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SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
1 CONSTITUIÇÃO E FISIOLOGIA CELULAR 
1.1 A célula e seus constituintes 
1.2 Membrana celular e sua função no transporte de substâncias 
1.3 Transporte ativo 
2 SISTEMA NERVOSO 
2.1 Divisões anatômicas do SN 
2.2 Neurônio: estrutura e funções 
2.3 O papel das sinapses 
2.4 Potencial de ação 
2.5 - A condução do impulso nervoso 
3 FISIOLOGIA NEUROMUSCULAR 
3.1 Potencial de ação no músculo 
3.2 Contração do músculo cardíaco 
3.3 Arco reflexo 
3.4 Diferenças funcionais entre o sistema nervoso autônomo simpático e 
parassimpático sobre feixes musculares 
3.5 O SNA simpático 
3.6 O SNA parassimpático 
3.7 Os neurotransmissores 
4 SISTEMA RENAL 
4.1 Filtração glomerular 
4.2 Equilíbrio ácido-base 
4.3 O papel do sitema tampão no equilíbrio ácido-base 
4.4 O papel do sistema respiratório no controle do ph 
4.5 Influências hormonais sobre as funções renais 
 
 
 
 
 
 
 
4 
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MÓDULO II 
5 FUNÇÃO CARDIOVASCULAR 
5.1 Sistema porta-hepático 
5.2 Sistema porta-renal 
5.3 Sistema porta-hipotálamo hipófise 
5.4 A construção do coração 
5.5 Impulsos elétricos e batimentos cardíacos 
5.6 Sistema nervoso simpático e parassimpático atuando sobre o sistema 
cardiovascular 
5.7 Pressão sanguínea 
5.8 Estrutura e função dos capilares sanguíneos 
5.9 Controle metabólico do fluxo sanguíneo 
5.10 Controle neuro-hormonal do fluxo sanguíneo 
6 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
6.1 Respiração ao nascimento 
6.2 O controle parassimpático – (diminui a superfície de trocas gasosas) 
6.3 O controle simpático (aumenta a superfície de trocas gasosas) 
6.4 A troca de gases nos alvéolos 
6.5 Transporte de oxigênio no sangue 
6.6 O transporte de CO2 
6.7 O transporte de O2 
6.8 O controle da ventilação 
7 SISTEMA ENDÓCRINO 
7.1 Química de hormônios 
7.2 Interação hormônio-receptor 
7.3 Mecanismos de retroalimentação positiva e negativa 
7.4 Principais glândulas endócrinas e seus respectivos hormônios 
8 FISIOLOGIA DO ESTRESSE 
8.1 Estresse e reprodução 
8.2 Estresse de temperatura 
 
 
 
 
 
 
5 
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MÓDULO III 
9 FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO EM FÊMEAS 
9.2 Puberdade 
9.3 Foliculogênese 
9.4 No caso de um óvulo fecundado 
9.5 No caso de um óvulo não fecundado 
9.6 Ciclo ovariano 
9.7 Ciclo estral 
9.8 Gestação e parto 
10 FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO EM MACHOS 
10.1 Introdução 
10.2 Revisão anatômica do sistema reprodutor masculino 
10.3 Gametogênese masculina 
10.4 Espermatogênese 
10.5 Espermiogênese 
10.6 Controle da espermatogênese e maturação espermática 
10.7 Preparação do espermatozóide para fecundação 
10.8 Fatores de crescimento e espermatogênese 
10.9 Proteínas plasmáticas seminais e fertilidade 
 
MÓDULO IV 
11 FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
11.1 Lactação – Definição e objetivo 
11.2 Morfologia da glândula mamária 
11.3 Início da lactação -lactogênese 
11.4 Funções da ocitocina e da prolactina na produção e ejeção do leite 
11.5 Composição do leite 
12 FISIOLOGIA GERAL DA DIGESTÃO 
12.1 Regulação da função gastrintestinal – GI 
12.2 Atuação da inervação extrínseca 
12.3 Sistema endócrino intrínseco 
 
 
 
 
 
6 
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12.4 Motilidade das vias GI 
12.5 Apreensão do alimento 
12.6 Velocidade de esvaziamento gástrico 
12.7 Secreções digestivas 
12.8 Sistema parassimpático na regulação das glândulas salivares 
12.9 Secreções gástricas 
12.9.1 Secreção de HCl pelas glândulas gástricas 
12.9.2 Secreção de Pepsina 
12.9.3 Secreções Pancreáticas 
12.9.4 Secreção Biliar 
13 BASES DA DIGESTÃO NOS RUMINANTES 
13.1 Bases anatômicas da digestão dos ruminantes 
13.2 Ruminante jovem 
13.3 Princípios da digestão em ruminantes 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
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MÓDULO I 
 
 
 
1 CONSTITUIÇÃO E FISIOLOGIA CELULAR 
 
 
Toda regulação em um organismo tem por base a atuação de células que 
funcionarão de acordo com a sua especificidade. Entretanto, algumas características 
são comuns a todas as células, principalmente, no que diz respeito aos seus 
constituintes. 
 
 
1.1 A CÉLULA E SEUS CONSTITUINTES 
 
 
Estruturas celulares e suas funções. 
Para compreendermos o funcionamento de uma célula, que por sua vez, 
será responsável por alterações nos processos fisiológicos de um organismo, 
devemos compreender a formação das membranas celulares. 
A membrana é uma barreira seletiva e semipermeável que separa o meio 
intra do meio extracelular e tem em sua composição carboidratos, lipídeos 
(fosfolipídios) e proteínas. A maior parte da membrana é formada por uma camada 
fosfolipídica dupla. 
Fosfolipídios são moléculas com duas caudas de ácidos graxos hidrofóbicos 
(fobia=aversão e hidro=água) e uma cabeça contendo um fosfato hidrofílico 
(filia=afinidade). Em condições aquosas essas moléculas espontaneamente 
organizam-se formando duas camadas de moléculas fosfolipídicas. 
Em cada uma das camadas a cabeça hidrofílica forma pontes de hidrogênio 
e os filamentos hidrofóbicos agrupam-se no interior uma em direção a outra longe da 
água. O conhecimento desta estrutura é de fundamental importância, pois vai 
 
 
 
 
 
8 
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determinar as formas de controle do meio intra e extracelular, assim como conferir a 
membrana celular a permeabilidade a certas moléculas. Entremeadas a estas duplas 
camadas lipídicas, encontram-se as proteínas intrínsecas da membrana, ou 
apenas proteínas de membrana. 
 
 FIGURA 01 – ESTRUTURA DA MEMBRANA CELULAR 
 
FONTE: Disponível em: <docencia.izt.uam.mx/acbc/imagenes1.htm>.Toda alteração fisiológica é mediada por uma única classe de 
macromoléculas poliméricas chamadas proteínas. As proteínas podem assumir 
diversas funções na célula como: catálise, reação de acoplamento, transporte e 
estrutura. 
A catálise é a capacidade de aumentar acentuadamente a velocidade de 
uma reação química que ocorre, normalmente, em uma faixa fisiologicamente 
adequada. Este aumento de velocidade é provocado por proteínas catalisadoras, 
denominadas enzimas. 
Na reação de acoplamento duas reações se juntam através da 
transferência de energia. Neste caso, a energia de uma reação espontânea é 
direcionada a outra reação não espontânea de forma que a soma das duas reações 
se neutralizam. 
Bicamada 
fosfolipídica 
Grupo 
fosfato 
hidrofílico Proteína transmembrana - 
transportadora 
 
 
 
 
 
9 
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A função de transporte, possivelmente, é a mais importante para 
compreendermos os mecanismos de deslocamento de íons para dentro e fora da 
célula. Como veremos a seguir, as proteínas fazem parte da estrutura das 
membranas celulares e por isso participam ativamente no controle entre os meios 
intra e extracelulares. 
As proteínas que formam os filamentos e ligam as células entre si e o meio. 
São responsáveis pela estrutura e pela organização celular. Essa organização 
proteica é responsável pela formação das estruturas do mecanismo contrátil 
muscular, tecido conjuntivo, couro, cabelo, etc. 
 
 
1.2 MEMBRANA CELULAR E SUA FUNÇÃO NO TRANSPORTE DE 
SUBSTÂNCIAS 
 
 
As membranas biológicas possuem características fundamentais para o 
controle biológico de um organismo. Suas estruturas permitem que haja a 
compartimentalização, que é a capacidade de segregar regiões em função de sua 
composição, como exemplo podemos citar o lisossoma que contém enzimas 
digestivas com capacidade de digerir a célula, porém estas enzimas são segregadas 
(isoladas) no interior desta organela por meio da membrana lisossômica. 
Em função da necessidade de transporte destas substâncias entre os meios 
intra e extracelulares, essa camada fosfolipídica dupla e as proteínas que compõem 
a membrana, tem a capacidade de selecionar o transporte de moléculas através da 
membrana. 
A maioria das substâncias bioquímicas não atravessa com facilidade a 
membrana celular. Apenas moléculas pequenas, sem carga e lipídicas podem 
atravessar a membrana sem o auxílio das proteínas transportadoras. Atualmente se 
considera que a membrana celular permite a passagem de H2O, ureia, N2, O2 e CO2, 
H2O e hormônios esteroides, entretanto, vale considerar que estas moléculas 
apresentam diferentes graus de solubilidade. Mono e polissacarídeos, aminoácidos, 
 
 
 
 
 
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nucleosídeos, proteínas e ácidos nucleicos não atravessam a membrana, pois não 
são lipossolúveis e por esta razão precisam atravessar a membrana pelos poros ou 
canais que são as proteínas de membrana especializadas. 
Quando uma substância atravessa a membrana a favor de um gradiente de 
concentração, isto é, de um meio mais concentrado para um menos concentrado 
denomina-se transporte passivo. Nesse caso podemos ter duas situações distintas: 
a) Difusão Simples: no caso da passagem dar-se por meio da bicamada 
lipídica da membrana. Este transporte não requer gasto energético, entretanto, vai 
depender da solubilidade da substância que atravessa a membrana (Figura 02); 
b) Difusão Facilitada: ocorre com moléculas de baixa solubilidade que não 
podem atravessar a membrana nem mesmo a favor de um gradiente de 
concentração e para isso necessitam de proteínas carreadoras. Nesse caso, existem 
restrições já que o número de proteínas encontrado na membrana é limitado e existe 
especificidade do substrato com a proteína mediante a sua semelhança química. 
(Figura 03) 
 
FIGURA 02 – DIFUSÃO SIMPLES: REPRESENTAÇÃO DO LIVRE TRANSPORTE 
DE MOLÉCULAS ATRAVÉS DA BICAMADA LIPÍDICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.d.umn.edu/~sdowning/Membranes/diffusionanimation.html>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 03 – DIFUSÃO FACILITADA - REPRESENTAÇÃO DA MEMBRANA 
CELULAR (NOTAR BICAMADA LIPÍDICA) COM PROTEÍNAS CARREADORAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.d.umn.edu/~sdowning/Membranes/diffusionanimation.html>. 
 
 
 
1.3 TRANSPORTE ATIVO 
 
Sabe-se que o meio intracelular apresenta, nas proximidades da membrana, 
uma quantidade de cargas negativas superior ao meio extracelular o que poderia 
provocar um influxo de cargas positivas para o meio intra. Porém, é necessário que 
haja uma diferença de carga entre os dois meios e essa diferença é causada e 
mantida por proteínas especializadas que atuam contra um gradiente de 
concentração. 
Este tipo de transporte (transporte ativo) ocorre sempre contra um gradiente 
de concentração, isto é, promove a transferência de íons e moléculas de um meio 
menos concentrado para um meio mais concentrado. Esse tipo de transporte 
envolve gasto de energia e vias especializadas que são canais iônicos que possuem 
carga elétrica, o mais comum é a bomba de sódio/potássio. Essa bomba é 
responsável pela manutenção de uma diferença de concentração de cargas iônicas 
entre os meios intra e extracelulares indispensável para que haja a condução do 
impulso nervoso, processo que será discutido em detalhes oportunamente. 
 
 
 
 
 
12 
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FIGURA 04 - TRANSPORTE ATIVO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR 
(SÓDIO/POTÁSSIO ATPASE) 
 
FONTE: Disponível em: <http://prontoparabrilhar.blogspot.com/2007_09_01_archive.html>. 
 
 
 
 
Na figura 4 você pode observar o funcionamento de uma sódio/potássio 
ATPase (proteína de transporte da membrana celular) realizando transporte ativo de 
íons Na+ e K+ através da membrana 
É importante notar a quebra da molécula de ATP (trifosfato de adenosina) a 
ADP (difosfato de adenosina) e a utilização do fosfato remanescente como 
combustível para o funcionamento da bomba Na+/K+. 
A importância em conhecermos todos esses processos celulares e de 
transporte por meio da membrana, deve-se ao fato de que todo processo fisiológico 
é regulado em nível celular, ou melhor, se um hormônio atua de determinada forma 
em um órgão é porque ele interage de diferentes maneiras com as células que 
constituem este órgão e essas diferenças nas ações são moduladas pelo sistema 
nervoso central. 
 
 
 
 
 
 
 
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2 SISTEMA NERVOSO 
 
 
O Sistema Nervoso (SN) será o primeiro sistema multicelular abordado por 
ser um dos principais sistemas de controle do organismo e pelo fato de que alguns 
conceitos inseridos aqui são necessários ao entendimento de outros sistemas. 
 
 
2.1 DIVISÕES ANATÔMICAS DO SN 
 
 
O SN interpreta e controla tudo que atua no organismo. Este controle está 
relacionado a adaptações necessárias a sobrevivência através da manutenção da 
homeostasia (equilíbrio) interna do organismo. Por exemplo, as alterações no pH 
sanguíneo, no nívelde O2 e de CO2, etc., são percebidas pelo SN que produz uma 
resposta com a finalidade de normalizar os níveis. 
A resposta do SN se dá após a recepção de estímulos que podem ser 
eventos internos (como alteração da pressão sanguínea) ou eventos externos (como 
frio ou calor extremo). De qualquer forma o SN vai reagir de forma a manter o 
organismo em seu estado de equilíbrio. De maneira geral podemos identificar três 
mecanismos: 
• Reconhecimento do estímulo; 
• Produção da resposta; 
• Adequação da resposta ao estímulo. 
O SN se divide em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso 
periférico (SNP), que por sua vez são divididos da seguinte forma: 
 
Sistema Nervoso Central: 
1) Cérebro; 
2) Medula Espinhal. 
 
 
 
 
 
 
14 
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Sistema Nervoso Periférico: 
a) Eferente (motor): 
Somático – controla musculatura esquelética; 
Automático – Musculatura cardíaca, lisa e Glândulas exócrinas. 
 
 
b) Aferente (sensorial): 
Somático – trazem mensagem da musculatura esquelética por meio de 
potenciais de ação para o sistema nervoso central que responde através do SN 
eferente. 
Visceral – traz mensagem da musculatura lisa, cardíaca e glândulas 
exócrinas através de potenciais de ação para o sistema nervoso central que 
responde através do SN autônomo. 
Os órgãos que compõem o SNC estão envoltos por uma série de ossos que 
têm finalidade de proteção. O cérebro está envolto pelo crânio e a medula, espinhas 
por vértebras que se dispõem formando um canal onde passa a medula. 
O SNP se divide em sistema motor (eferente) e sensorial (aferente). O 
sistema sensorial, por meio de nervos periféricos sensoriais, traz mensagens através 
de potenciais de ação ao SNC. Esses receptores têm a responsabilidade de 
transformar estímulos ambientais (ex: som, luz, frio, estiramento do músculo, etc.) 
em potenciais de ação codificados em função da intensidade do estímulo por 
intermédio da frequência dos potenciais de ação. 
O SNC, por meio do sistema motor (eferente) interpreta e responde a estes 
estímulos através do sistema somático para musculatura esquelética e automático 
para musculatura lisa. 
Todo o SNC é envolto por três camadas protetoras denominadas meninges. 
A mais interna é a pia-máter que é composta de uma única camada de fibroblastos, 
unidas a superfície externa do cérebro e à medula espinhal. A central chama-se 
aracnóide, composta de uma camada única e fina de fibroblastos. A camada mais 
externa, e mais resistente é a dura-máter, composta de uma camada muito espessa 
de fibroblastos que tem a finalidade de proteger o SNC (Ver figura 5). Vale ressaltar 
 
 
 
 
 
15 
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que entre a pia-máter e a aracnoide encontra-se o LCE (líquido cérebro espinhal), 
um líquido incolor que tem a finalidade de amortecimento de choques em movimento 
corporais abruptos. 
 
FIGURA 05 – MENINGES: A – PIA-MATER, B – ARACNOIDE E C - DURA-MÁTER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.academic.kellogg.cc.mi.us/herbrandsonc/bio201>. 
 
 
2.2 NEURÔNIO: ESTRUTURA E FUNÇÕES 
 
 
O sistema nervoso possui dois tipos celulares: a célula da neuroglia (ou 
células da glia) que conferem a estrutura ao SN e os neurônios que são as unidades 
funcionais do SN. A quantidade de neurônios existentes em um SN é imensa, para 
se ter uma ideia, existe muito mais neurônios em um SN que pessoas no Planeta. 
Algumas características únicas dessas células nervosas: 
• Capacidade de gerar e conduzir impulsos (potenciais de ação); 
• Não mantém funções reprodutivas; 
• Não possuem ribossomos, por isso não sintetizam proteínas. As 
proteínas são sintetizadas no corpo celular. 
 
 
 
 
 
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Um neurônio tem quatro regiões morfológicas bem definidas: dendritos, 
corpo celular, axônio e terminais pré-sinápticos. 
 
FIGURA 06 – ESTRUTURA DE UM NEURÔNIO 
 
FONTE: Disponível em: <www.sogab.com.br/anatomia/sistemanervosojonas.htm>. 
 
 
O corpo celular contém núcleo, retículo endoplasmático, aparelho de golgi 
e mitocôndrias. Sintetiza moléculas essenciais para manutenção do neurônio. 
Os dendritos são uma extensão do citoplasma ou ramificações do corpo 
celular. É o principal mecanismo receptivo do neurônio e de emissão de impulsos a 
neurônios vizinhos. 
O axônio é um processo tubular longo, com mais de um metro em grandes 
mamíferos, e transmite um impulso elétrico (potencial de ação) do corpo celular até 
as terminações do axônio (terminais pré-sinápticos). 
Os terminais pré-sinápticos são o ponto de contato com a célula adjacente, 
que pode ser outro neurônio ou uma célula muscular. Este local é denominado 
sinapse e o espaço entre os terminais pré-sinápticos e a célula subjacente (pós-
sináptica) é denominado fenda sináptica (Figura 07). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 07 – ESQUEMA DE UMA SINAPSE 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.ucs.br>. 
 
 
Os axônios da maioria dos neurônios, tanto no sistema nervoso central 
quanto no periférico, são envoltos por uma camada lipídica isolante chamada bainha 
de mielina, formada por células de Schwann, que são células da glia especializadas 
que se enrolam no axônio. Essa bainha é interrompida em intervalos regulares pelos 
nodos de Ranvier. Essas estruturas conferem uma maior velocidade de condução de 
impulsos nervosos, pode-se dizer que os impulsos saltam de um nodo de Ranvier a 
outro (figura 08). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 08 – NEURÔNIO MIELINIZADO 
 
FONTE: Disponível em: <http://pwp.netcabo.pt>. 
 
 
2.3 O PAPEL DAS SINAPSES 
 
 
Sinapses são junções formadas com outras células nervosas onde o 
terminal pré-sináptico de uma célula faz contato com a membrana pós-sináptica de 
outra. São nestas junções que os neurônios são excitados, inibidos ou modulados. 
Por realizarem a conexão entre os neurônios e entre estes e células musculares são 
foco de ação de diversos fármacos e drogas. 
Existem sinapses químicas e elétricas. As sinapses elétricas caracterizam-se 
por canais diretos que comunicam uma célula a outra por intermédio de estruturas 
tubulares proteicas (proteínas de membrana) aonde atravessam íons carregados 
como vimos anteriormente. É por meio dessas junções (ou GAPs) que as células 
musculares lisas e cardíacas se comunicam. 
A ocorrência de sinapses elétricas no sistema nervoso é rara e não se 
conhece bem suas funções. Sob ponto de vista prático todas as sinapses de 
transmissão no SN são químicas. Nesses casos o primeiro neurônio secreta na 
fenda sináptica um mediador químico (um neurotransmissor) que por sua vez vai 
atuar nas proteínas de membrana do neurônio subjacente excitando-o, inibindo-o ou 
 
 
 
 
 
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modificando sua sensibilidade. Não se sabe exatamenteo número de 
neurotransmissores existentes, até o momento foram identificados mais de 30. 
Uma característica importante das sinapses é que elas possuem condução 
unidirecional o que faz com que os sinais sejam direcionados a fins específicos. 
Dessa forma, um neurônio secreta o neurotransmissor (neurônio pré-sináptico) que 
vai atuar no neurônio pós-sináptico. Essa é uma característica das sinapses 
químicas, já as sinapses elétricas podem emitir sinais em qualquer direção. 
Na figura 07 nota-se a presença de pequenas vesículas, chamadas de 
vesículas sinápticas. Essas vesículas armazenam os neurotransmissores que, com a 
chegada de um potencial de ação, são liberados na fenda sináptica e atuam nos 
receptores pós-sinápticos estimulando ou inibindo. 
Vimos até o momento às estruturas que compõem o SN e suas funções. O 
principal papel desse sistema é a condução do potencial de ação, mas o que é esse 
potencial de ação? 
 
 
2.4 POTENCIAL DE AÇÃO 
 
 
Para compreendermos o processo de condução de um impulso nervoso 
(potencial de ação) devemos lembrar que os líquidos dentro e fora da célula são 
soluções eletrolíticas, contendo íons positivos e negativos em igual quantidade. 
Normalmente ocorre um acúmulo de íons negativos (ânions) na face interna 
da membrana celular e igual quantidade de íons positivos se acumula na face 
externa da membrana. Isso leva ao estabelecimento de um potencial de membrana 
entre os meios intra e extracelulares (Figura 09). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
FIGURA 09 – ESQUEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS POSITIVAS E 
NEGATIVAS NA PARTE INTERNA E EXTERNA DA MEMBRANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Veterinária. James G. Cunningam. 
 
 
Uma fibra nervosa que não está conduzindo um impulso nervoso, entretanto 
em potencial de repouso, apresenta um potencial de membrana (ou DDP: diferença 
de potencial) de aproximadamente -90mv. Em outras palavras o interior da fibra é 90 
vezes mais negativo que o exterior. Na literatura podem-se encontrar variações 
desse valor, por exemplo: em Guyton esse valor é de -90mv, em Cunningham é de -
75mv. Trabalharemos com os valores propostos por Cunningam. 
Para que um potencial de ação transmita sinais neurais é necessário que 
haja uma alteração abrupta na DDP. Enquanto a membrana encontra-se polarizada 
seu estado é chamado de potencial de repouso. No momento em que chega um 
potencial de ação podemos ter duas situações distintas: 
a) Potencial Excitatório pós-sináptico (PEPS – fig. 10). Neste caso ocorre 
a diminuição do potencial de membrana, fazendo com que esta fique extremamente 
permeável ao íon sódio. 
Com a entrada desse íon, o interior da célula passa a ter uma grande 
quantidade de cargas positivas fazendo com que a DDP desapareça e caminhe em 
direção a positividade. Quando se atinge o valor de -55mv diz-se que a membrana 
está despolarizada ou hipopolarizada. Essa despolarização resulta na interação do 
neurotransmissor químico liberado pelas vesículas pré-sinápticas com seus 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
receptores no neurônio pós-sináptico. Os neurotransmissores liberados são 
inativados em milissegundos. Essa interação faz com que comportas de sódio 
fechadas se abram provocando um rápido influxo de sódio na célula subjacente, 
deixando seu interior mais positivo desencadeando o potencial de ação. 
 
FIGURA 10 – POTENCIAL EXCITATÓRIO PÓS-SINÁPTICO (PEPS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Veterinária. James G. Cunningam. 
 
 
b) Potencial inibitório pós-sináptico (PIPS) – Se ao invés da abertura de 
canais de Sódio como no PEPS houver a abertura de canais de potássio, esse íon 
vai se difundir do interior da célula para o exterior. Dessa forma, vai provocar um 
aumento da DDP fazendo com que as possibilidades de desencadear um potencial 
de ação diminuam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
FIGURA 11 – POTENCIAL INIBITÓRIO PÓS-SINÁPTICO (PIPS) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Veterinária. James G. Cunningam. 
 
 
2.5 - A CONDUÇÃO DO IMPULSO NERVOSO 
 
 
No item anterior vimos os eventos inerentes a um potencial de ação em um 
ponto da membrana. Porém, um potencial de ação produzido em qualquer ponto de 
uma membrana excitável se propaga para áreas adjacentes. 
A figura abaixo (A) representa uma fibra nervosa em repouso. Nota-se o 
acúmulo de cargas negativas em seu interior nas áreas adjacentes à membrana e 
positivas no exterior. 
 
 
 
A figura B mostra uma fibra que foi excitada em sua parte média, isto é, 
desenvolveu um aumento de permeabilidade ao sódio. As setas indicam o fluxo de 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
corrente partindo da área despolarizada para áreas adjacentes. Nestas regiões os 
canais de sódio ficam imediatamente ativados. 
 
 
 
Na figura C e D nota-se a explosão do potencial de ação para as duas 
direções na fibra nervosa ao promover a abertura de novos canais de sódio e a 
consequente entrada de íons com carga positiva para o interior da célula. 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
O desencadeamento de um potencial de ação se caracteriza por alterações 
explosivas no potencial de membrana pelo princípio do “tudo ou nada”. Como visto a 
abertura de canais de sódio, faz com que esse íon entre, deixando o interior da 
célula mais positivo, porém a DDP, ou a diferença entre as cargas positivas e 
negativas no interior e exterior da célula, deve diminuir até aproximadamente 55mv 
(em células de mamíferos) para que se desencadeie o potencial de ação. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Assim, uma célula pré-excitada que teve sua DDP diminuída (por exemplo: 
de 90 para 70mv) está mais propensa a desencadear um potencial de ação. Esse 
ponto (55mv) é chamado de limiar potencial. 
Para que uma célula desencadeie um potencial de ação, esta deve estar em 
repouso. Dessa forma para que um novo potencial seja gerado, ou conduzido, a 
membrana celular que foi despolarizada deve voltar ao seu estado original. Esse 
processo é chamado de repolarização. 
À medida que o potencial se afasta de sua origem e percorre a fibra nervosa, 
os canais de sódio se fecham rapidamente e abrem-se canais de potássio, 
permitindo que esse íon saia e interrompa o processo de despolarização. Nesse 
momento, a membrana vai além do seu potencial de repouso, estado conhecido 
como hiperpolarização. 
 
FIGURA 12 – ALTERAÇÕES NO POTENCIAL DE MEMBRANA DURANTE O 
POTENCIAL DE AÇÃO 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Veterinária. James G. Cunningam. 
 
 
Neste momento, em que a membrana se encontra hiperpolarizada, entra em 
ação a sódio/potássio ATPase que atuará fazendo com que a célula atinja o 
potencial de repouso ao transportar três íons sódio para fora e dois íons potássio 
para o interior da célula.25 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Cunningan faz uma analogia interessante ao comparar o desencadeamento 
do potencial de ação em uma célula nervosa e um vaso sanitário. “Como o nervo, o 
vaso sanitário tem energia potencial armazenada enchendo o tanque acima do 
mesmo (o nervo faz o mesmo gerando o potencial de membrana de repouso). Se o 
cabo do tanque for forçado para baixo, apenas brevemente, um pouco de água sai 
do vaso, mas o ciclo não se completa (isto é um PEPS sem o potencial de ação). 
Entretanto, se o cabo for mantido para baixo por tempo suficiente, até atingir um 
limiar crítico o ciclo do fluxo é desencadeado, e deve seguir seu curso, inclusive o 
reenchimento do tanque, antes que possa começar um novo fluxo” (CUNNINGAM, 
29 p.). 
Esse ciclo do fluxo é similar ao potencial de ação. É desencadeado assim 
que se atinge um limiar de despolarização e deve seguir seu curso inclusive com a 
repolarização da membrana. Como o restabelecimento (repolarização) leva um 
tempo limitado, apenas uma quantidade limitada de fluxos pode ser desencadeada 
em um determinado tempo. A velocidade de um potencial de ação varia em função 
da estrutura celular em questão (presença ou não de mielina), podendo ir de 0,5m/s 
até 70m/s. 
 
 
3 FISIOLOGIA NEUROMUSCULAR 
 
 
As células nervosas se comunicam entre si e com outras células do 
organismo, como células musculares e secretoras. Assim como existem sinapses 
entre neurônios, existem sinapses entre neurônios e as fibras musculares. Essas 
junções são chamadas de sinapses neuromusculares e têm a finalidade de 
transmitir impulsos nervosos ao músculo. 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
A função da sinapse neuromuscular é transmitir uma mensagem de 
potencial ação de forma unidirecional (neurônio – músculo) a uma célula muscular 
esquelética com frequência e duração estabelecida pelo SNC. 
A fenda sináptica, localizada entre a porção pré-sináptica localizada no 
neurônio e a porção pós-sináptica localizada no músculo (muscular), têm um espaço 
de 20 a 30 nanômetros de largura e, neste espaço que são liberados os 
neurotransmissores que vão ligar-se aos receptores para acetilcolina no terminal 
pós-sináptico. 
A chegada de um potencial de ação do axônio em uma fenda sináptica 
neuromuscular faz com que as vesículas sinápticas fundam-se com a membrana, se 
abram e liberem acetilcolina. Este neurotransmissor liga-se aos receptores na 
membrana pós-sináptica, promovendo a abertura de canais de sódio. A entrada de 
sódio desencadeia o potencial de ação. A acetilcolina liberada, rapidamente é 
destruída por uma enzima chamada acetilcolinesterase. 
 
FIGURA 15 - REPRESENTAÇÃO DA SINAPSE NEUROMUSCULAR 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.afh.bio.br>. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Até o momento vimos como ocorre o potencial de ação, como este chega 
até uma fibra muscular e como estimula esta fibra. Veremos agora o que ocorre 
quando uma fibra muscular é estimulada, e para isso, é necessário que conheçamos 
os tipos e a organização dos músculos existentes em um organismo. 
Existem três tipos de músculos em um organismo: esquelético, cardíaco e 
liso. Descreveremos neste ponto, o musculoesquelético, porém, ressaltaremos 
algumas comparações aos outros tipos musculares, que serão posteriormente 
discutidos. 
A musculatura esquelética corresponde a aproximadamente 40% do corpo 
animal, já a lisa e a cardíaca, juntas, equivalem a cerca de 10%. Todo movimento do 
corpo é resultado da contração de um musculoesquelético que é composto de uma 
parte central contrátil e duas extremidades com tendões que se fixam em ossos 
diferentes entre os quais se encontra uma articulação. A figura abaixo mostra um 
bíceps (relaxado e contraído). 
 
FIGURA 16 - BÍCEPS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.auladeanatomia.com>. 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
O processo de contração do músculo pode ocorrer sem encurtamentos das 
fibras (contração isométrica) e com o encurtamento das fibras (contração isotônica). 
Se você segurar um peso na mão com o braço estendido verá que seu músculo 
contrai, porém não aumenta em volume, isso é uma contração isométrica. 
Se você levanta esse peso em direção a seu ombro verá que há um 
aumento de volume em seu bíceps, isso ocorre porque há um encurtamento das 
fibras musculares e é chamada de contração isotônica. Mas o que ocorre com as 
fibras musculares durante esse processo de contração? 
Existem diversos níveis de organização em um musculoesquelético. A 
massa muscular é constituída de células denominadas fibras musculares. Cada fibra 
muscular contém milhares de miofibrilas disposta paralelamente como um punhado 
de espaguete, por sua vez, cada miofibrila é formada por uma série de sarcômeros 
que se repetem, sendo a unidade contrátil da fibra muscular. 
 
 
FIGURA 17 - ORGANIZAÇÃO MUSCULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Veterinária. James G. Cunningam. 
 
 
 
 
 
30 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Os sarcômeros têm um disco em cada extremidade, chamados de disco Z. 
O sarcômero apresenta quatro tipos de grandes moléculas proteicas que são 
responsáveis pela contração muscular. A actina, que se estende ao centro do 
sarcômero e está ligada ao disco Z. Cada filamento de actina é composto por dois 
fios da proteína actina e dois da proteína tropomiosina, torcidos em hélice. Ao longo 
da molécula de tropomiosina encontram-se moléculas globulares denominadas 
troponina que possuem afinidade aos íons cálcio. 
 
FIGURA 18 – ACTINA E MIOSINA 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
Suspensos entre os filamentos de actina encontram-se filamentos espessos 
de miosina, também constituída de hélices, que interagem com a actina para 
encurtar o sarcômero. 
Paralelos as miofibrilas estão inúmeros retículos endoplasmáticos 
denominados, nas células musculares, retículo sarcoplasmático. Essas estruturas 
têm a finalidade de sequestrar íons cálcio no músculo relaxado.Perpendicularmente ao eixo longitudinal das fibras musculares estão os 
túbulos transversos que atravessam o diâmetro da célula muscular de um lado a 
outro do sarcolema, como se perfurasse uma salsicha. Estes túbulos contêm líquido 
extracelular e são importantes na condução do potencial de ação como veremos 
adiante. A figura abaixo representa um esquema geral da organização muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
FIGURA 19 - ORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS 
 
 
FONTE: Disponível em:<http://magisnef.files.wordpress.com/>. 
 
 
3.1 POTENCIAL DE AÇÃO NO MÚSCULO 
 
 
Assim como as células nervosas, as células musculares esqueléticas 
também possuem um potencial de repouso que pode ser excitado pela transmissão 
sináptica neuromuscular. Quando uma fibra nervosa é estimulada (no centro da 
fibra), o potencial de ação se propaga em ambas as direções e são transmitidos para 
o centro das fibras por meio dos túbulos transversos. Isso permite que o potencial de 
ação atinja os retículos sarcoplasmáticos no interior da fibra muscular. 
Na imagem abaixo, podemos notar que os túbulos transversos (ou túbulos T) 
percorrem transversalmente às miofibrilas em contato com o retículo 
sarcoplasmático. 
 
 
 
 
 
32 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
FIGURA 20 – MIOFIBRILA 
 
FONTE: Disponível em:<http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/15.10.04/contracao.htm>. 
 
 
A unidade contrátil do músculo é o sarcômero, que sai de seu estado de 
relaxamento para o estado contraído na presença de íons cálcio. A figura abaixo 
representa um sarcômero em estado contraído e relaxado. Nota-se que há uma 
aproximação das bandas Z com o deslizamento dos feixes de actina e miosina uns 
sobre os outros. 
 
FIGURA 21 – CONTRAÇÃO MUSCULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
 
 
 
33 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
Embora seja um processo não totalmente conhecido, sabe-se atualmente 
que a interação entre as moléculas de actina e miosina são dependentes de íons 
cálcio e de ATP. Em vários pontos da molécula de actina, existem pontos que 
interagem com a molécula de miosina. Na ausência de cálcio esses locais são 
encobertos ou inativados pelas moléculas de tropomiosina. 
Durante o processo de contração muscular, isto é, com a chegada do 
potencial de ação, o cálcio é liberado do retículo sarcoplasmático e interage com as 
moléculas de troponina a molécula de tropomiosina é alterada, de uma forma pouco 
conhecida, de modo que locais ativos são liberados para reagirem com as moléculas 
de miosina fazendo com que essas moléculas se movam uma em direção à outra 
encurtando o sarcômero. Na ausência de cálcio essa reação não ocorre e tem-se o 
relaxamento. 
Em repouso, os íons cálcio são bombeados do líquido sarcoplasmático para 
dentro do retículo sarcoplasmático. O potencial de ação que se propaga para o 
interior da fibra, por meio dos túbulos transversos, chega ao retículo sarcoplasmático 
e promove a liberação de cálcio a favor de um gradiente de concentração para fora 
do retículo. À medida que o potencial de ação passa, isto é, quando a célula volta a 
ficar polarizada, o cálcio é novamente bombeado para dentro do retículo. 
 
 
3.2 CONTRAÇÃO DO MUSCULOCARDÍACO 
 
Da mesma forma que o musculoesquelético, o músculo cardíaco é estriado e 
contém retículos sarcoplasmáticos e miofibrilas com actina e miosina. Entretanto, 
algumas estruturas divergem nesses tipos musculares. 
As células musculares cardíacas são mais curtas e de menor diâmetro, e se 
fundem umas as outras na forma de um sincício. Na figura abaixo podemos notar 
áreas escuras angulares que atravessam as fibras musculares cardíacas. Estas 
estruturas são chamadas de discos intercalares e tem a função de transmitir o 
impulso nervoso para o interior das fibras musculares. Os discos intercalares 
possuem baixa resistência elétrica, o que aumenta a excitabilidade do músculo. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
FIGURA 22 – MUSCULOCARDÍACO 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
Outro aspecto importante que devemos ressaltar em relação à musculatura 
cardíaca, é que o coração deve contrair como unidade (embora haja uma diferença 
entre o tempo de contração atrial e ventricular como veremos ao discutir o sistema 
cardiovascular). Essa característica é atingida pela presença dos discos intercalares 
que aumenta a velocidade de condução do impulso nervoso (potencial de ação) 
cerca de 10 vezes comparada ao musculoesquelético. 
Apesar de sua rápida condução, o potencial de ação é muito mais demorado 
que no musculoesquelético, ou melhor, o tempo de despolarização da membrana é 
maior. Devemos lembrar que o potencial de ação no musculoesquelético é 
provocado pela abertura abrupta de inúmeros canais de sódio, que com a passagem 
do potencial de ação se fecham em seguida (milionésimos de segundos). 
Já no caso da musculatura cardíaca, o potencial de ação é causado pela 
abertura de dois tipos de canais: os canais rápidos de sódio (os mesmos 
encontrados no musculoesquelético) e os canais de cálcio-sódio que permanecem 
abertos por mais tempo que os primeiros (alguns décimos de segundos). Durante 
esse tempo, grandes quantidades de cálcio e sódio migram para o interior da fibra 
muscular cardíaca, mantendo a despolarização por mais tempo. 
Outro aspecto que contribui para o aumento no tempo da despolarização, é 
que após o início do potencial de ação, a permeabilidade da membrana do músculo 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
cardíaco ao potássio, reduz cerca de cinco vezes. Este fato provoca uma lentidão no 
efluxo de potássio, aumentando o tempo de repolarização. 
A musculatura lisa é outro tipo muscular que também apresenta 
características específicas. Não contêm túbulos transversos, possivelmente porque 
as moléculas de actina e miosina encontram-se próximas a membrana celular 
externa e por isso são facilmente influenciadas pelo potencial de ação do sarcolema 
e pela difusão transmembrana de íons cálcio. 
Ao invés da troponina essa musculatura contém calmodulina, embora com 
funções similares. A musculatura lisa pode ser excitada por estímulos nervosos ou 
por ação hormonal e a interação entre as moléculas de actina e miosina demoram 
mais tempo para se desfazer o que pode provocar contrações que demoram horas 
ou dias. A imagem abaixo traz a representação dos três tipos musculares discutidos 
aqui. Detalhes acerca da fisiologia destes músculos serão discutidos nos tópicos 
específicos (cardiovascular e digestivo). 
 
 
FIGURA 23 – TIPOS MUSCULARES 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.coladaweb.com>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
3.3 ARCO REFLEXO 
 
 
O conhecimento sobre o funcionamento do arco reflexo é fundamental para 
fisiologiada postura e da locomoção, por este fato discutiremos sucintamente esse 
tópico a seguir. Vale ressaltar também que este é o primeiro sistema integrado 
discutido aqui. 
O arco reflexo pode ser definido como uma resposta qualitativamente 
invariável e involuntária do SNC a um estímulo. Existem cinco componentes básicos 
e necessários envolvidos em um arco reflexo. 
 
 
a) Receptor 
Todos os arcorreflexos começam com receptores que variam amplamente 
no organismo, porém apresentando funções comuns: captam alguma energia 
ambiental e a transformam em potencial de ação, isto é, codificam uma mensagem 
em um formato compreendido pelo sistema nervoso. Os receptores da retina captam 
a luz, os da pele o frio e o calor, etc., gerando potenciais de ação ao longo de nervos 
sensoriais em uma frequência proporcional a energia captada. Esta relação entre a 
intensidade do estímulo e a frequência de impulsos de potencial de ação é 
denominada de codificação de frequência. Assim, a resposta do SNC ao estímulo 
tem a amplitude determinada em função da frequência dos estímulos recebidos. 
 
b) Nervo sensorial 
O nervo sensorial ou nervo aferente conduz o potencial de ação do receptor 
para o SNC e penetra na medula espinhal através de raízes dorsais. 
 
c) Sinapse no SNC 
Para a maioria dos arcorreflexos ocorre mais de uma sinapse, porém, 
existem alguns monossinápticos. 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
d) Nervo eferente 
Conduz o potencial de ação do SNC ao órgão-alvo que efetuará a resposta 
ao estímulo. 
 
e) Órgão-alvo 
Órgão que efetuará a resposta reflexa. Normalmente, são 
musculosesqueléticos. 
 
 
FIGURA 24 - ELEMENTOS ENVOLVIDOS NO ARCORREFLEXO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Veterinária. James G. Cunningam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.4 DIFERENÇAS FUNCIONAIS ENTRE O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO SOBRE FEIXES MUSCULARES 
 
 
Como vimos até o momento, controlamos conscientemente todos os 
movimentos corporais por meio do SNC. Entretanto, existe uma parte do sistema 
nervoso que geralmente não fica sob controle consciente e por esse motivo foi 
chamado de Sistema Nervoso Autônomo (SNA). 
O SNA é um sistema periférico que controla músculo liso, cardíaco e 
algumas glândulas, e dessa maneira, controla diversas funções do organismo como: 
temperatura, sudorese, motilidade intestinal, etc. Uma impressionante característica 
desse sistema é sua eficiência em alterar as funções de um organismo. Ele pode 
dobrar a frequência cardíaca em 5 segundos, elevar a pressão arterial ao dobro em 
15 segundos. Por esse motivo, esse sistema é alvo de muitos fármacos em diversos 
tipos de tratamento e suas disfunções podem causar danos irreparáveis ao 
indivíduo. 
Dentre as diferenças anatômicas inerentes ao SNA está o fato de que o 
Sistema Nervoso Somático que controla a musculatura esquelética discutido 
anteriormente tem um nervo com o corpo celular no SNC e se estende até o 
músculo onde ocorre a sinapse. Já o SNA apresenta dois nervos periféricos. O 
primeiro chamado de pré-ganglionar também apresenta seu corpo celular no SNC, 
porém inerva um segundo neurônio (pós-ganglionar) que tem seu corpo celular em 
uma estrutura periférica chamada gânglio. Gânglio é definido como uma coleção de 
corpos celulares nervosos fora do SNC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 
 
FIGURA 25 - SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO E AUTÔNOMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Veterinária. James G. Cunningam. 
 
 
O SNA tem duas divisões principais que tem por base a origem anatômica 
de seus neurônios, seus transmissores sinápticos (o que também diferencia suas 
respostas) e o órgão-alvo. Estas divisões são o SNA simpático e o SNA 
parassimpático. 
 
 
3.5 O SNA SIMPÁTICO 
 
 
Em geral os axônios pré-ganglionares são mais curtos que os pós-
ganglionares. Ao saírem do SNC os axônios pré-ganglionares entram em uma região 
chamada de cadeia ganglionar simpática paravertebral onde a maioria faz sinapse 
com o neurônio pós-ganglionar que se estende até o tecido-alvo. 
A medula da glândula adrenal (localizada na porção superior dos rins) é uma 
exceção a este aspecto anatômico. Alguns axônios pré-ganglionares estendem-se 
até a medula adrenal onde fazem sinapse com os pós-ganglionares que compõem 
as células secretoras da medula e secretam substância transmissora diretamente na 
corrente sanguínea. 
 
 
 
 
 
 
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3.6 O SNA PARASSIMPÁTICO 
 
 
Em geral possui axônios pré-ganglionares longos e pós-ganglionares curtos. 
Os axônios longos (pré) passam por gânglios parassimpáticos no órgão-alvo ou 
próximos a ele onde fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares curtos. O 
sistema Gastrintestinal apresenta um sistema nervoso intrínseco composto por uma 
rede de neurônios pós-ganglionares. 
 
 
3.7 OS NEUROTRANSMISSORES 
 
 
De maneira geral o SNA, simpático e parassimpático, pode secretar 
acetilcolina, dopamina, noradrenalina e adrenalina. A resposta do organismo a cada 
neurotransmissor vai depender do receptor estimulado. 
As diferenças estão nas respostas. O simpático (adrenérgico) é um sistema 
que descarrega como unidade, atuando em estresse físico e emocional, resulta na 
estimulação de todo o organismo. Provoca aumento da frequência cardíaca, 
dilatação da pupila, aumento da pressão sanguínea, aumento da glicose sanguínea, 
etc. De forma geral são efeitos muito úteis em situação de emergência. 
Já o SNA parassimpático (colinérgico) atua de maneira mais discreta e 
constante no organismo sobre órgãos específicos. Auxilia na digestão e absorção de 
alimentos, secreção gástrica, motilidade intestinal, entre outros. A imagem abaixo 
representa os dois sistemas e os principais órgãos-alvo de cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 26- SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO (ESQUERDA) E 
PARASSIMPÁTICO (DIREITA) 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
 
 
 
 
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O SNA promove a regulação homeostática do organismo por meio de 
reflexos autônomos. Estes eventos serão descritos posteriormente em maiores 
detalhes, porém, para termos dimensão da importância desses sistemas citaremos 
alguns exemplos. Podemos notar na figura acima a extensão da atividade deste 
sistema. 
Controle da pressão sanguínea – o aumento da pressão sanguínea acima 
dos limites normais faz com que nervos vasoconstritores adrenérgicos sejam 
inibidos, fazendo com que a pressão caia. Vale ressaltar que esse tipo de controle 
não é o único sobre a pressão, a frequência cardíaca e os rins também participam 
desse processo. 
Reflexo luminoso pupilar – ao direcionaruma lanterna para o olho, a luz 
estimula fotorreceptores na retina fazendo com que potenciais de ação sejam 
transmitidos para o tronco cerebral até neurônios colinérgicos parassimpáticos que 
estimulam o músculo da íris a se contrair. 
 
 
4 SISTEMA RENAL 
 
 
4.1 FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
 
 
Os rins nos mamíferos são órgãos de extrema importância e complexidade 
por serem encarregados pela manutenção da homeostasia corpórea. Este controle 
se dá por meio da identificação da condição do organismo, por exemplo, se há uma 
queda ou aumento da pressão sanguínea, o SNC ativa mecanismos renais que 
trabalharão com a finalidade de normalizá-la. Veremos detalhes de esse processo a 
seguir. 
Os rins são compostos por uma grande variedade de tipos celulares, cada 
um com funções específicas em respostas a estímulos diretos e indiretos. Dentre as 
 
 
 
 
 
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funções dos rins, estão à filtração, excreção, reabsorção, manutenção do equilíbrio 
ácido-base e controle da pressão sanguínea. 
A principal estrutura do processo de filtração é o néfron, que é formado de 
glomérulos renais, local onde o sangue é filtrado, e os seguimentos dos túbulos 
renais são onde ocorre a reabsorção de substâncias. Vejamos em partes esse 
complexo sistema. 
Na imagem abaixo vemos o sistema sanguíneo que irriga o rim. Em 
vermelho temos as artérias renais que conduzem sangue arterial (rico em O2) até o 
córtex renal, local onde se localizam os néfrons, e fazem contato com as veias 
renais. 
 
FIGURA 27 – ESTRUTURA RENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.3bscientific.es/shop/portugal/posters-gra...>. 
 
O primeiro passo no processo de filtração ocorre no glomérulo renal. Esta 
estrutura é formada por uma rede de capilares destinada a reter no sistema vascular, 
componentes celulares e proteínas de alto e médio peso moleculares. Nos túbulos 
renais, inicialmente, encontra-se uma solução aquosa similar ao plasma sanguíneo, 
chamado de filtrado glomerular. 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 28 – GLOMÉRULO RENAL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/imagens/nefron.jpg...>. 
 
O sangue proveniente da artéria renal chega à arteríola aferente que se 
divide em inúmeros capilares glomerulares que se unem, formando a arteríola 
eferentes que tem a função de levar o sangue para fora do glomérulo, fazendo-o 
retornar à circulação sistêmica através da veia renal. 
A rede de capilares glomerulares é envolvida por uma estrutura chamada 
cápsula de Bowman, local onde se acumula o filtrado e é conduzido para o túbulo 
proximal passando para a alça de Henle, para o túbulo distal e para o canal (ducto) 
coletor. Ao longo desse trajeto, substâncias são reabsorvidas ou secretadas pelo 
epitélio tubular, que tem a função de separar as substâncias que retorna ao sangue 
e as que formarão a urina. 
Este processo foi apresentado aqui de maneira resumida, entretanto, 
retomaremos essas funções posteriormente. Vale considerar que grande parte dos 
constituintes do sangue é transferida para o túbulo proximal e à medida que 
avançam são reabsorvidos pela circulação sistêmica. A seleção do que será 
absorvido ou eliminado depende das condições fisiológicas do organismo. A figura 
 
 
 
 
 
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abaixo mostra de maneira simplificada os passos do processo de filtração 
glomerular. 
 
FIGURA 28 – ESQUEMA GLOMERULAR RENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
Podemos identificar três maneiras hipotéticas pelas quais os rins lidam com 
algumas substâncias. No primeiro caso, como indica a figura A, a substância pode 
ser filtrada e não reabsorvida, passando dessa forma a constituir a urina. 
No caso B, a substância foi filtrada e parte dela reabsorvida para o sangue, a 
outra parte foi eliminada pela urina. Isso pode ocorrer com alguns eletrólitos 
dependendo das necessidades do organismo. 
Já no caso C, a substância foi filtrada e totalmente reabsorvida pelo sistema 
vascular sendo inexistentes na urina. A glicose é um exemplo dessas substâncias 
em condições normais, isto é, sem patologias como diabetes, por exemplo. 
Já a figura D mostra uma substância que não foi filtrada, mas foi totalmente 
secretada para os túbulos renais. 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 30 – SUBSTÂNCIAS HIPOTÉTICAS NO RIM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
4.2 EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE 
 
 
Associado a outros dois sistemas (respiratório e sistema tampão sanguíneo), 
o sistema renal tem grande importância na manutenção do pH sanguíneo, que tem 
seu valor aproximado de 7,4. Alterações nesse valor podem ser fatais. O pH menor 
que 6,8 ou maior que 8,0 são incompatíveis com a vida, o que ressalta a importância 
do bom funcionamento dos sistemas de controle. 
O sistema renal participa do controle do pH do sangue por meio da 
eliminação de íons hidrogênio do mesmo, por meio de um sistema de transporte 
presente na membrana que divide o sistema tubular do sangue. O processo tem 
início com a difusão do dióxido de carbono para dentro da célula que sob a 
influência de uma enzima, denominada anidrase carbônica, combina-se com água 
para formar ácido carbônico e se dissocia formando bicarbonato e hidrogênio. 
Esse hidrogênio é secretado por um mecanismo de contratransporte (ou 
cotransporte) de Na+ e H+. O sódio se desloca do lúmen do túbulo para o interior da 
célula através de uma proteína transportadora. No momento em que o sódio se liga 
a esta proteína, um hidrogênio liga-se a mesma proteína no interior da célula. Pelo 
fato da concentração de sódio ser muito mais baixa dentro da célula que no túbulo, 
 
 
 
 
 
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provoca um movimento de sódio a favor de um gradiente de concentração, gerando 
energia utilizada para o transporte de hidrogênio formado dentro da célula para o 
lúmen tubular. Esse processo continua até que a urina atinja, nos túbulos distais, um 
pH de aproximadamente 6,0. A figura abaixo mostra os passos desse processo. 
 
FIGURA 31 - ESQUEMA DE TRANSPORTE RENAL DE HIDROGÊNIO 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
Observando a figura acima, vemos que a formação do hidrogênio é 
acompanhada da formação de um íon bicarbonato dentro da célula pela dissociação 
de H2CO3 em HCO3- e H+. Em seguida, esse bicarbonato difunde-se para o líquido 
extracelular em associação com o sódio absorvido. O efeito final dessa reação é 
uma reabsorção de bicarbonatos a partir do túbulo, apesar dos íons reabsorvidos 
não serem os mesmos removidos do lúmen tubular. Este detalhe vem demonstrar a 
complexidade envolvida nos processos de filtração renal e sua importância para o 
bom funcionamento do organismo. 
 
 
 
 
 
 
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4.3 O PAPEL DO SISTEMA TAMPÃO NO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE 
 
 
Um tampão ácido-base é uma solução com a combinação de dois ou mais 
compostos químicos que evitam alterações acentuadas na concentração de 
hidrogênio e, consequentemente, no pH sanguíneo. 
Um exemplo típico desse sistema é o caso de adicionarmos algumas gotas 
de ácido clorídrico em água. O pH será rapidamente reduzido, chegando a 1,0, já 
que o HCl se dissociará em H + Cl. O mesmo não ocorre se a água contiver uma 
solução tampão. 
 
Se adicionamos ácido clorídrico (HCl) a uma solução tampão, contendo 
bicarbonato (NaHCO3), teremos como resultado desta reação ácido carbônico 
(H2CO3 ) e cloreto de sódio (NaCl). Veja a seguinte reação: 
 
HCl + NaHCO3 H2CO3 + NaCl 
 
Verifica-se que o ácido clorídrico, um ácido muito forte, é convertido em 
ácido carbônico, um ácido fraco e dessa forma alterando muito pouco o pH da 
solução. 
 
Por outro lado, se uma base forte, como hidróxido de sódio, é adicionada a 
uma solução que contém ácido carbônico teremos a seguinte reação: 
 
NaOH + H2CO3 NaHCO3 + H2O 
 
O íon hidroxila (OH), do hidróxido de sódio (NaOH), combina-se com o 
hidrogênio do ácido carbônico (NaHCO3) formando água (H2O) restando o 
bicarbonato de sódio (NaCO3). O resultado é a troca de uma base forte (NaOH) por 
uma base fraca (NaHCO3). 
 
 
 
 
 
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O sistema tampão bicarbonato, apesar de não ser o mais forte na redução 
da concentração livre de H+ e de OH-, é o mais eficiente, visto que as suas bases 
são compostas por dois componentes facilmente inseridos no sistema: O CO2 por 
meio da respiração e o bicarbonato por intermédio dos rins. 
 
 
4.4 O PAPEL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO NO CONTROLE DO PH 
 
O Sistema respiratório é o mais rápido no controle do pH. Detalhes desse 
sistema serão estudados posteriormente. Partiremos da seguinte reação: 
CO2 + H2O ⇔ H2CO3 - ⇔ H+ + HCO3 
Obs: CO2 – Gás carbônico; H2O – água; H2CO3 – ácido carbônico; H+ - hidrogênio; 
HCO3 - bicarbonato 
 
Ao aumentarmos a frequência respiratória, aumentamos a retirada de CO2 e, 
consequentemente, aumenta-se a velocidade da reação à esquerda (notar nas setas 
que a reação é reversível). Isso faz com que mais hidrogênio livre seja direcionado 
para formação de H2CO3. Como consequência, diminui-se a concentração de H+, 
elevando-se o pH. 
 
FIGURA 32 – GRÁFICO PH SANGUÍNEO E VENTILAÇÃO PULMONAR 
 
FONTE: Tratado de Fisiologia Média. Arthur C. Guyton. 
 
 
 
 
 
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Podemos notar no gráfico acima, a relação direta existente entre a 
ventilação pulmonar e o pH do sangue arterial. Como vimos na reação anterior 
aumentando a ventilação (frequência respiratória) aumenta-se a retirada de CO2 do 
sangue. Isso faz com que mais CO2 seja formado, e para isso é preciso de mais 
ácido carbônico. 
Veja na reação que para a formação do ácido carbônico é necessário a 
utilização de hidrogênio. Se diminui a quantidade de hidrogênio livre 
consequentemente aumenta-se o pH. Obs.: quanto mais hidrogênio livre menor o 
pH. 
Caso a necessidade seja oposta, isto é, diminuir o pH, a frequência 
respiratória diminui mantendo assim mais H+ livre e como consequência reduz-se o 
pH. 
Apesar dos dois sistemas (tampão e respiratório) serem eficientes na 
correção do pH, a remoção de hidrogênio se dá exclusivamente através dos rins, 
acidificando a urina que pode ter um pH variando de 4,5 a 8,0. 
 
 
4.5 INFLUÊNCIAS HORMONAIS SOBRE AS FUNÇÕES RENAIS 
 
 
As funções de cada hormônio serão explicitadas no capítulo específico do 
sistema endócrino. Porém, vale considerar aqui que as funções renais podem sofrer 
alterações sob a influência de alguns hormônios. Uma importante função renal é o 
controle da pressão sanguínea. Embora existam outras formas de controle, os rins 
são os órgãos mais importantes, já que outros sistemas respondem prontamente a 
alguma alteração, porém conseguem o controle por um período curto. Esses 
sistemas rápidos são mecanismos nervosos que acabam se adaptando dois ou três 
dias após sua ativação, ou melhor, passam a reconhecer a pressão alterada como 
um estado normal do organismo. 
Quando ocorre uma queda da pressão sanguínea, consequentemente há 
uma queda no fluxo sanguíneo e na pressão dentro do glomérulo renal. Como o 
 
 
 
 
 
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processo de filtração é influenciado, entre outras coisas, pela pressão do sangue na 
parede dos capilares glomerulares, esta também fica prejudicada. 
Com essa diminuição da pressão, as arteríolas aferentes iniciam a liberação 
de renina pelos rins que faz com que outro hormônio seja formado a partir de seu 
precursor. A renina converte o angiotensinogênio formado no fígado em 
angiotensina I que é convertida em angiotensina II. 
A angiotensina atua diretamente sobre os rins promovendo a retenção de sal 
(sempre que se retém sal se retém água), aumentando a vasoconstrição das 
arteríolas com a finalidade de manter a filtração nos glomérulos e promove a 
liberação de aldosterona pelo córtex da glândula suprarrenal. 
A aldosterona causa um aumento acentuado na reabsorção de sódio pelos 
túbulos renais, aumentando também a retenção de água, e dessa forma, ocasiona o 
aumento da pressão sanguínea em longo prazo. Esse aumento na retenção de 
sódio se dá pelo aumento da permeabilidade da membrana a esse íon e a 
reabsorção pelo estímulo às ATPases Na/K+. Aumentos crônicos nos níveis de 
aldosterona podem aumentar o número de ATPases Na/K na tentativa de 
proporcionar uma maior estabilidade da pressão sanguínea. 
Outro hormônio que também atua nos rins em situações de baixa pressão 
sanguínea é o hormônio antidiurético (ADH), secretado pelo sistema hipotálamo-
hipófise. Este hormônio aumenta a reabsorção de água da urina, diminuindo o 
volume urinário e aumentando o volume de líquido extracelular. 
 
 
 
 
 
------------------FIM DO MÓDULO I---------------

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