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Normalidade- patologia- desvios

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*
UNIDADE III
Normalidade – Patologia – Desvio 
Conteúdos:
Personalidade normal e patológica
Personalidade e transtornos
Personalidades violentas
Psicopatologia
*
Entende-se por “mentalmente saudável” aquele indivíduo que: 
 Compreende que não é perfeito.
 Entende que não pode ser tudo para todos.
 Vivencia uma vasta gama de emoções.
 Procura ajuda para lidar com traumas e transições importantes (não se considera onipotente).
Tipos de Personalidade:
 Personalidade Normal
 Personalidade Neurótica
 Personalidade Psicótica
 Personalidade Psicopática
*
Personalidade
 Pode-se dizer que em psicologia entende-se por personalidade àquele conjunto total de características próprias do indivíduo que integradas, estabelecem a forma pela qual ele reage costumeiramente ao meio.
 Personalidade é o que organiza, integra e harmoniza todas as formas de comportamento e características do indivíduo. 
 A personalidade não é algo pronto, é sempre capaz de receber novas influências, adaptar-se a novas circunstâncias.
 Personalidade é sempre uma realidade individual.
 A personalidade de um indivíduo se desenvolve a partir de fatores genéticos e ambientais. 
*
Personalidade
 Impossível negar que as primeiras experiências na vida de uma pessoa sejam as mais importantes. 
 Estudos provam que privações nos primeiros anos de vida deixam problemas nas mais diversas esferas da vida do indivíduo. 
 O ambiente familiar também influencia na construção e estruturação da personalidade.
 Dependendo da etapa da vida, família, amigos, escola, sociedade, cultura, religião, trabalho, etc., desempenham papéis fundamentais na vida do indivíduo. 
 Estresse prolongado e eventos traumáticos podem afetar a personalidade.
*
	Qualquer ser humano diante de situações traumatizantes pode sofrer um colapso das defesas e ceder à tensão.
	Importante ressaltar que todos os indivíduos em um momento ou outro apresenta alguns comportamentos disfuncionais. Podemos ter medos ilógicos, estados de ansiedade mais intensos e tristezas profundas. 
	As modificações de personalidade podem ser temporárias ou duradouras e ocorrer após uma experiência traumática, como um sequestro ou desastre.
	O que caracteriza um estado patológico é quando esses estados emocionais disfuncionais dominam a vida psicológica e quando o sofrimento psíquico passa a ocupar o primeiro plano na vida do indivíduo, impedindo-o de viver outras experiências. 
	
*
	O estudo das alterações mentais ocorrem por meio de entrevista, anamnese, exame psíquico, avaliação física, avaliação neurológica, psicodiagnóstico e exames complementares. 	
	Os transtornos de personalidade se caracterizam pelo comprometimento de características normais, ou seja, quando esses traços são muito inflexíveis a mal ajustados, prejudicando a adaptação do indivíduo às situações, causando sofrimento a ele próprio e as pessoas do seu convívio.
	Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID 10), os transtornos representam desvios extremos ou significativos das percepções, dos pensamentos, das sensações e das relações com os outros. 
	As modificações duradouras podem ocorrer por doenças psiquiátricas. 
	
*
	Um Transtorno da Personalidade é um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo e inflexível, tem seu início na adolescência ou começo da idade adulta, é estável ao longo do tempo e provoca sofrimento ou prejuízo. (DSM)
	Os traços de personalidade são padrões persistentes no modo de perceber, relacionar-se e pensar sobre o ambiente e sobre si mesmo, exibidos em uma ampla faixa de contextos sociais e pessoais.
	Apenas quando são inflexíveis e mal-adaptativos e causam prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo significativo, os traços de personalidade constituem Transtornos da Personalidade.
 
 
*
	O termo psicopatologia é de origem grega. 
Psykhé – alma
Patologia – estudo das doenças. 
	A psicopatologia estuda, investiga e classifica os fenômenos patológicos da mente humana. Tem por objetivo o estudo dos fenômenos psíquicos anormais, as perturbações mentais.
	Psicopatologia é o ramo da psicologia que se ocupa dos fenômenos psíquicos patológicos e da personalidade desajustada.
O medo é um sentimento universal: todos sentem, é uma emoção inata no ser humano, necessária para a proteção e perpetuação da espécie.
*
	Pesquisas revelam que 25% das pessoas apresentam algum tipo de transtorno de ansiedade ao longo de suas vidas. 
	Medo pode ser entendido como um sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário. E ansiedade como sensação de receio e de apreensão, sem causa evidente. 
	Transtorno de ansiedade é quando o medo excessivo e a ansiedade passam a trazer prejuízos expressivos para a vida da pessoa. 
*
Personalidade neurótica (Psiconeurose)
Personalidade desajustada. 
Embora o indivíduo se sinta infeliz, desajustado e às vezes excêntrico, as distorções da realidade não são tão profundas e substanciais como na psicose. 
Geralmente é capaz de enfrentar o meio, orientar-se e administrar sua vida. 
Tem medo excessivo, é desmotivado para o estudo e trabalho, é incapaz de concentrar-se, sente dores de cabeça, suores frios, tremor nas mãos, instabilidade. 
A vida afetiva do indivíduo neurótico é repleta de sofrimento e angústia, se considera incapaz, impotente e fracassado. 
*
 Fobias: é um medo persistente, exagerado ou irracional, de algo específico (animal, avião, sangue...) ou situação sem perigo real (falar em público, assinar um cheque...). a pessoa reconhece que o medo é desproporcional ou absurdo, mas não consegue controlá-lo. 
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): engloba crises de obsessão e compulsão. Apresenta ideias absurdas e sem fundamentos, mas que são incontroláveis. As ideias obsessivas são pensamentos, impulsos, que adentram a consciência da pessoa de modo repetitivo e estereotipado.
Transtorno ou síndrome de Pânico: é marcado pela presença recorrente de ataques de pânico. A pessoa desenvolve o medo de ter novas crises, preocupações com as implicações da crise, como o medo de ter um ataque cardíaco e morrer .
*
Transtorno de estresse pós-traumático: caracteriza-se por uma resposta retardada a uma situação ou evento estressante de curta ou longa duração, de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica.
Transtorno bipolar do humor: altera episódios de euforia (mania) e episódios de depressão, com épocas de normalidade. 
Sintomas da euforia: ausência ou prejuízo do senso crítico e da capacidade de avaliar objetivamente as coisas, irritabilidade, impaciência, pensamentos alterados, fala rápida e contínua, idéias de grandeza, gastos excessivos,
 desinibição exagerada, aumento da libido,
 redução da necessidade de dormir. 
*
Depressão: estado que dura, pelo menos, duas semanas em que o humor fica melancólico. É diferente da tristeza comum. Os transtornos depressivos têm relação fundamental com vivências de perda e sofrem influência também de componentes biológicos, genéticos e neuroquímicos. 
	
*
Personalidade psicótica (loucura, alienação mental, insanidade)
Personalidade com incapacidade de cuidar de si próprio. Distorção do meio como conseqüência de processos anormais das faculdades, do pensamento, da percepção e da reação emocional. Representa um perigo para si mesmo e para os demais.
O psicótico mostra perturbações cognitivas e emocionais muito graves, pode sofrer alucinações e delírios, tende a perder a compreensão de seu comportamento, pode perder o contato com a realidade. 
Muitas vezes é necessária a internação de uma pessoa psicótica.
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Esquizofrenia: (a mais freqüente) o paciente sofre de alucinações e ilusões, apresenta comportamento extremamente retraído, idéias confusas e absurdas, com anulação quase total da vida afetiva. Há fatores genéticos nosurgimento da esquizofrenia, mas acredita-se que seja necessário a exposição a fatores sócio-econômicos e psicológicos de tensão para sua efetivação.
Paranóia: perturbação acompanhada de ilusões e manias de perseguição. Muitas vezes a personalidade paranóide é denominada de esquizóide, mas nem todos os esquizóides são paranóides.
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Esquizóide: O tipo esquizóide poderia ser chamado de esquisito. Representa uma falha ou quebra na harmonia interna da personalidade, resultando em desarmonia com o resto do mundo.
Não fazem contato duradouro, geralmente são solitários, quietos, reservados, sérios, insaciáveis, excêntricos, tímidos, sensíveis, apáticos, quase sempre muito desconfiados, invejosos e ciumentos. 
Personalidade múltipla: o indivíduo com personalidade múltipla é muito mais extremista que ter comportamentos antagônicos. Ele tem pelo menos duas personalidades distintas, bem desenvolvidas (frequentemente mais). 
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Personalidade dependente: se caracteriza por excessiva dependência e confiança nos outros. São pessoas que precisam de outras para tomar decisões e se apoiar emocionalmente. Quando sozinhas, sentem-se desamparadas e não conseguem superar limites. Permitem que outras pessoas decidam aspectos importantes de sua vida.
 Personalidade borderline: alteração na fronteira entre a neurose e a psicose. São indivíduos agradáveis e socializados com as pessoas mas em sua intimidade se comportam de maneira agressiva, intolerante e irritável. Possuem instabilidade emocional, com tendência a agir de modo imprevisável, sem considerar as consequências, incapacidade de controlar impulsos, perturbações de autoimagem.
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Personalidade Narcisista: Indivíduos com o transtorno julgam-se grandiosos e possuem necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso.
Sentido grandioso de autoimportância ou inicidade. Perocupação com fantasias de sucesso, poder, brilho, beleza ilimitada e amor ideal. Exibicionismo. 
Indivíduo que persegue incansavelmente suas próprias necessidades egoístas, sem se preocupar com as outras pessoas.
Demência: os sintomas resultam de um comprometimento significativo no funcionamento social ou ocupacional e representa um declínio importante em relação ao patamar anterior do sujeito. Ex: Alzheimer, Parkinson.
As funções cognitivas que podem ser afetadas na demência incluem a inteligência, aprendizagem e memória, linguagem, solução de problemas, orientação, percepção, atenção e concentração, julgamento e habilidades sociais.
 
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 Psicose puerperal: é desencadeada pelo parto e se enquadra como um transtorno psicótico breve. Pode ser assim denominada se os sintomas psicóticos ocorrerem dentro de até seis semanas após o parto. 
O início é abrupto, com sintomas de confusão mental, agitação, angústia, insônia, evoluindo para formas maníacas, melancólicas ou até mesmo catatônicas. 
Parafilias: são transtornos do comportamento sexual caracterizados por práticas e padrões sexuais particulares. São caracterizadas por anseios, fantasias ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns e causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Indivíduos com transtornos sexuais (parafilias) não revelam sentimentos de culpa pelos atos que praticam a custa do sofrimento de outros. 
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Personalidade psicopática
Personalidade com comportamento contrário ao estabelecido pelos padrões sociais. 
São os alcoolistas crônicos, as aberrações sexuais, os toxicômanos, fanáticos, explosivos, insensíveis. 
Os psicopatas do tipo insensíveis são destituídos ou quase destituídos de compaixão, vergonha, sentimento de honra e arrependimento, são introspectivos, sombrios, impulsivos, brutais. Possuem uma instabilidade emocional que os torna incapazes de restringir ou controlar certos impulsos anti-sociais, mas sem que se possa diagnosticar um estado caracterizadamente patológico. 
Verifica-se falha na construção da personalidade.
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Os psicopatas que não são assassinos estão em escritórios, muitas vezes ganhando uma promoção atrás da outra enquanto puxam o tapete de colegas; políticos que desviam dinheiro da merenda para suas contas bancárias; médicos que deixam seus pacientes morrerem por descaso; amigos que pegam dinheiro e nunca devolvem. 
De 1% a 3% da população tem esse transtorno. 
Entre os presos, esse índice chega a 20% (Psiquiatra Forense Hilda Morana, do Instituto de Medicina do Estado de São Paulo). Isso significa que uma pessoa em cada 30 poderia ser diagnosticada como psicopata. E que haveria até 5 milhões de pessoas assim só no Brasil. 
Em casos de internação em hospitais ou presídios, verifica-se que são pacientes/internos com charme acima da média, capacidade de convencer qualquer um e ausência de remorso. 
Psicopatas reincidem três vezes mais que criminosos comuns. Não aprendem com punição. 
*
Para Lipton (1950) - “Psicopata é um individuo que está mal equipado desde o nascimento para enfrentar as necessidades de seu ambiente. Ele pode ser visto como estando num estado defeituoso, com uma falta constitucional de sensibilidade para com as exigências sociais de honestidade, veracidade, decência e consideração pelos outros. Isto está aliado à inabilidade de tirar proveito de experiências”.
Para Coleman (1956) - “Esta categoria se aplica a indivíduos que não são classificados com distúrbios mentais, neuróticos ou psicóticos, mas aquele o qual se manifesta uma falta marcante de progresso ético ou moral e inabilidade de seguir códigos de conduta social aprovados”.
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Para Cleckley (1949) - “o psicopata pode ser descrito como:
 Livre de sinais e sintomas geralmente associados com psicoses, neuroses ou deficiência mental.
 Conhece as conseqüências do seu comportamento anti-social mas dá a impressão que tem pouco sentimento interno para o que ele expressa tão racionalmente.
 Habitualmente incapaz de ajustar suas relações sociais satisfatoriamente.
 Não é desencorajado pelo castigo, na verdade ele o deseja.
 Seu comportamento é geralmente sem motivação, ou se um motivo pode ser deduzido, ele é inadequado como uma explicação para o comportamento.
 Expressa reação afetiva normal, mas demonstra uma falta total de preocupação e indiferença para com os outros.
 Demonstra um julgamento pobre e uma inabilidade para aprender por experiência”.
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Transtorno de Personalidade Dissocial, (CID-10)
Transtorno de personalidade caracterizado por um desprezo das obrigações sociais, falta de empatia para com os outros. Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da agressividade, inclusive da violência. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a sociedade.
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Transtorno de Personalidade Anti-Social. (DSM IV-R)
Um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que ocorre desde os 15 anos, como indicado pelos três do seguintes critérios:
Fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção.
Propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer.
Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.
Irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas.
Desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia.
Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras.
Ausênciade remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa.

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