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Resumo - Filosofia Geral e Jurídica

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Filosofia Geral e Jurídica 
 
Tendo como base o pensamento ocidental podemos assegurar que a palavra 
Filosofia significa amizade ou amor pela sabedoria. Os primeiros filósofos, por terem 
consciência do muito que ignoravam, não queria ser chamados senão de amigos da 
sabedoria (filósofos). 
A filosofia é o amor pela verdade, busca encontrar os pressupostos últimos 
daquilo que se conhece, daquilo que se sabe. 
O homem começa a filosofar a partir do momento em que se vê rodeado por 
problemas e por mistérios e sendo a filosofia uma busca perene por mais 
conhecimento, esta tende a não se contentar com um resposta, mas busca encontrar 
a essência das coisas. 
Assim sendo, quando atingimos uma verdade que nos dá a razão de ser de 
todo um sistema particular de conhecimento, e verificamos a impossibilidade de 
reduzir tal verdade a outras verdades mais simples e subordinantes, segundo certa 
perspectiva, dizemos que atingimos um princípio, ou pressuposto. 
A filosofia é uma atividade perene do espirito ditada pelo desejo de renovar-se 
sempre a universalidade de certos problemas. A pesquisa das razões últimas das 
coisas e dos primeiros princípios implica a possiblidade de solução diversas e de 
teorias contrastantes. 
Faz-se mister dizer que a Filosofia do Direito é a própria filosofia voltada para 
uma ordem de realidade que, neste caso, é a realidade jurídica e tem por missão a 
crítica da experiência jurídica, no sentido de determinar as suas condições 
transcendentais, ou seja, aquelas condições que servem de fundamento à 
experiência, tornando-a possível. 
A Filosofia do Direito é a crítica sistemática aos pressupostos para a 
compreensão e explicação da realidade jurídica e dos objetos cognoscíveis. Segundo 
Miguel Reale os pressupostos que devemos questionar são os factuais (os fatos e 
suas evidências), os axiológicos (valores sociais explícitos e implícitos ao fato), os 
normativos (previsão legal constitucional e infraconstitucional subsumível ao fato) e 
os lógicos (ou científicos, isto é, a pressão das ciências afins ao fato questionado em 
suas determinações históricas). 
A Filosofia como atividade crítica busca fazer um questionamento para 
compreender a sociedade, já como atividade reflexiva o indivíduo volta-se para si 
mesmo, questionado ele próprio. 
A Filosofia é a crítica sistemática das causas primeiras e universais dos 
problemas. Trata-se de um questionamento transversal (para todos as outras áreas) 
e especulativo, dessa forma é um saber amplo sobre a realidade. Em se tratando da 
ciência, esta é uma crítica sistemática disciplinar, isto significa um saber especializado 
sobre o problema. Cada ciência tem uma estrutura teórica e metodológica própria para 
lidar com a investigação da realidade. 
A Filosofia chama a atenção para a necessidade de fundamentação das 
interpretações com base em quatro aspectos: 
* Aspecto factual – Conhecimento do fato e suas evidências; 
* Aspecto axiológico – Conhecimento dos valores sociais sobre o fato em seu 
contexto histórico-temporariedade. 
* Aspecto legal-normativo – Previsão do ordenamento constitucional e 
infraconstitucional. 
* Aspecto cientifico – O conhecimento da previsão da ciências correlatas do 
fato. 
A ontognoseologia é o método filosófico de interpretação-compreensão da 
realidade jurídica sob o enfoque tridimensional. Ela investiga as relações entre o ser, 
o conhecimento e o dever-ser presente em todos os objetos de conhecimento. 
Nesse sentido, e partindo da compreensão de que o método é um caminho que 
utilizamos para atingir um resultado a ontognoseologia é constituída por três etapas. 
A primeira é a ontologia. O aspecto ontológico de um caso é a essência (causa 
motivadora na qual se estrutura o caso). A segunda etapa do método é definida como 
Gnosiologia. O aspecto gnosiológico de um caso consiste em revelar as qualificadoras 
do ser em termos analíticos (previsão legal e doutrinária) e sintéticos (a provação a 
partir da experiência). 
O aspecto axiológico ou a dimensão axiológica de determinado assunto implica 
a noção de escolha do ser humano pelos valores morais, éticos, estéticos e espirituais. 
A axiologia é a teoria filosófica responsável por investigar esses valores, 
concentrando-se particularmente nos valores morais. Etimologicamente, a palavra 
"axiologia" significa "teoria do valor". 
Neste contexto, o valor, ou aquilo que é valorizado pelas pessoas, é uma 
escolha individual, subjetiva e produto da cultura onde o indivíduo está inserido. 
Dizem-se analíticos os juízos que são puramente formais: o predicado de tais 
juízos nada acrescenta ao sujeito; apenas torna explicito ou desenvolve 
rigorosamente o que no sujeito já se contém. (Ex.: “O todo é maior que a parte”.). 
Os juízos sintéticos, ao contrário, são fundados na experiência, e como tais são 
a posteriori: o que seu predicado expressa não está contido no conceito de sujeito, 
mas representa algo que se acrescenta ao sujeito por via empírica. (Ex.: “Esta 
gramática é de língua portuguesa”.). 
Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, 
sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons ou maus, 
desejáveis ou indesejáveis. É um juízo sobre a correção ou incorreção de algo, ou da 
utilidade de algo, baseado num ponto de vista pessoal. 
Entende-se por juízo moral o ato mental que estabelece se uma determinada 
conduta ou situação tem conteúdo ético ou se, pelo contrário, carece destes 
princípios. O juízo moral realiza-se a partir do sentido moral de cada indivíduo e 
responde a uma série de normas e regras que vão sendo adquiridas ao longo da vida. 
Temos, como princípio fundamental do positivismo jurídico, a redução da 
realidade jurídica ao campo da comprovação, ou seja, das normas jurídicas postas na 
experiência social. 
Com a sua teoria, Kelsen visava criar uma teoria pura, livre de elementos 
metajurídicos e, portanto, conceber o Direito com olhos de jurista, sem deixar-se violar 
por elementos da Psicologia, Economia, Política ou Sociologia. Estes elementos não 
jurídicos, para Kelsen, deveriam ser deixados para estas outras esferas do saber, 
cabendo a elas analisarem o substrato social ou conteúdo axiológico das normas do 
Direito [13], pois somente alheando o fenômeno jurídico de contaminações exteriores 
à sua ontologia seria possível conferir-lhe cientificidade e autonomia. 
Miguel Reale apresenta uma contraposição ao positivismo jurídico de Hans 
Kelsen com a tridimensionalidade do Direito – ao reconhecer que o devido processo 
legal e investigativo do direito deve considerar as relações e as influencias entre fato, 
valor e norma. Também a integralidade interpretativa a partir de outras fontes do 
direito. 
Dessa forma, essas são as correntes ou paradigmas majoritários no fazer 
profissional. Os positivistas são legalistas ao extremo e os filósofos são mais 
compreensíveis e flexíveis nas interpretações e sentenças. 
Descartes afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, 
colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para 
criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena 
certeza. 
Fazendo uma aplicação metódica da dúvida, o filosofo foi considerando como 
incertas todas as percepções sensoriais, todas as noções adquiridas sobre os objetos 
materiais. E prosseguiu assim, cada vez mais colocando em dúvida a existência de 
tudo aquilo que constitui a realidade e o próprio conteúdo dos pensamentos. 
Finalmente, estabeleceu que a única verdade totalmente livre de dúvidas era a 
seguinte: meus pensamentos existem e a existência desses pensamentos se 
confunde com a essência da minhaprópria existência como ser pensante. Disso 
decorre a célebre conclusão de Descartes: “Penso, logo existo”. 
Francis Bacon (1561-1626) é o fundador de uma das mais influentes escolas 
filosóficas do período moderno, o Empirismo. Assim como Descartes, Bacon também 
se interessava pelas questões que envolviam uma profunda investigação sobre as 
capacidades humanas de conhecer. No entanto, para Bacon, esta atividade 
especialmente humana, que é a de se indagar sobre as fronteiras do conhecimento, 
tem um fim bastante preciso. Para ele necessitamos conhecer o que nos rodeia, a 
Natureza, para a dominar e retirar dela os seus frutos. 
Ao contrário de Descartes, portanto, Bacon irá fundamentar o seu Método 
filosófico naquilo que ele considera a essência da Natureza, a phisis. Enquanto 
Descartes procurava esta essência no puro cálculo lógico-matemático, Bacon irá 
procurá-la exatamente nas possíveis ligações que ocorrem entre os corpos, na 
matéria, nos objetos, na phisis. De modo que, para este filósofo inglês, não existe 
outra possibilidade de conhecimento senão aquela baseada nas experiências que 
podemos realizar sobre a matéria. Assim, o nosso corpo, por meio dos sentidos, é a 
porta de entrada das diversas sensações; estas sensações se encarregam de trazer 
para a nossa mente as informações necessárias para o início do processo do 
conhecimento. 
Assim, o conhecimento humano, para os empiristas, não é somente o uso 
exclusivo da Razão, como pretendia Descartes com o seu racionalismo. Para os 
empiristas, é necessário que as sensações ocorram e com elas se criem associações 
pelas vias do entendimento. 
O Idealismo, na Filosofia, é o nome comum a todos os sistemas filosóficos que 
fazem das ideias o princípio interpretativo do mundo. É a designação geral dos 
sistemas éticos que tornam normas ideais como normas de ação. 
A filosofia se interrogou em todas as épocas acerca da essência do belo, do 
ideal. Para Platão, o ideal se identifica com o bom, e toda a estética idealista parte 
dessa compreensão platônica. Segundo Platão, qualquer compreensão adequada 
sobre as coisas do mundo sensível deveria abstrair as suas imperfeições e chegar até 
a sua essência, chegar ao ideal. 
A maiêutica significa trazer para a luz as nossas convicções e os seus 
fundamentos. Sócrates ensinava através de diálogos e autoquestionamentos, dessa 
forma, provocava os seus interlocutores a pensar sobre as razões que possuíam para 
afirmar o que falavam e pensavam sobre os fatos. 
A maiêutica era constituída pela ironia e pela dialética. A ironia é o momento 
que devemos reconhecer a nossa própria ignorância, ou seja, as limitações do 
conhecimento que possuímos. Daí a sua afirmativa: “sei que nada sei” apropriada ao 
oráculo de delfos. 
A segunda etapa da maiêutica é uma crítica da crítica pelo diálogo. 
A dialética é a conclusão pela construção de teses (ideia defendida sobre o 
litigio) dessa forma, a dialética exige a tese (ideia inicial) versus a antítese (conclusão 
ou sentença). Logo, a aplicação para os operadores do direito está em estruturar teses 
validas e eficazes. 
O mito na atualidade é uma ficção coerente que nos serve de tipo ideal para 
lidar com a interpretação dos fatos. Dito isto, Platão estrutura o mito da caverna para 
chamar a atenção sobre as formas de aprisionamento da nossa consciência. 
Quando estamos aprisionados, estamos alienados. A alienação é um estado 
de ausência de consciência crítica ou despolitizados (sem participar civicamente dos 
problemas públicos). 
Platão é o pai do idealismo, corrente de pensamento contraria ao realismo. 
Dessa forma, há diferentes interpretações da realidade: as sensíveis, inteligíveis e da 
realidade efetiva das coisas. 
Platão estimula a pensar sobre o aprisionamento do pensamento e das ideias, 
dessa forma, o que limita a nossa potencial humana. 
Além disso, não podemos nos contentar com as primeiras impressões sobre o 
fato. Devemos ir além das aparências e não aceitar prontamente os fatos sem maiores 
questionamentos. 
Com o mito da caverna, Platão chama a atenção para a necessidade de 
mudança e inovação dos novos conceitos e novas visões.

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