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1 IFRS/CPC Aplicação e Prática Professor José Miguel Rodrigues da Silva josemiguel@jmrconsultoria.com.br Mestre em Ciências Contábeis pela UERJ; Pós-graduado em Administração Financeira - FGV; Pós-graduado em Direito tributário; Especialização em Fluxo de Caixa empresarial - FGV; Especialização em Orçamento Empresarial - FGV; Diversos cursos - IBMEC, trabalhos expostos em Congressos Nacionais e Internacionais; Consultor de empresas; Professor Universitário e pós graduação, CRC, IBEF, OAB/ESA e Outras instituições; coordenador de pós-graduação; Sócio da JMR Consultoria Tributária e Contabilidade - escritório especializado em empresas inseridas no Lucro Real, Contador. Da Obra Professor José Miguel Rodrigues da Silva josemiguel@jmrconsultoria.com.br Normas brasileiras de Contabilidade A intelectualidade contábil numa visão simples que apresenta as dicas de uma abordagem direta aos seus principais pontos. 2 Panorama Geral Quem está obrigado A adoção das regras contábeis deve ser adotada obrigatoriamente pelas seguintes sociedades: Leis nº 11.638/2007, Leis nº 11.941/09 e Resolução do CFC nº 1.255/2009 Todas as empresas S.A. de capital aberto Empresas S.A. de capital Fechado ou empresas LTDA consideradas de grande Porte (SGP) Pequenas e Médias Empresas (PME) O conceito para SGP é: ter um faturamento maior do que 300 milhoes de Reais ou ativo total maior do que 240 milhões de Reais 3 (PME) Pequenas e Médias Empresas Resolução do CFC nº 1.255/2009 Segundo o CFC as (PME) Pequenas e Médias Empresas, englobam o seguinte grupo de empresas: Que não seja Empresa S.A. Que não seja sociedade obrigada a fazer prestação pública de suas contas. Empresas LTDA e demais sociedades comerciais, desde que não sejam enquadradas como sociedades de grande porte. Seção III Do Contabilista e outros Auxiliares Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos. CC – art. 1.177 4 Essência Forma CPC’s novas normas contábeis 5 CPCs s/nº e 26 – Resols. CFC n°s 1.121/08 e 1.185/09, e Delibs. CVM n°s 539/08 e 595/09 1)Balanço Patrimonial (BP) 2)Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 3)Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 4)Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 5)Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 6)Notas Explicativas (NE) Conjunto completo das Demonstrações Contábeis 2010 2009 CIRCULANTE Disponibilidades Direitos Realizáveis até 12 meses Despesas do Exercício Seguinte ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Balanço Patrimonial e a composição do ativo Comparativo sempre com o ano anterior 6 Balanço Patrimonial e a nova composição do Passivo 2010 2009 CIRCULANTE Obrigações Exigíveis até 12 meses OBRIGAÇÕES VINCULADAS AO ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA NÃO CIRCULANTE Obrigações Exigíveis após 12 meses PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados Lucro Acumulado – Pode existir Comparativo sempre com o ano anterior Balanço Patrimonial - Passivo CIRCULANTE Obrigações Exigíveis até 12 meses OBRIGAÇÕES VINCULADAS AO ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA NÃO CIRCULANTE Obrigações Exigíveis após 12 meses Receita Líquida Diferida PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Ações em Tesouraria Prejuízos Acumulados RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS 7 2010 2009 (+) Receita Bruta das Vendas e Serviços (-) Devolução de Vendas (-) Descontos Incondicionais (-) Tributos sobre Vendas e Serviços (=) Receita Líquida (-) Custo de Mercadorias e Serviços Vendidos (=) Lucro Bruto Demonstração do Resultado Comparativo sempre com o ano anterior Continua... 2010 2009 (-) Despesas com Vendas (-) Despesas Administrativas (+/-) Resultados de Participações Societárias (+/-) Ganhos e Perdas de Capital nos Investimentos (+/-) Ganhos e Perdas de Capital no Imobilizado (+/-) Ganhos e Perdas de Capital no Intangível (+/-) Outras Receitas e Despesas das Operações Continuadas (=) Resultado Antes das Receitas e Despesas Financeiras Demonstração do Comparativo sempre com o ano anterior Continua... 8 2010 2009 (+) Receitas Financeiras (-) Despesas Financeiras (=) Resultado do Exercício Antes dos Tributos sobre o Lucro (-) Tributos sobre o Lucro (-) Participações de Debêntures, Empregados e Administradores (-) Contribuições para Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de Empregados (=) Resultado Líquido das Operações Continuadas Demonstração do Comparativo sempre com o ano anterior Continua... 2010 2009 (+/-) Valor líquido dos seguintes itens: • Resultado líq. após tributos das operações descontinuadas • Result. Após tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos desp. de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada (+/-) Resultado Líquido de Operações Descontinuadas (=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício Resultado atribuído aos acionistas controladores (e LPA) Resultado atribuído aos acionistas não controladores (e LPA) Demonstração do Comparativo sempre com o ano anterior A segregação das operações descontinuad as é obrigatória 9 A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período em duas demonstrações: �Demonstração do Resultado do Período �Demonstração do Resultado Abrangente do Período; esta última começa com o Resultado Líquido e inclui os outros resultados abrangentes. Atenção A segregação das operações descontinuadas é obrigatória 18 10 DESCRIÇÃO 20X1 20X0 1 – Receitas 1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2) Outras receitas 1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão/(Constituição) 2 – Insumos Adquiridos de Terceiros (inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS) 2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 2.4) Outras (especificar) 3 – Valor Adicionado Bruto (1-2) 4 – Depreciação, Amortização e Exaustão 5 – Valor Adicionado Liquido Produzidos Pela Entidade (3-4) 6 – Valor Adicionado Recebido em Transferência 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 6.2) Receitas financeiras 6.3) Outras 7 – Valor Adicionado Total a Distribuir (5+6) DVA - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE Continua... 8 – Distribuição do Valor Adicionado (item 8 = item 7) R$ % 8.1) Pessoal 8.1.1 – Remuneração direta 8.1.2 – Benefícios 8.1.3 – F.G.T.S 8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.2.1 – Federais 8.2.2 – Estaduais 8.2.3 – Municipais 8.3) Remuneração de capitais de terceiros 8.3.1 – Juros 8.3.2 – Aluguéis 8.3.3 – Outras 8.4) Remuneração de capitais próprios 8.4.1 – Juros sobre o capital próprio 8.4.2 – Dividendos 8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício 8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos(só p/ consolidação) Carga Tributária da PJ 11 COMPARAÇÃO COM O CPC COMPLETO 21 Alguns assuntos foram eliminados: � Informação por segmentos - CPC 22 � Lucro por ação – CPC 10 � Demonstrações contábeis intermediárias – CPC 21 � Demonstração do Valor Adicionado – DVA CPC 09 No caso da PME divulgar alguma dessas informações, deverá descrever as bases de sua elaboração. A DRA é dispensada de apresentação, caso as únicas alterações do PL derivarem do: �Resultado �Pagamento de dividendo ou distribuição de lucro �Correção de erros de períodos anteriores �Mudanças de políticas contábeis 22 12 Sumário das exigências de elaboração, divulgação e publicação Demais empresas Principais regulamentações: Legislação comercial e legislação tributária Sociedades S.A. Principal regulamentação: Lei das S/A Elaborar Publicar anualmente Divulgar trimestralmente Capital fechado Capital Aberto X X X X X X Atenção as Notas explicativas A empresa deve declarar quando as demonstrações contábeis estiverem de acordo com os determinantes dos Pronunciamentos CPCs. A declaração deve ser explícita, sem reservas e constar nas notas explicativas. A declaração somente deve existir quando a empresa possuir suas demonstrações contábeis totalmente de acordo com os Pronunciamentos. Pronunciamento CPC 26 – item 16 13 Exemplo para “Declaração de conformidade” das Exemplo para “Declaração de conformidade” das Exemplo para “Declaração de conformidade” das Exemplo para “Declaração de conformidade” das Notas explicativasNotas explicativasNotas explicativasNotas explicativas CPC 26 – Item 16 Os critérios contábeis constantes na Lei das S/A, bem como, a nova redação das Leis nºs 11.638/07 e 11.941/09 em seus artigos 37 e 38, foram totalmente atendidos pela escrita contábil e as Demonstrações Contábeis, atendendo completamente os Pronunciamentos Técnicos CPC, em destaque o CPC 26, item 16. A escrita contábil reflete os fatos econômicos, referentes a documentação, informações e declarações fornecidas pela administração da entidade. Observação sobre as Notas explicativasObservação sobre as Notas explicativasObservação sobre as Notas explicativasObservação sobre as Notas explicativas Lei 6.404/76, art. 176, § 5º As Notas Explicativas deverão indicar: -Principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, ex: depreciação, provisões, ajustes, etc; - Investimentos em outras sociedades; - Aumento de ativos resultantes de novas avaliações; - ônus reais constituídos sobre elementos do ativo como garantias prestadas a terceiros; - Taxas de juros, datas de vencimentos e garantias das obrigações a longo prazo; - O número, espécies e classes das ações e quotas do capital social; - As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; - Os ajustes de exercícios anteriores; - eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham,ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. 14 CPC 00 Pronunciamento conceitual básico Estrutura conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis Resumindo COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC CPC emite Pronunciamentos, Interpretações e Orientações sempre em convergência com as IFRS do International Accounting Standards Board (IASB). Órgãos reguladores emitem seus atos próprios adotando os do CPC e definindo vigência: (CFC, CVM, CMN, SUSEP, ANEEL e ANTT) 15 Interesses. CPC 00 As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e necessidades diversas. Governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, por exemplo, podem determinar especificamente exigências para atender a seus próprios interesses. Essas exigências, no entanto, não devem afetar as demonstrações contábeis elaboradas segundo esta Estrutura Conceitual. Objetivo das Demonstrações contábeis CPC 00 Demonstrações contábeis elaboradas dentro do que prescreve esta Estrutura Conceitual objetivam fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados grupos de usuários. 16 Finalidade e status CPC 00 �dar suporte ao desenvolvimento de novos Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações e à revisão dos já existentes, quando necessário; �dar suporte à promoção da harmonização das regulações, das normas contábeis e dos procedimentos relacionados à apresentação das demonstrações contábeis, provendo uma base para a redução do número de tratamentos contábeis alternativos permitidos pelos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações; Finalidade e status CPC 00 �dar suporte aos órgãos reguladores nacionais; �auxiliar os responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis na aplicação dos Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações e no tratamento de assuntos que ainda não tenham sido objeto desses documentos; 17 Finalidade e status CPC 00 �auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a conformidade das demonstrações contábeis com os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações; �auxiliar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de informações nelas contidas, elaboradas em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações; e Finalidade e status CPC 00 �proporcionar aos interessados informações sobre o enfoque adotado na formulação dos Pronunciamentos Técnicos, das Interpretações e das Orientações. 18 Finalidade e status CPC 00 CPC 00 não é um Pronunciamento Técnico propriamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação. Nada nesta Estrutura Conceitual substitui qualquer Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação Finalidade e status CPC 00 Em caso de conflito entre a Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Técnico, uma Interpretação ou uma Orientação, as exigências do Pronunciamento Técnico, da Interpretação ou da Orientação específicos devem prevalecer sobre esta Estrutura Conceitual. 19 Características qualitativas da informação contábil-financeira útil CPC 00 Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível. As características qualitativas fundamentais são relevância e representação fidedigna. Relevância CPC 00 é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes. 20 Materialidade CPC 00 se a sua omissão ou sua divulgação distorcida puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em particular. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação particular. Representação fidedigna CPC 00 Para ser representação perfeitamente fidedigna,a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos atributos na extensão que seja possível. 21 Fato Relevante na escrita Contábil. Instrução CVM n 358/02 e art. 157 da Lei 6.404./76 É considerado relevante: “Considera-se relevante, para os efeitos desta Instrução, qualquer decisão de acionista controlador, deliberação da assembléia geral ou dos órgãos de administração da companhia aberta, ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico- financeiro ocorrido ou relacionado aos seus negócios” A divulgação de ato ou fato relevante deve ser feita pela diretoria, que deverá divulgá-los simultaneamente ao mercado por qualquer meio de comunicação, inclusive informação à imprensa, ou em reuniões de entidades de classes, no país ou no exterior. A IN também trata das situações em que tais atos e fatos relevantes podem ser tratados com sigilo. PRINCIPAIS CARACTERISTICAS E CONSEQUENCIAS DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE Características básicas das Normas Internacionais de Contabilidade: �São baseadas muito mais em princípios do que em regras; �São baseadas na prevalecência da essência sobre a forma; �São muito mais importantes os conceitos de controle, obtenção de benefícios e de incorrência em riscos do que em propriedade jurídica para registro de ativos, passivos, receitas e despesas; �A contabilidade é de toda a empresa e não só0 do contador. 22 RESUMO DOS PRESSUPOOSTOS BÁSICOS DAS NORMAS � Regime de competência � Continuidade � Materialidade � Relevância (as informações devem ser relevantes, úteis para tomadas de decisão) � Compreensibilidade (que as informações seja prontamente entendidas pelos usuários) � Comparabilidade (comparar afim de avaliar) � Confiabilidade (deve ser confiável, livre de erros e vieses) Uma observação sobre a comparabilidade: �Ela não deve ser confundida com mera uniformidade e não deve permitir que se torne um impedimento à introdução de normas contábeis aperfeiçoadas. Alerta ao classificar um ativo, passivo ou patrimônio líquido. CPC 2008 - Pronunciamento Conceitual Básico, item 51 Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal. 23 Fato Relevante na escrita Contábil. Instrução CVM n 358/02 e art. 157 da Lei 6.404./76 É considerado relevante: “Considera-se relevante, para os efeitos desta Instrução, qualquer decisão de acionista controlador, deliberação da assembléia geral ou dos órgãos de administração da companhia aberta, ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico- financeiro ocorrido ou relacionado aos seus negócios” A divulgação de ato ou fato relevante deve ser feita pela diretoria, que deverá divulgá-los simultaneamente ao mercado por qualquer meio de comunicação, inclusive informação à imprensa, ou em reuniões de entidades de classes, no país ou no exterior. A IN também trata das situações em que tais atos e fatos relevantes podem ser tratados com sigilo. Compensação de saldos. Lei 6.404/76, art. 178, § 3º “Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente” Isso significa que os saldos devedores das contas devem figurar no ativo e os credores no passivo, nas seguintes situações: � Saldos credor de um banco não devem estar como redução do saldo total devedor de bancos, mas como conta de passivo, como se fosse empréstimos a pagar; � Os saldos de contas correntes devem figurar no ativo para os casos das contas devedoras, e no passivo, para os das credoras; � Os saldos devedores de fornecedores devem constar do ativo, assim como os credores de clientes, no passivo. O CPC 26 acrescenta que além disso, as receitas e despesas, também não devem ser compensadas exceto quando forem relacionada à mesma transação. 24 ATIVO Características dos elementos do Ativo CPC 00 - Pronunciamento Conceitual Básico, itens 53 a 59 Os elementos do ativo são caracterizados por: - Potencialidade de gerar benefício econômico futuro; - Ser proveniente de recursos a receber de clientes, tendo em vista a venda de mercadorias ou produtos ou a prestação de serviços, ou ainda de doações; - Não há necessidade de possuírem substância física (ou material), desde que deles sejam esperados benefícios econômicos futuros para a entidade e que sejam por ela controlados; - O direito de propriedade não é essencial para determinar a existência de um ativo, desde que a entidade controle os benefícios econômicos provenientes da propriedade; - Só podem ser considerados ativos os provenientes de eventos ou transações passadas. 25 Características dos elementos do Ativo CPC 00 - Pronunciamento Conceitual Básico, itens 83 Além disso, um ativo somente poderá ser reconhecido no Balanço Patrimonial se ele tiver um custo ou valor que possa ser mensurado em bases confiáveis. Caso não se possa fazer uma estimativa razoável, o item não deve ser reconhecido como ativo no balanço patrimonial. Exemplo: uma ação movida na justiça, cuja certeza de causa pela entidade é grande, porém não se tem como estimar o valor. OBSEVAÇÃO RELEVANTES SOBRE DISPONIBILIDADES – CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA CPC 03 A entidade deve divulgar, em Nota Explicativa, acompanhada de um comentário da administração, os saldos de caixa e equivalentes de caixa que não estejam disponíveis para uso pelo grupo. OBS: Usualmente, tais depósitos serão classificáveis fora das disponibilidades em conta à parte no Ativo Circulante ou realizável a longo prazo. 26 OBSEVAÇÃO RELEVANTES SOBRE CONTAS A RECEBER CPC 03 Não se deve confundir faturamento antecipado com recebimento antecipado. No caso de faturamento antecipado, deve-se utilizar a conta faturamento para entrega futura como redutora das duplicatas a receber, pois ainda não existe o direito de recebimento. PASSIVO 27 Características dos elementos do Passivo CPC 00 - Pronunciamento Conceitual Básico, itens 60 a 64 -Que a entidade tenha uma obrigação presente; -A existência de compromissos futuros não constitui passivo, como, por exemplo: a decisão da administração de contratar mais funcionários futuramente; - Os passivos resultam de transações ou eventos passados; - alguns passivos podem necessitar serem reconhecidos por meio de provisões, ou seja, o valor de registro do passivo é uma estimativa. Os elementos do passivo são caracterizados por: RECEITA 28 O que é Receita CPC 00 - Pronunciamento conceitual básico, item 70 De forma ampla, receitas são aumentos dos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade. O que é ganho CPC 00 - Pronunciamento conceitual básico, item 75 Os ganhos representam um tipo específico de receita, ou seja, aqueles que não surgem no curso das atividades oriundas da entidade, representando aumento nos benefícios econômicos. Os ganhos também aumentam o patrimônio da organização, porém se distinguem das receitas propriamente ditas por serem periféricos às atividades básicas da empresa. 29 DESPESA O que é despesa CPC 00 - Pronunciamento conceitual básico, item 70 São decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob forma de saída de recursos ou redução de ativo ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam proveniente de distribuição aos proprietáriosda entidade. O reconhecimento de despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento do passivo ou da diminuição o ativo. 30 O que é perda CPC 00 - Pronunciamento conceitual básico, itens 79 e 80 Perda ocorre quando um recurso da empresa é consumido de forma anormal e involuntária. A perda pode ou não surgir no curso das atividades ordinárias da entidade, representando decréscimos nos benefícios econômicos e, como tal, não são de natureza diferente das despesas. Quando as perdas são reconhecidas na demonstração do resultado do exercício, elas são geralmente demonstradas separadamente, pois, sua divulgação é útil para fins de tomada de decisões econômicas. As perdas são geralmente demonstradas líquidas das respectivas receitas. RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO 31 Reconhecimento dos elementos das demonstrações contábeis CPC 2008 - Pronunciamento conceitual básico Um item que se enquadre na definição de um elemento deve ser reconhecido se: (a) for provável que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade ou flua da entidade; e (b) o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis CPC 2008 - Pronunciamento conceitual básico As bases para mensuração são: (a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. 32 Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis CPC 2008 - Pronunciamento conceitual básico (b) Custo corrente. Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço. Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis CPC 2008 - Pronunciamento conceitual básico (c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações 33 Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis CPC 2008 - Pronunciamento conceitual básico (d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. 66 Exercícios 34 CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro Definição CPC 23 Políticas Contábeis são os princípios, bases, convenções, regras e práticas contábeis adotadas por uma entidade. Mudança na Estimativa Contábil é o ajuste nos saldos de ativos e passivos decorrentes da situação atual. As alterações nas estimativas contábeis de uma nova informação ou inovações, portanto não são retificações de erros. Erros de Períodos Anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações contábeis de períodos anteriores por falta de uso ou uso incorreto de informação confiável que estava disponível na data e pudesse ter sido obtida. A omissão ou erro que influencia a decisão econômica das demonstrações contábeis é material. 35 Políticas contábeis CPC 23 Políticas Contábeis que aperfeiçoam as demonstrações contábeis somente são obrigatórias se resultarem em informações relevantes e confiáveis. Contudo, não é apropriado produzir, ou deixar de corrigir incorreções imateriais. As Políticas Contábeis devem ser uniformes para transações semelhantes, com exceção de tratamento diferente previsto por um Pronunciamento, ou Interpretação, ou Orientação específica. As mudanças somente devem ser realizadas se exigidas por outro Pronunciamento, ou Interpretação, ou Orientação, ou ainda, se resultarem em informações confiáveis ou relevantes. Mudanças nas estimativas contábeis CPC 23 O uso de estimativas na Contabilidade é comum e decorrente das incertezas inerentes a atividade empresarial. Exemplos: PDD, provisão para estoque, valor justo, vida útil de ativos e provisão para garantias. Esta constatação não reduz a confiabilidade da Contabilidade. Estimativas podem ser revisadas devido a alterações nas premissas de cálculo, novas informações ou maior experiência. Essas revisões não representam correções de erros. 36 Mudanças nas estimativas contábeis CPC 23 Os efeitos das mudanças contábeis nas estimativas contábeis devem ser registrados apenas prospectivamente nas contas afetadas. Exemplos: PDD afeta o período corrente e vida útil afeta os períodos corrente e futuros. Erros materiais ou imateriais intencionalmente cometidos devem ser corrigidos quando da sua descoberta, de forma retrospectiva com reapresentação dos saldos comparativos de balanço. Retificação de erros CPC 23 Os ajustes retrospectivos somente não devem ser efetuados, caso seja impraticáveis a determinação desses efeitos. Caso os efeitos somente possam ser parcialmente determinados, os ajustes devem ser realizados parcialmente. Correção de erro é diferente de mudança de estimativa contábil. 37 CPC 01 Valor de Recuperação de Ativos Objetivo CPC 01 O objetivo do Pronunciamento é assegurar que os ativos de uma corporação sejam registrados contabilmente, de forma que não ultrapassem seu valor recuperável por uso ou por venda. Caso esse ativo esteja registrado por valor superior, é preciso reconhecer a desvalorização por meio de constituição de provisão para perdas. O pronunciamento também define quando se deve reverter referidas perdas e quais as divulgações necessárias. 38 Onde se aplica CPC 01 Se aplica a todos os ativos relevantes relacionados às atividades de negócios (industriais, comerciais, financeiras, serviços, e outras). Exceto: �estoques; �ativos provenientes de contrato de construção; �impostos diferidos; benefícios de empregados; �ativos financeiros: instrumentos financeiros, reconhecimento, mensuração e evidenciação; �investimentos que sejam mensurados pelo valor justo; �ativos biológicos relacionados com atividade agrícola que sejam mensurados pelo valor justo menos custos estimados no ponto de venda; �ativos intangíveis resultantes dos direitos contratuais de uma seguradora sob contratos de seguros; �ativos classificados como detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas. Valor líquido e valor de uso CPC 01 O valor líquido de venda é aquele obtido pelas transações em bases comutativas, entre partes interessadas. O valor em uso pode ser o presente de fluxos de caixa futuros estimados pela empresa, baseado na aplicabilidade de taxas adequadas de desconto. Um ativo está desvalorizado, quando seu valor contábil (deduzidas a depreciação, amortização ou exaustão acumulada) excede o seu valor recuperável. 39 A avaliação ou a estimativa formal CPC 01 A avaliação ou a estimativa formal do valor recuperável segue alguns passos: � Identificação da existência desses ativos passíveis de desvalorização; � obtenção das fontes internas e externas de informação que indiquem a não recuperação; � determinação do valor de recuperação desse ativo por meio de sua quantificação e forma de reconhecimento CPC 24 Evento Subsequente40 Determinação Eventos subsequentes relevantes devem ser detalhadamente divulgados e se necessários, ajustados nas demonstrações contábeis do período a que se referem. Evento subsequente é o evento favorável ou desfavorável, que ocorre entre a data final do período a que se referem às demonstrações contábeis e a data na qual é autorizada a emissão dessas demonstrações. O período que caracteriza a obrigatoriedade de divulgação é entre a data base do balanço e a data em que a administração autoriza a sua emissão. CLASSIFICAÇÃO E PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS Eventos que evidenciam condições que já existam na data final do período contábil a que se referem às demonstrações contábeis e que originam ajustes: �Desvalorização de ativos �Mensuração do valor de ajuste de ativos trocados �Definição de participação nos lucros ou outras gratificações a empregados �Descoberta de fraudes ou erros. Eventos que evidenciam condições que surgiram após o período contábil a que se referem às demonstrações contábeis que não originam ajustes. �Variação do valor de mercado de instrumentos financeiros ocorrida após a data-base de balanço. 41 AVP Ajuste a Valor Presente CPC 12 Observações Lei nº 11.638/2007, arts. 1; Lei nº 11.941/09; CPC 12; CFC Resolução Nº1.151/09; CVM Deliberação nº 564/08 e IN nº 469/05/2008 AS novas Normas determinam novos Critérios de Avaliação do Ativo e Passivo: Ativo os elementos do Ativo Decorrente de Operações de Longo Prazo serão ajustados a Valor Presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante Passivo as obrigações, encargos e riscos classificados no Passivo Não Circulante serão ajustados ao seu Valor Presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. 42 Tratamento Lei nº 11.638/2007, Resol.CFC nº1.151/09,item 32 e 1.157/09,item105 No caso de juros embutidos, estes devem ser segregados, ou seja, a operação deve ser corretamente decomposta, de maneira que se permita separar os juros embutidos do custo de aquisição das mercadorias e serem apropriados pela fluência do prazo. Tratamento Lei nº 11.638/2007, Resol.CFC nº1.151/09,item 32 e 1.157/09,item105 Independente do tipo de taxa de juros, se explícita (conhecida) ou implícita (desconhecida), deve-se utilizar taxa de desconto que retorne juros compativeis com a operação, quanto ao prazo e risco relacionados a transação. A aplicação do AVP deve ser na data da transação. Mesmo não havendo tratamento em relação ao AVP para as PMEs, estas devem seguir essa mesma regra 43 Recuperação de ativos (Impairment) CPC 01 Redução do Ativo ao Valor Recuperável Lei nº 11.638/2007, art.1º; Lei nº 11.941/09; CPC 01; IAS 36; CFC Resolução Nºs 1.110/07 e nº 1.157/09; CVM Deliberação nº 527/07 O Princípio “Essência sobre a Forma”é por diversas vezes utilizado nas novas Normas. A redução do ativo ao valor recuperável é mais uma. De acordo com essa norma, a empresa deve periodicamente e em cada balanço efetuar o “teste de recuperabilidade” Teste de Recuperabilidade trata-se da verificação de alguma indicação ou evidência da desvalorização de um ativo. Vale ressaltar que o CPC traz uma lista dessas evidências. 44 Redução do Ativo ao Valor Recuperável Lei nº 11.638/2007, art.1º; Lei nº 11.941/09; CPC 01; IAS 36; CFC Resolução Nºs 1.110/07 e nº 1.157/09; CVM Deliberação nº 527/07 Atenção: Sendo assim, não é mais compatível com as práticas contábeis adotadas no Brasil a existência de qualquer ativo, num balanço patrimonial, por valor superior ao que ele é capaz de produzir de caixa líquido para a entidade, pela sua venda ou pela sua utilização (uso) (Resol. CFC nº 1.157/09, item 11). Alcance critério e avaliação da Aplicação do Teste de Recuperabilidade Lei nº 11.638/2007, art. 183, §3º; Lei nº 6.404/76, Resolução CFC nº 1.157/09 item 10 somente os itens registrados no IMOBILIZADO e INTANGÍVEL são alcançados por essa norma. Para os ativos destinados ao uso, ou à produção de benefícios pela sua manutenção na entidade, o valor recuperável é o maior entre os dois seguintes: (i) valor líquido de venda, que é o valor de venda deduzido das despesas com a venda; (ii) valor em uso. É o valor presente dos fluxos de caixa esperados a serem gerados por esse ativo, ou seja, é o valor que o ativo vai gerar no futuro, o qual deve ser suficiente para cobrir seu custo. 45 Obrigatoriedade da Aplicação do Teste de Recuperabilidade CPC 03, item 66; Lei nº 6.404/76, art.183, Resolução CFC nº 1.255/09 Na visão do CFC, CVM e Bacen, além do Imobilizado e Intangível o teste de recuperabilidade alcança todos os Ativos Relevantes. Nos casos dos “ativos cuja realização seja por recebimento ou venda”, como por exemplo: duplicatas a receber e estoque, ambos já sofriam redução pela provisão para devedores duvidosos, perda de estoque, etc. Nesses casos, o valor recuperável é o valor que a entidade estima que provavelmente receba, líquido das despesas com vendas se for o caso. Essa redução é reconhecida imediatamente na DRE como uma perda por desvalorização do ativo. O CPC 01 traz uma lista dessas evidências/indicações. Perdas de Créditos Incorridas ou Estimadas CPC 03, item 66; Lei nº 6.404/76, art.183, Resolução CFC nº 1.255/09 Há dois critérios em relação as perdas de créditos incorridas ou estimadas, conforme a seguir: A primeira chama-se “Incorridas” e é do CPC 03, item 66. Para a conta Duplicatas a Receber, quando houver evidências de que o valor não será recebido, reconhecer a Perda no resultado em contrapartida de conta retificadora. Somente deve ocorrer o reconhecimento dessa perda do valor recuperável dos ativos (impairment) quando houver evidências de que o montante do crédito não mais será recebido, no todo ou em parte. 46 Perdas de Créditos Incorridas ou Estimadas CPC 03, item 66; Lei nº 6.404/76, art.183, Resolução CFC nº 1.255/09 A segunda chama-se “Estimadas” e é da Lei nº 6.404/76,art.183, I,”b”. A conta Duplicatas a Receber será ajustada ao “Valor Provável de Realização”, quando este for menor ou quando houver possibilidade de não recebimento em função de situação específica do cliente no futuro. Estes critérios alcançam as PME Estoque CPC 16 47 A principal questão tratada CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09 A principal questão tratada pelo CPC 16/IAS 02 diz respeito aos custos a serem reconhecidos nos estoques. A norma apresenta orientações sobre as técnicas de mensuração e as fórmulas dos custos, bem como as despesas reconhecidas em relação aos estoques. Perdas de Créditos Incorridas ou Estimadas CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09 Este Pronunciamento teve início em 01/01/2010 e normatiza os seguinte: Redução, por perda ou não, ao Valor Realizável do estoque; Perdas Estimada de Estoque (assemelha-se CPC 01 - Impairment); Ajuste a Valor Presente / Custos dos Empréstimos, deve-se segregar a Despesa Financeira. 48 Exceção da Norma CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09 A norma se aplica a todos os estoques, exceto: � às obras em andamento originárias de contratos de construção, incluindo os contratos de serviço relacionados; � aos instrumentos financeiros; e � aos ativos biológicos relacionados à atividade agrícola e aos produtos agrícolas no ponto de colheita. A norma também não se aplica à mensuração de estoques mantidos por: � produtores de produtos agrícolas e florestais, produtos agrícolas após a colheita e exploradores de recursos minerais; � negociadores de commodities. O que é considerado estoque CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09 Estoques são ativos: �mantidos para venda no curso normal dos negóciosda empresa; �em processo de produção para venda; �na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos no processo de produção ou na prestação de serviços. 49 Terminologia importante para o estoque CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09 Valor justo: é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo quitado entre especialistas dispostos a negociar numa transação sem favorecimentos. Valor realizável líquido: é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios menos os custos projetados para finalizar o produto e realizar a venda. Redução ao Valor Realizável do Estoque CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 De acordo com a Norma, deve-se periodicamente analisar se há “Redução dos Valores” dos estoques, pois, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido (valor justo) A redução para o valor realizável líquido deve ser item a item, entretanto, em algumas circunstâncias pode ser apropriado agrupar unidades semelhantes ou relacionadas conforme item 29 do CPC 16. Atenção: O valor realizável líquido devem ser baseado em evidências confiáveis disponíveis no momento em que são feitas as estimativas do valor dos estoques que se espera realizar, sendo dos dois o menor , conforme itens 9 e30 do CPC 16. 50 Perdas Estimada de Estoque CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 Em relação a perdas relativas a itens do estoque que estejam deteriorados ou obsoletos devem ser registrados no resultado, em contrapartida de conta de “Perda Estimada do Estoque” que é credora do estoque conforme item 28 do CPC 18. A prática mais recomendável é abrir duas contas redutoras distintas. Uma para redução e outra para perda ao valor realizável do estoque. Atenção: Ajuste a Valor Presente e Custos dos Empréstimos CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 De acordo com essa Norma deve-se segregar o valor da despesas financeira, ou seja, quando uma empresa compra estoques com pagamento a prazo e há financiamento na negociação, a diferença entre o preço de aquisição em uma situação sem financiamento, e o valor efetivamente pago nessa operação, deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento. 51 Ajuste a Valor Presente e Custos dos Empréstimos CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 O ativo “qualificável” é exceção a essa regra pelo fato de necessitar de um período de tempo considerável para ficar pronto e apto ao uso ou a venda conforme CPC 20. Atenção ao ativo qualificável: Para utilizar os benefícios tributários referentes a apuração do Lucro Real e da CSLL, devemos eliminar os efeitos da nova Norma no e-Lalur. Embora não haja tratamento específico para as PME , elas devem seguir as mesmas regras conforme a Resolução do CFC nº 1.255/09, seção 13.19/Impairment e 13.7/AVP. Custo de estoques CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 Os custos dos estoques compreendem: � custos de aquisição; � custos de produção; � outros custos. Os custos de aquisição incluem, além do preço de compra, os impostos de importação e outros tributos não recuperáveis, os custos de transportes e manuseio e outros custos diretamente relacionados com a aquisição de mercadorias materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens similares são deduzidos do custo de aquisição. Continua... 52 Custo de estoques CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 Os custos de produção incluem os custos de mão de obra, variáveis e os fixos alocados numa base sistemática. A alocação dos custos fixos é feita com base na capacidade normal de produção das instalações. Capacidade normal é a produção esperada ao longo de alguns anos ou estações sob circunstâncias normais, levando-se em conta a perda da capacidade resultante de manutenções planejadas. Os gastos que não podem ser razoavelmente alocados aos custos de produção devem ser reconhecidos como despesa no período de sua ocorrência. Outros custos, que não os de aquisição ou produção, só podem compor o valor dos estoques se forem incorridos para trazer os estoques para sua condição e localização presentes. Custos excluídos dos estoques CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 Os custos excluídos dos estoques e tratados como despesas do período são: �os valores anormais referentes a perdas de material, mão de obra e outros custos de produção; �os gastos de estocagem, a menos que essenciais ao processo de produção; �os gastos administrativos; �as despesas de venda. 53 Observação sobre os custos CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 Os custos dos empréstimos comporão o valor dos estoques somente nos limitados casos em que estes requeiram um longo período de tempo de produção. Os custos dos empréstimos não serão capitalizados nos casos em que os estoques são produzidos de forma rotineira ou em larga escala, repetidamente e durante um curto período de tempo. Da mesma forma, os encargos financeiros resultantes de aquisição a prazo de estoques para revenda são contabilizados como despesa ao longo do período de financiamento. Continua... Observação sobre os custos CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 Os estoques das empresas prestadoras de serviços são mensurados ao custo de sua produção. Esses custos englobam os custos de mão de obra e de pessoal diretamente relacionados com o fornecimento do serviço, incluindo pessoal de supervisão e gastos gerais atribuíveis. Gastos relacionados com a venda, bem como os gastos com o pessoal administrativo, são tratados como despesa. A margem de lucro e os gastos gerais não atribuíveis ao serviço, também são contabilizados como despesa. 54 Evidenciação CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 As principais evidenciações exigidas quanto aos estoques dizem respeito a: � política contábil adotada, incluindo o método de custos; � valor total dos estoques, bem como as classificações adotadas pela empresa; � valor dos estoques registrados ao valor justo deduzido dos custos para vender; � valor dos estoques reconhecidos como despesas, por venda, consumo ou baixa ao valor realizável líquido; � valor de reversão de baixa, bem como os motivos que levaram à reversão; e � valor de estoques dados em garantias de dívidas. Resumo das características relevantes CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 �Os estoques sejam mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, aquilo que for menor; �Os custos fixos provenientes da capacidade não utilizada em função do volume de produção inferior ao normal, devem ser registrados como despesas no período em que são incorridos, não podendo ser alocados aos estoques; �Quando existir geração de subprodutos de custo irrelevante, eles devem ser mensurados pelo valor realizável líquido e esse valor deve ser reduzido do custo do produto principal; Continua... 55 Resumo das características relevantes CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 �No que tange a questão da Avaliação Financeira,não deverão ser incluídos no custo dos estoques os salários e outros gastos com as vendas e com o pessoal geral administrativo, pois estes deverão ser reconhecidos como despesas do período em que são incorridos; �Em relação ao custo-padrão, se seus valores refletirem aproximadamente o custo real, então este poderá ser utilizado para a avaliação dos estoques; �Se o custo do estoque não for recuperável, então o valor do mesmo deverá ser substituído pelo valor realizável líquido; Continua... Resumo das características relevantes CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 �Se os produtos acabados provenientes de matérias- primas forem vendidos pelo custo ou acima do custo, então não deverá haver redução ao valor realizável líquido; �Estoques poderão ser registrados em outras contas do ativo, quando utilizados como componente de Ativo Imobilizado de construção própria, para tanto deverão ser alocados como despesa durante a vida útil do ativo. 56 Resumo das informações a serem divulgadas CPC 16/2009; IAS 02; Deliberação da CVM Nº 575/2009; Resolução CFC nº 1.170/09; Lei nº 6.404/76, art. 183 �As políticas contábeis de mensuração dos estoques, incluindo formas e critérios de valorização utilizados; �O valor total escriturado em estoques, assim como o valor registrado em outras contas apropriadas para a entidade; �O valor de estoques escriturados pelo valor justo menos os custos de venda; �O valor de estoque reconhecido como despesa durante o período; �O montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos. Imobilizado CPC 27 57 Novo Conteúdo no Imobilizado Lei nº 11.638/2007, art.1º ; CPC 27; Resolução CFC nº 1.177/209; Resolução CFC Nº. 1.263/09, Interpretação Técnica ICPC 10; IAS 16 Foi introduzido um novo conteúdo para obedecer aos padrões internacionais, acrescentando os seguintes itens: • Controles de bens que proporcionam “Benefícios, Controle e Risco”, independentemente de haver transferência de propriedade; • Teste de Recuperabilidade – Impairment ; • Custo Atribuído – Reavaliação; • Ajuste Valor Presente- AVP ; • Taxa contábil depreciação; • Valor Depreciável do Bem. Novo Conteúdo no Imobilizado Lei nº 11.638/2007, art.1º ; CPC 27; Resolução CFC nº 1.177/209; Resolução CFC Nº. 1.263/09, Interpretação Técnica ICPC 10; IAS 16 A empresa deve transferir os bens intangíveis (incorpóreos ) existentes no Ativo Imobilizado para uma conta específica denominada de INTANGÍVEL. Esses bens do imobilizado, podem ou não se referir aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 58 Novo Conteúdo no Imobilizado Lei nº 11.638/2007, art.1º ; CPC 27; Resolução CFC nº 1.177/209; Resolução CFC Nº. 1.263/09, Interpretação Técnica ICPC 10; IAS 16 A empresa deve incluir no Ativo Imobilizado, inclusive os bens decorrentes de operações em que há transferência de Benefícios, Controle e Risco, independentemente de haver transferência de propriedade. Exemplo: As benfeitorias em propriedade de terceiros, devem ser mantidas no imobilizado, mesmo que não estejam de propriedade da empresa, desde que sejam utilizados na manutenção das atividades da entidade. Propriedade para Investimento CPC 28 59 Objetivo Tem por objetivo prescrever o tratamento contábil de propriedades para investimento e respectivos requisitos de divulgação. Propriedade para investimento é o imóvel (terreno ou edifício – parte de um edifício – ou ambos) mantido pelo proprietário (ou arrendatário) para obter rendas ou para valorização do capital ou para ambas, para finalidades do tipo administrativas ou para venda no curso ordinário do negócio. Principais Pontos do Pronunciamento �A propriedade para investimento deverá ser mensurada inicialmente pelo seu custo. Na mensuração inicial aplica-se todos os conceitos que normalmente se utiliza na mensuração inicial de um Ativo Imobilizado, inclusive no caso de permuta; �As variações no valor justo da propriedade para investimento deverão ser reconhecidas diretamente no resultado do período em que ocorrem; �As transferências de ativo imobilizado para propriedade para investimento e vice-versa, ou de propriedade para investimento para outras contas necessitam ser bem suportadas; Continua... 60 Principais Pontos do Pronunciamento �Quando da transferência de propriedade para investimento avaliada ao valor justo para o imobilizado, deverá ser considerado como custo o valor justo na data da alteração efetiva do uso, então, a partir deste momento, são aplicadas todas as regras contábeis próprias do ativo imobilizado, inclusive depreciação; �No que tange a questão do Controle Patrimonial, se um ativo imobilizado for transferido para propriedade para investimento, e esta passar a ser avaliada pelo valor justo, a diferença acumulada até a transferência, se for negativa, deverá ser registrada no resultado do exercício e, se positiva, em ajustes de avaliação patrimonial como parte de outros resultados abrangentes; O que deve ser divulgado � No que tange a questão do Balanço Patrimonial, devem ser divulgados o método para avaliação da propriedade para investimento, os critérios que levam à classificação desse tipo de propriedade, os métodos utilizados na determinação do valor justo, os valores reconhecidos no resultado de receitas de aluguel e outras, os gastos operacionais diretos, etc; � Em se tratando de propriedades avaliadas a valor justo, além do que foi dito anteriormente, devem ser divulgadas as adições ocorridas no período com novas propriedades para investimento, as propriedades baixadas ou transferidas para outras contas, as variações cambiais advindas da conversão para outra moeda, etc; � Já para propriedades avaliadas no custo, além do que já foi dito no item 1, devem ser divulgados os métodos, as vidas úteis e as taxas de depreciação, os valores brutos e líquidos contábeis, diferenças cambiais, alienações, etc; 61 Depreciação Vida útil e utilidade esperada CPC 27, Lei nº 6.404/76, art. 183, Resolução CFC 1.255/09 item 17.19 e 17.21 Como já tínhamos visto anteriormente, a empresa, conforme § 3º do art. 183 da Lei 6.404/76, deverá efetuar, Periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no Imobilizado e no Intangível , a fim de que sejam revisados e possa haver o ajuste dos critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. 62 Vida útil e utilidade esperada CPC 27, Lei nº 6.404/76, art. 183, Resolução CFC 1.255/09 item 17.19 e 17.21 Com isso, a vida útil é a utilidade esperada do ativo para a empresa e isso deve ser pelo tempo que a empresa espera utilizar o ativo ou pelo número de unidades de produção ou de unidades que a empresa pretende obter com a utilização do ativo. Vida útil e utilidade esperada CPC 27, Lei nº 6.404/76, art. 183, Resolução CFC 1.255/09 item 17.19 e 17.21 As PMEs não possuem necessidade de revisar anualmente o valor dos ativos. A revisão deve ser feita somente quando houver evidências relevantes de alterações. Vale ressaltar que em relação aos aspectos fiscais, o art. 310 do RIR/1999 e a IN SRF nº 11/1996, já admitiam adequar as taxas de depreciação à efetiva vida útil econômica de seus bens, desde que haja prova que comprove esse fato. Em relação à dedutibilidade: IN SRF nº 11/1996. 63 Resumo quanto ao ajuste fiscal Em relação aos benefícios fiscais provenientes da depreciação, temos a IN SRF 162/98 e IN SRF 130/99. Em relação ao ajuste fiscal, temos a possibilidadedas seguintes possibilidades: 1 – No RTT com depreciação fiscal menor que a contábil; 2 – No RTT com depreciação fiscal maior que a contábil; 1 - RTT (DF<DC): Nenhum valor será adicionado, pois, a legislação do IR ( art. 310 RIR/99) já admitia essa depreciação maior quando comprovada. 2 - RTT (DF>DC): Pode complementar a diferença no e-Lalur, excluindo excedente, porque optou pelo RTT. Vida útil e utilidade esperada ICPC 10, item 1; Resolução CFC nº 1.263/09 Conforme a Resolução do CFC nº 1.177 de 2009, item 6, o Valor depreciável é o custo de um ativo menos o seu valor residual. Já o valor Residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil. 64 Vida útil e utilidade esperada ICPC 10, item 1; Resolução CFC nº 1.263/09 Quando o valor residual esperado do ativo for superior ao valor contábil, nenhuma depreciação deve ser reconhecida, item 18 do ICPC 10. No caso do valor residual de um ativo não ser significativo, deve-se utilizar o valor do custo de aquisição. CPC 06 Leasing financeiro e operacional 65 O que mudou no tratamento de arrendamento? Lei nº 11.638/2007, arts.1º; CPC 06; IAS 17; CVM Deliberação nº 554/08 e IN nº 474/08; CFC Resolução Nºs. 921/2001, 1.141/08, 1.157/2009; 1.159/2009 Passa a existir um novo tratamento em relação aos contratos de leasing que deve ser analisado quanto a sua classificação, que pode ser leasing financeiro ou leasing operacional. Antes dos CPC´s classificava-se como leasing operacional os contratos sem opção de compra e o leasing financeiro os contratos com opção de compra. Esta classificação baseava-se apenas na forma do contrato, ou seja, se havia ou não opção de compra dos bens arrendados no final do contrato. Critérios para classificação do leasing Lei nº 11.638/2007, arts.1º; CPC 06; IAS 17; CVM Deliberação nº 554/08 e IN nº 474/08; CFC Resolução Nºs. 921/2001, 1.141/08, 1.157/2009; 1.159/2009 A nova classificação depende da essência da transação e não mais apenas pela forma legal do contrato. Todos os contrato devem ser analisados observando-se critérios específicos, os quais determinarão qual a sua classificação: Leasing Financeiro Leasing Operacional �Transmite substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade; �Riscos e benefícios da utilização do bem permanecem com o Arrendatário �Não transmite substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade; �Riscos e benefícios da utilização do bem arrendado permanecem com o Arrendador 66 Como levar em consideração os Riscos e Benefícios Lei nº 11.638/2007, arts.1º; CPC 06; IAS 17; CVM Deliberação nº 554/08 e IN nº 474/08; CFC Resolução Nºs. 921/2001, 1.141/08, 1.157/2009; 1.159/2009 Riscos: - Possibilidade de perdas devido à capacidade ociosa ou obsolescência tecnológica; - Obsolescência tecnológica e de variações no retorno em função de alterações nas condições econômicas. Benefícios: - Expectativa de funcionamento lucrativo durante a vida econômica do ativo; - Ganhos derivados de aumentos de valor ou de realização do valor residual. O que é Arrendamento Mercantil financeiro Lei nº 11.638/2007, arts.1º; CPC 06; IAS 17; CVM Deliberação nº 554/08 e IN nº 474/08; CFC Resolução Nºs. 921/2001, 1.141/08, 1.157/2009; 1.159/2009 O Arrendamento Mercantil financeiro assemelha a uma compra ou venda financiada e conforme a Resolução do CFC 1.157/09, item 64, a classificação contábil deve ser no IMOBILIZADO, prevalecendo a essência sobre a forma. 67 classificação em arrendamento mercantil financeiro Lei nº 11.638/2007, arts.1º; CPC 06; IAS 17; CVM Deliberação nº 554/08 e IN nº 474/08; CFC Resolução Nºs. 921/2001, 1.141/08, 1.157/2009; 1.159/2009 A classificação em arrendamento mercantil financeiro se dá quando: – Se transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade de ativo arrendado, independente do título de propriedade ser transferido. (Resol. CFC nº 1.141/2008,itens 4 e 8 e 1.157/09,item 62) – Há Possibilidade de transferir a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do contrato; – O arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera ser mais baixo do que o valor justo na data da opção e seja razoavelmente certo que a opção será exercida; Continua... classificação em arrendamento mercantil financeiro Lei nº 11.638/2007, arts.1º; CPC 06; IAS 17; CVM Deliberação nº 554/08 e IN nº 474/08; CFC Resolução Nºs. 921/2001, 1.141/08, 1.157/2009; 1.159/2009 - O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; – No início do arrendamento, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; etc Continuação... 68 Critérios para contabilização Resolução do CFC nº 1.157/09, item 64 e item 65 Em relação aos encargos financeiros e valor presente, Conforme Resolução do CFC nº1.157/09, item 64, deve prevalecer a contabilização pelo “valor presente”, ou seja, os pagamentos do arrendamento mercantil financeiro devem ser segregados entre encargo financeiro e redução do passivo. Critérios para contabilização Resolução do CFC nº 1.157/09, item 64 e item 65 Em relação a depreciação, conforme Resolução do CFC nº 1.157/09, item 65, existem dois critérios a seguir: 1 - Quando não houver certeza de que o arrendatário obterá a propriedade do bem, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo do arrendamento ou da sua vida útil, o que for menor. 2 - Quando houver certeza de que o arrendatário obterá a propriedade do bem o período de uso esperado é a vida útil do ativo, e não o prazo do contrato. 69 CPC 6, item 33, Resolução CFC nº 1.159/2009, itens 62 a 68, Resolução CFC nº1.255/09,seção 20.15 O Arrendamento Mercantil operacional é aquele em que não há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes a propriedade. O que é Arrendamento Mercantil operacional Nessa modalidade de contratos os valores pagos são reconhecidos como despesas ao longo do período de arrendamento Resolução CFC nº 1.159/2009, itens 62 a 68, Resolução CFC nº1.255/09,seção 20.15 O Arrendamento Mercantil operacional é um arrendamento mercantil diferente de um arrendamento mercantil financeiro. O Leasing operacional continua sendo contabilizado como despesa, no entanto, há a novidade da despesa ter de ser registrada numa linha reta, ou seja, em prestações constantes, mesmo que os pagamentos não sejam assim estipulados. O que é Arrendamento Mercantil operacional As PMEs podem reconhecer os pagamentos sem a exigência da base linear, desde que os pagamentos feitos para o arrendador sejam estruturados de modo a aumentar de acordo com a inflação esperada. 20.15). Atenção: 70 Resolução CFC nº 1.141/08, item 59 O que é transação de venda e Leaseback É uma transação que envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. Deve-se observar os excessos de receita de venda obtido acima do valor contábil, pois, esse valor não deve ser imediatamente reconhecido como receita por um vendedor arrendatário. Esse valor deve ser diferido e amortizado para o resultado durante o prazo do arrendamento, isso é feito utilizando conta redutora do Imobiliado. Resolução CFC nº 1.141/2008, item 61, Resolução CFC nº1.255/09, seção 20.33/34. Contabilização da transação de venda e Leaseback O valor da “transação de venda”, deve ser considerado pelo valor justo, sendo qualquer lucro ou prejuízo imediatamente reconhecido. Sendo assim, seo preço de venda estiver abaixo do valor justo, qualquer lucro ou prejuízo deve ser imediatamente reconhecido. Se o preço de venda estiver acima do valor justo, o excesso sobre o valor justo deve ser diferido e amortizado durante o período pelo qual se espera que o ativo seja usado. Atenção: As PMEs devem seguir os mesmos procedimentos. 71 CPC 04 Intangível Lei nº 11.638/2007, art.1º , CPC 04, IAS 38, CVM Deliberação nº 553/08, CFC Resolução nº 1.139/08, Resolução nº, 1.140/08 e Resolução nº 1.157/2009 O que é a conta Intangível É criada a conta Intangível. Nessa conta devem ser contabilizados os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Continua... 72 Lei nº 11.638/2007, art.1º , CPC 04, IAS 38, CVM Deliberação nº 553/08, CFC Resolução nº 1.139/08, Resolução nº, 1.140/08 e Resolução nº 1.157/2009 O que é a conta Intangível É todo ativo não monetário identificável sem substância física, cuja identificação atenda aos critérios da IAS38 e do CPC 04, quando: � for separável, isto é, capaz de ser separado ou dividido da entidade, podendo ser vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado; � resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais; � for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e � puder ser mensurado com segurança o custo do ativo. Lei nº 11.638/2007, art.1º , CPC 04, IAS 38, CVM Deliberação nº 553/08, CFC Resolução nº 1.139/08, Resolução nº, 1.140/08 e Resolução nº 1.157/2009 O que é a conta Intangível O Conceito de Intangível pode ser entendido como sendo um ativo não monetário identificável sem substância física . 73 CPC 04, item 11 Diferença entre Intangível e ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill – CPC 15), já que o “goodwill” é um ativo que representa benefícios econômicos futuros gerados por diversos ativos adquiridos em uma combinação de negócios, que não são identificados individualmente e não são reconhecidos separadamente Lei nº 11.638/2007, art.1º , CPC 04, IAS 38, CVM Deliberação nº 553/08, CFC Resolução nº 1.139/08, Resolução nº, 1.140/08 e Resolução nº 1.157/2009 Reconhecimento do Intangível Posteriormente ao reconhecimento inicial, o ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a amortização e a perda acumulada (se houver). É necessário que esse custo possa ser mensurado com segurança e não por expectativa de valor de mercado. É completamente vedada sua reavaliação no Brasil. 74 Lei nº 11.638/2007, art.1º , CPC 04, IAS 38, CVM Deliberação nº 553/08, CFC Resolução nº 1.139/08, Resolução nº, 1.140/08 e Resolução nº 1.157/2009 Amortização do Intangível A amortização quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado devem seguir as seguintes determinações: Continua... Lei nº 11.638/2007, art.1º , CPC 04, IAS 38, CVM Deliberação nº 553/08, CFC Resolução nº 1.139/08, Resolução nº, 1.140/08 e Resolução nº 1.157/2009 Amortização do Intangível 1 - Ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser mais amortizado. A partir de 2010 em diante essa amortização fica vedada, admitindo-se somente o Impairment conforme CPC 15, Resolução CFC nº 1.175/09, item B 69, letra “d”. 75 Exemplos de Intangível - conhecimento científico ou técnico; - desenho e implantação de novos processos ou sistemas; - licenças; - propriedade intelectual; - conhecimento mercadológico; - nome; - reputação; - imagem ; - marcas registradas; - software; - patentes; - direitos autorais - Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (goodwill); - listas de clientes, -direitos sobre hipotecas, -licenças de pesca, -quotas de importação, -franquias, -relacionamentos com clientes ou fornecedores, -fidelidade de clientes, -participação no mercado -direitos de comercialização. Etc Comentários sobre alguns tipos de intangível Em relação a aos gastos com aquisição ou produção de softwares, os valores devem ser ativados como ativo intangível quando se tratam de programas que têm vida própria, podem ser transferidos de equipamentos ou até para outras empresas. Já para os que são ou vieram incorporados a máquinas, equipamentos, veículos, edifícios e estão umbilicalmente a eles vinculados, deixando de ter vida própria e não podem ser transferidos ou vendidos individualmente, têm seus custos adicionados aos ativos a que se vinculam. Resolução CFC n 1.157/2009, item 135, CPC 04, Resolução CFC nº 1.139/08 Software: 76 Comentários sobre alguns tipos de intangível Resolução CFC n 1.157/2009, item 135, CPC 04, Resolução CFC nº 1.139/08 Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa gerado Internamente deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa interna devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos. Gastos com pesquisas: Divulgação do Ativo intangível Resolução CFC n 1.157/2009, item 135, CPC 04, Resolução CFC nº 1.139/08 É importante a fundamentação e divulgação clara dos ativos intangíveis nas demonstrações financeiras com as seguintes informações: vida útil, métodos de amortização, valor contábil, rubrica da demonstração de resultados com a referida amortização, provisão para perda desses ativos, etc. É fundamental a correta identificação, mensuração e o controle desses ativos, bem como a divulgação transparente de sua natureza e vida útil. É essencial a avaliação periódica quanto a sua recuperabilidade anual para atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 01. 77 Reflexo Fiscal Leis nº 11.638/07; Leis nº 11.941/09; RIR/99, art. 327 A eliminação do Reflexo Fiscal deve ser efetuada no E-LALUR da seguinte forma: Na Parte “A” deve-se adicionar o valor da despesa de pesquisa, na base de cálculo do Lucro Real e da CSLL; Na Parte “B” deve-se controlar o respectivo valor para futura exclusão nessa base, pelo prazo de apuração em que deverão ser usufruídos os benefícios decorrentes dessas despesas por um prazo não inferior a 5 anos. CPC 20 Custos de empréstimos 78 O que determina a Norma CPC 20; IAS 23; Resolução CFC nº 1.172/2009 Com vigência se iniciando em janeiro de 2010, devem compor o “Custo De Ativo” os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de Ativo Qualificável. Os custos de empréstimos são juros e outros custos em que a entidade incorre em conexão com o empréstimo. O que determina a Norma CPC 20; IAS 23; Resolução CFC nº 1.172/2009 Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda, podendo ser ativos qualificáveis: Imobilizado, estoque; ativo intangível; propriedade para investimento. Ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendida, quando adquiridos não são ativos qualificáveis. Atenção: 79 Contabilização dos custos de empréstimos CPC 20; IAS 23; Resolução CFC nº 1.172/2009 Os custos de empréstimo que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo devem ser capitalizados no ativo. Os demais custos de empréstimos serão registrados como despesa no período em que são incorridos. Resumo quanto aos ativos qualificaveis CPC 20; IAS 23; Resolução CFC nº 1.172/2009 A entidade deverá capitalizaros custos de empréstimo que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo. Para outros custos de empréstimos a entidade deverá reconhecê-los como despesa no período em que são incorridos; Se os custo de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável forem prováveis resultados de benefícios econômicos futuros para a entidade e também forem possíveis de serem mensurados com segurança, então eles deverão ser capitalizados como parte do custo ativo; Continua... 80 Resumo quanto aos ativos qualificaveis CPC 20; IAS 23; Resolução CFC nº 1.172/2009 �Se existirem interrupções durante extensos períodos das atividades de desenvolvimento do ativo qualificável, salvo que essas interrupções sejam normais, então a entidade deve suspender a capitalização dos custos de empréstimos; �Quando todas as atividades necessárias para preparar o ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos estiverem completas, a entidade deve cessar definitivamente a capitalização. CPC 25 Provisão, Passivo Contingente e Ativo Contingente 81 • Sabemos que os passivos também devem ser registrados mesmo não contendo data fixada para pagamento ou mesmo não contendo expressão exata de valores • Ou seja, no passivo devem estar contabilizados todas as obrigações, encargos e riscos, conhecidos e calculáveis. 161 Provisão O termo provisão refere-se apenas aos passivos com prazo ou valor incerto. O termo provisão para contas ratificadoras do ativo não tem utilização adequada. 162 82 Provisão Sendo assim, um possível termo mais adequado é “perdas estimadas”. Essa alteração no termos, visa: - reduzir a utilização inadequada do termo provisão; - E estar adequado a utilização do conceito de “redução ao valor recuperável”. 163 Diferença entre provisão e “provisões derivadas por competência” Provisões derivadas por competência: Caracterizam-se como obrigações já existentes, registradas no período de competência e que já não existe mais grau de incerteza relevante. Assim dizemos que já se caracterizam como passivos genuínos e não devem ser reconhecidos como “competência”. Exemplo: férias e 13º salário. Esses itens devem ser classificados como férias pagar e 13º salário a pagar. 164 83 Diferença entre provisão e “provisões derivadas por competência” Provisões e passivos contingentes: • A principal diferença é que os Passivos são contabilizados e os Passivos contingentes não são contabilizados. 165 Diferença entre provisão e “provisões derivadas por competência” Provisões e passivos contingentes: • O termo passivo é utilizado quando não se tem certeza sobre os prazos e valores que serão exigidos ou desembolsados para liquidação de um passivo 166 84 Diferença entre provisão e “provisões derivadas por competência” Provisões e passivos contingentes: • Já o termo “contingente” é utilizado para passivo ou ativo não reconhecido por sua existência depender de um ou mais eventos futuros incertos que não esteja totalmente sobre o controle da instituição. 167 Um passivo se deve reconhecer quando cumulativamente atender ao seguinte: ” 1 - A entidade tem uma obrigação formal ou não formalizada presente como consequência de um evento do passado; 2 - É provável a saída de recursos para liquidar a obrigação; 3 - Pode ser feita estimativa confiável do montante da obrigação. 168 85 Sendo assim, passivos que não atendem aos critérios necessários para o seu reconhecimento, são tratados como passivos contingentes. 169 1 - obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos, ou 170 Segundo o CPC 25, passivos contingentes são caracterizados pelo seguinte: 86 2 - obrigações presentes que não satisfazem os critérios de que não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação). 171 Segundo o CPC 25, passivos contingentes são caracterizados pelo seguinte: 1 - a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado; 2 - seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e 3 - possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 172 Já provisões, segundo o CPC 25, são caracterizados pelo seguinte: 87 A OBRIGAÇÃO PRESENTE caracteriza-se por evidencia disponível de que é mais provável que vai existir a obrigação do que não. Quando a evidencia não for tão clara, pode-se recorrer a opinião de peritos (Exemplo: processos judiciais). 173 Observação: O que o CPC chama de EVENTO PASSADO, é aquele que teve condições de criar obrigações. 174 Observação: 88 Não são reconhecidas contabilmente obrigações a derivarem de fatos geradores contábeis FUTUROS, nem aqueles que dependam de eventos futuros para efetivamente se materializarem. 175 Atenção: Para o reconhecimento do passivo é necessário, além da obrigação presente, é condicionante a PROBABILIDADE DE RECURSOS que incorporam benefícios econômicos futuros para sua liquidação, sendo que a probabilidade deve ser maior de ocorrer do que não ocorrer. 176 Atenção: 89 A reavaliação periódica das provisões é de extrema importância em um passivo mensurado por meio de estimativas. 177 Atenção: • Outras considerações importantes sobre provisões, leiam CPC 25, itens 19 a 22, 41, 48 a 50, 51, 52, 61 e 62 178 Leia... 90 • Passivo contingente caracteriza-se por uma saída de recursos possível, mas não provável, sendo apenas a sua divulgação em Notas Explicativas, sendo que quando a possibilidade de saída de recursos for remota, a divulgação não é necessária. 179 Ainda sobre Passivo contingente Quando a possibilidade de saída de recursos é praticamente certa, trata-se de um passivo genuíno. 180 Ainda sobre Passivo contingente 91 • Sendo assim, podemos resumir segundo a saída de recursos da seguinte forma: a) provável; b) possível; c) remota. • Sendo respectivamente: a) uma provisão; b) um passivo contingente divulgado; c) Um passivo contingente não divulgado. 181 Ainda sobre Passivo contingente Probabilidade de ocorrência do desembolso Tratamento contábil Obrigação presente provável Mensurável por meio de estimativa confiável Uma provisão é reconhecida e é divulgado em notas explicativas Não mensurável por inexistência de estimativa confiável Divulgação em nota explicativa Possível Mais provável que não tenha saída de recursos do que sim Divulgação em Notas Explicativas Remota Não divulga em Notas explicativas 182 Resumindo de acordo com o CPC 25: 92 Ativos contingentes Surgem da entrada de benefícios econômicos para entidade de eventos não esperados ou não planejados. Esses ativos não são reconhecidos nas Demonstrações Contábeis até que a realização de ganho seja praticamente certa, o que deixa de caracteriza-lo como contingente. Ativos contingentes • Deve-se divulgar em Nota Explicativa quando a entrada de benefício econômico futuro for provável. • A avaliação periódica do ativo contingente é necessária. 93 185 Resumindo de acordo com o CPC 25: Probabilidade de ocorrência da entrada de recursos Tratamento contábil Praticamente certa O Ativo é reconhecido e não é contingente Provável, mas não praticamente certa Nenhum
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