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Aula 10 Primeiro socorros envenenamento e intoxicações

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INTOXICAÇÕES POR SUBSTANCIAS EXÓGENAS
Profª Drª Adriana Ap. Delloiagono de Paula
SUBSTÂNCIA EXÓGENA
Que provém do exterior.
Intoxicação
Intoxicação é a introdução de uma substância tóxica no organismo. As intoxicações podem ocorrer por medicamentos e por substâncias químicas. Existem vários tipos de intoxicação, mas os acidentes em geral ocorrem com a ingestão de excesso de medicamentos ou por substâncias químicas.
TÓXICO
Um tóxico é qualquer substância,  que, quando ingerida, inalada, absorvida ou aplicada na pele, lesa o corpo através de sua ação química. Os tóxicos podem penetrar por qualquer via, mas as mais comuns, pela ordem de freqüência, são a digestiva, a respiratória e a cutânea.
Fatores importantes do processo de intoxicação: 
tempo de exposição - quanto maior for o tempo em que a pessoa ficou exposta aos produtos químicos, maiores serão as possibilidades deste produto causar danos à sua saúde. 
concentração do agente - quanto maior for a concentração do agente químico, maior será a chance de poder causar um efeito danoso à saúde. 
toxicidade - algumas substâncias são mais tóxicas que outras, se comparadas a uma mesma concentração. 
natureza da substância química – se é um gás, um líquido, vapor, etc. 
susceptibilidade individual - algumas pessoas são mais sensíveis do que outras a determinados agentes químicos. 
AGENTES TÓXICOS
· Alimentos estragados ou que sofreram contaminação química;
· Produtos de limpeza;
· Remédios - sedativos e hipnóticos;
· Plantas venenosas;
· Alucinógenos e narcóticos;
· Bebidas alcoólicas;
· Inseticidas, raticidas, formicidas;
· Soda cáustica;
· Derivados de petróleo;
Intoxicações Exógenas
As intoxicações são, na sua maioria, acidentais, mas resultam também de tentativas de suicídio e, mais raramente, de homicídio.
Não existem muitos antídotos (antagonistas específicos dos venenos) eficazes, sendo muito importante identificar a substância responsável pelo envenenamento o mais breve possível. Caso isso não seja possível no início, posteriormente devem ser feitas tentativas de obter informações (e/ou amostras) da substância e das circunstâncias em que ocorreu o envenenamento.
Um veneno pode penetrar no organismo por diversos meios ou vias de administração, a saber:
 Ingerido - Ex.: medicamentos, substâncias químicas industriais, derivados de petróleo, agrotóxicos, raticidas, formicidas, plantas, alimentos contaminados (toxinas).
 Inalado - gases e poeiras tóxicas. Ex.: monóxido de carbono, amônia, agrotóxicos, cola à base de tolueno (cola de sapateiro), acetona, benzina, éter, GLP (gás de cozinha), fluido de isqueiro e outras substâncias voláteis, gases liberados durante a queima de diversos materiais (plásticos, tintas, componentes eletrônicos) etc.
 Absorvido - inseticidas, agrotóxicos e outras substâncias químicas que penetrem no organismo pela pele ou mucosas.
 Injetado - toxinas de diversas fontes, como aranhas, escorpiões, ou drogas injetadas com seringa e agulha.
SINAIS E SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO
· Alterações respiratórias, tais como espirro, tosse, queimação na garganta, sufocação.
· Náuseas.
· Vômito.
· Dor abdominal.
· Diarréia.
· Salivação.
· Suor excessivo.
· Extremidades frias.
· Lacrimejamento e irritação nos olhos.
· Midríase ou miose (alterações na pupila).
· Convulsões.
· Inconsciência.
Abordagem e Primeiro Atendimento à Vítima de Envenenamento
Verifique inicialmente se o local é seguro, procure identificar a via de administração e o veneno em questão. Aborde a vítima como de costume, identifique-se e faça o exame primário; esteja preparado para intervir com manobras para liberação das vias aéreas (ABCDE). Remova a vítima do local. Há situações em que a vítima deva ser removida imediatamente, para diminuir a exposição ao veneno e preservar a segurança da equipe.
Primeiro Atendimento
Pode-se provocar o vômito em casos de intoxicações.
Observação:
NÃO PROVOCAR VÔMITO EM VÍTIMAS INCONSCIENTES E NEM DE ENVENENAMENTO PELOS SEGUINTES AGENTES:
 Substância corrosiva forte, como: ácidos e água sanitária
 Veneno que provoque queimadura dos lábios, boca e faringe
Soda cáustica
 Alvejantes
Tira-ferrugem
 Água com cal
Amônia
 Desodorante
 Derivados de petróleo como:
 querosene
 gasolina
 fluido de isqueiro
 benzina
 lustra-móveis
A vítima deverá ser transportada em decúbito lateral, para prevenir a aspiração no caso de vômitos. Leve para o hospital qualquer objeto que possa conter amostra do veneno (frasco, roupas, vômito).
Monóxido de Carbono (CO)
Gás incolor, sem cheiro e potencialmente perigoso. Liga-se fortemente à hemoglobina,(proteína que transporta O2 no sangue para os tecidos), competindo com o oxigênio e provocando HIPOXIA, podendo ocasionar lesão cerebral e morte.
O monóxido de carbono pode ser emitido por diversas fontes, como escapamento de veículos (perigo em lugares fechados, como garagens), aquecedores a gás, fogões, aquecedores e queima de praticamente qualquer substância em locais fechados.
Sintomas
Inicialmente, dor de cabeça, náusea, vômitos, coriza.
Posteriormente, distúrbios visuais, confusão mental, síncope (desmaio), tremores, coma, disfunção cardiopulmonar e morte.
Tratamento
-   Transportar imediatamente o  paciente para   o ar fresco;
-   Abrir todas as janelas e portas;
-   Afrouxar todas as roupas apertadas;
-   Evitar o calafrio; enrolar o paciente em cobertores;
-   Manter o paciente mais quieto possível;
-   Não administrar álcool em qualquer forma.
Depressores do Sistema Nervoso Central
 Álcool - o mais comum, freqüentemente associado a intoxicações por outras drogas.
Barbitúricos - Gardenal, Luminal, Nembutal, etc.
 Sedativos - Dormonid, Rohipnol, Halcion, etc.
Tranqüilizantes menores - Valium e Diempax (diazepan), Librium, Lorax, Lexotan, etc.
Sinais e sintomas
A intoxicação por esse grupo de drogas revela sintomatologia semelhante. A vítima apresenta-se sonolenta, confusa e desorientada, agressiva ou comatosa; pulso lento, pressão arterial baixa, reflexos diminuídos ou ausentes, pele em geral pálida e seca e pupilas reagindo lentamente à luz.
Durante o atendimento, fale com a vítima, procure mantê-Ia acordada, reavalie-a com freqüência e esteja atento para a hipoventilação e os vômitos, pois ela, por ter os reflexos diminuídos, está mais propensa a aspirar.
Substâncias do tipo Anfetamina  ("arrebites, bolinhas")
Anfetamina, Dextroanfetamis, Metanfetamina, MDMA ("Ecstasy"), MDEA ("Eve"), MDA.
Manifestações Clínicas:
-    Náuseas, vômito, palpitações, taquicardia;
-    Pressão arterial elevada;
-    Taquipnéia;
-    Ansiedade e nervosismo;
-    Irritabilidade, insônia, agitação;
-    Percepções visuais errôneas, alucinações auditivas;
-    Ansiedade, depressão, paranóia;
-    Hiperatividade;
TÓXICOS INGERIDOS
Os tóxicos ingeridos podem ser corrosivos. Os tóxicos corrosivos incluem agentes alcalinos e ácidos que podem provocar destruição tecidual após entrar em contato com mucosas.
Produtos alcalinos: desinfetantes, detergentes, limpadores de forno.
Produtos ácidos: Detergentes, produtos de limpeza de piscina, polidores,  removedores de ferrugem.
INTOXICAÇÃO POR DROGAS
As manifestações clínicas de um cliente com intoxicação por drogas variam com a droga utilizada, mas os princípios subjacentes de tratamento são essencialmente idênticos. As metas do tratamento para um paciente que sofreu uma intoxicação por drogas são o suporte das funções respiratória e cardiovascular, estimular a depuração do agente e fornecer a segurança para o paciente e equipe.
	Narcóticos
Cocaína, heroína,morfina,codeína,derivados sintéticos (metadona, maperidina), fentanil.
Manifestações Clínicas:
-   Alteração da frequência cardíaca e PA;
-   convulsões;
-   Euforia seguida de ansiedade, tristeza e insônia, alucinação, psicose;
-   Pupilas dilatadas;
Plantas Venenosas
As plantas venenosas crescem nos campos, jardins, casas e no local do trabalho. Sua ingestão pode causar alterações nos sistemas circulatórios,gastro-intestinal ou nervoso central. Cerca de meia hora após a ingestão de uma planta venenosa, a vítima pode apresentar sinais clássicos de: colapso circulatório; freqüência cardíaca alta; queda de pressão arterial; sudorese; cianose e fraqueza.
As seguintes plantas são exemplos de agentes que podem causar distúrbios circulatórios ou irritação cutânea nas vítimas:
Nabo venenoso, Lírio-do-vale, Coração-de-Maria, Íris Loureiro, Erva-de-passarinho, Pedófilo, Trepadeira venenosa, Cogumelos, Cicuta venenosa, Quatro horas, Broto de batata, Maconha, Caroço de pêssego, Diefembácia (“ comigo-ninguem-pode”), Caroço de cereja, Caroço de damasco
Em todos os casos de envenenamentos e intoxicações, é importante investigar a área onde o acidentado foi encontrado, na tentativa de identificar com a maior precisão possível o agente causador do envenenamento, ou encontrar pistas que ajudem nesta identificação. Muitos indícios são úteis nesta dedução: frascos de remédios, produtos químicos, materiais de limpeza, bebidas, seringas de injeção, latas de alimentos, caixas e outros recipientes.
Muitas pessoas supõem que exista um antídoto para a maioria ou a totalidade dos agentes tóxicos. Infelizmente isto não é verdade. Existem apenas alguns produtos específicos para certos casos e que, mesmo assim, necessitam de orientação médica para serem usados.
REAÇÃO ANAFILÁTICA
A anafilaxia ou reação anafilática é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal.
Toda alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico à alguma substância estranha ao nosso organismo. Os sintomas comuns das alergias não são causados primariamente por comidas, picadas de insetos, pólen, drogas ou qualquer outra substância alérgica. Os sintomas são causados pela ação das células de defesa chamadas de mastócitos e basófilos, pelo anticorpo do tipo IgE e pela grande liberação de uma substância chamada histamina.
Portanto, a reação alérgica é nada mais do que um tipo de reação inflamatória.
	O choque anafilático é a reação alérgica no seu extremo.
Causas de anafilaxia
Comidas: Derivados de leite, ovos, peixes e frutos do mar, soja, amêndoas e amendoim são os mais comuns
 Picadas de insetos 
Antibióticos: Derivados da penicilina são os mais comuns
 Antiinflamatórios: Quem tem alergia a um tipo costuma ter a todos, inclusive aspirina e dipirona (metamizol) que não são propriamente do mesmo grupo 
Anti-hipertensivos: Inibidores da ECA (ex: captopril e enalapril) 
Látex 
Iodo: Incluindo contrastes para exames radiológicos e anti-sépticos para pele. 
Sintomas da anafilaxia
A anafilaxia costuma ocorrer em pacientes com histórico prévio de alergias à alguma substância, mas pode também acometer pessoas que nunca tiveram episódios alérgicos.
O quadro é imprevisível. Os sintomas costumam iniciar poucos minutos após o contacto com a substância alérgena, mas podem demorar até 1 hora. 
Os 2 sintomas mais comuns de ocorrerem
Urticária
Angioedema- Edema de pele e mucosas
 Urticária 
Urticária: É uma erupção cutânea, muito pruriginosa, caracterizada por placas avermelhadas distribuídas pelo corpo.
Angioedema
Angioedema: Inchaço da pele ou mucosa. Os mais comuns são os edemas em volta dos olhos, nos lábios, na língua. O mais perigoso é o edema da laringe, também conhecido como edema de glote.
Outros sintomas que também podem ocorrer:
- Asma
- Conjuntivite
- Congestão nasal
- Prurido generalizado
- Náuseas e vômitos
- Tonturas
- Hipotensão e/ou síncope
Nos casos mais graves onde o paciente desenvolve dificuldade respiratória e choque circulatório, pode-se evoluir rapidamente para o óbito se não for tratado a tempo. Esses casos mais sérios de choque anafilático normalmente ocorrem após infusão de medicamentos por via venosa ou picadas de insetos.
Não se consegue prever quando uma pessoa vai desenvolver um choque anafilático, porém alguns pessoas apresentam mais riscos que outros, principalmente pacientes com antecedentes de asma ou com episódio anterior de alergia à alguma substância.
Tratamento do choque anafilático
O paciente com sintomas de anafilaxia deve ser imediatamente levado para um hospital. Quadros novos de angioedema ou urticárias também devem ser avaliados por um médico, pois não há como prever se eles evoluirão para choque anafilático ou não. A evolução costuma ser rápida e por isso não se deve perder tempo.
OBRIGADA

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