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Resumo: PENAL I aula : 01,02,03,04 Resumo - Willian Marques DATA: 22.02 / 01.03/ 08.03/15.03 anotação: princípio - anteriores as normas do direito₁, as normas tem origem nos princípios - dolo culpa 1-ETIMOLOGIA DA PALAVRA DIREITO - - Etimologia significa o estudo da origem de uma palavra, a sua genealogia. - Etimologia da palavra Direito: Direito é oriunda do adjetivo latino directus (qualidade do que está conforme a reta, o que não se desvia), que provém do particípio passado do verbo dirigo, dirigere (guiar, conduzir). Essa palavra surgiu apenas na Idade Média, século IV. Em Roma, não se usava esse termo; havia a palavra jus para expressar o que era lícito. Fragmentalidade – fragmentos - partição em parcelas do bem jurídico Fragmentos do bem jurídico O Objetivo do direito é de proteção a parte mais relevante do bem jurídico Proporcionalidade₃ - busca do equilíbrio entre punição; sanção₂ proporcional ao delito. Ex: Filho faz barulho e é punido com surra. Punição desmedida, perdendo sua função punitiva pela desproporção. O filho pode pensar que qualquer outra ação e erros podem ser menores, pois a surra é sua maior punição, outras ações serão punidas com igual ou menor intensidade, será menos grave. anotação – punição desproporcional pode causar desequilíbrio na ordem social. A pena deve ser proporcional a lesão. Anotação e pesquisa: 3- O Princípio da Proporcionalidade - Apesar de fundamental no ordenamento jurídico, o princípio da proporcionalidade não está expressamente previsto na Constituição Federal, podendo, entretanto, ser extraído dos diversos dispositivos contidos em nossa Carta Magna, tais como o art.5º, XLVI (que exige a individualização da pena), art.5º, XLVII (traz um rol de penas cuja aplicação em nosso ordenamento jurídico é proibida), dentre outros. O princípio da proporcionalidade visa proteger os cidadãos do poder arbitrário do Estado, limitando a atuação do mesmo. Devido à sua importância, tal princípio não é apenas relevante para o Direito Penal, mas também para os demais ramos do direito. Conforme as lições de Humberto Ávila: "O postulado da proporcionalidade não se confunde com a idéia de proporção em suas mais variadas manifestações. Ele se aplica apenas a situações em que há uma relação de causalidade entre dois elementos empiricamente discerníveis, um meio e um fim, de tal sorte que se possa proceder aos três exames fundamentais: o da adequação (o meio promove o fim?), o da necessidade (dentre os meios disponíveis e igualmente adequados para promover o fim, não há outro meio menos restritivo do(s) direito(s) fundamentais afetados?) e o da proporcionalidade em sentido estrito (as vantagens trazidas pela promoção do fim correspondem às desvantagens provocadas pela adoção do meio?)". [01] Portanto, para a aferição da proporcionalidade de uma norma faz-se necessário examinar três elementos: a adequação do meio, a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito. Em relação ao Direito Penal, esse princípio desempenha um relevante papel na limitação do jus puniendi do Estado, já que visa garantir que a pena seja proporcional à gravidade do delito cometido. Assim, o princípio da proporcionalidade pressupõe uma idéia de equilíbrio entre as normas restritivas e os bens jurídicos tutelados. Pode-se afirmar desse modo, que o princípio da proporcionalidade rechaça a cominação legal e a imposição de penas (proporcionalidade em abstrato e proporcionalidade em concreto, respectivamente) que não possuam relação valorativa com a infração cometida considerada em seu significado global. Fonte: http://jus.com.br/revista/texto/17146/a-proporcionalidade-das-penas 2 - COAÇÃO NÃO SE CONFUNDE COM SANÇÃO: coação é reserva de força estatal; é possibilidade de o Estado utilizar a força a serviço das instituições jurídicas. Já a sanção é a medida punitiva propriamente dita, que é prevista para o caso de violação da norma jurídica (é a punição, a pena). Segundo Luiz Regis Prado, a aplicação do princípio da proporcionalidade no direito penal significa que, “em suma, a pena deve estar proporcionada ou adequada à intensidade ou magnitude da lesão ao bem jurídico representada pelo delito e a medida de segurança a periculosidade criminal do agente” (PRADO, 2006, p.141). Para o professor Reale Junior, “a intervenção penal em um Estado de Direito Democrático deve estar revestida de proporcionalidade, em um a relação de correspondência de grau entre o mal causado pelo crime e o mal que se causa por via da pena” (REALE, 2006, p. 29). INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS - É o princípio que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas, mesmo que tenham praticado crimes idênticos. Isto porque, independente da prática de mesma conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal, devendo cada qual receber apenas a punição que lhe é devida. Fundamentação: Art. 5º, XLVI da CF Arts. 5º, 8º, 41, XII e 92, parágrafo único, II da LEP Art. 34 do CP Breves considerações sobre o princípio da individualização da pena I – O conteúdo do princípio No art. 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal, encontra-se positivado o princípio da individualização da pena. Em linhas gerais, essa norma determina que as sanções impostas aos infratores devem ser personalizadas e particularizadas de acordo com a natureza e as circunstâncias dos delitos e à luz das características pessoais do infrator. Assim, as penas devem ser justas e proporcionais, vedado qualquer tipo de padronização. http://franciscofalconi.wordpress.com/2011/09/03/breves-consideracoes-sobre-o-principio-da-individualizacao-da-pena/ A pena deve ser sempre proporcional à lesão Anotação - estaque exemplo sugerido por mim. Exemplo pesquisado e sugerido Ao analisar as alterações propostas na Parte Especial do Código Penal pelo projeto em exame no Senado (PLS 236/2012), Miguel Reale Júnior criticou, por exemplo, o tratamento penal proposto ao parente envolvido na prática de eutanásia. “Sou a favor de um tratamento benéfico no caso da eutanásia, mas não da forma como está colocado: perdão judicial para o parente que mata [um paciente terminal] independentemente de diagnóstico médico. Quantos velhinhos vão olhar com desconfiança o suco de laranja que o filho sequioso lhe traz – comentou”. Caso 1 Penal para conferir crime Tem que haver tipificidade material R: lesão efetiva ao bem jurídico protegido Quando não há razão relevante , ou seja, insignificância, o fato é atípico . Sendo assim, não há responsabilidade penal. Anotação: Penal – segurança da vida Cívil – dinheiro, busca reparação através de restituição pecuniária Caso 2 Falsificação da moeda não se aplicará o principio da insignificância, é um bem abstrato fera a fé publica. Possível argumento da defesa: tentar argumentar com o principio da insignificância. Resumo: PENAL I aula : 03, continuação Willian Marques DATA: 08.03.2013 Crime, fato típico. Licito e palpável CRIME FATO TÍPICO CONDUTA – AÇÃO OU OMISSÃO NEXO CAUSAL – AGENTE QUE PROVOCOU O RESULTADO TIPIFICIDADE - ENCAIXE PERFEITO DO FATO, DO ACONTECIMENTO COM O QUE A LEI PREVÊ - A AÇÃO TEM QUE ESTAR PREVISTA NA LEI - TER COMBINAÇÃO PERFEITA – CRIME PREVISTO NA LEI. TIPIFICIDADE, DIVIDIDO EM DUAS ESPÉCIES: FORMAL E MATERIAL Obs: para o fato ser típico tem que ter as duas Obs2: o modo da ação tem que ser exato como a lei previu Obs3: caso falte um o caso será ATIPICO Nota: penal – definição; proteção a vida, ao bem jurídico. bem material lesado/ bem jurídico lesado LESÃO MATERIAL DO BEM JURÍDICO: DUAS FORMAS LESÃO DO BEM PERIGO DE LESÃO DO BEM ( REAL, EMINENTE ECONCRETO) TIPICIDADE – ADEQUAÇÃO AO QUE ESTÁ PREVISTO NA LEI. Ex: cidadão parado por policial dívida no IPVA ____________________- Nota do professor: não há crime sem lei que o defina não há moral no código penal ROUBO X FURTO ROUBO: USO DE VIOLÊNCIA E AMEAÇA FURTO: SEM VIOLÊNCIA JUIZO DE MORALIDADE NORMAL PENALÉ O COMANDO (ORDEM) PROIBITIVO (NÃO FAÇA) OU IMPOSITIVO(FAÇA) INSERIDO NA LEI PENAL EX: COD. 171 Comando Impositivo Outro exemplo: Deixar de salvar alguém Crime: omissão Nota do professor: Paradoxo da lei: fazer e não fazer A lei é a fonte da norma penal é o conteúdo da lei penal Espécies da norma penal Normas incriminadoras e não incriminadoras A lei penal por seu turno é a materialização da norma feita por obra do legislador, que, oriundo do seio do grupo social, deve, em tese, traduzir o senso comum de justiça em leis, elaborando-as de modo a coibir a prática de ações socialmente reprováveis. Apresenta a lei penal, duas espécies básicas: lei penal incriminadora, também chamada da lei penal em sentido estrito:descreve a infração penal e estabelece a sanção; Lei penal não incriminadora , também chamada de lei penal em sentido lato: não descreve infrações penais, tampouco estabelece sanções. Pode ser subdividida em: Permissiva - que considera lícitas determinadas condutas ou isenta o agente de pena, como as causas excludentes da antijuridicidade – arts. 23, 24 e 25 do CP, dentre outros – ou as causas excludentes da culpabilidade – arts. 26 e 28, § 1º, do CP PESQUISA: http://estudosdedireitopenalpartegeral.blogspot.com.br/2009/06/classificacao-das-normas-penais.html permissivas justificantes, quando têm por finalidade afastar a ilicitude (antijuridicidade) da conduta do agente, como aquelas previstas nos arts. 23, 24 e 25 do Código Penal; 2. permissivas exculpantes, quando se destinam a eliminar a culpabilidade, isentando o agente de pena, como nos casos dos arts. 26, caput e 29, § 1°, do Código Penal. Explicativa - também chamada complementar ou final, que complementa ou esclarece o conteúdo de outras normas – arts. 59 e 63 do CP. Normas penais explicativas são aquelas que visam esclarecer ou explicitar conceitos, a exemplo daquelas previstas nos arts. 327 e 150, § 4°, do Código Penal. COMPLEMENTARES - Normas penais complementares são as que fornecem princípios gerais para a aplicação da lei penal, tal como a existente no art. 59 do Código Penal. ANALOGIA Analogia para criar uma hipótese Ex: deixar bebe no carro e entrar em uma loja Deixar diferente de abandonar Entregar diferente de oferecer (material pesquisado) a seguir no link http://www.ebah.com.br/content/ABAAABiAwAJ/4-aula-fontes-direito-penal Analogia não é fonte do Direito Penal A analogia é o ato de aplicar a uma proposição, não prevista em lei, o regramento relativo a uma hipótese semelhante. Não consiste a analogia em fonte formal mediata do Direito Penal, mas, antes em forma de integração da lei. Assim, de acordo com o art. 4º da lei de Introdução ao Código Penal, na presença de uma lacuna de ordenamento jurídico, deve o juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Segundo Damásio E. de Jesus (Direito penal: parte geral I9. ed., São Paulo: Saraiva, I995, v. I, p. 43), para que seja permitido o recurso à analogia exige-se a concorrência dos seguintes requisitos: que o fato considerado não tenha sido regulado pelo legislador; que tenha o legislador regulado situação que oferece relação de coincidência, de identidade com o caso não regulado; que o ponto comum entre as duas situações constitua o ponto determinante na implantação do princípio referente à situação considerada pelo julgador. - analogia legal (ou analogia legis); atua quando o caso não previsto é regulado por um preceito legal que rege um semelhante: - analogia jurídica (ou analogia juris): ocorre quando de aplica, à espécie não prevista em lei, um preceito consagrado pela doutrina, pela jurisprudência ou pelos princípios gerais de direito. A analogia pode ser ainda: - in bonam partem: quando o sujeito é beneficiado pela sua aplicação: - in malam partem: quando o sujeito é prejudicado pela sua aplicação. No nosso sistema penal é admitida apenas a analogia in bonam partem, ou seja, somente se pode recorrer à analogia, para suprir lacuna da lei, quando for para beneficiar o réu; nunca para prejudica-lo. CONFLITO APARENTE DE NORMAS Nota do Nota do professor: O “Crime fim” absolve os crimes que concorreram para os outros cometidos para se chegar ao crime “maior”. Conflito aparente de normas: principio da especialidade Lei especial afasta a lei geral ou regra geral Ex: lei de transito Lei das drogas Subsidiariedade e provimento parcial NOTA LEMBRETE DA LEI PENAL Diferença entre lei penal e norma penal// Lei penal não se confunde com a norma penal. Enquanto a lei é descritiva, a norma é impositiva de um comportamento e valorativa. A lei penal é fonte da norma, pois é a partir da sua leitura que se interpreta a norma. Ex.: Lei = Matar alguém (art. 121, CP) Norma = É proibida matar. Resumo: PENAL I aula : 04 Willian Marques DATA: 15.03.2013. RELAÇÃO DE MENOS PARA MAIS O “Crime fim” absolve os crimes que concorreram para os outros cometidos para se chegar ao crime “maior”. “Se não houve a consumação do crime fim, olha-se para os crimes cometidos pelo caminho” Ex: trafico de drogas, o fim configurado Os verbos do crime Plantar, transportar, semear, colher e vender semeou - colheu - transportou – vendeu (crime fim) Ações que fazem parte de um mesmo crime = um só crime Ex2: Furto a residência Meio para se chegar ao crime fim; violação de domicilio, arrombamento. O conceito absolve o crime menor Conflito aparente de normas (diferente) de concurso de crimes Ex: Roubo e estupro Dois crimes = concurso de crimes Ex: motorista avança sinal e mata 5 pessoas factum impunível quando o fato precedente (que não constitui meio necessário para a realização do delito maior, ou seja, que não constitui crime de passagem obrigatória) se coloca na linha de desdobramento da ofensa (principal) do bem jurídico. Ex: roubo de condomínio Suspeito prende porteiro Bate em vítimas Rouba Com dinheiro compra carro Texto de pesquisa - http://reesser.wordpress.com/2009/09/27/direito-penal-i-parte-geral/ O princípio da consunção ainda é válido nas seguintes situações: 1. ante factum impunível – ocorre quando o fato precedente (que não constitui meio necessário para a realização do delito maior) se coloca na linha de desdobramento da afetação do bem jurídico. Esse fato precedente fica absorvido: os toques corporais praticados na linha de desdobramento da execução do delito de estupro não configuram o delito de atentado violento ao pudor, ao contrário, ficam absorvidos pelo estupro. São fatos precedentes que se colocam na linha de desdobramento da maior ofensa ao bem jurídico. Não se alcança a ofensa maior sem se passar pela ofensa menor. Constitui ante factumimpunível o fato precedente, não obrigatório, que acontece concretamente e que se coloca na linha de desdobramento da ofensa principal. Toques corporais no estupro não são fatos precedentes obrigatórios. Mesmo porque, pode haver estupro mediante grave ameaça sem nenhum toque corporal outro que não seja a própria relação sexual. 2. Post factum impunível – ocorre quando o mesmo agente (depois de já ter afetado o bem jurídico) incrementa essa lesão precedente ao mesmo bemjurídico (já lesado ou posto em perigo). Quem destrói a coisa subtraída por ele mesmo não responde por dois delitos (furto e crime de danos). Com a destruição do bem material do crime não se causa uma nova lesão ao bem jurídico, senão tão-somente o seu incremento. Cabe ao juiz levar em conta esse incremento lesivo do injusto penal no momento de fixar a pena. Mas dois crimes não existem. Post factum impunível e exaurimento do crime: todo resultado típico mas não exigido para a consumação do crime constitui mero exaurimento. A obtenção da vantagem ilícita no crime de extorsão configura exaurimento desse crime (porque está prevista no tipo, mas não é exigida para a consumação formal dele). O post factum impunível não está previsto no tipo (anterior). O fato constitutivo do exaurimento já vem previsto no próprio tipo penal. O post factum impunível não tem previsão típica na figura anterior. Constitui, na verdade, um incremento da ofensa anterior. Ladrão que vende para terceiro um objeto furtado: a venda de uma coisa furtada a terceiro não constitui mero incremento da ofensa precedente. Na verdade, é uma nova ofensa (que afeta bem jurídico de uma outra pessoa). Sendo assim, dois são os crimes: furto mais estelionato. 3. O crime-fim absorve o crime-meio – ainda que o crime-meio seja punido mais severamente, fica absorvido pelo crime-fim quando se coloca na linha de desdobramento da afetação do bem jurídico. Espécie de lei penal incompleta - é aquela que precisa de complemento para ter eficácia Ex: Art. 235 CC é complementado com o 235 CP ??? Complementos heterogêneos e homogêneas homogêneas - Complemento advém da mesma fonte criadora heterogêneos - Complemento não advém da mesma fonte criadora Complementos de um lei com outra lei - mesma fonte Complementos que exigem conteúdos de outras fontes diversas que não a lei. ( complementos de portarias) Sucessão de leis no tempo Anterioridade/ irretroatividade Conflitos da lei no tempo Revogação e derrogação
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