras ópticas são acomodadas soltas em 
uma estrutura com corpo em forma de estrela em ranhuras em “V”. Esta estrutura 
apresenta ainda um elemento de tração ou elemento tensor incorporado em seu 
interior (geralmente no centro), a função básica deste elemento é de dar resistência 
mecânica ao conjunto. Uma estrutura deste tipo permite um número muito maior de 
fibras por cabo para aplicações onde isto é um elemento indispensável. 
 
 
 
34 
 
 
 
 
Figura 30. – Secção Transversal do Cabo Groove 
 
5.4. Cabos Tipo Ribbon (Fita) 
 
Este tipo de cabo é utilizado em aplicações onde é necessária uma quantidade 
muito grande de fibras ópticas (em torno de 4000 fibras). As fibras são envolvidas por 
uma camada plástica plana com formato de uma fita, onde estas camadas são 
“empilhadas” formando um bloco compacto. Estes blocos são alojados nas ranhuras 
das estruturas tipo estrela dos cabos do tipo Groove ou nos tubos dos cabos tipo Loose. 
Logo, esta configuração é uma derivação do cabo tipo Groove combinado com as fitas 
de fibras e proporciona uma concentração muito grande de fibras ópticas. 
 
 
Figura 31. – Cabo Tipo Ribbon 
 
 
35 
 
 
 
 
6. MÓDULOS TRANCEIVER 
 
Um TRANSCEIVER, em português TRANSCEPTOR é um dispositivo que combina 
um transmissor e um receptor utilizando componentes em um circuito comum para 
ambas às funções num só equipamento (TX e RX). Em uma rede de dados, converte 
um tipo de sinal, ou um conector para outro, por exemplo, para converter sinais 
elétricos em ópticos. 
É um dispositivo que opera na camada um (camada física do modelo OSI), 
porque só considera os bits e não as informações de endereço ou protocolos de níveis 
superiores. Um transceiver SFP (Small Form Factor Pluggable, traduzindo para o 
português é algo como Fator de Forma Pequeno Plugável), Mini GBIC ou GBIC 
(Conversor de Interface Gigabit, do inglês, Gigabit Interface Converter), é um 
transceptor interno usado em switches nas conexões de cabeamento estruturado. 
Transforma o sinal elétrico em sinal óptico ou vice-versa, que proporciona maior 
flexibilidade e melhor desempenho nas redes. 
Os Transceivers SFPs e XFPs são transceptores compactos que funcionam como 
conectores modulares, disponíveis para o cobre (RJ-45) e para todos os modos de 
fibras ópticas comuns, comprimentos de onda e taxas de dados. Permitem que os 
técnicos de rede conectem diferentes tipos de interface em um mesmo equipamento de 
rede, através de uma porta SFP / XFP. É importante salientar que permitem conexão a 
quente (hot-plug), sem necessidade de desligamento para efetuar a conexão. 
Caso seja necessário investir na reformulação do cabeamento de uma rede, além 
dos cabos, em termos de hardware, bastará substituir o módulo Transceiver SFP ou 
XPF, que possuem preços muito acessíveis, assim, o custo na atualização será bastante 
reduzido, pois preservará o investimento em equipamentos de rede caros. Os 
hardwares para redes, cada vez mais estão sendo projetados com estas portas, para 
tirar proveito de sua flexibilidade, e eliminar as incertezas e suposições no momento da 
compra de equipamentos muito caros. 
Os tranceivers normalmente são para aplicação em cobre (copper) RJ-45 ou para 
aplicações ópticas, multimodo ou monomodo, em diferentes categorias 850nm, 
1310nm, 1550nm e DWDM. Os transceptores SFP estão comercialmente disponíveis 
com capacidade para taxas de dados até 4,25Gbps. Um padrão melhorado chamado 
SFP+ suporta taxas de dados até 10Gbps. Outra versão chamada de XFP, tem 
capacidade de transmissão de 10Gbps. 
 
 
36 
 
 
 
Existe ainda o transceiver SFF (Small Form Factor), semelhante ao SFP, porém 
não é plugável, mas sim soldado diretamente na placa mãe do equipamento. 
 
 
Figura 32. – SFF Soldável 
 
Usado tanto em aplicações de telecomunicações como comunicação de dados. É 
um formato popular apoiado pela indústria de fornecedores de componentes de rede. 
Os Transceptores SFP são projetados para suportar SONET (Synchronous Optical 
networking) que é um protocolo de multiplexação para transferência de múltiplos fluxos 
de bit digital em fibra óptica utilizando lasers ou diodos emissores de luz (LEDs), 
Ethernet, Fast Ethernet, Gigabit Ethernet, Fibre Channel, e outros padrões de 
comunicação. 
Os Transceptores SFP estão disponíveis para uma variedade de tipos de 
transmissor e receptor, permitindo aos usuários selecionar o transceptor apropriado 
para cada link, para proporcionar o alcance necessário sobre fibras ópticas disponíveis 
(multimodo ou monomodo). 
Esta solução é ideal para conexões de alta velocidade possibilitando 
cascateamento de switches. Existem diversos tipos de SFPs, quanto ao tipo de 
conexão, abaixo listamos alguns deles: 
 
6.1. Módulos SFP Copper (Cobre) 
 
Permitem velocidades de 10/100/1000 Base-T, padrão Ethernet, Fast Ethernet e 
Gigabit Ethernet sobre conectividade de cobre RJ-45. Esta solução é ideal para 
conexões de alta velocidade para workstations high-end e entre gabinetes de fiação. 
 
 
37 
 
 
 
 
Permitem que um dispositivo host projetado principalmente para comunicações 
de fibra óptica também comunicar através de cabo de rede de par trançado sem 
blindagem. Existem modelos unicamente para velocidade de 1000 Mbps. 
 
 
Figura 33. – SFP Par Trançado RJ-45 
 
6.2. Módulos SFP Fiber (Fibra) 
 
Existem modelos SFP para fibras ópticas nas as seguintes velocidades: 155Mbps 
Ethernet SFP, 1.25Gbps Gigabit Ethernet SFP, 2.4Gbps Ethernet SFP, 10Gbps Ethernet 
SFP+ e 10Gbps Ethernet XFP, tanto simplex, como duplex. Módulos ópticos SFP são 
comumente disponíveis em diversas categorias diferentes: 1) 850nm -550m de fibra 
multimodo (SX); 2) 1310nm - 10 km de fibra monomodo (LX); 3) 1490nm – 10 km de 
fibra monomodo (BS-D); 4) 1550nm – 40 km (XD), 80 km (ZX), 120 km (EX ou EZX), 
5) 1490nm e 1310nm (BX), Single Fiber Bidirecional Gigabit SFP e 6) DWDM (Dense 
WDM), há também CWDM (Coarse WDM) e de fibra única "bidirecional" (1310/1490nm 
Upstream / Downstream). 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
Figura 34. – SFP Fibra duplex 
 
O SFF Committee (The Small Form Factor Committee) é um grupo de indústrias 
de eletrônica formada para desenvolver as especificações para interoperabilidade dos 
módulos ópticos. Alguns participantes foram: Amphenol, Broadcom, Dell, FCI, Fujitsu, 
HP, Hitachi, IBM, Intel, Molex, Samsung, Sumitomo, Texas, Toshiba, Tyco, etc. 
A Especificação Técnica INF-8074i para o SFP (Small Formfactor Pluggable) 
Transceiver de 12 de Maio de 2001, define o padrão mecânico, elétrico, de interface, de 
dados, etc. 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
7. REDES ÓPTICAS PON (PASSIVE OPTICAL NETWORK) 
 
Uma rede óptica PON é uma topologia de rede que compartilha, entre duas ou 
mais fibras ópticas os sinais transmitidos por uma única fibra, para isso utiliza um 
divisor óptico (optical spliter), frequentemente apenas chamado de “spliter”, que é um 
dispositivo totalmente passivo, isto é, não efetua regeneração e amplificação de sinais. 
A tecnologia de rede WDM em circuitos ópticos totalmente passivos e multiplexados em 
WDM é chamada de PON WDM. 
Em fibra óptica, Wavelength Division Multiplexing (WDM) é uma tecnologia que 
multiplexa uma série de sinais de portadora óptica em uma única fibra óptica, 
utilizando diferentes comprimentos de onda (cores) de luz laser. Esta técnica permite a 
comunicação bidirecional ao longo de um fio de fibra, bem como a multiplicação da 
capacidade. 
Um equipamento chamado de Optical Line Terminal (OLT) é o dispositivo 
principal deste sistema, centro desta arquitetura ponto-multiponto. Nas pontas, 
fazendo interface com o usuário, temos o Optical Network Unit (ONU) ou Optical 
Network Terminal (ONT). 
 
 
Figura 35. – Esquema Redes PON 
 
O Central Office (CO) envia seu sinal através de um OLT, este sinal é direcionado 
para os assinantes por meio de um divisor denominado Splitter. Para os assinantes 
receberem o sinal, utilizam um equipamento chamado ONU ou ONT, que é responsável 
pela conversão de sinais ópticos para sinais elétricos e vice versa. Para atingir vários 
clientes, utilizam-se diversos divisores ópticos (Splitters), que são elementos passivos, 
pequenos e de baixo custo. 
 
 
40 
 
 
 
 
O fator determinante do alcance físico máximo de uma rede PON é o número de 
divisores ópticos usados no segmento da rede de acesso. 
 
 
Figura 36. – Estrutura da Rede PON 
 
7.1. Elementos da Estrutura PON 
 
7.1.1. Central de Equipamentos (Headend) 
 
A Central ou Sala de Equipamentos (Headend) é o local onde ficam instalados os 
equipamentos ópticos de transmissão e o Distribuidor Geral Óptico (DGO) responsável 
pela interface entre os equipamentos de transmissão e os cabos ópticos de 
transmissão. 
 
7.1.2. Backbone Óptico (Feeder) 
 
O Backbone Óptico (Feeder) é composto basicamente por cabos ópticos que 
levam o sinal da central aos pontos de distribuição. Estes cabos ópticos podem ser 
subterrâneos ou aéreos. Para aplicação PON as fibras são do tipo monomodo. 
 
 
41 
 
 
 
 
7.1.3. Pontos de Distribuição 
 
Visando aperfeiçoar o uso das fibras ópticas, as redes PON possuem geralmente 
topologia estrela. Nesta configuração, os pontos de distribuição fazem a divisão do sinal 
óptico em áreas distantes da central de equipamentos, reduzindo o número de fibras 
ópticas para atendimento a estes acessos. Neste ponto de distribuição é realizada a 
divisão, distribuição e gestão do sinal óptico associado a esta área. 
 
7.1.4. Rede Óptica de Distribuição 
 
A Rede Óptica de Distribuição é composta por cabos ópticos que levam o sinal 
dos pontos de distribuição para as áreas específicas de atendimento. Estes cabos 
geralmente são do tipo autossustentado (aéreos e que possibilitam instalação em vãos 
longos), com núcleo seco para facilidade de instalação. Associados a estes cabos, são 
utilizados caixas de emenda para derivação das fibras para uma melhor distribuição do 
sinal. 
Caixas de emenda terminal, também denominadas Network Access Point (NAP), 
são estrategicamente instaladas para a distribuição do sinal realizando a transição da 
rede óptica de backbone à rede terminal, denominada de Rede Óptica Drop. 
 
7.1.5. Rede Óptica Drop 
 
Composta por cabos ópticos autossustentados de baixa formação (pequeno 
número de fibras ópticas). A partir da caixa de emenda terminal (NAP), os cabos drop 
levam o sinal óptico até ao assinante propriamente dito. O elemento de sustentação 
geralmente é utilizado para realizar a ancoragem do cabo a casa ou prédio. Podem 
terminar em pequenos Distribuidores Internos Ópticos (DIOs), na transição do cabo 
para cordão óptico, ou em pequenos bloqueios ópticos, para transição do cabo para 
extensão óptica no interior da casa ou prédio. 
Devido às restrições de espaço na infraestrutura das edificações, são utilizadas 
geralmente fibras ópticas de características especiais para se evitar perda de sinal por 
curvaturas acentuadas. 
 
 
 
 
42 
 
 
 
7.1.6. Rede Interna 
 
A partir do bloqueio óptico ou distribuidor interno óptico, são utilizadas extensões 
ópticas ou cordões ópticos para realizar a transição do sinal óptico da fibra ao receptor 
na rede interna do assinante. 
 
 
Figura 37. – Elementos da Rede GPON 
 
7.2. Arquiteturas de Redes de Distribuição Ópticas 
 
Existem alguns tipos diferentes de modelos de redes que utilizam a arquitetura 
básica de PON. Temos dois tipos principais de arquitetura utilizando fibra óptica: point-
to-point (ponto-a-ponto) e point-to-multipoint (ponto-a-multiponto). 
 
7.2.1. Ponto-a-ponto (point-to-point) 
 
A arquitetura point-to-point possui custo de instalação elevado devido à 
quantidade de fibras necessárias para sua implementação, além das dificuldades 
inerentes de instalação e manutenção apresenta baixa penetração no mercado. 
 
 
43 
 
 
 
 
Figura 38. – Ligação Ponto-a-ponto 
 
O sistema pode utilizar fibras na modalidade simplex ou duplex, assim, no nosso 
exemplo teremos 32 ou 64 fibras, conforme o caso, para 32 nós (assinantes). 
 
7.2.2. Ponto-a-multiponto (point-to-multipoint) ativa 
 
Enquanto a configuração point-to-point usa fibras dedicadas para cada assinante, 
a configuração point-to-multipoint utiliza uma fibra compartilhada entre os assinantes e 
o CO (Central Office), pode ser ativo (Active Ethernet) ou passivo (PON). Veja abaixo 
uma rede convencional onde é necessário instalar switch óptico para dividir o sinal da 
fibra para os demais pontos e disponibilizar uma infraestrutura com rack e alimentação 
elétrica para os equipamentos em cada uma das divisões de fibra. 
 
Figura 39. – Ligação Ponto-a-multiponto Ativa 
 
7.2.3. Ponto-a-multiponto (point-to-multipoint) passiva 
 
A rede PON com arquitetura point-to-multipoint permite que uma única fibra seja 
compartilhada por múltiplos pontos finais (residências e empresas), não existindo 
elementos ativos entre o equipamento OLT e os elementos ONUs e outras OLTs (os 
divisores ópticos são elementos passivos) e com isto economizando energia, espaço em 
sites e manutenção de equipamentos eletrônicos. 
 
 
44 
 
 
 
 
 
Figura 40. – Ligação Ponto-a-multiponto Passiva 
 
7.3. Tipos de Normas PON 
 
As três principais normas PON são: Broadband PON (BPON), GPON e EPON. O 
BPON e o seu sucessor GPONsão recomendações da International Telecommunication 
Union - Telecommunication Standardization Sector (ITU-T) patrocinadas pela Full 
Service Access Network (FSAN), uma associação mundial de fabricantes e operadoras 
que desenvolvem equipamentos com as tecnologias PON. 
Levando em consideração que as operadoras estão influenciando a padronização 
do GPON através da FSAN, a recomendação do GPON reflete diretamente as 
necessidades das operadoras e tem encontrado grande aceitação entre as normas PON 
especialmente por ser um padrão aberto, enquanto os outros são padrões 
proprietários. 
O EPON é um padrão desenvolvido pelo Institute of Electrical and Electronics 
Engineers (IEEE), através de uma iniciativa do grupo “Ethernet in the first mile – EFM 
(Ethernet na primeira [ou última] milha)”. 
O ITU-T através da recomendação G.983 (1998) define que Broadbad-PON (B-
PON) é uma rede de acesso de telecomunicações baseada na topologia PON. 
Inicialmente utilizava o protocolo ATM (155 e 622 Mbps) e posteriormente passou a 
suportar tecnologia WDN. 
No ano de 2003, a recomendação G.984 definiu a Gigabit-PON (GPON) que 
possibilitou taxas de transmissão de 1,2 e 2,4 Gbps, e assim, possibilitou o 
encapsulamento de outros protocolos como o Ethernet in the first Mile (IEEE 802.3ah), 
chamada neste caso de Gigabit Ethernet PON (GE-PON). 
Embora todos os três sistemas funcionem baseados no mesmo princípio, existem 
várias diferenças entre eles, como pode ser observado na tabela. 
 
 
45 
 
 
Tabela 1. Características Redes PON 
Características GEPON BPON GPON 
Recomendação IEEE 802.3ah [1] ITU-T G.983 ITU-T G.984 
Protocolo Ethernet ATM Ethernet, TDM 
Taxa de bits 
1000 Mbps [2], DS e 
US 
622 Mbps DS, 155 
Mbps US 2488 Mbps DS, 1244 Mbps US 
Span (km) 10 20 20 (10 km p/ 64 usuários) 
Taxa de divisão (split-
ratio) [3] 16 ou 32 32 32 ou 64 
 
7.4. Soluções FTTx 
 
Solução FTTx é um termo genérico usado para designar arquiteturas de redes de 
transmissão de elevado desempenho, totalmente passivas (PON), baseadas em 
tecnologia óptica. Observa-se que tem ocorrido à integração de provedores de 
telefonia, TV a cabo e serviços de Internet em nível mundial e isto tem sido possível 
devido às fibras ópticas e à convergência da tecnologia Protocolo Internet (IP). Com 
isso, tecnologias como Voz Sobre IP (VoIP), Televisão IP (IPTV), navegação em banda 
larga, videoconferência e Home-office tornam-se cada vez mais corriqueiros. 
 
7.4.1. FTTCab (Fiber To The Cabinet) 
 
O que costumava ser chamado de FTTN - Fiber To The Node (Fibra até o Nó) ou 
Fiber To The Neighborhood (Fibra até o Bairro) agora é chamado de Fiber To The 
Gabinete ou FTTCab segundo os padrões ITU. A arquitetura possui um cabo de fibra 
encerrado em um armário de rua que se posiciona a mais de 300 metros do assinante, 
podendo chegar até vários quilômetros de distância das instalações do cliente, e com 
conexão até o cliente em meio de transmissão de cobre. Esta arquitetura é muito usada 
nas redes de distribuição das operadoras de serviços de telecomunicações (TV a cabo – 
CATV, por exemplo), onde a fibra óptica que sai da central é conectada diretamente a 
um armário de rua, depois o sinal é transformado de óptico para elétrico para ser feita 
distribuição em cabeamento metálico até o ponto de atendimento. 
[1] Em 2005 ele foi incluído como parte do padrão IEEE 802.3. 
[2] 1 Gbps é a taxa de transferência de dados, enquanto que 1,25 Gbps é a taxa de bits física do acesso 
devido a codificação 8b/10b. 
[3] Valores típicos para as redes implantadas. 
*US - Upstream / DS – Downstream 
 
 
 
46 
 
 
 
Figura 41. – FTTCab (Fiber To The Cabinet) 
 
7.4.2. FTTC (Fiber To The Curb) 
 
A arquitetura FTTC (Fiber To The Curb - Fibra até o meio-fio) é constituída por 
unidades remotas que atenderão poucos assinantes a uma distância de algumas 
dezenas de metros. Trata-se de levar a fibra até aos "armários" situados a um máximo 
de 300 m dos edifícios, a partir dos quais se utilizará o par metálico para transportar o 
sinal de dados. 
 
Figura 42. – FTTC (Fiber To The Curb) 
 
7.4.3. FTTB (Fiber To The Building) 
 
É uma arquitetura de rede de transmissão óptica, onde a rede drop finaliza na 
entrada de um edifício ou condomínio (Comercial ou Residencial). A partir deste ponto 
terminal, o acesso interno aos assinantes é realizado geralmente através de uma rede 
com cabeamento estruturado. A fibra óptica chega até o ponto de entrada existente no 
edifício, evitando perdas na largura de banda de transmissão. 
 
 
47 
 
 
 
 
Figura 43. – Ligação Ponto-a-multiponto GPON 
 
7.4.4. FTTH (Fiber To The Home) 
 
Uma alternativa para o PON utilizada por pequenas operadoras, municípios e 
prestadores de serviços de redes abertas é o Ethernet FTTH, também conhecido como 
fibra ponto-a-ponto (point-to-point fiber). Essa tecnologia leva todas as fibras de cada 
usuário para um site central da rede, permitindo instalar uma transmissão do tipo fibra 
ponto-a-ponto relativamente simples. 
É uma arquitetura de rede de transmissão óptica, onde a rede drop termina na 
residência do assinante que é servido por uma fibra óptica exclusiva para este acesso. 
Geralmente entre a rede drop e a rede interna do assinante é utilizado um mini-DIO ou 
um bloqueio óptico para realizar a transição do sinal óptico para o interior da 
residência. Após esta transição, o sinal é disponibilizado através de uma extensão ou 
cordão óptico para o receptor óptico do assinante. 
 
 
Figura 44. – FTTH (Fiber To The Home) 
 
 
48 
 
 
 
 
 
7.4.5. FTTA (Fiber To The Apartment) 
 
É uma arquitetura de rede de transmissão óptica, onde a rede drop termina no 
edifício (Comercial ou Residencial) chegando a uma sala de equipamentos. A partir 
desta sala, o sinal óptico pode sofrer uma divisão do através do uso de divisores 
ópticos (splitters), sendo posteriormente encaminhado individualmente a cada 
apartamento ou escritório. É semelhante ao FTTH. 
 
7.4.6. FTTD (Fiber To The Desk) 
 
Arquitetura utilizada onde a demanda por banda de transmissão em aplicações 
de videoconferência e mesmo de Internet exige uma capacidade adicional das redes 
locais. Trata-se de uma arquitetura usada principalmente nas redes corporativas e que 
permite o uso da banda larga para a transmissão de dados, voz e imagem. 
 
 
Figura 45. – FTTD (Fiber To The Desk) 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
 
8. MERCADO GPON 
 
A escolha entre fibra ponto-a-ponto e GPON depende de múltiplos fatores 
relacionados com o contexto financeiro do negócio e com a execução da rede física de 
acesso. O uso de fibras ponto-a-ponto implica em ter que instalar os equipamentos de 
rede próximos do cliente, mas torna a rede mais simples e transparente para a 
implantação de serviços. Entretanto, sempre que os operadores tentam concentrar a 
localização dos equipamentos de rede, torna-se necessário concentrar também mais 
fibras. O gerenciamento de grandes quantidades de fibras em nós ou sites de rede 
muito grandes torna-se bastante inconveniente. 
O êxito e a aceitação do GPON no mercado mundial são cada vez mais evidentes. 
O rápido crescimento do mercado de GPON se deve a diversos fatores, tais como a 
tendência do mercado de ofertar serviços com uso de banda larga mais intensiva, como 
os de envio unidirecional de conteúdo vídeo, áudio e TV do tipo unicast(*) e 
broadcast(**), está estimulando muitas operadoras a se atualizarem sobre as 
possibilidades de atualização ou renovação total da rede de acesso de cobre legada. 
Grandes fabricantes têm acrescentado a tecnologia GPON ao seu portfólio de 
redes de acesso banda larga, e as operadoras em todo o mundo estão interessadas

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