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GEOGRAFIA E MEIO AMBIENTE (1)

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GEOGRAFIA E MEIO AMBIENTE
PROF. LÍGIA TAVARES
AMBIENTALISMO
ANTECEDENTES: 
HISTÓRICOS E HUMANÍSTICOS 
CIENTÍFICOS: TEORIA GAIA 
MÍTICOS: PROFECIA DO ARCO ÍRIS
Introdução 
Até a década de 50 as preocupações ambientais estavam restritas aos meios científicos, tanto em sua vertente preservacionista quanto, mais tarde sua vertente conservacionista. As preocupações estavam, portanto, voltadas para a preservação das espécies e do meio natural. Enquanto isso, o questionamento da ordem social e política estava por conta dos movimentos socialistas e operários.
Anos 60: Ciclo de transformações no mundo
Primeiro homem no espaço 
Em 12 de abril de 1961, aos 27 anos de idade, Yuri Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a ir ao espaço, a bordo da nave Vostok 1, na qual deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta e proferiu a famosa frase “A Terra é azul, mas não há Deus”. Esteve em órbita 108 minutos. 
Apollo 11 foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e primeira a pousar na Lua, em 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu o objetivo final do presidente John F. Kennedy, que, em discurso ao povo norte-americano em 1962, estabeleceu o prazo do fim da década para que o programa espacial dos Estados Unidos realizasse este feito. Neil Armstrong, comandante da missão, foi o primeiro ser humano a pisar na superfície lunar.
A partir da década de 60 emergem, com a contra-cultura, uma série de movimentos sociais trazendo, não só a crítica ao modelo dominante de produção, mas também ao modo de vida. Surgem, então, os movimentos das mulheres, dos negros, dos homossexuais, dos hippies, dos pacifistas e, entre eles, os movimentos ecologistas. 
Movimento Hippie e a contracultura 
Antecedentes 
As raízes do movimento Hippie podem ser detectadas desde os anos 40, após os final da II Guerra Mundial: após um período de 30 anos com duas guerras altamente destrutivas e uma prolongada depressão econômica, começaram a despontar sinais de uma contracultura, contestatária do sistema. Ironicamente, esta contestação começava no país que menos tinha sofrido com a guerra e num período em que a economia estava lançada na recuperação. 
Após a guerra a população americana cresceu enormemente: fenómeno conhecido como "baby-boom". Entre 1946 e 1964 o número de estudantes no liceu (college) duplicou. Em 1968, 50% de todos os jovens de 18 e 19 anos frequentavam o liceu, números que mostram o seu potencial impacto na vida em sociedade. 
O poeta Allen Ginsberg pode ser considerado como um dos progenitores deste movimento. As palavras escritas foram usadas para exprimir a sua frustação, protestando contra aquilo que consideravam estar errado no mundo, tendo ficado conhecidos como a "Geração Beat". 
Nos anos 50 o movimento crescera e expandira-se. Nos café e clubes de jazz juntavam-se para conversar e declamar poesia. Foi destes espaços que emergiram os "Beatniks", caracteristicamente vestidos com roupas informais (shabby), os homens de barba, usando óculos escuros a qualquer hora do dia. Usavam frequentemente a expressão "I'm hip". Dizia-se que o seu modo de se expressar era "hip", e havia quem lhe chamasse "Hipsters", e a expressão evoluíu até aos "Hippies". 
Foram os hippies que trouxeram o movimento dos cafés para os campus universitários, e a universidade de Berkley tornou-se seu centro. Um momento crucial ocorreu ali em 1964, com "Free Speech Movement" (Movimento pela Liberdade de Expressão). A reitoria proibiu a distribuição de material de protesto fora dos portões da universidade. Perante a recusa dos estudantes foi chamada a polícia. A decisão de levantar processos aos estudantes levou-os a ocupar o edifício da Reitoria. 
Em Março de 1965 os estudantes da Universidade de Michigan levaram a cabo a primeira ação com o objetivo de mostrar que a guerra do Vietnam era imoral e que os EUA a deveriam abandonar. 
O movimento estudantil contestava injustiças sociais tais como o racismo, a pobreza, inferioridade direitos das mulheres. A guerra do Vietnam começou gradualmente a ser contestada. Os protestos e manifestações tornaram-se frequentes, por vezes em confrontação com a polícia. Os incidentes mais grave ocorreram na Universidade de Kent, onde a Guarda Nacional disparou sobre manifestantes, matando quatro estudantes. 
Movimento feminista
Women's Liberation nos EUA. A frase "Women's Liberation" ("Liberação das Mulheres") foi usada pela primeira vez nos Estados Unidos em 1964, e apareceu pela primeira vez impressa em 1966. Em 1968, embora o termo Women’s Liberation Front (Frente de Liberação das Mulheres) já tivesse aparecido na revista Ramparts, passou a se referir a todo o movimento feminino. Protestos feministas, o concurso Miss América e a queima de sutiãs também ficaram associados ao movimento. 
O livro A Mística Feminina (The Feminine Mystique, 1963), de Betty Friedan, criticava a ideia de que as mulheres poderiam encontrar satisfação apenas através da criação dos filhos e das atividades do lar. De acordo com o obituário de Friedan no New York Times, A Mística Feminina teria "colocado fogo no movimento feminista contemporâneo, em 1963, e, como resultado, transformado permanentemente o tecido social dos Estados Unidos e dos países ao redor do mundo", e "é amplamente conceituado como um dos livros de não-ficção mais influentes do século XX”. 
No livro, Friedan levanta a hipótese de que as mulheres seriam vítimas de um sistema falso de crenças que exige que elas encontrem identidade e significado em suas vidas através de seus maridos e filhos; este sistema faz com que a mulher perca completamente a sua identidade para a de sua família. Friedan especificamente localiza este sistema nas comunidades suburbanas de classe média pós- Segunda Guerra Mundial; ao mesmo tempo, o boom econômico pós-guerra nos Estados Unidos levou ao desenvolvimento de novas tecnologias que tornaram o trabalho das donas-de-casa menos difícil, mas que frequentemente tinham o resultado de tornar o trabalho das mulheres menos significante e menos valorizado. 
Movimento pelos direitos civis dos negros
No início da década de 1960, Martin Luther King liderou uma série de protestos em diversas cidades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. 
Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz. 
Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das consequências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão. 
A Guerra do Vietnam
O uso intensivo de Napalm (bomba incendiária) matou milhares de civis. O emprego de desfoliantes, como o agente laranja, além de acabar com a vida humana, destruiu o meio ambiente de um país essencialmente agrícola. Vietnã foi vastamente destruído. Resultados da Guerra: 2 milhões de vietnamitas mortos, 3 milhões de feridos e inválidos, e centenas de milhares de crianças órfãos. Além dos 12 milhões de refugiados. Baixas americanas: 57.685 (mortos), 153.303 feridos e inválidos, 587 (prisioneiros de guerra) e 2.500 - soldados perdidos em ação. 
A Guerra do Vietnã foi a primeira guerra televisionada em toda sua brutalidade. Os americanos sentiam o cheiro de sangue dentro de suas casas, viam seus filhos morrerem inutilmente... Esse é um dos fatores contribuintes para a horrenda"fama" da Guerra do Vietnã. Os Vietcongs apenas defenderam seus direitos naturais de vida.
MOVIMENTOS AMBIENTALISTAS: TRAJETÓRIA HISTÓRICA
Ione Góes 
Com o crescimento das pressões humanas sobre o meio ambiente e a interferência direta na qualidade de vida dos povos, sobretudo a partir da década de 50 do século XX, cresce um movimento social de abrangência ambientalista. Os movimentos ambientalistas surgiram da crescente consciência social de que, em vez de vida e bem-estar social superiores e apesar de vários benefícios, a industrialização, baseada na ciência e nas tecnologias modernas, provoca doenças e desastres ecológicos, podendo, inclusive, inviabilizar a vida no planeta, pois degrada e polui o meio ambiente. Ao habitar e utilizar o ambiente natural, todos os seres humanos o alteraram. 
Como consequência da crescente legitimação da temática ambiental diferentes segmentos da sociedade, incorparam e reelaboram, em diferentes ritmos e graus, o ideário ambientalista. De acordo com Viola (1990), este processo de "ecologização da sociedade" é uma tendência histórica da sociedade ocidental e nenhum país estará imune a ele, embora a evolução da consciência ambiental dependa das particularidades de cada país. 
A crise mundial abalou os alicerces da ciência questionando o postulado de qualquer filosofia reducionista, que baseada na lógica do pensamento cartesiano-newtoniano, deixa de considerar as interações existentes entre tudo o que existe e as consequências de qualquer alteração nestas interações que, segundo afirmam alguns seriam as responsáveis pelo desequilíbrio enfrentado pelo mundo hoje (seja do ponto de vista social, econômico ou ambiental). 
“O holismo, ou a visão holística é uma maneira de ver o mundo, o Homem e a vida em si como entidades únicas, completas e intimamente associadas”.
Esta palavra vem do grego HOLOS, que significa "Inteiro" ou "Todo", como em "Holograma"; grama=figura/ Holos = inteira, e representa um novo saber ambiental que surgiu como resposta ao mal-estar da pósmodernidade, que é em grande parte causado pela cisão dos aspectos humanos e naturais trazida pelo antigo paradigma newtoniano-cartesiano. 
Sendo uma forma de tentar unir o Homem ao universo (natureza) onde está inserido, o Holismo visa a integração dos seus aspectos Físicos, emocionais, mentais, etc. O Ser Humano não é somente matéria física, nem somente consciência, nem apenas emoções, logo, levar em consideração apenas alguns destes aspectos isoladamente, é perder de vista a sua "inteireza" (neologismo para "wholeness"), sua integridade. 
Em 1928 a palavra “holismo” foi empregada por Jan Christian Smuts em seu livro “Holism and Evolution” (Holismo e Evolução). Mas, o holismo só tomou força a partir da década de 80 quando passou a ser empregado para tentar explicar um novo saber que deveria ser empregado a fim de anular os diversos distúrbios causados pelo homem na natureza. Por isso, o holismo é frequentemente associado a discursos ambientalistas. 
Ponto de Mutação
Fritjof Capra nos traz uma obra de sensibilidade e reflexão sobre as bases da existência e da integração do pensamento e das ações humanas no contexto do desenvolvimento, na busca da equação da vida e do progresso equilibrado e sustentado. Na discussão sobre o papel dos mecanismos que regem o mundo, abordam a evolução do pensamento humano, passando por Descartes e chegando aos nossos dias, onde vemos os líderes, as pessoas socialmente aceitas como condutores, pensando unicamente de forma mecanicista, aplicando a forma mais simples de conduzir: o modelo cartesiano, onde dividimos o todo em partes, para estudando e entendendo cada uma, procurar entender o todo. Este entender para os políticos seria controlar, induzir, prever. 
A Teoria Gaia
A Hipótese de Gaia, também denominada como Teoria de Gaia, é uma tese que sustenta ser o planeta Terra um ser vivo. A hipótese foi apresentada em 1969 pelo investigador britânico James E. Lovelock, afirmando que a biosfera do planeta é capaz de gerar, manter e regular as suas próprias condições de meio-ambiente. Para chegar a essas conclusões, o cientista britânico, juntamente com a bióloga estadunidense Lynn Margulis analisaram pesquisas que comparavam a atmosfera da Terra com a de outros planetas, vindo a propor que é a vida da Terra que cria as condições para a sua própria sobrevivência, e não o contrário, como as teorias tradicionais sugerem. 
Vista com descrédito pela comunidade científica internacional, a Teoria de Gaia encontra simpatizantes entre grupos ecológicos, místicos e alguns pesquisadores. Com o fenômeno do aquecimento global e a crise climática no mundo, a hipótese tem ganhado credibilidade entre cientistas. 
Hipótese
Os organismos individuais não somente se adaptam ao ambiente físico, mas, através da sua ação conjunta nos ecossistemas, também adaptam o ambiente geoquímico segundo as suas necessidades biológicas. Desta forma, as comunidades de organismos e seus ambientes de entrada e saída desenvolve-se em conjunto, como os ecossistemas. A química da atmosfera e o ambiente físico da terra são completamente diferentes das condições reinantes em qualquer outro planeta do sistema solar, fato este que levou a hipótese Gaia (sustenta os organismos, principalmente, os microorganismos, evoluíram com o ambiente físico, formando um sistema complexo de controle, o qual mantém favoráveis à vida as condições da Terra (Lovelock 1979). 
Gaia é um conceito filosófico cujo nome vem de Gaia, deusa grega da Terra. É um termo inclusivo para conceitos relativos à natureza da Terra, que é constantemente agredida pela ação humana. Mãe Natureza é uma representação da Natureza que trata da fertilidade, dos ciclos e do cultivo simbolizados na mãe. Imagens de uma mulher representativa da mãe terra, da mãe natureza, são atemporais.
Na pré-história, as deusas eram adoradas pela associação com a fertilidade, fecundidade e generosidade. Sacerdotisas dominavam determinados aspectos do Império Inca, Assíria, Babilônia, Roma, Grécia, Índia e religiões anteriores às religiões patriarcais. 
 Certos "olhares de mundo" e técnicas hoje propostas de sustentabilidade, como a permacultura e as terapias naturalistas remontam aos valores da ancestralidade que chegam até nossos dias como soluções para os problemas ecológicos do planeta. 
A sociedade atual tem dado mais atenção às inovações, aos inventos, à tecnologia, o progresso e distanciando-se da conexão com a Terra. Ao longo da história da humanidade, conquistamos a terra, o espaço, a informação. O processo iniciou há 10.000 anos, onde fomos consumindo o planeta, e o saldo negativo foi, e continua sendo, a extinção de inúmeras espécies animais, vegetais e minerais, superpopulação, poluição de águas e ar, aumento da temperatura global, armas de aniquilação completa, violência e outros. 
Profecia Indigena - Guerreiros do Arco Íris 
Realizada há mais de 200 anos por “OLHOS DE FOGO” uma velha índia CREE (Nação indígena dos Estados Unidos da América). “Um dia a Terra vai adoecer. Os pássaros cairão do céu, os mares vão escurecer e os peixes aparecerão mortos na correnteza dos rios. Quando esse dia chegar, os índios perderão seu espírito. Mas vão recuperá-lo para ensinar o homem branco a reverência pela sagrada Terra. Aí, então, todas as raças vão se unir sob o símbolo do arco-íris, para terminar com a destruição. Será o tempo dos Guerreiros do Arco-Irís”. (Fonte: Almanaque do Fazendeiro – Edição 1998 – pág 76).
Qualquer semelhança com o tempo em que vivemos terá sido mera coincidência! Será? Peixes mortos em rios, Doenças incontroláveis, Pássaros que não conseguem voar por causa da poluição, Mares poluídos, Efeito estufa, Geleiras derretendo, Calor demasiado, Chuvas torrenciais... Talvez os índios já tenham perdido o espírito e agora tentam sua recuperação... Desejo que possamos aprender com os índios valorizando nossa terra, pois esta é a essência da vida, berço da humanidade (poderá até ser túmulo), razão da existência...algumas pessoas iguais a você compreendem, outras – jamais o farão e continuarão a ser agentes devastadores 
- Escolha de que lado você está e defina: quem serão os Guerreiros do Arco-Irís? 
 
Greenpeace: guerreiros do arco-íris
"Um dia vi nas notícias na televisão um hippie num barco velho, em Londres, a pedir profissionais para navegar num navio que iria salvar baleias no mar do Norte. Como sempre me interessei pelo ambiente e especialmente por baleias, pensei: por que não?", recorda, sentado no convés do Arctic Sunrise, navio da Greenpeace. 
Se a organização de defesa do ambiente tivesse um álbum de fotografias, Pete apareceria nas primeiras páginas, na Primavera de 1978, preso por cordas a pintar de verde o casco do Rainbow Warrior. "Oh, essa fotografia, todos me falam dela", diz Pete a sorrir. Eram os primeiros anos dos "guerreiros do arco-íris", organização formada em 1971. 
 Ao longo de 37 anos, a missão dos "guerreiros do arco-íris" mudou, assim como mudou o mundo. "Dantes, a percepção dos problemas era diferente. Era mais simples. Havia que salvar baleias, evitar despejos de resíduos nucleares no mar. Era só preciso ir lá e impedir as coisas más de acontecerem", lembra o capitão. "Hoje estão identificados mais problemas e, além disso, estão todos interligados, num cenário de ganância capitalista. Acho que, com a idade, estou a tornar-me marxista", diz, a rir. 
Para este ativista, "há coisas que estão a melhorar mas, mais lentamente do que o ritmo da destruição, do abate de árvores, da caça de baleias".

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