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4° Período - Resumo da Matéria de Direito Civil III - CONTRATOS _ Jus In Focus ! - O Direito em Foco

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09/04/2015 4° Período ­ Resumo da Matéria de Direito Civil III ­ CONTRATOS | Jus In Focus ! ­ O Direito em Foco
http://www.jusinfocus.com.br/2014/03/4­periodo­materia­de­direito­civil­iii.html 1/11
Promessa de fato de terceiro (artigos 439 e 440 do CC)
 
 
1 – Conceito:  a  promessa  de  fato  de  terceiro  é  o  negócio  jurídico  em  que  a  prestação  assumida  não  será
exigida do estipulante, mas sim de terceiro, estranho à relação obrigacional. Em outras palavras, A faz um
contrato com B por um serviço a ser realizado por C. È regulada pelos artigos 439 e 440 do Código Civil.
 
 
2 – Partes: assim como na promessa em favor de terceiro, na promessa de fato existem três partes:
 
       Promitente: será a pessoa que se obrigará a convencer o terceiro a realizar o serviço.
 
       Terceiro: será a pessoa que vai fazer o serviço combinado em contrato.
 
       Beneficiário: é a pessoa que vai ser beneficiada com o serviço.
 
 
3 – Exceção ao principio da relatividade dos efeitos do contrato:
 
 
4 – Consequências: os artigos 439 e 440 do Código Civil ditam as consequências que serão observadas caso
o contrato não seja cumprido, a ver:
 
         Se o terceiro se recusar a fazer o serviço: o promitente responderá pelas perdas e danos.
 
         Se o terceiro se obrigar a cumprir a prestação, mas não o fizer: o promitente não se responsabiliza,
passando a mesma ao terceiro.
 
 
5 – Exceção em relação ao cônjuge (artigo 439, § único): se o terceiro for cônjuge do promitente e o ato
depender de sua anuência e, pelo regime de comunhão de bens, a indenização venha a recair sobre seus bens,
não haverá qualquer responsabilidade por parte do promitente. A anuência por parte da esposa é chamada de
outorga oxoria, enquanto a anuência por parte do marido é chamada de outorga marital.
 
 
 
Vícios redibitórios
 
 
Antes de adentrar a questão, é necessário deixar claro que existem dois sistemas sobre essa matéria:
o sistema do Código Civil e o do Código de Defesa do Consumidor. Cada um deve ser analisado de forma
separada.
 
4° Período ­ Resumo da Matéria de Direito Civil III ­ CONTRATOS
09/04/2015 4° Período ­ Resumo da Matéria de Direito Civil III ­ CONTRATOS | Jus In Focus ! ­ O Direito em Foco
http://www.jusinfocus.com.br/2014/03/4­periodo­materia­de­direito­civil­iii.html 2/11
 
Vícios redibitórios, sob a vista do Código Civil
 
 
1 – Conceito: Vícios  ocultos  que  tornam  a  coisa  imprestável  ou  diminuem  seu  valor,  sempre  aplicável  em
contratos comutativos (onerosos).
 
 
Importante  ressaltar  que  o  Código  Civil  regula  apenas  as  relações  de  compra  e  venda  entre
particulares, se a relação for entre um particular e um fornecedor, será regido pelo CDC.
 
 
2 – Requisitos: Para se configurar vício redibitório, deve­se observar os seguintes requisitos:
 
             O defeito deve ser oculto,  considerando­se  tal  o  defeito  que  uma  pessoa medianamente  dotada  não
possa perceber em um exame superficial.
 
       Deverá ser desconhecido do adquirente.
 
             Somente se  leva em conta o defeito  já existente ao  tempo da aquisição e que perdure até o
momento da reclamação.
 
       O defeito deve inutilizar a coisa ou diminuir seu valor, ou seja, um defeito muito pequeno não deve ser
considerado, salvo nas condições acima citadas.
 
             O contrato precisa ser comutativo (oneroso). Podendo  ser  aplicado  nos  contratos  de  doação  com
encargo.
 
 
2 – Consequências: desde  que  se  configurem  as  condições  de  sua  ocorrência,  o  alienante  responde  pelos
vícios redibitórios, ainda que também os ignorasse. De acordo com o Código Civil, são duas as consequências
dos vícios redibitórios, que fica a critério do comprador escolher:
 
         Devolução do bem com restituição do valor;
 
         Abatimento do preço.
 
 
Se o alienante tinha ciência do vício oculto, além de ter que aceitar uma das consequências acima,
responderá também por perdas e danos.
 
 
Se  o  vício  recair  sobre  bens  perecíveis,  o  alienante  tem  obrigação  de  restituir  (mesmo  não  sendo
possível a devolução do bem).
 
 
3 – Ações cabíveis (edilícias): são duas as ações cabíveis no caso de vícios redibitórios.
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         Ação redibitória: o adquirente pode enjeitar a coisa, resolvendo o contrato por meio de ação redibitória.
Nesse caso, o negócio será desfeito e o adquirente receberá o valor de volta.
 
         Ação quanti minoris ou estimatória: o adquirente pleiteia o abatimento no preço, ficando com a coisa.
 
 
4 – Prazos decadenciais: existe  um prazo para  se  ajuizar  as  ações  acima, que será contado a partir da
tradição do bem, o Código Civil os numerou da seguinte forma:
 
         Para bens móveis, o prazo é de 30 dias.
 
         Para bens imóveis, o prazo será de um ano.
 
         Em ambos os casos, o prazo será diminuído pela metade se o adquirente já estiver com a posse do bem.
 
Existem, ainda, exceções jurisprudenciais para dois casos específicos.
 
         Máquinas para experimentação: o prazo começará a contar a partir do último ajuste feito no aparelho.
 
                 Animais:  o  prazo  será  de  180  dias  a  partir  da  manifestação  da  doença.  Isso,  obviamente,  se  ficar
comprovado  que  o  adquirente  comprou  o  animal  com a  doença,  se  for  comprovado  que  o  animal  ficou
doente após a compra, não pode se falar em ação redibitória.
 
 
O prazo para se aumentar o limite de prazo decadencial (para ajuizar ação, a partir do conhecimento
do vício) é de 30 dias.
 
 
Todas as cláusulas exoneratórias são nulas de pleno direito.
 
Vícios redibitórios, sob a vista do Código de Defesa do Consumidor
 
 
1 – Conceito: sob a ótica do CDC, vício  redibitório é o defeito oculto, aparente ou de  fácil  constatação, que
tornam a coisa imprestável ou diminuem seu valor.
 
 
Deve­se  observar  que  a  visão  do  CDC  é mais  abrangente.  Pois,  no  Código  Civil,  o  vício  precisa  ser
oculto. Já no CDC, basta que seja aparente ou de fácil constatação.
 
 
Os requisitos são os mesmo do Código Civil, salvo o caso do defeito citado acima (que não precisa ser
oculto).
 
 
2 – Consequências: ao contrário do Código Civil, o CDC cita três consequências para os vícios redibitórios.
 
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         Devolução da coisa com restituição do valor;
 
         Abatimento do preço;
 
         Troca por outro bem de mesma espécie.
 
 
3 –  Prazos  decadenciais  (artigo  26):  o  Código  de  Defesa  do  Consumidor  também  é  diferente  quanto  à
consideração da coisa. Considera os bens como duráveis e não duráveis. Assim como no Código Civil, o CDC
também considera a tradição da coisa como o inicio para a contagem do prazo.
 
         Para bens duráveis, o prazo é de 90 dias.
 
         Para bens não duráveis, o prazo é de 30 dias.
 
         O prazo pode ser alterado para, no máximo, 180 dias ou para, no mínimo, 7 dias. Em ambos os casos, o
consumidor deve ser avisado com antecedência da alteração.
 
 
 
Evicção
 
 
1 – Conceito: Evicção é a perda da coisa, em virtude de sentença judicial, por quem a possuía como sua, em
favor  de  terceiro,  detentor  de  direito  anterior  sobre  ela.  Para  fica  mais  fácil  a  visualização,  eis  um
exemplo: a venda de um automóvel [http://pt.wikipedia.org/wiki/Autom%C3%B3vel]  feita entre André e Bruno, sendo que
posteriormente se verificaque, na verdade, o automóvel pertencia a Carlos. Bruno pode sofrer evicção e ser
obrigado  por  sentença  judicial  [http://pt.wikipedia.org/wiki/Senten%C3%A7a_judicial]    a  restituir  o  automóvel  para  Carlos.
Bruno tem direito a  indenização  [http://pt.wikipedia.org/wiki/Indeniza%C3%A7%C3%A3o] ,  por André,  pelo prejuízo  sofrido
com a evicção.
 
 
A evicção é aplicável tanto em contratos onerosos quanto em contrato gratuitos com encargo.
 
 
2 – Partes: A evicção possui três partes.
 
·         Alienante: é a pessoa que vendeu a coisa.
 
·         Evicto: é o adquirente do bem em evicção.
 
·         Evictor: terceiro que reivindica o bem.
 
 
3 – Efeitos: Os efeitos da evicção são óbvios. O evicto terá direito de regresso contra o alienante, desde que o
contrato entre eles tenha sido oneroso (que poderá exigir, além do valor pago, perdas e danos causados pela
evicção). Para que tal direito se efetive, é necessária a boa fé do evicto. Caso fique comprovado que o evicto
também  agiu  de  má  fé,  este  terá  direito  apenas  a  exigir  o  preço  que  pagou,  não  sendo  possível  pedir  os
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prejuízos da evicção.
 
Apesar da cláusula expressa de exclusão de garantia, o evicto tem o direito de recobrar
 
o valor pago pela coisa evicta, se não souber ou não assumiu o risco pela evicção.
 
 
O preço a ser pago deve ser o do valor integral da coisa na evicção total ou, se parcial, proporcional ao
prejuízo sofrido. 
 
 
4 – Requisitos:
 
         Perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa.
 
                  Onerosidade  da  aquisição.  A  evicção,  como  já  se  afirmou,  ocorrerá  nos  contratos  onerosos,
encontrando­se  fora  da  proteção  contra  os  efeitos  da  evicção  todos  os  contratos  gratuitos  de  posse  e
propriedade de bens.
 
         Ignorância, pelo adquirente, da litiosidade da coisa (artigo 457).
 
         Anterioridade do direito do evictor. O alienante só responde pela perda decorrente de causa já existente
ao tempo da alienação. Se lhe é posterior, nenhuma responsabilidade lhe caberá.
 
         Denunciação da lide do alienante (artigo 456). Somente após a ação do terceiro contra o adquirente é
que este poderá agir contra aquele.
 
         Sentença judicial, pois só assim estabelece­se a certeza sobre o domínio.
 
 
 
 
Contrato Preliminar
 
 
1 – Conceito. Entende­se como contrato preliminar aquele contrato que fará as partes se comprometerem a
celebrar mais tarde outro contrato, denominado contrato principal ou definitivo.
 
 
Muito  comum nos  contratos  de  compra  e  venda  de  imóveis  (onde  recebe  o  nome de  promessa  de
compra e venda). Somente após o pagamento integral do preço é que o contrato definitivo se dará,
com a assinatura da escritura.
 
 
2 – Objeto. O objeto do contrato preliminar é criar uma obrigação de, no futuro, contratar.
 
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3 – Requisitos. Os contratos preliminares têm três requisitos:
 
         Objetivo: O objeto precisa ser lícito, possível e determinável.
 
         Subjetivo: É necessário ser firmado entre sujeitos capazes. Porém não é a capacidade comum. Só podem
firmar contratos preliminares aqueles que possuem discernimento para alienar seus bens.
 
         Formal: Artigo 462, CC. O contrato precisa ter forma presente e não defesa em lei. O contrato preliminar
não precisa de forma especifica.
 
 
O  parágrafo  único  do  artigo  463  diz  que  o  registro  é  exigível  apenas  para  produzir  efeitos  para
terceiros, pois entre as partes o pré­contrato é válido e obrigatório independente de registro.
 
 
4 – Consequências. A  consequência  dos  contratos  preliminares  é,  obviamente,  o  cumprimento  do  contrato
definitivo.
 
 
Salvo cláusula de arrependimento (que pode ser incluída), pode o contratante exigir a celebração do
contrato.
 
 
Pelo artigo 464, o  juiz poderá suprir a vontade, conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar,
caso a parte não queira cumprir o contrato.
 
 
Artigo 465: Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá­
lo desfeito, e pedir perdas e danos.
 
 
 
Contratos Aleatórios
 
 
1  –  Conceito.  Contratos  aleatórios  são  aqueles  que  as  partes  não  sabem,  com  certeza,  o  tamanho  das
obrigações que terão que suprir. Portanto, o contrato aleatório se opõe ao contrato comutativo. Nosso Código
Civil possui uma seção sobre os contratos aleatórios, nos artigos 458 a 461.
 
 
2 – Aleatoriedade incidente: São  contratos  que  são  comutativos  por  natureza, mas  que  as  partes  incluem
cláusulas de aleatoriedade.
 
 
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3 – Espécies de compra e venda aleatórias. Existem três tipos:
 
             Venda de coisa futura quanto à existência (emptio spei): é a compra de uma esperança, quando o
comprador assume o risco da existência da coisa. Exemplo: pago duzentos reais a um pescador pelo que ele
trouxer no barco ao  final do dia; a depender da quantidade de peixe capturado, o comprador ou o pescador
sairá ganhando, mas mesmo que não venha nada, o preço continua devido, de acordo com o artigo 458 do
CC.
 
       Venda de coisa futura quanto à quantidade (emptio rei speratae): aqui o risco é na quantidade, então
se não vier nada, ou se nada for produzido, o preço não será devido (artigo 459).
 
             Venda de coisa exposta a risco: no artigo 460 a aleatoriedade decorre não de coisas  futuras, mas de
coisas  existentes,  contudo expostas  a  risco.  Por  causa desse  risco,  o  comprador  irá  obter  um preço menor,
mas se a coisa perecer antes da entrega, o preço assim mesmo será devido.
 
 
Percebam  que  o  risco  faz  parte  do  contrato  aleatório,  sujeitando­se  as  partes  a  pagar  sem  nada
receber, ou a receber sem nada pagar.
 
 
 
Extinção dos contratos
 
 
1 – Conceito: Como o próprio titulo diz, extinção é o fim do contrato. Os contratos se extinguem de diferentes
formas. De acordo com a doutrina o contrato se extingue de forma natural ou de forma não natural.
 
 
2 – Extinção natural: É dividida em duas partes.
 
         Cumprimento do contrato: meio normal de extinção dos contratos. Todas as partes cumprem com o que
foi por elas combinado. Uma vez cumprido, o contrato se extingue naturalmente.
 
                 Condição/Termo:  O  implemento  da  condição  resolutiva  é  uma  das  formas  naturais  de  extinção  dos
contratos. Exemplo: André empresta para Bruno o seu carro até que este se case. Assim que contrair núpcias,
Bruno devolve o carro e o contrato se extingue. Com o advento do termo final combinado entre as partes (nos
casos de contrato por prazo determinado), o contato também se extingue.
 
 
3  –  Extinção  não  natural:  as  causas  não  naturais  de  extinção  dos  contratos  dividem­se  em  causas
anteriores  ou  conteporâneas  (que  são  anteriores  ou  concomitantes  à  assinatura  do  contrato)  e  causas
posteriores (que são, obviamente, posteriores à assinatura contratual).
 
       Causas Anteriores: Existem quatro formas de extinção contratual relacionadas às causas anteriores:
 
·         Nulidade: Qualquer hipótese de nulidade contratual dará fim ao contrato. Exemplo: contrato
gerado por absolutamente incapaz.09/04/2015 4° Período ­ Resumo da Matéria de Direito Civil III ­ CONTRATOS | Jus In Focus ! ­ O Direito em Foco
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·                  Cláusula  resolutiva:  O  contrato  pode  conter  cláusula  que  preveja  a  resolução  por
inadimplemento,  o  que  é  chamada  de  cláusula  resolutiva.  A  cláusula  resolutiva  será  sempre
expressa.
 
·         Redibição: O contrato será extinto se houver algum vício redibitório.
 
·                 Direito ao arrependimento: A parte pode, antes da vigência, se arrepender do contrato,
causando sua extinção. O direito ao arrependimento deve estar expresso no contrato.
 
       Causas posteriores: Existem seis formas.
 
·         Resilição: O contrato será extinto por resilição quando uma das partes se manifesta para
tal.
 
·         Distrato: O contrato será extinto quando as duas partes se manifestam para tal.
 
·                 Resolução: Sempre que há um pedido judicial de extinção do contrato, causada por um
descumprimento contratual. Para isso, é necessária a comprovação do inadimplemento.
 
·         Rescisão: É o desfazimento do contrato por qualquer alegação de vício.
 
·         Morte: Por motivos óbvios.
 
·                 Caso fortuito ou força maior:  Como  caso  fortuito,  entende­se  como  um  acontecimento
imprevisto para ambas as partes. Força maior seria a força da natureza, que de alguma forma
impossibilitou o cumprimento do contrato.
 
 
 
 
Contratos em Espécie
 
 
Contrato de compra e venda
 
 
1 – Conceito: Contrato de compra e venda é o contrato pelo qual uma das partes se compromete a transferir
a  propriedade de um bem, móvel  ou  imóvel, mediante  pagamento  de um preço  (que deve  ser  previamente
acordado).
 
 
2 – Sujeitos: Os sujeitos da compra e venda são o vendedor  (que se obriga à  transferência do domínio) e o
comprador (que se obriga ao pagamento do preço).
 
 
3  –  Elementos  essenciais:  Da  leitura  do  artigo  482  do  Código  Civil,  é  possível  extrair  os  elementos
essenciais específicos da compra e venda, que são:
 
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         Consentimento: ao firmarem as partes seu consentimento a respeito do preço e da coisa a ser vendida, o
contrato  estará  formado,  independentemente de  forma previamente estabelecida em  lei. Para  a  validade do
contrato, é indispensável o consentimento.
 
         Preço: deverá ser fixado pelas partes, segundo a autonomia de vontades. É regulado pelos artigos 485 a
489 do Código Civil.
 
         Bem (ou coisa): o objeto da compra e venda deve ser coisa passível de circulação no comercio jurídico.
Obviamente, o objeto deve ser de propriedade do vendedor, sob pena de o negócio ser nulo.
 
 
 
Observação: para compra e venda de imóveis acima de 30 salários mínimos (R$ 18.660,00, em valores
atuais), deve­se acrescentar o registro público para que o ato tenha validade.
 
 
 
4 – Despesas do contrato: No caso dos imóveis, as despesas com o registro e a escritura ficam, em regra,
com o comprador. Havendo despesas com a tradição do bem, esta ficará a cargo do vendedor. É regulado pelo
artigo 490 do Código Civil.
 
 
5 – Responsabilidade  civil  pelos  riscos da  coisa: Regulado  pelo  Artigo  492  e  seus  dois  parágrafos,  que
dizem:
 
Artigo 492: Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por
conta do comprador.
 
§ 1o: Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar coisas, que comumente se
recebem,  contando,  pesando,  medindo  ou  assinalando,  e  que  já  tiverem  sido  postas  à  disposição  do
comprador, correrão por conta deste.
 
§ 2o: Correrão  também  por  conta  do  comprador  os  riscos  das  referidas  coisas,  se  estiver  em mora  de  as
receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e pelo modo ajustados.
 
 
6 – Questões especiais referentes à compra e venda
 
 
6.1 – Venda à descendente: de acordo com o artigo 496, o contrato de compra e venda para descendente
somente  será  válido  se  houver  consentimento  dos  outros  descendentes  (se  houver,  obviamente).  Exemplo:
José tem dois filhos, Marcos e Rosana, e deseja vender sua casa para Marcos. Esse contrato só será válido se
Rosana concordar com a venda, uma vez que ela tem direito à metade da propriedade, no caso de falecimento
do pai.
 
         Prazo de prescrição: De acordo com a súmula 494 do STF, “a ação de anular a venda de ascendente a
descendente sem consentimento dos demais, prescreve em 20 anos, contados da data do ato”.
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6.2 – Venda de condomínio de coisa  indivisa: Por  definição,  condomínio  traduz  a  coexistência  de  vários
proprietários  que  detêm  direito  real  sobre  a  mesma  coisa,  que  não  pode  ser  dividida.  Nesse  caso,  o
condômino que  deseja  vender  a  sua  parte  deve,  primeiramente,  dar  preferência  de  compra  para  o
outro condômino (ou condôminos, se for o caso). Somente com a recusa desse, o vendedor poderá vender
o  bem  para  outra  pessoa.  Exemplo:  João  e  Carlos  possuem,  conjuntamente,  um  bem  indivisível.  Se  João
quiser vender sua parte desse bem, deve anunciar a Carlos sua  intenção e deve dar a preferência de venda
para esse. João Só poderá vender sua parte com a recusa de Carlos em comprá­lo.
 
Observação: No caso do exemplo acima, se João não avisar a Carlos que vai vender sua parte e vende
para  outra  pessoa,  Carlos  poderá  depositar  o  valor  correspondente  e  ficar  com  o  bem  em  sua
totalidade, anulando a venda que João fez com o terceiro.
 
 
6.3  – Venda  entre  cônjuges  e  companheiros:  Nada  impede  que  um  dos  cônjuges  aliene  ao  outro  bem
próprio.  O  artigo  499  diz  que  “é  lícita  a  compra  e  venda  entre  cônjuges,  com  relação  a  bens  excluídos  da
comunhão”. Essa regra também vale para companheiros, por isonomia constitucional.
 
 
6.4 – Venda “ad corpus” e venda “ad mensuram”:
 
         Venda “ad corpus”: Trata­se de expressão em latim que significa "por  inteiro", "assim como está". Tal
expressão é utilizada, por exemplo, na venda de um imóvel quando o preço recai sobre ele como um todo, e
não apenas em relação à sua metragem.
 
         Venda “ad mensuram”: A venda será ad mensuram (por medida certa) quando a estipulação do preço
for condicionada à especificação das dimensões da área do imóvel. Diferente disto, dá ao comprador direito à
complementação da área, ao abatimento do preço ou, até mesmo, à resolução do contrato. 
Postado há 13th March 2014 por Direito Em foco
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4° Período - Resumo da Matéria de Direito Civil III - CONTRATOS
Promessa de fato de
terceiro (artigos 439 e 440 do CC) 1 – Conceito: a promessa de fato de terceiro é o negócio jurídico em que
a prestação assumida
não será exigida do estipulante, mas sim de terceiro, estranho à relação
obrigacional. Em outras palavras, A...​
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