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Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 3 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br Na Contabilidade, recursos materiais podem ser aproximados do conceito de bens de venda (mercadorias, matérias-primas, produtos em fabricação e produtos prontos), carecendo apenas dos materiais auxiliares (por exemplo, material de expediente). Recurso patrimonial = refere-se aos elementos físicos empregados por uma organização que são destinados à manutenção das atividades de uma organização. A natureza do recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre é possível armazená-lo em estoques. Na Contabilidade, os recursos patrimoniais referem-se ao conceito de bens de uso, ou ativo imobilizado de uma organização (imóveis, terrenos, móveis e utensílios, veículos, máquinas e equipamentos, computadores e terminais, instalações etc), tomados em conjunto com seus ativos intangíveis. Uma vez esclarecido o que se entende por Recurso Material, estamos aptos a partir para a definição de Administração de Materiais: O conjunto de atividades conduzidas em uma organização, visando a maximizar a utilização dos recursos da empresa. Veja que o principal objetivo da Administração de Materiais é maximizar a utilização dos recursos da empresa. Em outras palavras: evitar o desperdício, que pode se manifestar das mais diversas maneiras: excesso de estoque, aquisição de materiais desnecessários ou de baixa qualidade etc. Inúmeras são as variáveis envolvidas na Administração de Materiais. Um bom exemplo de organização na qual a Administração de Materiais tem de ser muito bem executada é um restaurante, dada a perecibilidade dos alimentos. Há de se considerar não só a quantidade de insumos a ser adquirida, mas também sua qualidade, o momento de entrega, o armazenamento, a minimização de estoques (já que, como veremos, estoques geram custos) e a busca por preços econômicos. Nesse enfoque, a fim de atingir o objetivo principal da Administração de Materiais (maximizar a utilização dos recursos da empresa),podemos estabelecer os objetivos secundários da Administração de Materiais: Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 4 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br Suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas, na qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e no local apropriados, praticando preços econômicos e minimizando estoques. Para cumprir estes objetivos, a Administração de Materiais divide-se em atividades (ou funções) específicas e complementares entre si, assim agrupadas por Gonçalves (2007): Gestão de estoques – objetiva adequar os níveis de estoque às necessidades e à política de gestão de materiais da organização. Para tanto, utiliza técnicas de previsão de consumo, gerando sinais para a área de compras a fim de iniciar processos de aquisição. Gestão de compras – objetiva efetuar as aquisições / contratações demandadas pelos diversos órgãos componentes da empresa, bem como atender às solicitações da área gestora de estoques. Gestão dos centros de distribuição – responsável pelo controle físico dos materiais, bem como pelo seu recebimento na organização, movimentação, armazenagem e distribuição interna. Vejamos como o este conteúdo é cobrado em concursos: 1. (CESPE / SEAD FUNESA / 2008) É objetivo da administração de materiais maximizar a utilização dos recursos da empresa. Uma administração de materiais eficiente implica a minimização de desperdícios pela organização. Em outras palavras, maximiza-se o uso dos recursos disponíveis, através de uma gestão de materiais eficiente. O enunciado está certo. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 5 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 2. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funções precípuas do administrador de materiais é minimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e eficiência. Esta questão apresenta uma “pegadinha” da banca. Ao minimizarmos o uso dos recursos, estamos dando um passo rumo ao desperdício. O administrador de materiais deve buscar a maximização do uso dos recursos, sempre. Assim, a questão está errada. 3. (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administração de materiais visa a colocar os materiais necessários na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa. A afirmativa apresenta alguns dos objetivos secundários da Administração de Recursos Materiais. Logicamente, a assertiva está voltada à Gestão de Materiais aplicada no processo produtivo de uma empresa. Não podemos esquecer que a Gestão de Materiais também contempla os materiais auxiliares, especialmente em órgãos públicos. De qualquer forma, a questão está certa. Após esta familiarização inicial com a definição de Recursos Materiais e Patrimoniais e com os objetivos da Administração de Materiais, estamos prontos a dar um passo adiante na disciplina. Em se tratando dos recursos materiais, eles podem ser classificados de diversas maneiras, seja com relação à sua aplicação dentro da organização, à sua importância em termos financeiros, ao seu tempo de duração ou a outro critério desejado. É o que veremos a seguir. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 6 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br II. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS A classificação dos itens de material é um procedimento necessário a fim de racionalizar o controle de materiais em estoque. Trata-se de um procedimento de aglutinação de materiais por características semelhantes, servindo de informação gerencial ao administrador de materiais, que se torna capaz de voltar sua atenção a determinada(s) categoria(s) de material(is), ao invés de tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de materiais. Sem uma classificação de materiais bem definida, seria quase impossível ao gestor de materiais administrar seus estoques. Atributos e Etapas da Classificação de Materiais Um sistema de classificação deve possuir determinadas qualidades (ou atributos) que o torne satisfatório. Para Viana (2000), são três os atributos de um bom sistema de classificação1: Abrangência = a classificação deve abordar uma série de características dos materiais, caracterizando-os de forma abrangente. Aspectos físicos, financeiros, contábeis...são todos fundamentais em um sistema de classificação abrangente. Flexibilidade = Segundo Viana (2000), um sistema de classificação flexível é aquele que permite interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo a obter uma visão ampla da gestão de estoques. Enquanto a abrangência tem a ver com as características do material, a flexibilidade refere-se à “comunicação” entre os tipos de classificação, bem como à possibilidade de adaptar e melhorar o sistema de classificação sempre que desejável. Praticidade = a classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor procedimentos complexos. 1 Até o momento, o CESPE cobrou apenas o nome dos atributos. O próximo passo, sem dúvida, será a cobrança sobre a definição de cada um desses atributos, ok? Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 8 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br Normalização = estabelecimento de normas técnicas para os itens de material em si, oupara seu emprego com segurança. Pode-se dizer, da mesma forma, que a normalização de itens de material é necessária para a consecução da padronização em sua completude. A entidade oficial de normalização no Brasil é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); Padronização = uniformização do emprego e do tipo do material. Facilita o diálogo com o mercado, facilita o controle, permite a intercambialidade de sobressalentes ou demais materiais de consumo (peças, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinas de fax etc.); Codificação = atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item de material, de forma que essa informação, compilada em um único código, represente as características do item. Cada item terá, assim, um único código. Dessa maneira, é através da classificação que os itens em estoque são agrupados segundo determinados critérios, sejam eles peso, forma, dimensões, tipo, uso etc. O resultado é a otimização dos controles de estoque, dos procedimentos de armazenagem e da operacionalização dos almoxarifados (= locais de armazenagem dos itens de material, na organização). Importante salientar que, ao final da classificação dos materiais, o produto obtido é um catálogo, devidamente simplificado, cujos materiais apresentam-se especificados, normalizados (se for o caso), padronizados (se for o caso) e codificados. Este produto final é, assim, uma ferramenta de trabalho, ou seja, não necessariamente os itens lá constantes existem fisicamente na organização. Imagine que, em 2010, você comprou um scanner para a DPU. Naquele ano, você inseriu o item no catálogo, seguindo as etapas para a classificação. Contudo, em 2013, o scanner foi doado. Em 2014, ante a necessidade de se adquirir novamente o scanner, não há a necessidade de se proceder novamente às etapas, já que as informações do item já constam do catálogo da DPU, ok? Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 9 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 5. (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificação, especificação e normalização são etapas da classificação de materiais. A assertiva acima está de acordo com o que vimos, no que diz respeito às etapas da classificação de materiais. Faltou apenas a menção à padronização, o que não compromete o enunciado. A questão, portanto, está certa. 6. (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de uma oficina mecânica, haja vários parafusos de diferentes tipos. Nessa situação, no controle de estoque, todos os parafusos devem ser considerados um mesmo item de consumo, atribuindo-se a esse item uma única codificação. Parafusos de diferentes tipos usualmente têm aplicações distintas. Assim, não há de se falar de simplificação, mas sim de uma especificação apropriada para cada parafuso. A assertiva está errada. Iremos, por ora, abordar com maior profundidade a etapa de especificação de materiais. Nesta etapa, há de se descrever o material, listando todas as suas características. A especificação é uma das informações mais importantes de um processo licitatório: ela servirá de base para que os fornecedores encaminhem suas propostas, bem como norteará a aceitação (ou não) do material entregue ao órgão público. Uma especificação mal feita (ou incompleta) pode condicionar a Administração Pública efetuar uma despesa na aquisição de um material de má qualidade, ou que simplesmente não prestará à aplicação desejada. Nas palavras do Manual de Licitações e Contratos do TCU: Especificação incompleta do bem, obra ou serviço a ser contratado impede o licitante de fazer boa cotação e de apresentar a melhor proposta. Os atributos de uma especificação podem ser os mais variados. Em especial, podemos citar: características gerais, acondicionamento, cores, Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 10 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br dimensões, voltagem etc. Um exemplo de especificação2 é assim apresentada: CANETA ESFEROGRÁFICA AZUL MARCA(S) DE REFERÊNCIA: BIC; COMPACTOR; MOLIN. DESCRIÇÃO: caneta esferográfica ponta média. MEDIDAS: 140 mm x 7 mm (comprimento x diâmetro), respectivamente. CARACTERÍSTICAS: resina termoplástica, tinta a base de corantes orgânicos e solventes, ponta de latão, esfera de tungstênio de 1 mm, corpo em poliestireno totalmente transparente, tampas fixadas sob pressão, tampa clip ventilada, capacidade mínima de 1.500 metros de escrita. PRAZO MÍNIMO DE VALIDADE: 12 (doze) meses, contados da data do recebimento definitivo. ACONDICIONAMENTO: caixa de papelão com 50 (cinquenta) unidades, com identificação e quantidade do material. Unidade: UNIDADE Fazer constar, em processos licitatórios, a especificação completa do bem a ser adquirido é exigido pelo § 7º do art. 15 da Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos): Art. 15, § 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda: I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca; A proibição de indicação de marca nas especificações não é absoluta. Vejamos o que normatiza o §5º do art. 7º da Lei de Licitações e Contratos: Art. 7º, § 5o É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada3, previsto e discriminado no ato convocatório. A Lei de Licitações e contratos veda a indicação arbitrária ou subjetiva da marca do bem a ser adquirido. Esta indicação “arbitrária e 2 Especificação constante do catálogo de materiais da Câmara dos Deputados. 3 O chamado “regime de administração contratada” recebeu veto presidencial. A menção a este regime, pelo §5º do art. 7º da Lei de Licitações e Contratos não detém significado prático. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 11 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br subjetiva” é referida, pela Lei de Licitações, como “preferência de marca” Assim, por exemplo, não se pode, ao especificar um aparelho de televisão, indicar apenas a marca “SONY”, sem que uma justificativa técnica robusta acompanhe esta ação. No entanto, são 3 (três) as hipóteses nas quais a indicação de marca é permitida: como parâmetro de qualidade (critérios de comparação) = a indicação de marca como parâmetro de qualidade pode ser admitida para facilitar a descrição do objeto a ser licitado, desde que seguidas das expressões “ou equivalente”, “ou similar” e “ou da melhor qualidade”, que representam a aceitação, pela Administração, de produtos similares aos indicados pela marca consignada; para atender ao princípio da padronização = a padronização de marca só é possível em casos excepcionais, quando ficar incontestavelmente comprovado que apenas aquele produto, de marca certa, atende aos interesses da Administração. Neste caso, a indicação de marca ainda não padronizada passa, em geral, por um processo de homologação, que consiste na criação de grupo para pesquisarem no mercado as diversas marcas passíveis de atendimento da necessidade, estabelecendo parâmetros comparativos entre elas e homologando, com justificativas técnicas, aquela que melhor se amolde às necessidades do órgão público. O resultado do procedimento de homologação é um relatório, que deverá ser anexado ao processo de contratação; o quando for tecnicamente justificável = um exemplo seria a necessidade de pintar apenas uma parede em um salão cujas demais paredes tenham sido pintadas com um tinta específica (branca Coral Plus). Neste caso, poder-se-ia proceder à aquisição com a indicação específica desta marca, com a justificativa de que a compra de outra tinta iria implicar a falta de uniformização das cores no salão. Sistemas de codificação de materiais Os códigos atribuídos aos itens de material, após efetuadas as etapas de sua classificação, podem ser de três tipos, a saber: Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 12 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br • Alfabético = conjunto de letras que permite identificar o item de material. Devido à limitação de letras e à dificuldade de memorização, está caindo em desuso; • Alfanumérico = mescla números e letras para representar o material; • Numérico = apenas números são utilizados na identificação do item. Possui aplicação mais simples, generalizada e ilimitada. É o mais indicado para a classificação de materiais. Em adição, um bom sistema de codificação de materiais deve apresentar alguns requisitos, assim discriminados: • expansividade = deve suportar um aumento no rol de sua classificação, esperado com o crescimento da organização; • unicidade = o código é a “chave primária” do item de material. Isso significa que há apenas um código para cada item; • simplicidade = facilidade de compreensão e de uso; • concisão = refere-se à objetividade do sistema; • operacionalidade = o uso do sistema de codificação deve ser “prático e robusto no campo”; • confiabilidade = o sistema de codificação deve assegurar a qualidade que dele se espera; • versatilidade = possibilidade de adequação às mais variadas aplicações; e • padronização = existência de regras estruturadas na codificação do item. Vejamos como este conteúdo foi cobrado em concursos: Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 13 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 7. (CESPE / IPOJUCA / 2009) Para que uma codificação se torne uma ferramenta efetiva de controle e facilitadora da gestão de materiais, é necessário que a estrutura estabelecida para ela atenda a requisitos como expansividade (o sistema de codificação deve aceitar ou comportar um aumento no rol de sua classificação), unicidade (possibilita identificar ou indicar características do material) e operacionalidade (facilidade de aplicação a processos manuais, mecânicos ou eletrônicos). A unicidade não tem a ver com a identificação das características do material, mas sim com a existência de apenas um código para cada item. A questão está errada. Há três Sistemas de Codificação de Material que merecem nossa atenção. São eles: Sistema de Codificação Decimal; Sistema FSC (Federal Supply Classification), e Sistema CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie Française). Por meio das próximas questões, veremos as principais particularidades de cada um deles. 8. (CESPE / MS / 2008) A codificação de materiais consiste em ordená-los de forma sistemática e seguindo um plano metódico, visando dar a cada um dos materiais um número para permitir sua identificação rápida, fácil e segura. O sistema mais simples de codificação de materiais é o decimal. Nesse sistema os materiais são classificados em grupos, numerando- os de 1 a 99. O sistema numérico decimal teve sua origem na organização de bibliotecas, que empregava, originalmente, a Classificação Decimal Universal, a mais simples das classificações, constituída de uma concatenação de grupos (ou chaves aglutinadoras), numerados de 1 a 99. A estrutura do código decimal é apresentada no esquema a seguir: Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 15 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br A assertiva está errada. 10. (Inédita) A codificação CSSF divide os materiais em normalizados e específicos. O CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie Française) é um sistema francês de codificação (8 algarismos), que classifica os materiais em normalizados e específicos: Normalizados: materiais de ampla aplicação, não sendo específicos a determinada máquina ou equipamento (ex: parafusos, lâmpadas, conectores etc.); Específicos: materiais com aplicabilidade restrita a determinado equipamento (ex: compressor para geladeira Brastemp). A assertiva está certa. Tipos (ou Critérios) de Classificação de Materiais Vários são os tipos de classificação de materiais, determinados em função das informações gerenciais desejadas pelo Gestor de Materiais. Veremos, a seguir os principais tipos de classificação: a) Possibilidade de fazer ou comprar Esta classificação tem por objetivo prover a informação de quais materiais poderão ser produzidos internamente pela organização, e quais deverão ser adquiridos no mercado. As categorias de classificação podem ser assim listadas: materiais a serem produzidos internamente; materiais a serem adquiridos; materiais a serem recondicionados (recuperados) internamente; materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de análise caso-a- caso pela organização). Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 20 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 12. (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado órgão público adquirir 50 cartuchos de toner para as suas impressoras a laser, tais produtos deverão ser considerados como produtos acabados para o referido órgão. Conforme visto na tabela acima, produto acabado ou final é aquele referente à atividade fim da organização. Em se tratando de órgãos públicos, o mais comum é que a atividade fim seja um serviço, como a fiscalização de tributos ou da aplicação de leis, por exemplo. Dessa forma, o uso de material de expediente, de informática, gráfico, ferramentas, entre outros, não só não se constitui no produto final, como também não são incorporados no produto final. São os chamados materiais auxiliares, como o mencionado toner do enunciado da questão. A questão está, assim, errada. d) Por periculosidade Materiais perigosos são aqueles que oferecem risco, em especial durante as atividades de manuseio e transporte. Nesta categoria, estão inseridos os explosivos, líquidos e sólidos inflamáveis, materiais radioativos, corrosivos, oxidantes etc. e) Por perecibilidade Trata-se de uma classificação que leva em conta o desaparecimento das propriedades físico-químicas do material. Gêneros alimentícios, vacinas, materiais para testes laboratoriais, entre outros, são considerados perecíveis, já que estão sujeitos à deterioração e à decomposição. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 22 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 13. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se utilizar a classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece análise econômica dos estoques. A vantagem da utilização da classificação do tipo importância operacional é a obtenção da informação dos itens de material em estoque considerados vitais para a organização, seja em termos de continuidade da produção ou de segurança às pessoas, ao ambiente e ao patrimônio. Contudo, com base apenas nesse tipo de classificação, o Gestor de Materiais não conseguirá saber quais os itens em estoque responsáveis pelo maior valor financeiro,por exemplo. Este tipo de informação é dada pela Classificação ABC (ou de Pareto), que veremos mais adiante nesta aula. A questão está certa. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 24 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br crítico, elencando outras razões para a consideração de materiais como críticos que não a vitalidade para equipamentos produtivos: razões econômicas = materiais de alto valor, ou de custos significativos de transporte e armazenagem; razões de armazenagem, manuseio e transporte = materiais de alta periculosidade, ou perecíveis, ou, ainda, de elevados peso e dimensão. razões de planejamento = materiais de difícil previsão de consumo, pela organização. Com relação ao enunciado da questão, devemos, preliminarmente o que é a obsolescência. Obsolescência é o fenômeno que acarreta a inutilidade de determinado item de material (ele se torna obsoleto), seja devido a inovações tecnológicas (lembra dos disquetes?) ou por razões econômicas (quando o uso sobressalentes, seguido da manutenção tornam-se mais caro do que a aquisição de um novo produto). Como vimos, materiais críticos podem assumir diferentes aspectos, a depender da razão em pauta pelo Gestor de Materiais. Se a razão for econômica, entendo que haja realmente a necessidade de um controle de obsolescência (já imaginou uma turbina de avião – material de alto custo – tornar-se obsoleta?). No entanto, um material de alta periculosidade, ou de elevado peso, não tem a necessidade diferenciada de controle de obsolescência. Uma forma de corrigirmos a assertiva seria a exposta abaixo: O profissional que atua na administração de materiais deve dedicar atenção ao controle dos materiais de alto valor financeiro, os quais devem ser submetidos ao controle de obsolescência de forma contínua e permanente. Com esse entendimento, o enunciado também está errado. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 25 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 16. (CESPE / CNPq / 2011) O profissional que atua na administração de materiais deve classificar como materiais críticos aqueles que possuem demanda previsível, os quais devem ser estocados com base no risco. Um material é considerado crítico, por razões de planejamento, caso sua demanda seja imprevisível (ou, pelo menos, difícil de prever). A assertiva está errada. g) Por valor econômico (Curva ABC) O Método da Curva ABC ou Princípio de Pareto (ou, ainda, Curva 80-20), é uma ferramenta segundo a qual os itens de material em estoque são classificados de acordo com sua importância, geralmente financeira. Para Gonçalves (2007), o principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão mais refinada, especialmente por representarem altos valores de investimentos e, muitas vezes, com impactos estratégicos para a sobrevivência da organização. Devemos frisar que, na sistemática da Curva ABC, os itens de material em estoque são usualmente classificados de acordo com seu valor financeiro, mas existe a possibilidade de adoção de outros critérios, como, por exemplo, impacto na linha de produção, ou, itens mais requisitados pelos setores da organização. No método da Curva ABC, os itens em estoque são classificados em três classes: Classe A: itens de maior relevância Classe B: itens de importância intermediária Classe C: itens de menor relevância em estoque Os percentuais aproximados (e não fixos) são os relacionados a seguir: Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 29 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br 20. Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo a redução dos custos dos estoques deve priorizar a redução dos lotes de compra dos itens alocados na seção I da figura. Esta é a típica questão que exige a compreensão do conceito por parte do candidato. Devemos entender que os itens A – inseridos na seção I da figura – respondem por grande parte do comportamento do estoque. Assim, caso o gestor queira minimizar os gastos em itens em estoque, não haverá resultados significativos ao focar-se nos itens C, por exemplo. Estes itens, apesar de geralmente numerosos, são pouco onerosos à organização. Fazendo uma analogia com nosso dia-a-dia: ao tentarmos reduzir nossos gastos nas compras semanais de supermercado, surtirá mais efeito deixarmos de comprar um azeite importado de R$ 30,00 do que economizarmos em sabonetes de R$ 0,60. O azeite é o típico item A, ao passo que o sabonete, o C. A questão, portanto, está certa. 21. Os itens alocados na seção identificada por I, na figura, são chamados itens A da curva ABC. É exatamente isso. Veja que a um pequeno percentual dos itens (eixo X) corresponde um valor significativo da demanda (eixo Y). As seções II e III são atinentes aos itens B e C, respectivamente. A questão está certa. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 33 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br pois, a demanda efetiva (números de unidades consumidas) do item de material. A questão está errada. 24. No sistema ABC, o estoque de segurança projetado para os itens de classe A deve ser inferior, em meses de consumo, ao estoque de segurança dos itens de classe B. Estoque de segurança é um conceito que abordaremos com maior profundidade na próxima aula. Por ora, é suficiente entendermos o estoque de segurança como um estoque “adicional”, capaz de cobrir eventuais situações que fujam do alcance do Gestor de Materiais. Na classificação ABC, como os itens de classe A são mais onerosos (mais caros), e como estoque significa, grosso modo, desperdício de dinheiro, o ideal é mantermos o mínimo de estoque de segurança dos itens da classe A. Imagine o tamanho do capital imobilizado de um hospital que mantém níveis elevados de estoque de segurança para tomógrafos ou aparelhos de raio X, por exemplo – os custos para tanto podem se tornar insuportáveis. Assim, a questão está certa. ** o seguinte enunciado é válido para as questões 25 e 26** (CESPE / MCT / 2008) Em obras de grande porte, ou indústrias de pré-moldados, é recomendável controlar o estoque do almoxarifado mediante a aplicação da curva ABC, representada com os seguintes valores estimativos. Na curva ABC, os itens de baixo custo representam 5% do valor e 50% do estoque (C) e os itens de alto valor representam 80% do valor e 20% do estoque (A) e os itens médios (B) representam 15% do valor e 30% da quantidade. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 34 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br Tendo em vista essas informações, julgue os itens que se seguem. 25. O gestor do almoxarifado acertou ao classificar uma partida de pregos como sendo parte dos itens A. O valor financeiro relativo a pregos não é significativo em um estoque. Além disso, geralmente seu quantitativo (em número de itens) não é pouco significativo. Logicamente, uma análise mais acurada demandaria a análise do número de itens, mas muito dificilmente isso “elevaria” a classe de pregos para “A”. Itens dessa natureza (pregos, parafusos,porcas) são típicos itens classificados como C. São itens numerosos e baratos. A questão está, assim, errada. 26. O cimento, a areia e o ferro não devem ser considerados na curva ABC, pois são de alto consumo em qualquer obra, exigindo constante reposição. Todos os itens em estoque podem (e devem) ser considerados na curva ABC, independentemente de seu consumo ou da periodicidade de sua Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 35 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br reposição. Como vimos, o objetivo da classificação ABC é identificar os itens em estoque de maior valor de demanda e exercer uma gestão mais acurada sobre eles. A assertiva está errada. 27. (CESPE / IFB / 2011) Certa empresa classificou seu estoque com base no sistema ABC. Assim, decidiu que os itens do grupo A deveriam ser contados duas vezes por ano; os itens B, quatro vezes por ano, e os itens C, uma vez por mês. Há, em estoque, 250 itens do grupo A, 80 do grupo B e 15 do grupo C. A empresa aplicou de forma correta o sistema ABC quando definiu um controle mais rigoroso para os itens C do estoque. Os itens C são os mais numerosos e menos importantes, do ponto de vista financeiro. Assim, carecem de menor controle. Já os itens A, por serem os que mais oneram a organização, dado o montante de capital imobilizado, necessitam de maior controle. Imagine uma empresa “perdendo” uma turbina de avião...haja prejuízo. Dessa maneira, vemos que a afirmativa acima está errada. 28. (CESGRANRIO / FINEP / 2011) A classificação de materiais é de fundamental importância para uma boa gestão dos estoques de qualquer empresa. Como exemplos de critérios de classificação, tem-se o valor anual de consumo, a importância operacional, a perecibilidade, entre outros. Dentre os métodos abaixo, o único que representa um tipo de classificação de estoques é: a) Lead Time b) LEC – Lote Econômico de Compras c) SWOT d) Curva ABC e) Ponto de Ressuprimento Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 36 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br A questão pede que identifiquemos um método que representa um tipo (ou critério) de classificação de estoques (ou, em outras palavras, de um conjunto de itens de material). Vejamos os comentários a cada uma das alternativas: a) Lead Time –também conhecido como Tempo de Reposição, é o interstício (= intervalo de tempo) entre o pedido do material e sua efetiva entrega no almoxarifado. Não é um método de classificação de material. b) LEC – o Lote Econômico de Compra é a quantidade de material que devemos adquirir a fim de minimizarmos os custos de estoque. Veremos esse conteúdo com maior detalhe em nosso curso. De qualquer maneira, não diz respeito a um método de classificação de material. c) SWOT – A análise SWOT é uma ferramenta de análise estratégica da organização. Visa a identificar os pontos fortes (Strengths) e fracos (Weaknesses) internos, bem como as oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) do ambiente. Não é um método de classificação de material. d) A Curva ABC, como vimos, é um método segundo o qual os itens de material em estoque são classificados de acordo com sua importância, geralmente financeira. A alternativa está correta. e) Ponto de ressuprimento – também conhecido como Ponto de Pedido (PP), refere-se à quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre que atingida, deve provocar um novo pedido de compra. Também veremos esse conteúdo com maior detalhe nas próximas aulas. Resposta: D. Atributos para a Classificação de Materiais Permanentes e de Consumo O último tópico desta aula merece atenção especial, ante a facilidade de se elaborarem questões sobre o assunto. A classificação de um bem como permanente ou de consumo é, predominantemente, uma classificação contábil, pois é referente à Natureza Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 38 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br “Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os seguintes parâmetros excludentes, tomados em conjunto, para a identificação do material permanente: I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de dois anos; II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou deformável, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua identidade; III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se deteriora ou perde sua característica normal de uso; IV - Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal; e V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação.” Redação mais atual destes critérios (e caput bem mais fácil de entender) é apresentada pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (Portaria Conjunta STN/SOF nº 01/11): “Um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos critérios a seguir: Critério da Durabilidade (...); Critério da Fragilidade (...); Critério da Perecibilidade (...); Critério da Incorporabilidade (...); Critério da Transformabilidade (...)” Usualmente, este conteúdo é cobrado de forma simples em concursos. De qualquer modo, vale a pena decorar os (cinco) critérios acima. 30. (CESPE / MPU / 2010) A durabilidade, a incorporabilidade e a tangibilidade são parâmetros para identificação de material permanente. Dos critérios apresentados, não consta a tangibilidade. A questão está errada. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 40 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 1. (CESPE / SEAD FUNESA / 2008) É objetivo da administração de materiais maximizar a utilização dos recursos da empresa. 2. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funções precípuas do administrador de materiais é minimizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, visando economia e eficiência. 3. (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administração de materiais visa a colocar os materiais necessários na quantidade certa, nolocal certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo da empresa. 4. (IFC / UFSC / 2009) Em relação aos atributos para a classificação de materiais, assinale a alternativa CORRETA. a) Criatividade, inovação e flexibilidade. b) Mudança, adaptação e estratégia. c) Abrangência, criatividade e inovação. d) Abrangência, flexibilidade e praticidade. e) Praticidade, estratégia e reorganização. 5. (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificação, especificação e normalização são etapas da classificação de materiais. 6. (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de uma oficina mecânica, haja vários parafusos de diferentes tipos. Nessa situação, no controle de estoque, todos os parafusos devem ser considerados um mesmo item de consumo, atribuindo-se a esse item uma única codificação. 7. (CESPE / IPOJUCA / 2009) Para que uma codificação se torne uma ferramenta efetiva de controle e facilitadora da gestão de materiais, é necessário que a estrutura estabelecida para ela atenda a requisitos como expansividade (o sistema decodificação deve aceitar ou comportar um aumento no rol de sua classificação), unicidade (possibilita identificar ou indicar Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 41 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br características do material) e operacionalidade (facilidade de aplicação a processos manuais, mecânicos ou eletrônicos). 8. (CESPE / MS / 2008) A codificação de materiais consiste em ordená-los de forma sistemática e seguindo um plano metódico, visando dar a cada um dos materiais um número para permitir sua identificação rápida, fácil e segura. O sistema mais simples de codificação de materiais é o decimal. Nesse sistema os materiais são classificados em grupos, numerando- os de 1 a 99. 9. (CESPE / MS / 2008) A codificação do FSC (Federal Supply Classification) divide os materiais em normalizados e específicos. 10. (Inédita) A codificação CSSF divide os materiais em normalizados e específicos. 11. (CESPE / TJ PA / 2006 - adaptada) Quanto ao tipo de demanda, os materiais são classificados em materiais de estoque e não de estoque. 12. (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado órgão público adquirir 50 cartuchos de toner para as suas impressoras a laser, tais produtos deverão ser considerados como produtos acabados para o referido órgão. 13. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se utilizar a classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece análise econômica dos estoques. 14. (CESPE / IPOJUCA / 2009) A classificação XYZ é um método de análise qualitativa que determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles considerados vitais ou críticos para a produção, sem similar no hospital. 15. (CESPE / CNPQ / 2011) O profissional que atua na administração de materiais deve dedicar atenção ao controle Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 44 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br hospital Boa Saúde, que utiliza o sistema ABC para gestão de seu estoque de medicamentos e trabalha com os seguintes parâmetros: classe A – equivale a 10% dos itens em estoque, o que corresponde a 70% do valor financeiro do consumo; classe C – equivale a 70% dos itens em estoque, o que corresponde a 10% do valor financeiro do consumo. Considerando a tabela e as informações acima, julgue os itens que se seguem. 22. Os itens III e IX são de classe B na curva ABC desse hospital. 23. Segundo o sistema ABC, o item IV é aquele que merece controle mais acirrado por apresentar custo unitário mais elevado, R$ 613,00. 24. No sistema ABC, o estoque de segurança projetado para os itens de classe A deve ser inferior, em meses de consumo, ao estoque de segurança dos itens de classe B. ** o seguinte enunciado é válido para as questões 25 e 26* (CESPE / MCT / 2008) Em obras de grande porte, ou indústrias de pré-moldados, é recomendável controlar o estoque do almoxarifado mediante a aplicação da curva ABC, representada com os seguintes valores estimativos. Na curva ABC, os itens de baixo custo representam 5% do valor e 50% do estoque (C) e os itens de alto valor representam 80% do valor e 20% do estoque (A) e os itens médios (B) representam 15% do valor e 30% da quantidade. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 45 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br Tendo em vista essas informações, julgue os itens que se seguem. 25. O gestor do almoxarifado acertou ao classificar uma partida de pregos como sendo parte dos itens A. 26. O cimento, a areia e o ferro não devem ser considerados na curva ABC, pois são de alto consumo em qualquer obra, exigindo constante reposição. 27. (CESPE / IFB / 2011) Certa empresa classificou seu estoque com base no sistema ABC. Assim, decidiu que os itens do grupo A deveriam ser contados duas vezes por ano; os itens B, quatro vezes por ano, e os itens C, uma vez por mês. Há, em estoque, 250 itens do grupo A, 80 do grupo B e 15 do grupo C. A empresa aplicou de forma correta o sistema ABC quando definiu um controle mais rigoroso para os itens C do estoque. 28. (CESGRANRIO / FINEP / 2011) A classificação de materiais é de fundamental importância para uma boa gestão dos estoques de qualquer empresa. Como exemplos de critérios de Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 46 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br classificação, tem-se o valor anual de consumo, a importância operacional, a perecibilidade, entre outros. Dentre os métodos abaixo, o único que representa um tipo de classificação de estoques é: a) Lead Time b) LEC – Lote Econômico de Compras c) SWOT d) Curva ABC e) Ponto de Ressuprimento 29. (CESPE / TJ ES / 2011) Pertencem ao inventário de material permanente os itens patrimoniais de durabilidade superior a um ano e(ou) os que não percam a sua identidade física. 30. (CESPE / MPU / 2010) A durabilidade, a incorporabilidade e a tangibilidade são parâmetros para identificação de material permanente. 31. (CESPE / EBC / 2011) O critério de durabilidade deve ser o único parâmetro para a classificação orçamentária de um material em consumo ou permanente. 32. (IADES / EBSERH / 2013) No sistema de catalogação de materiais, consideram- se materiais de consumo aqueles com durabilidade superior a dois anos. Noções de Administração de Recursos Materiais Agente Administrativo – DPU Aula 01 48 Prof. Renato Fenili www.pontodosconcursos.com.br Referências GONÇALVES, P. S. Administração de Materiais, 3ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. FENILI, R. R. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: Abordagem Completa, 3ª edição. São Paulo: Ed. Método, 2014. MENDES, K. G. L.; CASTILHO, V. Determinação da importância operacional dos materiais de enfermagem segundo a Classificação XYZ. Rev. Inst. Ciênc. Saúde, v. 27, n. 4, p. 324-329, 2009. VIANA, J. J. Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.
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