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* Prof. Adriana Mayrink * BIOSSEGURANÇA “ É O ESTADO , QUALIDADE OU CONDIÇÕES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA, DE VIDA E DE SAÚDE DOS HOMENS , DOS ANIMAIS E DAS PLANTAS, BEM COMO DO MEIO AMBIENTE, NÃO HIERARQUIZANDO ESSA PROTEÇÃO, DOS RISCOS ASSOCIADOS AOS ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS SEGUNDO A LEI 8.974/95 “ (Teixeira, P. & Valle,S. BIOSSEGURANÇA .UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1998. 1ª reimp.) “ É O CONJUNTO DE AÇÕES VOLTADAS PARA A PREVENÇÃO, MINIMIZAÇÃO OU ELIMINAÇÃO DE RISCOS INERENTES ÀS ATIVIDADES DE PESQUISA, PRODUÇÃO, ENSINO, DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, RISCOS QUE PODEM COMPROMETER A SAÚDE DO HOMEM, DOS ANIMAIS , DO MEIO AMBIENTE OU A QUALIDADE DOS TRABALHOS DESENVOLVIDOS “ (Comissão de Biossegurança – FIOCRUZ) O conceito intimamente relacionado com os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, objetos de estudo do Núcleo, pois têm riscos nas três esferas do conhecimento: FÍSICOS, QUÍMICOS e BIOLÓGICOS. * . Biológicos - exposição à bactérias, fungos, protozoários, vírus . Químicos - manipulação de substâncias químicas. . Ergonômicos - levantamento de peso, repetitividade de movimentos . Físicos - Ruídos, temperaturas altas ou muito baixas, etc. . de acidentes - arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção ou em local inadequado, etc . Psicossociais - Estresse, carga horária elevada, etc A BIOSSEGURANÇA abrange os riscos: * * * Sujidade e/ou contaminação? * Sujidade Contaminação Imundície, porcaria, sujeira sujo= Falta de limpeza, imundo Contaminar = Contagiar, provocar infecção em, contagiar Infecção (ou infeção) Ato ou efeito de infeccionar(-se); qualidade ou estado de infeccionado; penetração, desenvolvimento e multiplicação de microrganismos no organismo animal, e de que podem resultar, para este, conseqüências variadas, habitualmente nocivas. Fonte: Auréilio Buarque de Holanda Ferreira. Minidicionário Aurélio - Século XXI. Ed. Nova Fronteira. 2000 * Principais características dos seres vivos: . possuem ciclo vital; . se alimentam; . se reproduzem; . Respiram . Constituídos de célula(s) E os vírus? Microrganismos = bactérias, protozoários, fungos, vírus (e helmintos) * Proporções: 1 nm = 1000 picometros 1000 nm = 1 micrometro ou 1 mícron picometro << nanometro << micrometro Mm – megametro (106) mm - milímetro (10-3) µm - micrômetro (10-6) nm - nanômetro (10-9) km - quilômetro (103) pm - picômetro (10-12) Tm – terametro (1012) Gm gigametro (109) fm - femtômetro (10–15) am - attometro (10–18) m - metro (100) ym - yoctômetro (10–24) zm - zeptômetro (10–21) * Streptococcus pneumoniae Clostridium tetani Mycobacterium avium Streptococcus agalactiae Mycobacterium tuberculosis Pseudomonas aeruginosa Neisseria gonorrhoeae Staphylococcus aureus Mycobacterium leprae Vibrio cholerae Salmonella typhi Proteus sp. Enterobacter sp. Shigella sp. * TRANSMISSÃO Os microrganismos são transmitidos em hospitais mediante contato direto e indireto, gotículas (pergigoto), pelo ar (partículas), veículo comum, e por um vetor. . MÃOS - são o centro de transmissão por contato direto . OBJETOS – transmissão por contato indireto São fontes humanas de mircrorganismos infectantes: . Pacientes; . Profissionais . Visitas . Pessoas com doenças agudas . Pessoas que estão colonizadas (assintomáticos) . Portadores crônicos de agentes infecciosos de fonte exógena . Flora endógena do próprio paciente . Objetos que se tornaram contaminados (fomites), equipamentos, medicações Consideram-se precauções básicas/padrão a lavagem das mãos com água e sabão, e o uso de equipamentos de proteção individual (EPI): máscaras, luvas, avental e óculos protetotes/ escudo facial. * Aerossóis (≤5mm) * Fomites = objetos contaminados * Espirro = pode atingir 160 km/h 4 metros de distância eliminar 10 milhões de vírus * * * * * * * MICRORGANISMOS MAIS FREQÜENTES Staphylococcus sp. Staphylococcus aureus, S. epidermidis, S. saprophyticus, S. haemolyticus MRSA – Staphylococcus aureus resistente à meticilina MRSE - Staphylococcus epidermidis resistente à meticilina ORSA – Staphylococcus aureus resistente à oxacilina VISA – Staphylococcus aureus com sensibilidade à vancomicina VRSA - Staphylococcus aureus resistente à vancomicina GISA – Staphylococcus aureus com sensibilidade aos glicopeptídeos * Streptococcus sp. Streptococcus pneumoniae Streptococcus agalactiae Streptococcus pyogenes * Enterococcus sp. Enterococcus faecalis, Enterococcus faecium Clostridium sp. Clostridium dificile Clostridium perfringens * Enterobactérias Escherichia coli Enterobacter sp. Klebisiella pneumoniae Proteus mirabilis Citrobacter sp. Serratia marcescens Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter baumanii VRE – Enterococcus resistente à vancomicina * Vírus vírus respiratório sincicial (VRS) HCV HBV HIV * Fungos Candida albicans Protozoários Trypanosoma cruzi Plasmodium sp. Toxoplasma gondii * Áreas criticas - São aquelas onde existe o risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de risco ou onde se encontram pacientes com seu sistema imunológico deprimido ( ex.: salas de operação e de pano, unidade de tratamento intensivo, sala de hemodiálise, berçário de alto risco, laboratório de análises clínicas, banco de sangue, cozinha, lactário e lavanderia) . Áreas semi-críticas - São todas as áreas ocupadas por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não-infecciosas (ex. : enfermarias e ambulatórios). Áreas não-críticas - São todas as áreas hospitalares não ocupadas por pacientes (ex.: escritório, depósitos, sanitários). Artigos críticos - São aqueles que penetram através da pele e mucosas, atingindo os tecidos subepiteliais e o sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema. Artigos semi-críticos - São todos aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras. Artigos não-críticos - São aqueles que entram em contato apenas com a pele íntegra do paciente. PORTARIA Nº 930, DE 27 DE AGOSTO 1992 * TIPOS DE LIMPEZA . Manual – peça por peça, em água corrente, com escovas, detergentes neutros ou produtos enzimáticos . Mecânica – lavagem por meio de equipamentos que operam em diferentes temperaturas e tempo. Ex.Ultra-sônico PRODUTOS DE LIMPEZA . Detergente industrial – limpa através da redução da tensão superficial, dispersão e suspensão da sujeira . Detergente enzimático – neutros, não devem causar corrosão, atóxicos, biodegradáveis, de fácil manipulação. . Desincrostante – devem ser usados em artigos de inox. Remove manchas, placas minerais e oxidação. . Lubrificantes – lubrifica e protege o instrumental cirúrgico. É permeável ao vapor, calor seco, peróxido de hidrogênio e óxido de etileno. Não é diluído e não precisa de enxagüe. . Água oxigenada – limpeza de aspiradores, agulhas . Água destilada – enxágüe de materiais como frascos de punção lombar, agulhas, seringas . Álcool – limpeza de material elétrico. * * * * NORMAS DE BIOSSEGURANÇA Ações de proteção individual Cabelos: Mantenha-os permanentemente presos ou use gorros Barba e bigode: mantenha-os permanentemente limpos e aparados, Unhas: o ideal é que não ultrapassem a “ponta dosdedos”, unhas muito compridas podem furar as luvas e dificultar os movimentos durante os procedimentos, Jóias e adereços: evite o uso de brincos, anéis, pulseiras e colares, principalmente daqueles que possuem reentrâncias, Alimentação: não deve-se comer e beber, no mesmo ambiente onde se manipulam materiais orgânicos ou substâncias químicas, Calçados : usar sapatos fechados, impermeáveis e confortáveis * EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI - LUVAS, MÁSCARAS, GORROS, ÓCULOS DE PROTEÇÃO, AVENTAIS (JALECOS), BOTAS LUVAS BORRACHA PROCEDIMENTOS ESTÉRIL TÈRMICA SEM TALCO, SEM PROTEÍNA, SEM LÁTEX SILICONE * MÁSCARAS N95 BICO DE PATO CIRÚRGICA VEDAÇÃO E SUPORTE DE O2 ANTI-GASES * * ÓCULOS DE PROTEÇÃO PROTETORES FACIAIS * JALECOS E CAPOTES * Jalecos jamais devem ser utilizados em locais como cantinas, restaurantes, bibliotecas, banheiros. * TRANSPORTANDO MATERIAL BIOLÓGICO Isso pode! * * Do ponto de vista legal é importante compreender alguns conceitos: Negligência – falta de atenção, de cuidado. Imprudência – o que poderia ter sido evitado se fosse anteriormente previsto. Imperícia – falta de conhecimentos técnicos de nível teórico e prático. A = Falta de experiência B = Equilíbrio profissional C = Excesso de confiança CAUSAS DE ACIDENTES: . Falta de treinamento, conhecimento e/ou experiência . Falta de cuidado . Fadiga * Seringa Agulha Algodão com sangue Bisturi Luvas Máscaras Bolsas de sangue ONDE DESCARTAR? * Você se preocupa com eles? Coletor de agulhas Coletor de pérfuro-cortantes Seringa retrátil Seringa tampa dobrável * * CUIDADOS COM MATERIAIS PÉRFURO-CORTANTES (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias, etc) . Todo material pérfuro-cortante, mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com tampa; . Os recipientes para descarte de material não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento. Fonte: Manual de Condutas em Exposição Ocupacional a Material Biológico. MS/SPS/Coord. Nac. DST e AIDS. 1998 Descarpack Coletor de agulhas PROCEDIMENTOS INCORRETOS * COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – CCIH PORTARIA Nº 196/1983, PORTARIA Nº 930/1992, PORTARIA Nº 2.616/1998 A CCIH deverá ser composta, por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados. O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, indicado pela direção do hospital. Os membros serão de dois tipos: consultores e executores Os membros consultores serão representantes dos seguintes serviços: a) serviço médico; b) serviço de enfermagem; c) serviço de farmácia; d) laboratório de microbiologia; e) administração; Os membros executores da CCIH representam o SCIH e, portanto, são encarregados da execução programada de infecção hospitalar. Os membros executores serão no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais. Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro. *Os hospitais com número de leitos igual ou inferior a 70 (setenta) atendem aos profissionais de serviço médico e de enfermagem PORTARIA Nº 2.616, DE 12 DE MAIO DE 1998 * CONCEITOS E CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICOS DAS IH 1. Conceitos básicos 1.1. Infecção comunitária (IC) 1.1.1 é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital. 1.1.2 São também comunitárias: 1.1.2.1 a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos ou sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção; 1.1.2.2 a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: Herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS). 1.1.2.3 as infecções de recém-nascidos com bolsa rota superior e 24 (vinte e quatro) horas Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 1.2. Infecção hospitalar (IH) 1.2.1 é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifeste durante a internação, ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 * CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO HOSPITALAR 1. Princípios 1.1 O diagnóstico de infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de: evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu prontuário; resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, a pesquisa de antigenos, anticorpos e métodos de visualização realizados; evidências de estudos com métodos de imagem; endoscopia; biópsia e outros. 2. Critérios gerais 2.1 quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um microrganismo diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado como infecção hospitalar. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 2.2 quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a admissão. * 2.3 São também são convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante este período. 2.4 as infecções no recém-nascido são hospitalares com exceção das transmitidas de forma transplacentária e aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e quatro) horas. 2.5 os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são considerados portadores de infecção hospitalar do hospital de origem. Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e/ou o hospital de origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele hospital. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 * Em relação a antimicrobianos: 5.9 Coeficiente de Sensibilidade aos Antimicrobianos, 5.10. Indicadores de uso de antimicrobianos. 5.10.1 Percentual de pacientes que usaram antimicrobianos (uso profilático ou terapêutico) no período considerado. Pode ser especificado por clínica de internação. 5.10.2 Freqüência com que cada antimicrobiano é empregado em relação aos demais, 5.11 Taxa de letalidade associada a infecção hospitalar. * PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR – PCIH Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998 LAVAGEM DAS MÃOS 1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente. 2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares. 3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam mucosas, sangue ou outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções. 4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios corporais, entre cada uma das atividades. A lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos cirúrgicos. A decisão para a lavagem das mãos com uso de anti-séptico deve considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado. A lavagem das mãos com anti-séptico é recomendada em realização de procedimentos invasivos; prestação de cuidados a pacientes críticos; contato direto com feridas e/ou dispositivos, tais como cateteres e drenos. 6. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática da lavagem das mãos em todos os níveis de assistência hospitalar. A distribuição e a localização de unidades ou pias para lavagem das mãos, de forma a atender à necessidade mas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da prática. * NORMAS PARA LIMPEZA, DESINFECÇÃO, ESTERILIZAÇÃO E ANTI-SEPSIA EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE. PORTARIA Nº 930/MS, DE 27 DE AGOSTO DE 1992 Destinam-se a estabelecer critérios para seleção e uso adequado de processos físicos e germicidas para limpeza, desinfecção, esterilização e antisepsia em estabelecimentos de saúde, evitando o uso de produtos e processos inadequados aos fins a que se propõem: Os produtos comercializadas destinados á estas finalidades, deverão ter Certificado de Registro expedido pela Divisão de Produtos (DIPROD) da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. A escolha dos procedimentos deverá estar condicionada ao potencial de contaminação das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções hospitalares. PORTARIA Nº 930, DE 27 DE AGOSTO 1992 * A utilização dos anti-sépticos, desinfetantes e esterilizantes seguirá as determinações da Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988, da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS)/ do Ministério da Saúde e o Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde/MS, 2ª edição, 1994, ou outras que as complementem ou substituam. 1.1 Não são recomendadas, para a finalidade de anti-sepsia, as formulações contendo mercuriais orgânicos, acetona, quaternário de amônio, líquido de Dakin, éter e clorofórmio. 2. As normas de limpeza, desinfecção e esterilização são aquelas definidas pela publicação do Ministério da Saúde, Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde, 2ª edição, 1994 - princípios ativos liberados conforme os definidos pela Portaria nº 15, SVS, de 23 de agosto de 1988, ou outras que a complementem ou substituam. 3. As normas de procedimentos na área de Microbiologia são aquelas definidas pela publicação do Ministério da Saúde - Manual de Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção Hospitalar, 1ª edição, 1991, ou outras que as complementem ou substituam. ASSEPSIA * * ASSEPSIAS ESTERILIZAÇÃO . Utilizada em materiais que podem suportar calor seco/úmido (tesouras, pinças, etc) . Destrói todas as formas de microrganismos (fungos, bactérias, vírus, protozoários, helmintos e esporos bacterianos e fúngicos. . Requer tempo, temperatura e pressão ideais. DESINFECÇÃO . Pode ser de três níveis: * nível alto – equivale à esterilização na eficácia. Utiliza soluções químicas (ex. glutaraldeído, hipoclorito de sódio) * nível médio – não elimina esporos (Ex. álcool 70%) * nível baixo – elimina poucos microrganismos (Ex. derivados de amônio quaternário) ANTISSEPSIA . Realizado sobre tecido vivo (pele) . Não promove ação esporocida * É um produto obtido a partir da reação do cloro com uma solução diluída de soda-cáustica. É uma solução líquida que contém de 10% a 13% de cloro ativo. O hipoclorito de sódio, em alta concentração, só é comercializado no atacado e chega ao consumidor doméstico somente na forma de Água Sanitária. sanitária. Água Sanitária é uma solução que contém 2.5% de cloro ativo em água e, mesmo sendo diluída, possui forte poder germicida. Curiosidade: quando utilizado na desinfecção de água potável, a concentração de cloro é da ordem de 0.0002%, um percentual 12 mil e 500 vezes menor que seu teor na água sanitária. Hipoclorito de sódio Água sanitária * SUBSTÂNCIAS EM DESUSO NOS LABORATÓRIOS SOLUÇÃO SULFOCRÔMICA GERM KILL * DESCONTAMINAÇÃO É um procedimento realizado com a intenção de proteger os profissionais que farão a limpeza de superfície ou artigo sujo com matéria orgânica. Processo de tornar qualquer objeto ou região seguros para o contato de pessoas não-protegidas, fazendo inócuos os agentes químicos ou biológicos, suprimindo ou amortecendo os agentes radiológicos Limpeza Esterilização/desinfecção Descontaminação * DESCONTAMINAÇÃO POR AUTOCLAVAÇÃO LIMPEZA E PREPARO PARA ESTERILIZAÇÃO * Saneante de uso hospitalar deverá combater a micobactéria 26 de julho de 2011 Os esterilizantes e desinfetantes de alto nível são específicos para tratar os instrumentais utilizados em procedimentos médicos. O que a ANVISA quer agora é manter nesta categoria apenas aqueles que, além de eliminar as bactérias previstas na legislação sanitária, consigam combater também a Mycobacterium massiliense. Responsável por quadros de infecção hospitalar registrados no Brasil entre 1998 e 2009, a cepa brasileira da micobactéria é denominada de Mycobacterium massiliense, cepa de origem IEC 735, com o número 00594. A cepa brasileira da micobactéria está depositada no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para que as empresas que fabricam esterilizantes e desinfetantes de alto nível possam realizar os testes de comprovação de eficácia exigidos pela Anvisa. * ANTISSEPSIA DAS MÃOS Lavagem com sabão antisséptico Aplicação de álcool com emoliente Fonte: Pillet D. Boyce JM. Lancet infec dis. 2001; april: 9-20 - Álcool 70% Utilizar 1 a 3 mL do produto. Quantidade inferior não é eficaz. Requer secagem natural. - Clorexidina Existe na concentração de 2 e 4%. A eficácia é semelhante em ambas as concentrações. O uso de hidratantes com substâncias catiônicas, inibe a sua ação. Requer tempo e fricção mecânica. - Triclosan Não deve ser utilizado no ambiente hospitalar, pois seleciona microrganismos e induz o aparecimento de Pseudomonas aeruginosas multirresistentes. BACT. GRAM + BACT. GRAM - FUNGO VÍRUS AÇÃO ÁLCOOL 70% +++ +++ +++ +++ Rápida CLOREXIDINA +++ ++ +++ +++ Intermediária SOL. DE IODO +++ +++ ++ +++ Intermediária TRICLOSAN +++ ++ - +++ Intermediária * Higienização das mãos * I Pontos Críticos para a Higienização das Mãos * ANTISSEPSIA DAS MÃOS Lavagem com sabão antisséptico Ex. clorexidina degermante Aplicação de álcool com emoliente Ex. álcool 70% . Ação antisséptica com remoção de sujidade . Possui ação residual . Requer tempo de uso: fricção entre 1 a 2 minutos . Apresenta visualização do processo . Requer pia e fluxo de água corrente para uso . Não há remoção de sujidade e nem de debris . Não requer fricção . Não possui ação residual . Eficácia excelente . Requer secagem natural . Baixo custo Fonte: Pillet D. Boyce JM. Lancet infec dis. 2001; april: 9-20 * Álcool 70% Antissepsia Desinfecção de nível médi0 Sobre a pele Sobre superfícies e fomites * O álcool 70% deve secar naturalmente, para que tenha sua eficácia garantida. * Técnica de Fricção Antisséptica das Mãos com preparações alcoólicas . Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir todas as superfícies das mãos (seguir a quantidade recomendada pelo fabricante). . Friccionar as palmas das mãos entre si e com os dedos entrelaçados. . Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa. . Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos e vice-versa. . Friccionar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda, utilizando-se movimento circular e vice-versa. . Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fazendo um movimento circular e vice-versa. . Friccionar os punhos com movimentos circulares. . Friccionar até secar espontaneamente. Não utilizar papel toalha. . Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos * Higiene das mãos: Lavagem das mãos com água e sabão neutro ou antisséptico, fricção de preparados com álcool a 70% e a degermação cirúrgica das mãos Lavagem simples das mãos: Utiliza água e sabão neutro/comum Antissepsia das mãos: Lavagem das mãos utilizando água e solução degermante contendo antisséptico ou fricção de solução antisséptica nas mãos Álcool a 70% gel ou glicerinado: Solução antisséptica indicada para aplicação nas mãos, sem o uso de água Degermação cirúrgica das mãos: Lavagem das mãos com água e solução contendo antisséptico por 2-6’ ou fricção de preparado com álcool a 70% após a lavagem simples das mãos. * Em geral, a higienização com sabonete líquido remove a microbiota transitória, tornando as mãos limpas. Esse nível de descontaminação é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde. * 1 – Limpeza - Preconiza-se a limpeza com água e sabão ou detergente, de superfícies fixas de todas as áreas hospitalares, promovendo a remoção da sujeira e do mau odor e reduzindo a população microbiana no ambiente hospitalar. 2 – Desinfecção - É o processo de destruição de microrganismos em forma vegetativa mediante a aplicação de agentes físicos ou químicos. Em presença da matéria orgânica e contaminação, os artigos e superfícies fixas deverão sofrer processo de desinfecção. De acordo com a capacidade de eliminação e microrganismos, apresenta diferentes níveis: alto, médio e baixo. PORTARIA Nº 930, DE 27 DE AGOSTO 1992 * 3 - Classificação dos agentes químicos para desinfecção 3.1. Desinfetantes para lactários - Princípios ativos permitidos: - compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo: hipoclorito de sódio e de cálcio. 3.2. Desinfetantes hospitalares para superfícies fixas - Princípios ativos permitidos: fenólicos; quaternários de amônio; compostos orgânicos e inorgânicos liberadores de cloro ativo; iodo e derivados; álcoois e glicóis; biguanidas; outros princípios ativos desde que atendam à legislação específica; 3.3. Desinfetantes hospitalares para artigos - Princípios permitidos: aldeídos; fenólicos; quaternários de amônio; compostos orgânicos liberadores de cloro ativo; iodo e derivados; álcoois e glicóis; biguanidas; outros princípios ativos desde que atendam á legislação específica; 4. Esterilização - É o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas forras vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e químicos. Os agentes físicos mais utilizados são o vapor saturado sob pressão e calor seco. Entre os agentes químicos, temos os aldeídos e o óxido de etileno. PORTARIA Nº 930, DE 27 DE AGOSTO 1992 O processo de esterilização que maior segurança oferece é o vapor saturado sob pressão em autoclave. A escolha do processo depende da natureza do artigo a ser esterilizado. * 4.1. Agentes físicos. 4.1.1. Esterilização pelo vapor saturado sob pressão. É o processo de esterilização que maior segurança oferece e é realizado através de equipamentos (autoclaves), devendo ser utilizado para esterilização de todos os artigos que não sejam sensíveis ao calor e ao vapor. 4.1.2. Esterilização pelo calor seco É o processo de esterilização utilizado para artigos que não sejam sensíveis ao calor, mas sejam sensíveis à umidade. 4.1.3. Radiação ultravioleta Seu uso não é permitido com a finalidade de desifecção e esterilização de superfícies ou artigos. 4.1.4. Flambagem Seu uso é permitido: em laboratório de Microbiologia durante a manipulação de material biológico ou transferência de massa bacteriana, através de alça bacteriológica; para a esterilização de agulhas, na vacinação pelo BCG -Intradérmico. PORTARIA Nº 930, DE 27 DE AGOSTO 1992 * 4.2. Esterilizantes químicos Princípios ativos permitidos: - aldeídos; outros princípios ativos, desde que atendam à legislação específica; 4.3. Óxido de etileno As normas técnicas para esterilização por óxido de etileno estão contidas na Portaria Interministerial (Saúde e Trabalho) nº 04, de 31 de julho de 1991. 5. Antissépticos - São preparações contendo substâncias microbicidas ou microbiostáticas de uso na pele, mucosa e ferimentos. São adequadas: soluções alcoólicas; soluções iodadas; iodóforos; clorohexidina; solução aquosa de permanganato de potássio; formulação à base de sais de prata; outros princípios ativos que atendam à legislação específica; Não são permitidas, para a finalidade de antissepsia, as formulações orgânicos, acetona, quaternários de amônio, líquido de Dakin, éter, clorofórmio. PORTARIA Nº 930, DE 27 DE AGOSTO 1992 * DINÂMICA E FLUXOGRAMA DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO . Fluxo unidirecional para os materiais . Limitação do fluxo de pessoas nas áreas . Conscientização da equipe para reduzir os riscos ocupacionais . Estruturação em zonas conforme o trabalho realizado, com barreiras físicas. É de responsabilidade do centro de material e esterilização: . Recebimento . Limpeza . Montagem . Embalagem . Esterilização . Armazenamento . Distribuição LIMPEZA DOS MATERIAIS . Remoção de toda a sujidade . Redução da carga microbiana natural dos artigos . Remoção das substâncias orgânicas e inorgânicas TRATAMENTO DE MATERIAIS * * ESTUFA Existem dois tipos de estufas segundo a distribuição de calor: 1) convexão por gravidade 2) convexão mecânica (mais eficiente por distribuição de calor mais uniforme) TEMPERATURA E TEMPO NECESSÁRIOS À EXPOSIÇÃO Temperatura Tempo 171ºC 60 minutos 160ºC 120 minutos 149ºC 150 minutos 141ºC 180 minutos 121ºC 12horas AUTOCLAVE * * * * * Precauções de Aerossóis . Caso suspeito ou confirmado de doença com transmissão por aerossóis (< 5 μ) Quarto privativo, portas fechadas Sistema especial de ventilação / exaustão Limitar o transporte Uso de respiradores N95 * Tuberculose, sarampo e varicela Máscara N95 para o profissional Quarto Privativo para o paciente Precauções de Aerossóis * Precauções de Gotículas Suspeita ou caso confirmado de doença com transmissão por gotículas (> 5 μ) Quarto privativo Limitar o transporte Uso de máscaras cirúrgicas * Menigococcemia, SARS, coqueluche, caxumba, difteria, H.i.b, Influenza Máscara cirúrgica para o profissional Quarto privativo para o paciente Precauções de Gotículas * Precauções de Contato Caso suspeito ou confirmado de doença/ colonização com transmissão por contato Quarto privativo Uso de luvas e capote ao entrar no quarto Anti-sepsia das mãos ao sair do quarto Uso individual de material não crítico para pelos pacientes (termômetros, manômetros etc...) Limitar o transporte * Colonização/infecção por bactérias multirresistentes, escabiose, difteria, varicela hepatite A, VSR , SARS Uso de luvas e capote não estéreis pelo profissional Uso individual de material não crítico pelo paciente Precauções de Contato * MUDANÇA NO COMPORTAMENTO Diagrama de Hersey Tempo Dificuldade Tem o conhecimento Aprendeu Quer mudança Aplica o que aprendeu Muda o comportamento do grupo CONSCIENTIZAÇÃO COMPORTAMENTO INDIVIDUAL COMPORTAMENTO DO GRUPO * Links importantes: . http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/83b280804f1d3deba407bcc88f4b6a31/Consulta+P%C3%BAblica+n+9+GADIP.pdf?MOD=AJPERES http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/cf4d718047458f8d98c9dc3fbc4c6735/paciente_hig_maos.pdf?MOD=AJPERES http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html
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