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CASO PRÁTICO SEMANA 16

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVIL DA COMARCA DE FORTALEZA – CEARÁ
Processo Nº: [...]
Autor: CAMILA SILVA
Réu: CIRO SANTOS
CIRO SANTOS, brasileiro, solteiro, funcionário público, portador da carteira de identidade nº [...], expedida pelo [...], cadastrada no CPF sob o número [...], residente e domiciliado na Avenida Beira Mar, 1000, AP. 1301, município de Fortaleza – CE, CEP [...], nos autos da AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO, que tramita pelo procedimento epecial, movida por CAMILA SILVA, já devidamente qualificada nos autos, vem por seu advogado legalmente constituído nos autos, com endereço profissional na Rua [...], nº[...], bairro [...], cidade de [...], CEP [...], e com endereço eletrônico [...], onde deverão ser remetidas as comunicações processuais, conforme procuração anexa para o fiel atendimento do art. 77, V, do Código de Processo Civil, apresentar a presente
CONTESTAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos:
1 PRELIMINARES
	Antes de adentrar na defesa de mérito, mister se faz apontar, em sede de preliminar, argumentos que afetam a relação processual e impedem a regular tramitação deste feito.
DA INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO
Nas ações que versa sobre alimentos, o foro competente é o do domicílio do alimentando, conforme dispõe o art. 53, II, do CPC. In verbis:
Art. 53.  É competente o foro:
(...)
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
	Na demanda em contestação, a ação deveria ser proposta na Comarca de Sobral e distribuída em uma das Vara de Família. Pede-se a remessa dos autos para o foro competente.
DA ILEGITIMIDADE AD CAUSAM
Como se pode observar na Inicial, a parte autora não possui pertinência subjetiva para propositura da presente ação, e consequentemente, a qualidade expressa em lei que o autoriza a provocar a Tutela Jurisdicional contra qual não tem o direito material para pretender algo. Dessa forma, é oportuno citar o art. 18, do Código de Processo Civil, onde se lê:
Art. 18.  Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
	
Na presente demanda, é o alimentando o verdadeiro legitimado, devendo ser representa ou assistido pelo responsável legal, a depender da idade.
Destarte, a parte autora não preenche o requisito processual da Legitimidade Ad Causam, previsto no art. 17 do Código de Processo Civil:
Art. 17.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
	Assim sendo, verificada a ausência dos requisitos processuais e consequentemente a carência da ação, pede-se a extinção do processo sem o exame do mérito, conforme o mandamento do art. 485, VI, do CPC. In verbis:
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
(...)
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
DO MÉRITO
SÍNTESE DOS FATOS
A parte autora e o defendente desta, vivenciaram união estável durante 12 anos, na constância da qual foi concebido um filho, menor, hoje com 6 anos. No mês de novembro do ano passado, o defendente deixou o lar conjugal carcando com o pensionato espontâneo do menor de forma regular, realizando os depósitos em conta corrente da parte autora no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), conforme comprovantes de depósito bancário.
Alega a parte autora que, por perceber vencimentos no valor de R$ 10.000,00 (dez mil) líquidos, deve o defendente pagar pensão no valor de 50% de seu próprio salário sob o argumento de que o valor atualmente pago não é suficiente para custear todas as despesas com o menor. O valor total dessas despesas não ultrapassa R$ 4.000,00 (quatro mil) reais, comprovadamente por documentos juntados aos autos do processo.
DO DIREITO
A prestação de alimentos deve ser administrada nos termos do artigo 1.694, §1º, do Código Civil, qual seja:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
	O dever de sustento, educação e guardas dos filhos pertencem ambos, assim como o ônus de suas despesas. No mesmo sentido assevera o art. 1.996 do Código Civil:
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Dessarte, não é razoável indexar o valor da pensão devida pelo valor do salário da parte autora, mas sim o valor real das despesas com o menor, fato que está sendo ignorado nesta ação.
Pelo exposto, verifica-se que o valor já pago a título de alimento ao menor equivale a mais de 50% das despesas reais mensais. Assim sendo, não há fundamento legal para tal alegação da parte autora. De já, pede indeferimento do pedido da parte autora.
4 DOS PEDIDOS
	Diante do exposto, a defendente requer a esse juízo
O acolhimento da primeira preliminar aludida, devendo ser declarado a incompetência de foro, com a remessa dos autos ao Juízo Competente;
Superada a primeira, o acolhimento da segunda preliminar, reconhecendo da improcedência do pedido autoral, tendo em vista a ilegitimidade ad causam da parte autora;
Não conhecidas as preliminares, a total improcedência do pedido da parte autora, no mérito da questão;
A condenação da autora ao pagamento das custas e dos honorários advocatícios, nos termos do art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC.
5 DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do art. 369 e seguintes do Código de Processo Civil, em especial a documental, testemunhal e depoimento pessoal da autora.
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
		
Advogado
OAB

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