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Sistema Respiratório - trabalho completo

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA ― UNOESC
ÁREA DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
ALESSANDRA TONELLO, BETHÂNIA KIELING, DAIANE PAULATA, DAIANE
QUAIATTO, FERNANDA MELLERE, LIDIA COLE, LARISSA DE MORAIS.
PESQUISA BIBLIOGRÁFIA: sistema respiratório
Joaçaba
2015
ALESSANDRA TONELLO, BETHÂNIA KIELING, DAIANE PAULATA, DAIANE
QUAIATTO, FERNANDA MELLERE, LIDIA COLE, LARISSA DE MORAIS
PESQUISA BIBLIOGRÁFIA: sistema respiratório
Pesquisa bibliográfica com propósito de descrever as
funções do sistema respiratório humano, sua importância
para homeostasia do organismo e a regulação das funções
do mesmo pelo sistema neurogênico autônomo simpático e
parassimpático. Realizado em grupo pela terceira fase do
curso de graduação em fisioterapia da Universidade do
Oeste de Santa Catarina ― UNOESC.
Professor: Anderson Nardi
JOAÇABA, MARCO,2015
INTRODUÇÃO
A respiração, como já é sabido, provê O2 aos tecidos e ao mesmo tempo remove o CO2,
produzido pelo metabolismo de tais tecidos. Tendo por funções básicas a ventilação pulmonar,
a difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue, e entre o sangue e os
demais líquidos corporais, além da regulação da ventilação.
O trabalho a seguir descreverá as funções do sistema respiratório humano, sua importância
para homeostasia do organismo e o controle do mesmo pelo sistema neurogênico. 
Questão número 1: Descrever as funções principais do sistema respiratório humano:
Resposta:
O sistema respiratório tem três funções principais: trocas gasosas, que consistem em
movimentar oxigênio para o interior do corpo e remover dióxido de carbono; defesa
imunológica, por funcionar como barreira primária entre o mundo exterior e o interior do
corpo e finalmente, o pulmão é um órgão metabólico que sintetiza e metaboliza diversos
compostos, como: substâncias vasoativas, ácido aracdônico e glicose. A respiração é
automática e está sob o controle do sistema nervoso central (SNC).
Função das vias aéreas superiores
 Nariz: funciona para filtrar, capturar e eliminar partículas. Ele também umidifica e
aquece o ar inspirado. 
 Faringe: conecta o nariz e a boca à laringe e ao esôfago. É um canal comum ao
aparelho digestivo e ao aparelho respiratório. A comunicação como a laringe está
protegida pela epiglote, que atua como uma válvula: durante a inspiração, o ar passa
das fossas nasais para a laringe, fazendo com que a epiglote se mova de forma a
obstruir a entrada do esôfago, conduzindo o ar para o seu devido lugar, à traqueia.
 Laringe: A laringe tem importantes funções: impedir a entrada de alimento nas vias
aéreas inferiores e garantir a fonação.
Função das vias aéreas inferiores
 Traquéia: constitui tubo de aproximadamente 12 centímetros de comprimento que é
uma continuação da laringe. Passa anteriormente ao esôfago e bifurca-se em dois
brônquios principais. É uma passagem tubular para o ar. 
 Brônquios: os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões, são
considerados um direito e outro esquerdo. A traquéia e os brônquios primários são
constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras
musculares, mucosa e glândulas.
Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados
ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva
chamados alvéolos. 
 Alvéolos: são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias.
Uma rede de capilares pulmonares envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é
trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
 Pulmões: Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas
uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com
o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (hematose). Eles estendem-se
do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas.
A respiração, como o termo é geralmente usado, inclui dois processos: respiração externa ―
absorção do O2 e a remoção do CO2 do organismo como um todo ― e respiração interna ― o
intercâmbio gasoso entre as células e seu meio líquido. 
Em repouso, um homem normal respira 12 a 15 vezes por minuto. São inspirados e expirados
500 ml de ar por respiração, ou 6 a 8 litros/min. Este ar se mistura com o gás do alvéolo e, por
difusão simples, o O2 passa ao sangue nos capilares pulmonares ao mesmo tempo que o CO2
passa aos alvéolos. Desta maneira, 250 ml de O2 penetram no organismo por minuto e 200 ml
de CO2 são excretados. Traços de outros gases, tais como metano proveniente dos intestinos,
podem igualmente ser expirados quando presentes em grandes quantidades no organismo.
Questão número 2: Descrever as contribuições do sistema respiratório para a
homeostasia:
Resposta:
A homeostase é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar
suas funções adequadamente para o equilíbrio do organismo. Cada sistema de órgãos do corpo
desempenha um papel especifico na homeostasia. Os organismos mais evoluídos fazem uso
principalmente de dois recursos básicos:
 O sistema nervoso que regula a homeostase pela detecção dos desequilíbrios do corpo,
e pelo envio de mensagens, ou seja, pelos impulsos nervosos aos órgãos apropriados
para combater o estresse; 
 E o sistema endócrino que é um grupo de glândulas, que secretam mensageiros
químicos, chamados de hormônios, na corrente sanguínea. 
Enquanto os impulsos nervosos coordenam a homeostase rapidamente, os hormônios atuam
de forma mais lenta. 
A constância do pH do nosso organismo é essencial para nosso perfeito funcionamento, pois o
metabolismo requer enzimas que atuam em pH ideal (específico). O íon hidrogênio (H+) é um
dos íons que determina a acidez ou a alcalinidade dos líquidos do nosso corpo. Quando a um
desequilíbrio no pH pode romper drasticamente o metabolismo celular comprometendo assim
a função do organismo como um todo.
A hematose pulmonar é um processo químico-molecular que estabelece as trocas gasosas
oxigênio x CO2 a fim de manter o equilíbrio ácido básico que se realiza ao nível dos alvéolos
pulmonares.
Acidose e alcalose
 O pH normal do sangue arterial de um indivíduo é de 7,4.
 PH abaixo de 7,4 é referido como acidose;
 PH acima de 7,4 é referido como alcalose.
Assim a faixa de pH compatível com a vida é de 6,85 a 7,8.
Distúrbios respiratórios podem levar a: 
O dióxido de carbono é um subproduto importante do metabolismo do oxigénio e,
consequentemente, é produzido constantemente pelas células. O sangue transporta o dióxido
de carbono até os pulmões, onde é expirado. Os centros de controle respiratório localizados
no cérebro regulam a quantidade de dióxido de carbono que é expirado através do controle da
velocidade e profundidade da respiração. Quando a respiração aumenta, a concentração de
dióxido de carbono diminui e o sangue torna-se mais básico. Quando a respiração diminui, a
concentração de dióxido de carbono aumenta e o sangue torna-se mais ácido. Através do
ajuste da velocidade e da profundidade da respiração, os centros de controlo respiratório e os
pulmões são capazes de regular o pH sanguíneo minuto a minuto. Uma alteração em um ou
mais desses mecanismos de controle do pH pode produzir uma das principais alterações do
equilíbrio ácido-base: a acidose ou a alcalose.
Acidose: a acidose respiratória é causada pelo acúmulo de dióxido de carbono (CO2), que
diminui o pH sanguíneo, esse acúmulo de CO2 pode ser causado por hipoventilação alveolar
(lesãoou depressão dos centros de controle respiratório, obstrução das vias aéreas,
enrijecimento dos pulmões), ou seja o CO2 é eliminado de maneira incompleta, provocando
um aumento da PCO2 sanguínea. O uso da glicose também produz CO2 para o organismo.
Alcalose: é mais difícil de acontecer, consiste na perda elevada de CO2, é eliminado mais
rápido do que é produzido pelos tecidos. É causada pela hiperventilação alveolar, que resulta
da estimulação de quimiorreceptores pela hipóxia ou da estimulação de receptores
intrapulmonares por lesão ou inflamação pulmonar.
Em suma, o sistema respiratório auxilia na homeostasia a partir:
 Do aumento na frequência e na amplitude da respiração, favorece o aumento na
atividade dos músculos esqueléticos durante o exercício;
 Das vibrações do ar fluindo pelas pregas vocais, produzem-se os sons para a fala;
 Da enzima conversora de angiotensina (ECA), produzida nos vasos sanguíneos
pulmonares, catalisa a formação de angiotensina II, um potente vasoconstritor que
auxilia na regulação da pressão arterial; 
 Do aumento da amplitude e frequência respiratória, favorece a atividade durante a
relação sexual;
 Da respiração interna, fornece O2 ao feto em desenvolvimento.
Questão número 3: Descrever as ações do Sistema Nervoso Autônimo Simpático e do
Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático, no sistema respiratório humano:
neurotransmissores e receptores.
Resposta: 
Segundo Guyton & Hall (2011), o SN ajusta a intensidade da ventilação alveolar de forma
quase precisa às exigências corpóreas, de modo que as pressões de oxigênio e do dióxido de
carbono no sangue arterial pouco se alteram, mesmo durante atividade física intensa e muitos
outros tipos de estresse respiratório. 
O centro respiratório se compõe de diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente
no bulbo e na ponte do tronco encefálico, tal centro se divide em três agrupamentos principais
de neurônios:
 O grupo respiratório dorsal: situado no interior do núcleo do trato solitário (NTS),
na porção dorsal do bulbo, é responsável pela inspiração. O NTS corresponde a
terminação sensorial dos nervos vago e glossofaríngeo, que transmitem sinais
sensoriais para o centro respiratório a partir de: quimiorreceptores periféricos;
barorreceptores; e vários tipos de receptores nos pulmões.
 O grupo respiratório ventral: localizado na parte ventrolateral do bulbo a cerca de 5
milímetros, em situação anterior e lateral ao grupo respiratório dorsal de neurônios,
em posição rostral no núcleo ambíguo. Tem por função básica a expiração.
Quando o impulso respiratório tende para que o aumento na ventilação pulmonar fique
acima do normal, os sinais respiratórios se propagam para os neurônios respiratórios
ventrais, do mecanismo oscilatório básico da área respiratória dorsal. Como
consequência, a área respiratória ventral também contribui para o controle respiratório
extra. E a estimulação elétrica de alguns neurônios no grupo ventral provoca a
inspiração, enquanto a estimulação de outros leva à expiração.
 O centro pneumotáxico: encontrado na porção dorsal superior da ponte, tem por
função limitar a inspiração, e assim aumentar a frequência respiratória, já que a
limitação da inspiração reduz também a expiração e o ciclo total de movimentos.
Assim, quando o ar entra no nariz ele é aquecido, quase totalmente umidificado e
parcialmente filtrado, sendo difundido para os pulmões através da traqueia, brônquios e
bronquíolos, estes por sua vez são inervados por terminações nervosas sensoriais que recebem
o nome de receptores irritativos pulmonares e são estimulados por muitos eventos, como
quantidades mínimas de material estranho que podem causar tosse.
Sob condições respiratórias normais, o ar transita pelas vias respiratórias tão facilmente que o
gradiente de menos de um centímetro de pressão da água dos alvéolos, com relação a
atmosfera, é suficiente para causar um fluxo de ar para respiração tranquila. A maior
resistência ao fluxo aéreo ocorre nos brônquios maiores e adjacentes à traquéia, porque existe
pouco destes brônquios maiores em comparação a aproximadamente sessenta e cinco mil
bronquíolos terminais paralelos por onde uma quantidade mínima de ar deve passar. Porem
em condições patogênicas, os bronquíolos menores determinam a resistência do fluxo aéreo,
por razão do se pequeno diâmetro e por serem facilmente obstruídos por contração muscular
de suas paredes, pelo edema das mesmas ou por acúmulo de muco no lúmen dos bronquíolos.
Controle neural simpático bronquiolar 
O controle direto dos brônquios pelas fibras nervosas simpáticas é fraco por poucas destas
fibras penetrarem nas porções centrais do pulmão. No entanto, a arvore brônquica é muito
mais exposta a norepinefrina e epinefrina, liberadas na corrente sanguínea pela estimulação
simpática da medula da glândula adrenal. Tais hormônios, em especial a epinefrina, por causar
maior estimulação dos receptores betadrenérgicos ― tipo β2 ―, podem causar dilatação na
árvore brônquica e facilitar a passagem do ar aos alvéolos.
Controle neural parassimpático bronquiolar
Umas poucas fibras parassimpáticas, derivadas do nervo vago, penetram no parênquima
pulmonar. Esses nervos secretam acetilcolina e, quando ativados causam constrição leve e
moderada dos bronquíolos, por atuarem em receptores muscarínicos do tipo M3. Quando uma
doença como a asma já causou alguma constrição bronquiolar, a estimulação nervosa
parassimpática sobreposta com frequência piora esta condição. Quando isto ocorre, a
administração de fármacos que bloqueiam os efeitos da acetilcolina, como a atropina, pode,
algumas vezes, relaxar as vias respiratórias o suficiente para melhorar a obstrução. 
Algumas vezes, os nervos parassimpáticos também são ativados por reflexos que se originam
nos pulmões. A maioria deles começa com a irritação da membrana epitelial das próprias vias
respiratórias, iniciada por gases nocivos. Reflexo constritor bronquiolar também ocorre com
frequência quando micro êmbolos ocluem algumas artérias respiratórias.
Outros fatores de constrição bronquiolar
Diversas substâncias, formadas nos próprios pulmões, são com frequência muito ativas em
produzir a constrição bronquiolar. As duas mais importantes são a histamina e a substância de
reação lenta da anafilaxia, ambas liberadas por macrófagos de tecidos pulmonares, durante
reações alérgicas. As mesmas substâncias irritantes que causam reflexos constritores
parassimpáticos das vias aéreas ― poeira, dióxido de enxofre, cigarro― seguidamente agem
de modo direto nos tecidos pulmonares, iniciando reações locais não neurais que causam
constrição das vias aéreas.
 
CONCLUSÃO
Concluímos que o bom funcionamento do sistema respiratório humano é de suma importância
para o equilíbrio do organismo, sendo que as trocas gasosas permitem a regulação do pH
corpóreo agindo assim como um sistema tampão. Porém, tais ações somente são possíveis,
pela existência do sistema neurogênico que controla o sistema respiratório, a partir da
inervação simpática com a liberação de neurotransmissores que possibilitam a dilatação da
árvore brônquica, e da inervação parassimpática com nervos que secretam acetilcolina, esta
por sua vez, quando ativa, controla a constrição bronquiolar.
REFERÊNCIAS
AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2012
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N.; KOEPPEN, Bruce M., Fisiologia. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2004. 
GUYTON, Arthur C., Fisiologia humana. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2008.
HALL, John E., Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier,2011
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fisiologia. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
Universidade Federal Fluminense, acesso em Março de 2015
URL: http://www.uff.br/fisiovet1/homeostase_site.pdf
ANEXOS:
Hematose – troca de gases 
Fonte: Netter, 2000
Fonte: URL: http://www.scielo.br/img/revistas/rbccv/v27n3/a15fig02.jpg
Fonte: URL: http://www.infoescola.com/sistema-respiratorio/hematose-pulmonar/
Fonte: URL: http://www.scielo.br/img/revistas/cr/v33n5/17148f1.gif

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