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APS 30 anos da Constituição Federal de 1988

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1 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
CAMPUS ANCHIETA 
 
 
 
 
 
 
“Os 30 anos da Constituição da República Federativa Brasileira.” 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Direito Constitucional, referente à APS 
(Atividade de Práticas Supervisionada) supervisionado 
ao querido Prof. Marcelo Grimone. 
 
 
 
Alexandre Romano – Ra: C652709 
Fabiano Rosa Nobre – Ra:C30AAJ2 
Gisele da Silva – Ra: A427198 
Sara Ferreira da Silva – Ra: C289051 
Sunamita Martins M. Damasceno – Ra: T103452 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos em primeiro lugar a Deus por ser à base das nossas conquistas; 
As nossas famílias, por acreditar em nós, apoiando-nos e esforçando-se junto 
a nós, para que alcancemos todas as nossas escolhas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2018 
4 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A presente APS, cujo tema é os 30 anos da nossa constituição federal de 1998 e tem como 
objetivo esclarecimento da proposta de realização de comissão de notáveis para a realização 
de uma nova constituição e depois submetê-la a plebiscito, analisar se juridicamente possível 
e quais os fundamentos utilizados para definir se essa proposta é possível ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2018 
5 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present on the year of 1.998 the year was the public of the capacity of notable for 
embedded of in embedded annual report in 1.998 and year after the plebiscito, analysis for 
juridically possable and which os fundamentos for this choice is possible or non consistent. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2018 
6 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 Introdução.............................................................................................................7 
2 Análise de uma nova Constituinte ........................................................................8 
3. Entrevista com os professores ............................................................................10 
4. Possibilidades e fundamentos para uma nova Constituição Federal..................15 
5. Conclusão .............................................................................. ...........................18 
6. Bibliografia / Fontes pesquisadas........................................................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
No dia 05 de outubro deste ano de 2018 a Constituição Federal celebrou aniversario de 30 
anos de sua promulgação desde 1998, livro este que foi apelidado de Constituição Cidadã, a 
mais acessível e blindada perante os direitos e garantias em favor do povo. 
Classificadas pelos doutrinadores constitucionalistas como super-rígida, determinando assim 
que alguns direitos e determinações da mesma não poderiam ser retirados jamais do 
ordenamento jurídico, uma vez que em regra poderá ser alterada por um processo legislativo 
diferenciado, mas, excepcionalmente, em alguns pontos é imutável. 
Há, no entanto uma a proposta de realização de comissão de notáveis para elaborar uma nova 
constituição e depois submetê-la a plebiscito. 
Neste sentido e respeitando os princípios da nossa atual Constituição, a convocação para 
nova assembleia constituinte só poderá o correr por meio de emenda constitucional, 
democracia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
1. Analisar à luz da Constituição em vigor se é possível elaborar uma nova constituição 
com um texto redigido por notáveis e submetido a plebiscito. 
Fazer uma Constituição, não é uma coisa assim tão simples, é como fazer um estatuto de uma 
sociedade beneficente, basta copiar o que está escrito nos estatutos já existentes, ou seja, 
não terá trabalho nem para os 10 meses previstos. Considera-se de que, ao contrário do que 
muitos imaginam, estes trabalhos poderão ser acelerados, uma vez que 70% (setenta por 
cento) do texto constitucional já está escrito e será apenas copiado. A Constituição só será 
inovada em alguns tópicos, capítulos polémicos, porém, dependerá de sua aprovação por 
várias comissões. 
A Constituição da República Federal de 1988 pode ser classificada, como muito rígida, uma 
vez que em regra poderá ser alterada apenas por um processo legislativo diferenciado, mas 
no entanto, excepcionalmente em alguns pontos é imutável (CF/88 - art. 60 , § 4º-cláusulas 
pétreas).". 
O poder constituinte originário que elaborou a nossa atual Constituição brasileira decidiu que 
alguns direitos e determinações da mesma não poderiam ser retirados de forma alguma de 
nosso ordenamento jurídico, tendo em vista, uma vez que garantem um marco civilizatório à 
sociedade. 
A Assembleia Nacional Constituinte no ano de 1987 teve o condão de a superação de todos 
os problemas que afetam a estrutura do país, tais como a fome e a miséria, entre outros e 
também iniciar um momento histórico completamente diferente do que havia sido o Regime 
Militar que teve inicío no ano de 1964, nesse espírito de evolução social que não admitiria 
retrocessos foi decidido proibir o poder constituinte derivado de ter a possibilidade de revogar 
um núcleo legal considerado um grande avanço civilizatório. 
O PROBLEMA DAS CLÁUSULAS PÉTREAS: 
A conservação das cláusulas pétreas é opção antidemocrática, pois impede que o povo (titular 
da soberania), diretamente ou por seus representantes, possa fazer periodicamente algumas 
correções legislativas necessárias para a construção de uma sociedade mais justa. Ainda, há 
o perigo das cláusulas pétreas induzirem à abstração de outros valores protegidos pela 
Constituição que, em determinado momento histórico, devem ter prevalência." 
9 
 
De acordo LEIRIA, Cláudio da Silva. (Pena de morte: cláusula pétrea?. Revista Jus Navigandi, 
ISSN 1518-4862, Teresina, ano 12, n. 1563, 12 out. 2007), o direito é algo conquistado pela 
sociedade: 
“O Direito é fruto colhido pela sociedade e sendo assim não pode ser estático, 
pois a sociedade é dinâmica e em uma democracia todo poder emana do povo 
e o povo deve ter o seu direito respeitado, direito de legislar sobre a ótica de 
seus momentos históricos, mas as cláusulas pétreas tornam o povo de um 
tempo anterior ditadores em relação ao povo do tempo presente, ignorando as 
mudanças de valores sociais. É de um espírito cesarista impor a visão de 
retrocesso de uma sociedade sobre as próximas gerações que certamente 
vivem uma nova realidade de mundo, tendo em vista as várias mudanças e 
implantações de novos sistemas”. 
 
 
A POSSIBILIDADE DE UMA NOVA CONSTITUINTE: 
Sendo a nossa atual Constituição super-rígida e havendo o entendimento majoritário de que 
suas cláusulas pétreas devem ser respeitadas a única maneira de superação de normas 
imutáveis indesejadas pela sociedade do tempo presente é a declaração de uma nova 
Assembleia Nacional Constituinte. Mas uma tese defendida por alguns juristas discorda, essa 
tese consiste na afirmação de que uma nova constituição elaborada democraticamente 
somente poderia expandir os direitos e garantias individuais, e não reduzi-los. Isso porque uma 
nova constituinte éconvocada através de uma emenda à constituição. Como essa convocação 
é feita dentro da constituição vigente, seria uma cláusula pétrea presumida que a nova 
constituição não pode diminuir os direitos e garantias individuais da anterior. 
O problema desse raciocínio em primeiro lugar é a afirmação de que uma nova constituinte é 
feita por emenda constitucional, de fato a última assembleia nacional constituinte do país foi 
convocada por esse meio, mas nada na CF/88 positiva o processo para um novo poder 
originário, podendo esse, por exemplo, ser constituído por meio de plebiscito. 
No caso de a convocação ocorrer por meio de PEC, não precede o argumento de que uma 
nova lei maior é condicionada a anterior, pois entende-se que o poder originário é 
incondicionado e ilimitado, quando uma nova constituição é promulgada tudo se faz novo, 
fundamenta-se esse raciocínio no fato de o poder constituinte originário pertencer ao povo de 
onde emana todo o poder, a constituição não é, numa democracia, maior que o povo sobre o 
qual ela recai. 
CONCLUSÃO: 
Pode-se conceber no mínimo duas formas de convocação de uma nova assembleia nacional 
constituinte, por meio de emenda constitucional ou por meio de plebiscito, em ambas as formas 
o poder originário pertence ao povo que o delega a seus representantes eleitos. 
O povo é dono de sua própria vontade e seus representantes são, ou teriam de ser 
condicionados exclusivamente à vontade soberana do povo na hipótese de constituinte 
10 
 
democrática, ou seja, a lei maior que perde vigência com uma nova constituição não mantem 
nenhum poder sobre sua substituta. 
 
2. Entrevistar dois professores de Direito Constitucional para saber o que eles pensam 
sobre isso. 
ENTREVISTA DO PROFESSOR MARCELO GRIMONE 
Assunto: Alteração do texto Constitucional. 
“ Em que pese as críticas à Constituição, eu posso afirmar que a nossa Constituição é uma 
obra importante, ela sintetiza um processo de democratização do país, ela é a síntese das 
várias correntes ideológicas, assim hoje é, em conflito principalmente à Direita e à Esquerda, 
por que ela estabelece que o Brasil é um Estado democrático de direito. 
A Expressão Estado Democrático de Direito, significa que: 
Estado Democrático – significa o Estado preocupado com as questões sociais. (Defendidos 
pelos partidos de Esquerda); 
Estado de Direito – significa o Estado com base na legalidade. (Defendidos pelos partidos de 
Direita); 
A Constituição Federal de 1988, sintetiza esses dois pensamentos e o texto constitucional, ele 
não traz nenhuma previsão da sua revogação, como ele pode ser revogado? A Constituição é 
a estrutura de um Estado, como você revoga o Estado? O que é o texto constitucional, senão 
a organização do Estado e os direitos fundamentais, então na verdade a Constituição 
apresenta principalmente os Direitos Fundamentais e a organização desse Estado. 
Se o Estado não traz nenhuma previsão de revogação do seu Status, como que você revogaria 
uma Constituição? 
A Constituição só poderá ser revogada, se nós tivermos aqui no Brasil um golpe, na quebra do 
pacto como previa Hevell, o pacto entre a Sociedade Civil e o Estado, esse pacto não poderá 
e não poderia ser quebrado. 
O Texto constitucional, na minha opinião, é um texto eternizado, como a maioria das 
Constituições dos Países Ocidentais, agora, a pergunta é essa: A Constituição poderia ser 
revogada e ser recriada por um grupo de notáveis? 
A Constituição na minha opinião, não pode então ser revogada, esse grupo de notáveis 
também não teriam a legitimidade para construir um novo texto constitucional, por que o texto 
constitucional, a origem do texto Constitucional é o Poder Constituinte Originário e esse Poder 
Constituinte Originário, deriva da sociedade, somos nós, que teríamos o papel de construir um 
texto ainda que se fosse possível e não um grupo de notáveis. 
11 
 
A Constituição é um fruto de um processo de debates com a população, o que falta aqui no 
Brasil na verdade é a efetivação do texto constitucional e o texto constitucional é um texto 
contemporâneo, é um texto moderno, que ainda não foi efetivado, que é a construção de um 
país democrático, onde há a democrática participativa, ela chama a população a participar a 
construir este texto constitucional juntos e a nossa Constituição tem a previsão das cláusulas 
pétreas que jamais poderão ser mudadas. 
Uma nova Constituição poderá mudar as Cláusulas pétreas? Na minha opinião, nenhuma nova 
Constituição poderia mudar as cláusulas pétreas, por que nós somos parte de um Sistema 
Internacional e a Constituição nossa ao contrário daqueles que criticam, a nossa Constituição 
abriu o Brasil para o mundo. 
É a partir da Constituição de 1988 que o Brasil se abre (o Brasil sempre foi um país muito 
fechado), se abre através do Tratado Internacional dos Direitos Humanos, através dos 
Tratados Comerciais, através do próprio Mercosul. 
Então, em que pese a crítica tanto do pessoal da dita “Direita” e da “Esquerda” para a 
convocação de uma nova constituinte, eu entendo isso impossível, por que o texto 
Constitucional não permite e não permitirá e defendo ainda que as cláusulas pétreas não 
poderão ser alteradas / diminuídas, o que pode acontecer aqui no Brasil, é a ampliação dos 
Direitos Fundamentais, isso sim, mas nunca a sua restrição e quando eu falo em direitos 
fundamentais eu defendo inclusive os direitos sociais como direitos fundamentais por que o 
STF assim decidiu que os direitos, cláusulas pétreas não são compostos apenas de direitos 
individuais, são compostos também de direitos sociais. 
 
Então, em que pese algumas reformas que querem propor; a redução de direitos sociais, esses 
direitos sociais não poderia serem tirados da sociedade por que são cláusulas pétreas, na 
minha opinião, inclusive eu escrevi uma dissertação de Mestrado sinalizando que os direitos à 
liberdade e os direitos a igualdade tem a mesma origem histórica, sendo assim, eles não 
podem ser restringidos, não podem serem mitigados, a sociedade é composta por direitos 
relacionados à direito à liberdade e a igualdade, você não pode mitigar, é como se mitigassem 
a liberdade. É possível mitigar a liberdade? Não, também não é possível mitigar a igualdade, 
essa é a minha dissertação de Mestrado. 
É por isso que eu defendo a ampliação desses dois direitos e não a sua redução, agora, o que 
nós precisamos e conhecer o texto constitucional, por que a sociedade brasileira não conhece 
o texto constitucional, se conhecesse, defenderiam a Constituição de 1988, por que ele 
permitiu o processo de democratização, permitiu um processo de desenvolvimento social e 
econômico aqui no Brasil, não faz sentido culpar o texto constitucional, o mesmo promoveu 
sim o desenvolvimento do país, vide Brasil antes de 1988, vide Brasil após 1988, estabeleceu 
direitos e garantias, fortaleceu o Ministério Público, fortaleceu a Magistratura, fortaleceu as 
12 
 
Defensorias, criou a Advocacia Geral da União, não sei se vocês tem conhecimentos, mas 
ante de 1988 a Procuradoria da República fazia o papel do Ministério Público e fazia o papel 
da Defesa da União, como um país pode ter o mesmo órgão defendendo e acusando? Para 
vocês entenderem o que era o Brasil antes de 1988, por isso até hoje é chamada de 
Procuradoria da República e que deveria ser Ministério Público apenas. 
A Constituição de 1988 permitiu o fortalecimento do Ministério Público e graças a isso hoje nós 
temos essas investigações, por que o Ministério Público tem independência, por que sem 
independência ele não faria essas investigações, por que vocês sabem que todo tipo de 
pressão sofrem o Promotor e o Procurador e eu tenho isso na minhafamília por que meu irmão 
é Procurador da República e em várias situações ele foi ameaçado por traficantes, por 
corruptos, por deputados, mas ele se manteve como aquele que cuida da denúncia, da 
investigação, por que ele sabe das garantias que ele tem e das garantias do Estado 
Democrático de Direito e isso graças a Constituição de 1988. 
Antes de 1988, nós não tínhamos essa proteção, se vocês quiserem pesquisar, vide escândalo 
da mandioca que ocorreu na época anterior à Constituição, no regime militar, onde o 
Procurador da República foi morto por que investigou um esquema em que a SUDENE 
subsidiava o plantio da com grandes agricultores do nordeste, pegava aquele dinheiro e não 
plantava mandioca, era o escândalo da mandioca, esse escândalo nunca foi apurado no Brasil, 
apesar da morte do Procurado de República, que aqui consegui levantar isso na década de 
70. Corrupção sempre existiu aqui, sempre irá existir, o que nós precisamos é de órgãos 
independentes para o combate-los, e isso a Constituição de 1988 garante. 
Então, aqueles que se voltam contra a Constituição de 1988, são aqueles que não tem o 
espírito democrático, são aqueles que não desejam um país que lute pela democracia, pelo 
desenvolvimento e enfim, que tenha aí a possibilidade de permitir a todos nós, alcançarmos 
os nossos objetivos. 
Eu deixo como mensagem, é que eu como professor, tenho o desejo que vocês continuem 
esse meu pensamento de defesa do direito de defesa da Constituição de 1988 e defesa da 
Justiça, por que o papel do Advogado não é só advogar e não é simplesmente receber os 
honorários, o papel do Advogado, do Juiz, do Promotor é lutar pela justiça e vocês tem esse 
papel, vocês passar a se integrar à elite desse país, o que é a Elite? São poucos aqueles que 
tem o diploma de Direito no país, são poucos aqueles que tem o conhecimento, por que o 
diploma na verdade é um simples papel, o que vale é o peso do conhecimento, aí eu tenho a 
certeza que eu passei um pouco desse conhecimento para vocês e vocês tem a 
responsabilidade de usar esse conhecimento para lutar por um país melhor, por que não há 
uma outra alternativa, a alternativa é esse país.” 
 
ENTREVISTA DO PROFESSOR JOSÉ LUÍS 
13 
 
Assunto: 30 anos da vigência Constitucional. 
”Primeiro, grupo de notáveis para elaboração de Constituição é absurdo, pois nossa 
Constituição é excepcional, ela recebeu o nome de Constituição Cidadã, não foi por outro 
motivo e sim pela grande proteção dos direitos fundamentais, que estão constantes na 
Constituição justamente pra romper com sistema anterior que era de constante desrespeito 
aos Direitos Fundamentais. Para se ter ideia, há 50 anos atrás a “AI5”, proibia uma serie de 
Direitos Fundamentais, extinguiu, livre manifestação de pensamento, manifesto partidário, 
fechou o Congresso Nacional, proibiu o Habeas Corpus, era um total desrespeito aos Direitos 
Humanos. 
A Constituição de 1988, veio romper com tudo isso e ela tem apenas 30 anos, quem fala em 
reformar a Constituição em uma nova Constituinte, o faz único e exclusivamente para diminuir 
os Direitos Fundamentais e os Direitos Humanos, porque? 
O constituinte de 1988 sabendo disso, tornou as proteções dos Direitos Fundamentais, 
cláusulas pétreas, então este núcleo da constituição é intangível, não podendo ser desfeito 
nem por emenda constitucional. 
Quer dizer, você tem a possibilidade de emendar totalmente sua constituição, menos naquilo 
que tange a uma proteção especial, prevista em 1988 que é o artigo 60 parágrafo 4º, dentre 
eles o princípio federativo, voto direito/secreto e os direitos fundamentais, quem fala em uma 
nova constituinte fala justamente, por aquilo que é protegido por cláusulas pétreas. É que o 
sistema é o sistema democrático, princípio federativo/ republicano e os direitos fundamentais. 
Então é evidente que isso sim é um golpe de estado, tentativa de golpe, tentativa de diminuir 
a proteção jurídica constitucional. Não existe outro motivo de quem fala uma coisa dessas, a 
diminuição o sistema democrático, sistema protetivo dos direitos fundamentais, sistema 
federativo só isso. Que foi o que o constituinte a 30 anos elegeu como sacro santo, como 
aquilo que deveria ter uma proteção tal que não permitiu que o legislador do futuro alterasse a 
constituição nesses valores que ele teve como normas fundamentais. 
Então, qualquer reforma, repito não é possível nenhuma reforma que diminua esses direitos, 
você falar que a constituição é muito grande, que tinha que ser igual à dos Estados Unidos, 
isso é uma balela, porque não somos os Estados Unidos, nossas instituições não são fortes 
como as dos direitos norte americano, é por isso que temos que ter uma constituição prolixa, 
analítica, uma constituição extremamente protetiva porque não temos as instituições fortes 
como os Estados Unidos tem. E vir com essa ideia de fazer um grupo de notáveis, isso não é 
democracia e sim aristocracia, certo? E Porque? A constituição é a vontade do povo, a gente 
começa a constituição dizendo que todo pode emana do povo, e essa constituição foi feita de 
forma democrática, por representantes eleitos pelo povo, você falar que qualquer constituição 
venha a ser outorgada, que dizer dada para ser referendada isso é absolutamente 
14 
 
antidemocrático é isso que mais temo em qualquer desses partidos que estão lutando pelo 
poder. 
E esse discurso de rompimento jurídico constitucional, os dois vem com esse papo furado, os 
dois estão querendo na verdade qualquer coisa, menos a proteção do povo brasileiro. Isso é 
patente. Porque? 
Aquilo que é de mais valioso no texto constitucional está pelas cláusulas pétreas. Todo o resto 
é possível de reforma tributária, reforma política, tudo isso é possível a gente fazer com 
emenda constituição é só o presidente de república ter realmente o apoio da população, que 
ele irá fazer a reforma que ele bem entender desde que de não altere aquilo que é essencial, 
apontado como essencial desde lá em 1988. Portanto, sou absolutamente contrário e acho 
que é um atentado e deve ser extremamente rechaçado que não tem ninguém em sã 
consciência, que tenha boa vontade e esteja propondo uma coisa dessas. 
Sinceramente, eu não vejo bondade a não ser dolo e maldade em quem alardeia esse tipo de 
coisa, não vejo a não ser outra coisa em atendado aos Direitos Fundamentais, ao sistema 
democrático e ao princípio federativo. 
Pergunta: Seria inconstitucional mesmo, a constituição permite isso? 
Resposta: Não, porque uma constituição prevê a sua mutação, ela prevê a possibilidade de 
sua alteração, até porque a constituição é um produto humano, e todo produto humano, é 
passível de falhas. Por isso, o próprio constituinte prevê nas emendas constitucionais, um 
instrumento para que o constituinte futuro, o reformador faça as alterações que sejam 
necessárias, mas veja, o direito brasileiro, o constituinte já sabendo que nós sofreríamos 
atentados a essa constituição ele já previu a proteção das cláusulas pétreas, veja, nenhuma 
constituição prevê a sua auto extinção. Para que haja uma nova constituição deverá haver um 
golpe de estado, ou convocação de assembleia nacional constituinte como houve em 1985, 
mas o que aconteceu em 1985 e que houve todo o glamour para uma nova constituição, porque 
nós estávamos saindo de mais de 20 anos de ditadura militar isso não está acontecendo agora, 
não estamos chamando por um nova constituição muito pelo contrário, que está falando em 
uma nova constituição, está querendo impor ao povo uma nova constituição, está querendo 
impor um sistema absolutamente antidemocrático e o mesmo aconteceu na Venezuela em 
outros países aqui da américa latina em que foram realizadas as constituições chamadas 
cesaristas.O legislador faz a constituição impondo se quiser é essa, senão quiser não terá 
nenhuma, coloca a constituição para ser referendada. É absurdo, tanto que só temos 30 anos 
de constituição, essa constituição, essa constituição prevê instituições jurídicas, instituições de 
estado que podem ser e que podem exercer esse poder constituinte de reforma, que pode 
adaptar a constituição a todas as necessidades, que por ventura vier certo? Só não diminua 
os direitos ou extintos. Ninguém irá fazer diminuir seus direitos. Então, não há que se falar em 
glamour popular e sim um absurdo é fazer o povo imbecil e nós como estudantes de direito, 
construtores do direito temos que ser veementemente contra qualquer absurdo que atende a 
15 
 
constituição como esses alardeados, sejam eles por quem forem alardeados, qualquer um 
desses que fale isso é de má fé, dolo, desrespeito à constituição e aos direitos fundamentais, 
se alguém quiser fazer uma nova constituição será somente para diminuir os direitos 
fundamentais e a gente não precisa disso muito pelo contrário.” 
3. Escrever um texto de até 80 linhas para esclarecer se a proposta de realização de 
comissão de notáveis para elaborar uma nova constituição e depois submetê-la a 
plebiscito é juridicamente possível, e quais os fundamentos utilizados para definir se 
essa proposta é possível ou não. 
 A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB88) é fruto da evolução 
histórica e política de nosso país, representando um marco de rompimento com o modelo 
político-constitucional ditatorial anterior, iniciado com o Golpe Militar de 1964 e 
constitucionalizado, em um primeiro momento, na Constituição Federal de 1967 e, 
posteriormente, radicalizado através da emenda constitucional (EC) 1/69, considerada uma 
nova Constituição, diversa daquela, e ainda mais autoritária. 
Atendendo a essa necessidade de democratização das instituições e do ordenamento jurídico, 
a CRFB88 inovou em nossa tradição jurídica, dando um passo à frente da clássica ideia de 
democracia representativa simples. Na qual previa expressamente, institutos de soberania 
popular, a ser exercida diretamente pelo povo, conforme consta do art. 1º, parágrafo único da 
CRFB/88. 
A previsão de exercício de poder direto pela população caracteriza típica manifestação da 
democracia direta, expondo o caráter híbrido do modelo democrático inaugurado pela 
Constituição Federal de 1988, com previsão conjunta de institutos da Teoria Representativa e 
da Teoria Direta da democracia, o que levou muitos autores a defenderem que a nossa Lei 
Maior adotou um modelo semi-participativo ou participativo, expressões que serão utilizadas 
como sinônimas neste estudo. Estas expressões podem ser conceituadas como “o regime 
democrático em que existe uma mescla entre a representação política e o exercício direto da 
soberania popular”. 
Em vistas a uma melhor compreensão acerca do tema, é necessário tecer alguns breves 
comentários a respeito da evolução constitucional pátria, abordando o longo caminho que foi 
feito para a consolidação da participação popular direta no âmbito constitucional. 
Inicialmente, ressalte-se que o conceito de democracia direta é defendido neste artigo como a 
forma de participação direta dos cidadãos na formação de vontade do Estado, sem intermédio 
de representantes eleitos para este fim. Por sua vez, a contrário senso, a democracia 
representativa define-se como o modo de participação indireto dos cidadãos na formação da 
vontade do Estado, em que as aspirações da população são manifestadas por representantes 
eleitos para este fim. A primeira Constituição brasileira a prever algum mecanismo de 
democracia direta foi a de 1937, outorgada e conhecida também como “Constituição Polaca”, 
16 
 
que previu 4 hipóteses de plebiscitos em seu texto – nos artigos 5º, 63, 174 e 186[3]. A Carta 
de 1946, por sua vez, não obstante tenha sigo promulgada e surgida em um contexto 
democrático, previu apenas uma forma de plebiscito, em seu artigo 2ª[4]. A Constituição de 
1967 e a EC 1/69, considerada pela maioria da doutrina uma nova Constituição, não 
estabeleceram nenhum mecanismo de democracia direta em seu texto. 
Diante desse histórico das Constituições, que evidencia a timidez dos institutos de democracia 
direta em comparação aos de democracia representativa, no que tange aos meios de 
participação popular, é importante perceber os avanços advindos com a promulgação da 
chamada “Constituição Cidadã”, que, em seu artigo 14, trouxe três formas de participação 
direta da população, duas delas inéditas no contexto constitucional pátrio até então: referendo 
e iniciativa popular. 
“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto 
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular.” 
 
Com esses novos mecanismos, o legislador constituinte buscou dar um passo além da mera 
consulta prévia à população, característica que define os plebiscitos, instituindo o referendo – 
consulta posterior a aprovação de um ato normativo de interesse público já previamente 
escolhido pelo legislador, para que os representados decidam “sim” ou “não” – e a iniciativa 
popular, instituto objeto deste estudo e prevista no caput do artigo 61 da Constituição, que 
legitima os cidadãos a iniciarem o processo de tramitação de leis. 
Todavia, mesmo com essa nova posição incorporada pelos instrumentos de democracia direta, 
a iniciativa popular só é unanimemente aceita para elaboração de leis. Quanto ao processo 
legislativo de tramitação de propostas de emenda à Constituição (PEC), a CRFB/88, em seu 
artigo 60, nada prevê a respeito da capacidade de apresentação destas por meio de iniciativa 
popular, elencando um rol bem mais restrito de legitimados, sendo estes: o Presidente da 
República, um terço dos membros da Câmara Federal ou um terço dos membros do Senado 
Federal e de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa dos seus membros. 
De acordo com o entendimento da Professora e Doutora Wérika Lopes em aula ministrada no 
Saber Direito, conforme podemos observar abaixo: 
“sim, é possível elaborar uma nova Constituição e submetê-la a plebiscito, mas 
nesses quase 20 anos, tramitaram no Senado 1.057 propostas para mudar a 
Constituição. Na Câmara, foram 2.311 projetos. Desse total, no entanto, apenas 
62 conseguiram o voto de três quintos (60%) dos deputados e senadores e 
foram promulgados. Detalhe: uma proposta de emenda que chega à votação 
final às vezes engloba dezenas de proposições que tratam do mesmo assunto”. 
 
17 
 
Mudar a Constituição não é fácil. Uma proposta de emenda à Constituição tem de passar por 
várias comissões da Câmara e do Senado, a começar pelas Comissões de Constituição e 
Justiça. Se não contar com apoio expressivo de parlamentares, ela pode ficar anos para ser 
analisada nas comissões, dificilmente chegando aos Plenários. 
Pelo caminho, ela enfrenta um regimento que prevê prazos de exame e pedidos de vista em 
várias ocasiões. Fora isso, se seu conteúdo for polêmico, podem ser apresentados 
requerimentos para que ela seja examinada pelo maior número possível de comissões - o 
Senado tem 11 comissões permanentes. 
Depois de passar pelas comissões, uma PEC tem de receber os votos favoráveis de 49 
senadores e 308 deputados, em duas votações. Quando ela passa pelo plenário de uma das 
Casas, segue para exame e votação na outra. É comum uma emenda aprovada pelo Senado 
ser modificada pela Câmara, e vice-versa. 
Quando isso acontece, ela retorna à Casa original, onde percorrerá novamente todos oscaminhos antes de chegar outra vez ao plenário. A Emenda Constitucional 32/01, por exemplo, 
foi votada quatro vezes no Senado e na Câmara antes de sua promulgação. A EC 32 fez 
alterações nos prazos de validade e na forma de votação das medidas provisórias. 
Destarte, precisamos analisar todos os pontos basilares que fundamentam a não modificação 
da CF, é importante refletir a respeito dos avanços obtidos tanto no que se refere aos direitos 
e garantias fundamentais quanto em relação aos direitos coletivos que passaram a fazer parte 
dos objetivos programáticos do Estado Brasileiro pela sua inclusão no ordenamento 
constitucional. 
 
Mediante um movimento nacionalmente abrangente, em que se observou a intensa e 
diversificada participação social, dispositivos legais, inovadores até então, foram propostos e 
inseridos no texto constitucional, incorporando as conquistas democráticas obtidas e 
apontando novos desdobramentos em termos da elaboração de leis e de políticas públicas 
específicas com vistas a traduzir, para essa legislação nacional, os anseios de todo o povo 
brasileiro. Nesse sentido, é interessante observar que a consolidação da Assembleia 
Constituinte responsável pela elaboração da Constituição Federal de 1988 deu-se de forma 
abrangente com a participação maciça das mais variadas classes sociais e setores produtivos, 
retomando um modelo político-jurídico focado na democracia e nos pressupostos de liberdade 
e igualdade que também fundamentam o Estado Democrático de Direito e os anseios, do povo 
brasileiro. 
Essa é a importância que a chamada Constituição Cidadã teve e tem para a retomada das 
ações e políticas públicas voltadas à construção do chamado Estado Social – na medida em 
que promoveu a ampliação das liberdades civis e dos direitos e garantias fundamentais do 
cidadão. 
18 
 
CONCLUSÃO: 
A realidade de hoje, vem revelando, um país diferente daquele que se originou no processo 
constituinte. Não que as dificuldades socioeconômicas tenham sido todas sanadas, ou, ainda, 
que as políticas públicas atendam, completa e satisfatoriamente, à população. Porém, tem 
muito o que melhorar, e longo é o caminho a ser percorrido pelo Estado a fim de fazer do país 
uma “nação-cidadã”. Mas é nítido e notório que as diferenças percebidas são positivas e se 
apresentam não somente em termos sociais, mas também em termos econômicos e políticos. 
Nesse sentido, podemos destacar a grande produção legislativa recente – decorrente dessa 
legislação constitucional – voltada para a proteção e o desenvolvimento de tratamento mais 
apropriado para os setores antes marginalizados ou carentes. Por exemplo, estão em vigor 
estatutos como o da Criança e do Adolescente, o do Idoso, além das leis especiais referentes 
aos deficientes físicos e à cota eleitoral que incentiva a inclusão de mulheres no Legislativo. 
Além disso, as políticas públicas desenvolvidas para tratar das questões de gênero, da 
população indígena, da igualdade racial, do meio ambiente, entre outras. Desse modo, 
observa-se o quanto foi fundamental a elaboração da atual Constituição Federal para a 
organização e implementação dos direitos e garantias fundamentais do cidadão. A 
Constituição Cidadã representou um grande avanço rumo à consecução dos objetivos sociais 
do Estado, sendo assim devemos defender a Constituição, não criar outra Constituição. 
 
FONTES CONSULTADAS: 
Pesquisas realizadas através dos links abaixos: 
http://www.stf.jus.br/repositorio/cms/portalTvJustica/portalTvJusticaNoticia/anexo/Direito_Con
stitucional__Werika_Lopes_parte_I.doc; 
http://portal.faionline.edu.br/noticia/fai-realiza-palestras-em-comemoracao-aos-30-anos-da-
constituicao-federal; 
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_14_.asp; 
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-iniciativa-popular-de-propostas-de-emenda-a-
constituicao-e-sua-adequacao-ao-ordenamento-juridico-brasileiro,589547.html; 
http://www.tse.jus.br/o-tse/escola-judiciaria-eleitoral/publicacoes/revistas-da-
eje/artigos/revista-eletronica-eje-n.-6-ano-2/a-importancia-da-constituicao-de-1988-para-a-
efetivacao-de-direitos; 
https://jus.com.br/artigos/67002/uma-nova-constituicao-democratica-seria-totalmente-
independente-da-cf-88.

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