Aula 10_FV1_Cerebelo

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UNIVERSIDADE DE BRASILIA
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA
Fisiologia Veterinária 1
O Cerebelo e a regulação da atividade motora
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A atividade motora sob controle do SN Somático consiste em:
manutenção da atividade postural e
execução de atividades voluntárias
As vias motoras (tratos motores) responsáveis por levar o estímulo nervoso para os efetores (músculos) são bastante específicas:
Sistema Piramidal, saindo do córtex motor (comando de movimentos voluntários hábeis, na maioria de músculos flexores distais)
Sistema Extrapiramidal, saindo de outras áreas do SNC que não o córtex (comando de movimentos involuntários antigravitários, na maioria de músculos extensores proximais)
As vias motoras descendentes também podem ser agrupadas em:
Vias motoras do grupo medial
Vias motoras do grupo lateral
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VIAS MOTORAS DO GRUPO MEDIAL
(controle da postura e movimento de todos os membros, extensores mais do que flexores, proximais mais do que distais, grandes unidades motoras)
... Todas as vias são do sistema extrapiramidal
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VIAS MOTORAS DO GRUPO LATERAL
(movimentos fracionados: unidades mais distais, principalmente extremidades dos membros, principalmente flexores, pequenas unidades motoras)
Via do sistema piramidal
Vias do sistema extrapiramidal
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CONTROLE MOTOR VOLUNTÁRIO (CMV)
 As estruturas envolvidas no CMV são:
1) Córtex Motor Primário: comandam a execução dos movimentos
2) Córtex Associativo (córtex suplementar e pré- motor, lobo parietal posterior, córtex pré-frontal): faz o planejamento dos movimentos
3) Gânglios Basais: fazem seleção e iniciação dos movimentos
4) Cerebelo: Ajuste da sincronização. Força e seqüência dos movimentos; aprendizado motor para refinamento, precisão e eficiência do movimento
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Localizações aproximadas das áreas corticais motoras no cão, as quais iniciam todo o movimento voluntário
Área motora primária
Giro pré-crucial
Área posterior parietal
Área pré-motora
Área motora suplementar
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GÂNGLIOS BASAIS: VIAS DE SINALIZAÇÃO E FUNÇÕES
	FUNÇÃO: Os gânglios basais discriminam os comandos motores mais eficientes para desencadear o movimento adequado; aqueles comandos enviados pelo córtex que seriam inadequados ao movimento proposto têm sua sinalização inibida. 
O Núcleo Caudado e o Putâmen recebem entradas de várias estruturas corticais e subcorticais, e enviam-nas para o Globo Pálido.
O Globo Pálido manda essa informação para o Núcleo Talâmico Ventrolateral, que a canaliza de volta para a área motora suplementar (SMA).
Dessa maneira, os Gânglios Basais estão envolvidos na seleção e iniciação dos movimentos voluntários.
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Localização dos Componentes Motores dos GÂNGLIOS BASAIS
Estriado
	a. Caudado
	b. Putâmen
2. Globo Pálido
3. Núcleo Subtalâmico
4. Substância Negra 
1a.
1b.
2.
3.
4.
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ALÇA DOS GÂNGLIOS BASAIS PARA SELEÇÃO E INICIAÇÃO DOS COMANDOS MOTORES
Globo pálido
Estriado (caudado e putâmen)
Tálamo VL/VR
Neurônios motores inferiores
Córtex motor
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ORGANIZAÇÃO ANATÔMICA DE ENTRADAS PARA OS GÂNGLIOS BASAIS
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ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DAS SAÍDAS ENTRE OS GÂNGLIOS BASAIS
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CONTROLE MOTOR VOLUNTÁRIO
Córtex Associativo (córtex suplementar e pré-motor, lobo parietal posterior, córtex pré-frontal): planejamento dos movimentos
Gânglios Basais: seleção e iniciação dos movimentos
Córtex Motor Primário: comanda a execução dos movimentos
Cerebelo*: Faz o ajuste da sincronização. Avalia a força e seqüência dos movimentos; armazena informação (aprendizado motor) para refinamento, precisão e eficiência do movimento
* Ao massa do cerebelo representa 10% do encéfalo, mas contém 50% dos neurônios do cérebro.
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FUNÇÕES DO CEREBELO
Execução apropriada das ações motoras planejadas
Estabelece a direção, a velocidade e a força das ações motoras planejadas
Compara o movimento pretendido com o movimento que está sendo executado
Envolvido no aprendizado motor, especialmente para movimentos balísticos
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O CEREBELO E SUA RELAÇÃO COM O TRONCO CEREBRAL
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ANATOMIA E HISTOLOGIA DO CEREBELO
O cerebelo possui córtex de substância cinzenta, núcleos cerebelares profundos e três hastes de substância branca, chamados pedúnculos cerebelares (dois conduzem estímulos aferentes e pelo terceiro saem os axônios do cerebelo). 
O córtex cerebelar possui 3 camadas e 5 tipos celulares:
células estreladas e células em cesto, além de interneurônios* (na camada mais externa),
células de Purkinje (na camada média) e
Células granulares e células de Golgi (na camada interna)
Os axônios que saem do cerebelo são provenientes dos núcleos cerebelares profundos.
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Pedúnculos cerebelares
Núcleos cerebelares profundos
ESTRUTURA DO CEREBELO: NÚCLEOS CEREBELARES PROFUNDOS
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ESTRUTURAS RELACIONADAS AO CEREBELO
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ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DAS ENTRADAS PARA O CEREBELO
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ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DAS SAÍDAS DO CEREBELO (PARA O CÓRTEX CEREBRAL)
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TRATOS AFERENTES PRINCIPAIS PARA O CEREBELO
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Trato espinocerebelar ventral
TRATOS ESPINOCEREBELARES
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ARRANJOS DOS NEURÔNIOS E CIRCUITOS DO CEREBELO
Fibras paralelas
Célula de Purkinje (inibitória)
Célula de Purkinje
Célula granulosa
Fibra musgosa (aferente)
Célula de Golgi
Célula estrelada
Célula em cesta
Axônio da célula de Purkinje
Fibra trepadeira (aferente)
Camada molecular
Camada das células de Purkinje
Camada das células granulosas
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CIRCUITO NEURONAL BÁSICO DO CEREBELO.
2. RELAÇÃO FÍSICA DOS NÚCLEOS CEREBELARES PROFUNDOS COM O CÓRTEX CEREBELAR E SUAS CAMADAS
1
2
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Organização:
As cel. granulares enviam axônios para a camada externa (fibras paralelas), que fazem sinapse nesse local com dendritos das cel. de Purkinje, esta última também recebe sinapses das cel. em cesto e estreladas. Os axônios das cel. de Purkinje seguem para os núcleos cerebelares, e têm atividade inibitória (libera GABA).
Os axônios aferentes primários que chegam ao cerebelo são das células musgosas e células trepadeiras. Transmitem sinais excitatórios que seguem para as cel. de Purkinje no córtex, e para os núcleos cerebelares via axônios colaterais.
A informação eferente das cel. trepadeiras e musgosas leva o cerebelo a modificar os componentes hierárquicos do sistema motor, contudo a eferência dos núcleos profundos é modificada pela inibição das cel. de Purkinje. 
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Embora o córtex tenha a mesma aparência em todas as regiões, podendo indicar processos de modulação semelhantes em todo o cerebelo, as variações regionais de entradas dos estímulos e as saídas para locais distintos, é possível dividir o cerebelo em três porções distintas:
Vestibulocerebelo
Espinocerebelo
Cerebrocerebelo
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Espinocerebelo
Cerebrocerebelo
Vestibulocerebelo
Aferências dos córtices motor e sensorial. Eferências para os córtices motor e pré-motor, através do tálamo.
Aferências da medula espinhal, receptores musculares e cutâneos, além do sistema visual, auditivo e vestibular. Eferências para sistemas piramidal e extrapiramidal (via núcleos cerebelares profundos). Faz ajustes adequados para a execução motora e tônus muscular.
Aferências dos sistemas vestibular e visual. Eferências para os núcleos vestibulares.
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Resumidamente, distintas regiões do córtex cerebelar recebem entradas de diferentes fontes...
Entradas corticopontinas
Entradas espinhal e do trigêmio
Entradas visual e auditiva
Entradas vestibulares
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ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DAS ENTRADAS PARA O CEREBELO
Oliva inferior
Medula espinhal
Núcleos vestibulares
Córtex cerebelar
Ponte
Córtex frontal-motor/ parietal
Pedúnculo cerebelar inferior
Pedúnculo cerebelar médio
Linha média
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ALÇA CEREBELAR PARA VELOCIDADE, SEQUENCIAMENTO E DETERMINAÇÃO DE FORÇA E TAXA DE COMANDOS MOTORES
Estriato
Globo pálido
Núcleo rubro
Oliva caudal
Cerebelo
Tálamo VL/RV
Córtex motor
Neurônios motores inferiores
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DIAGRAMA DA MODULAÇÃO MOTORA PELO CÉREBRO-CEREBELO
Córtex
Córtex cerebelar
Tálamo
Entradas modulatórias
Núcleos de retransmissão
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ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DAS SAÍDAS DO CEREBELO PARA O CÓRTEX CEREBRAL
Córtex cerebelar
Núcleos cerebelares profundos
Complexo ventrolateral (tálamo)
Córtex motor primário e pré-motor
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Plano básico organizacional do cerebelo: saídas
2. Subdivisões distintas do cerebelo se projetam para diferentes estruturas, para atender funções variadas
1. Plano anatômico: subdivisões funcionais
Execução motora
Planejamento motor
Balanço e movimento dos olhos
Lobo flóculonodular
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