Buscar

RADIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CARCINOMA DUCTAL INVASIVO ATUAL (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1 
 
 RADIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE CARCINOMA DUCTAL 
INVASIVO 
RADIOTHERAPY IN THE TREATMENT OF INVASIVE DUCTAL CARCINOMA 
 
 
ACAIABA, Roseli Dias Ge 1 
SOUZA, Cassiana de Matos 2 
FORCIONE, Ana Paula 3 
FRANÇA, Elisabete Aparecida de 4 
FREITAS, Patricia do Nascimento 5 
NKUANSAMBO, Luvambu Ntondele 6 
OLIVEIRA, Wellington de 7 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O câncer de mama permanece apontado como a principal causa de morte que 
acometem as mulheres e levam a mortalidade tanto em países em desenvolvimento 
quanto nos desenvolvidos. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer 
de mama corresponde a 28% de novos casos por ano, cerca de 59.700 casos (INCA 
2018). O diagnóstico precose da doença é de suma importância pois, ajuda na 
detecção do tipo de câncer, em qual estágio se encontra e qual melhor tratamento, 
assim o médico tomará medidas mais apropriadas e eficazes levando confiança e 
segurança ao paciente. O objetivo deste trabalho é demonstrar a utilização da 
radioterapia (RT) no tratamento do carcinoma ductal invasivo, enfatizando as 
indicações, efeitos colaterais, dose e fracionamento da RT adjuvante no CDI. A 
metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho foram pesquisas 
bibliográficas em artigos acadêmicos e científicos, localizados por ferramentas de 
buscas como os sites: Scielo, Google Acadêmico 
 
Palavras chave: Câncer de mama; Radioterapia; Carcinoma ductal invasivo. 
 
 
 
 
 
_________________________ 
1Graduanda do Curso Tecnologia Radiologia da Faculdade INACI/FINACI, roseliacaiaba@gmail.com; 
2Graduando do Curso Tecnologia Radiologia da Faculdade INACI/FINACI, 
cacamatosdesouza@hotmail.com; 3Graduanda do Curso Tecnologia Radiologia da Faculdade 
INACI/FINACI, anapaulaforcione@gmail.com; 4Graduanda do Curso Tecnologia Radiologia da 
Faculdade INACI/FINACI, li.linda.ju.tal@gmail.com; 5Graduanda do Curso Tecnologia Radiologia da 
Faculdade INACI/FINACI, patrícia_nfreitas@hotmail.com 6Graduanda do Curso Tecnologia 
Radiologia da Faculdade INACI/FINACI, lutondle@gmail.com 7Professor orientador: Docente no curso 
de graduação da Faculdade INACI/FINACI, wellington.soares@hc.fm.usp.br São Paulo – SP, junho 
de 2018. 
 
2 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Breast cancer remains the leading cause of death for women and leads to mortality in both developing 
and developed countries. According to the INCA (National Cancer Institute), breast cancer accounts 
for 28% of new cases per year, about 59,700 cases (INCA 2018). Diagnosis of the disease is of 
paramount importance because it helps in the detection of the type of cancer, in which stage it is and 
what better treatment, so the doctor will take more appropriate and effective measures leading to 
confidence and safety to the patient. The objective of this work is to demonstrate the use of 
radiotherapy (RT) in the treatment of invasive ductal carcinoma, emphasizing the indications, side 
effects, dose and fractionation of the adjuvant RT in the ICD. The methodology used for the 
development of this work were bibliographic research in academic and scientific articles, located by 
search tools such as the sites: Scielo, Google Scholar 
 
Keywords: Breast cancer; Radiotherapy; Invasive ductal carcinoma. 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O câncer de mama é uma das doenças que mais atinge as mulheres no 
mundo, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Segundo o INCA 
(Instituto Nacional do Câncer), o câncer de mama corresponde a 28% de novos 
casos por ano, cerca de 59.700 casos (INCA 2018). 
Por ser uma doença invasiva e dolorosa, não é somente o paciente que sofre 
com esta doença mas toda a família. A neoplasia mamaria envolve vários fatores: 
endócrinos, estilo de vida, comportamento, vida reprodutiva. Tendo como fatores de 
risco histórico familiar, densidade elevada do tecido mamário, alimentação, álcool, 
sedentarismo, entre outros. 
Além de causar muita dor é uma doença que afeta a auto estima da mulher 
devido a várias mudanças que acontecem em seu corpo como a queda de cabelo, 
por exemplo. O medo de uma mastectomia e recidiva traz ainda mais sofrimento. 
O exame mamográfico é o exame com maior sensibilidade para o diagnóstico 
do câncer de mama. O diagnóstico precose da doença é de suma importância pois, 
ajuda na detecção do tipo de câncer, em qual estágio se encontra, e qual melhor 
tratamento, assim o médico tomará medidas mais apropriadas e eficazes levando 
confiança e segurança ao paciente. 
O carcinoma quando diagnosticado na fase in situ é potencialmente curado 
com tratamento por mastectomia associado a radioterapia ou quimioterapia. 
A conservação da mama, que se fundamenta na cirúrgica do tumor 
(setorectomia ou quadrantectomia) e no manejo axilar (linfonodo-sentinela com ou 
3 
 
 
 
sem dissecção axilar), seguida de radioterapia(RT), é hoje o tratamento local padrão 
para a doença em estádios iniciais. 
 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
 
 Trata-se de uma atualização sobre o tema proposto utilizando as bases de 
dados Google Acadêmico, Scielo. Foi utilizado os descritores como ferramenta de 
busca “câncer de mama”, “radioterapia”, “estádio inicial”, “Carcinoma ductal 
invasivo”, e selecionado os principais artigos com ênfase nos últimos dez anos. 
 
 
CÂNCER DE MAMA 
 
O câncer de mama é considerado como o segundo tipo mais frequente de 
neoplasia do mundo entre as mulheres. Sua incidência é cada vez maior em países 
em desenvolvimento, correspondendo a cerca de 69% de mortes pela doença, 
devido principalmente ao aumento na expectativa de vida e à precariedade de 
detecção e diagnóstico da doença em países subdesenvolvidos (FUZIMOTO; 
OLIVEIRA; MACHADO, 2012) 
O câncer ocorre quando por situações diversas, células anormais começam a 
se multiplicar de forma desordenada e incontrolada, podendo afetar tecidos e órgãos 
adjacentes, causando tumores. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto 
outros são mais lentos¹. 
Sabe-se também que a neoplasia mamária poder ser uma doença não 
invasiva ou invasiva, porém não havendo metástase (migração por via sanguínea ou 
linfática para outras partes do organismo) por um longo período de tempo (KASPER 
et al., 2016). 
 
 
 
 
4 
 
 
 
Carcinoma Ductal Invasivo 
 
O carcinoma ductal invasivo é o tipo mais comum de câncer de mama. Cerca 
de 80% dos cânceres de mama invasivos são carcinomas ductais invasivos. 
O CDI ou infiltrante se inicia em um duto de leite, rompe a parede desse duto 
e cresce no tecido adiposo da mama. 
No câncer invasivo, as células cancerosas invadem outras camadas celulares do 
órgão, ganham a corrente sanguínea ou linfática e têm a capacidade de se 
disseminar para outras partes do corpo. Essa capacidade que os tumores malignos 
apresentam, de invasão, de disseminação e de produção de outros tumores em 
outras partes do corpo, a partir de um já existente, é a principal característica do 
câncer. Esses novos focos de doença são chamados de metástases (FUZIMOTO; 
OLIVEIRA; MACHADO, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1- Carcinoma Invasivo Fonte: ANATPAT-UNICAMP 
 
 
Nas mamografias de rastreamento as microcalcificações mamárias são 
frequentemente detectados podendo representar um câncer de mama. Os achados 
mamográficos segue a classificação Breast Imaging Reporting and Data System (BI-
RADS©), publicação da quarta edição do Colégio Americano de Radiologia 
(MARTINS, et al 2010). Consiste na padronização dos laudos mamográficos levando 
em consideração a evolução diagnóstica e a recomendação da conduta. 
5 
 
 
 
Figura 3- Forma das microcalcificações A) Arredondadas; B) Puntiformes; C) Irregulares; D) e E) 
Lineares,vermiculares e ramificadas. Fonte: BRASIL, 2007. 
 
 
Tabela 1- Classificação BI-RADS 
Fonte: INCA/MS RJ, 2010 
 
 
Anatomia da Mama 
 
 As mamas são compostas por gordura, tecido glandular, ductos, fibras 
nervosas, vasos linfáticos, vasos sanguíneos e vasos conjuntivos, esse conjunto é 
responsável pela produção de leite que é a principal função das mamas. 
Localizadas na região anterior do tórax apoiadas sobre o músculo peitoral maior, se 
estendendo do externo até a região axilar. As mamas se apresentam de forma 
cônica podendo variar de tamanho de acordo com características corporais, 
biológicas e com a idade de cada mulher. 
 
INTERPRETAÇÃO
RISCO DE 
CÂNCER
RECOMENDAÇÃO
0 Inconclusivo
 -
Avaliação adicional por imagem ou 
comparação em exames anteriores 
1
Sem Achados 0,05% Rotina de rastreamento
2 Achados Benignos 0,05% Rotina de rastreamento
3
Achados provavelmente 
Benignos
até 2%
Inicialmente repetir em 6 meses 
(eventualmente biopsia)
4
Achados suspeitos de 
malignidade 
>20% Biópsia
5
Achados altamente sugestivos 
de malignidade
>75% Biópsia
6
Biópsia prévia com malignidade 
comprovada
100% -
 CATEGORIA BI-RADS
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4- Anatomia da mama feminina. Fonte Ramsay, 2005 
 
 
Método de Diagnóstico 
 
A melhor forma de combate ao câncer é o diagnóstico precoce para início 
imediato do tratamento, tornando maiores as chances de cura. 
Os exames para diagnósticos das neoplasias mamárias mais comuns são: 
Mamografia, Ultrassonografia, Ressonância e Auto Exame da Mama, 
(FIALHO et al., 2011). 
A mamografia é o método de imagem mais conhecido para diagnóstico de 
neoplasias mamárias. A mamografia é um exame de rastreamento de câncer, de 
caráter preventivo. 
Os fatores predominantes para obter um resultado satisfatório da mamografia 
depende de alguns fatores, entre eles, o mais importante é a densidade da mama. 
Mamas menos densas são mais sensíveis ao mamógrafo possibilitando um 
diagnóstico mais preciso comparado com uma mama densa (CHALA; 
BARROS,2007). 
A ultrassonografia também é um método tradicional e um complemento para 
resultados anormais das mamografias em mulheres com mamas densas (MARTINS; 
2011). A ultrassonografia utiliza de ondas sonoras de alta frequência e tem melhor 
visibilidade em mamas densas, podendo analisar o tecido mamário e diagnosticar 
nódulos císticos ou sólidos ou outras lesões. 
A indicação é que o exame seja realizado uma vez ao ano a partir dos 25 
anos ou como complemento da mamografia, para auxiliar no diagnóstico. 
7 
 
 
 
Outro exame muito utilizado para diagnóstico precoce da neoplasia mamária 
é a ressonância. Possibilita por meio do uso do contraste paramagnético visualizar a 
vascularização de lesões (BITENCOURT, et al, 2011). 
A ressonância magnética é um exame imprescindível, pois apresenta uma 
maior sensibilidade na detecção da vascularização das lesões, porém, impossibilita 
o acesso para todos devido seu alto custo, tornando-se um exame limitado 
(MARTINS; 2011). 
 
Tratamento da neoplasia mamária com a Radioterapia 
 
A Radioterapia é o tratamento não cirúrgico de maior importância na doença 
oncológica. Mais de 50% dos pacientes com neoplasias realizam o tratamento. 
Os tumores de mamas podem ser divididos em dois grandes grupos: 
1 - Tumores estágios iniciais, onde as opções são geralmente a mastectomia 
total ou cirurgia conservadora da mama (BCS), seguida de Radioterapia; 
2 - Tumores localmente avançados. 
 
Planejamento 3D 
 
A Radioterapia 3D foi desenvolvida por Proimos, Takahashi e Green, entre 
outros nos anos 60, porém, somente nos anos 90 se tornou amplamente disponível. 
Nessa técnica de tratamento é realizado uma Tomografia Computadorizada 
(TC) ou Ressonância Magnética (RM), para a determinação da localização da 
doença. O objetivo é criar uma imagem tridimensional do tumor, possibilitando que 
múltiplos feixes de radiação de intensidade uniforme possam ser conformados, 
através de vários campos, exatamente para o contorno da área alvo de tratamento. 
 O tratamento tornou-se mais eficaz, essa prática permitiu concentrar a 
radiação na área a ser tratada, reduzindo a dose nos tecidos normais adjacentes. 
A RXT Conformacional torna ainda possível a aplicação de doses de radiação 
mais elevadas, aumentando a eficácia e reprodutibilidade do tratamento. 
A Tomografia Computadorizada é a modalidade de imagem mais utilizada na 
Radioterapia, pois é compatível com o sistema de planejamento e nos dá a 
informação sobre a anatomia do paciente. 
8 
 
 
 
Devem ser feitas referências (tatuagens) na cicatriz e raiz da mama para 
ajudar na delimitação, na linha média e cotas laterais para definição do corte zero. A 
delimitação do contorno externo, em todos os cortes da TC para análise e atenuação 
do feixe e cálculo da SSD (distância foco pele) para cada campo, assim como a 
delimitação dos volumes alvo e dos órgãos de risco. A delimitação é importante para 
que possamos, através do Histograma Dose Volume (HDV), comparar a dose 
recebida por essas estruturas com as doses de tolerância tabeladas. 
Na técnica de Radioterapia 2 D (técnica inicial), a moldagem dos feixes era 
feita através de blocos de chumbo aplicados manualmente no Gantry. Atualmente, 
na técnica 3D, a moldagem dos feixes aos volumes de interesse é feita através de 
colimadores multifolhas (MLC). 
Na técnica 3D a energia utilizada é de 4 a 6 MV. Os campos utilizados para 
irradiação da mama são campos tangenciais para reduzir as doses nos pulmões, 
coração e mama contra lateral. 
 
Radioterapia por Intensidade Modulada (IMRT) 
 
IMRT surgiu como um desenvolvimento da Radioterapia Conformacional, 
constitui um importante progresso cuja as maiores vantagens face à Conformacional 
são a possibilidade de maior conformação / adaptação ao volume alvo. Essa técnica 
melhora a homogeneidade da dose, mas pode reduzir a dose nas estruturas de risco 
ao redor, em comparação aos tratamentos intitulados convencionais, em mama tem 
a potencialidade de reduzir a dose no coração, pulmão e mama contralateral e ainda 
melhorar a homogeneidade da dose ao longo da irradiação da mama. Essa técnica 
pode diminuir ainda mais o risco de efeitos colaterais, devido a melhora da 
conformidade e homogeneidade da distribuição da dose, e tem sido sugerido para 
reduzir as taxas de dermatite rádio induzida. 
O tratamento convencional de mama divide-se em duas fases. A primeira fase 
é administrada uma dose que varia entre 45 a 50 Gy, com um fracionamento de 1,8 
a 2Gy por fração, em toda a mama e cadeias ganglionares, caso seja necessário. 
Na segunda fase é feito um boost, consoante à profundidade da lesão entre 
60-66 Gy com o mesmo fracionamento. É um tratamento longo, podendo chegar 
entre 5, 6 ou 7 semanas. 
9 
 
 
 
 
Posicionamento e Acessórios 
 
O posicionamento tem como principal objetivo proporcionar ao paciente, ao 
longo de todo tratamento, o maior conforto, estabilidade e reprodutibilidade. É 
utilizado no tratamento uma rampa, onde o paciente deita em decúbito dorsal, plano 
inclinado, com abdução dos membros superiores, idealmente a 90 graus e apoio 
poplíteo para conforto do paciente. O plano inclinado permite várias angulações, 
horizontalizar o esterno e diminuir a dose nos pulmões e coração. 
 
 
Estimativa 
 
Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no 
início. Por medo ou desconhecimento, muitas pessoas, preferem não falar no 
assunto e acabam adiando o diagnóstico. Desfazer crenças sobre o câncer é 
essencial paraque a doença deixe de ser vista como uma sentença de morte ou um 
mal inevitável e incurável. Alguns tipos de câncer, entre eles o de mama, 
apresentam sinais e sintomas em suas fases iniciais. Seu diagnóstico precocemente 
traz melhores resultados no tratamento ajudando na redução da mortalidade. 
As anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui 
hiperplasia, hiperplasia atípica, carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Dentre esses 
últimos, o carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum e o mais 
tratável. O câncer de mama é o mais incidente em mulheres, representando 25% do 
total de casos de câncer no mundo em 2012, com aproximadamente 1,7 milhão de 
casos novos à cada ano. É a quinta causa de morte por câncer em geral (522.000 
óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. 
No Brasil o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de 
todas as regiões, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a 
primeira posição. Para o ano de 2016 foram estimados 57.960 casos novos, que 
representam uma taxa de incidência de 56,2 casos por 100.000 mulheres. 
A taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada pela população mundial, 
representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, 
10 
 
 
 
com 13,03 óbitos/100.000 mulheres em 2014. As regiões Sudeste e Sul são as que 
apresentam as maiores taxas, com 14,21 e 14,60 óbitos/100.000 mulheres em 2014. 
Segundo à tabela a seguir o Brasil apresenta valores intermediários no padrão de 
incidência e mortalidade por câncer de mama. Cabe destacar que, 
proporcionalmente, as diferenças entre as taxas de incidência e mortalidade nos 
países desenvolvidos são maiores, sugerindo maior alcance das ações de 
rastreamento em diagnosticar precocemente a doença e acesso aos avanços no 
tratamento. 
 
Tabela 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No Dia Mundial de Câncer, o INCA fez uma comemoração e lançou à 
publicação - Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil. Ressaltando os tipos 
de câncer mais frequentes, entre eles serão os cânceres de mama (59.700 mil) em 
mulheres. Além de outros citados, completam a lista. 
 
Esta publicação é uma fotografia do cenário atual do câncer no Brasil e uma 
importante ferramenta para o controle da doença, uma vez que auxilia no 
planejamento de políticas públicas e gestão dos recursos, além de alertar a 
população para a adoção de hábitos saudáveis, (Diretora-geral do INCA, 
Ana Cristina Pinho). 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
Segundo Marceli de Oliveira, da Divisão de Vigilância e Análise de Situação, 
da Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA, “A incidência de 
câncer no mundo cresceu 20% da última década, principalmente nos países de 
média e baixa renda" 
 
Sobrevida de mulheres acometidas pelo câncer de mama 
 
Nas últimas décadas, o câncer de mama se transformou em problema de 
Saúde Pública tanto no Brasil como na América Latina, tendo sido observado um 
aumento consistente das taxas de mortalidade pela doença nos últimos quarenta 
anos. No Brasil, trata-se da principal causa de morte por câncer na população 
feminina na faixa etária de 30 a 49 anos, muito provavelmente porque o diagnóstico 
tem sido feito em estádios avançados, apesar de ser considerado um câncer de 
prognóstico relativamente bom, se diagnosticado e tratado oportunamente 
(MORAES, A.B. et al.2006). 
Vem sendo verificada estabilidade ou mesmo queda da mortalidade em 
alguns países desenvolvidos, independente da incidência, o que tem sido alvo de 
muitos estudos epidemiológicos. A redução da mortalidade pela doença observada 
em vários países pode ser devido a introdução de programas de rastreamento 
(GUERRA M.R. et al, 2009). No entanto, não se sabe se essa redução está 
relacionado a esses programas ou à melhoria no tratamento e na terapia mais 
efetiva em função de um diagnóstico mais precoce ou, ainda, ao chamado viés de 
tempo ganho (lead-time bias), que acontece quando o rastreamento detecta a 
doença precocemente, mas o tratamento precoce não altera a sobrevida (GUERRA 
M.R. et al, 2009). 
De uma forma geral, avanços e modificações na abordagem terapêutica do 
câncer de mama têm ligação direta na melhora na sobrevida, incluindo desde a 
introdução da técnica de ressecção dos linfonodos axilares e o aumento na 
utilização da mastectomia até o refinamento e ampliação do uso das opções 
terapêuticas adjuvantes, locais e sistêmicas. No Brasil, variações na sobrevida de 
cinco anos pela doença de 61% a 87,7% demonstrados por estudos, podem estar 
relacionadas ao ano-calendário, região do país, metodologia do estudo e população 
estudada (GUERRA M.R. et al, 2009). 
12 
 
 
 
Efeitos colaterais 
 
Os efeitos colaterais do tratamento de um câncer de mama, muitas vezes são 
percebidos pelas pessoas ao seu redor, o que pode ter um efeito direto na parte 
emocional da paciente. A qualidade de vida das mulheres com câncer de mama 
sofre impacto negativo dos tratamentos cirúrgico e adjuvante, mesmo em longo 
prazo. 
As primeiros efeitos colaterais no tratamento do câncer é a perda de cabelo, 
perda de peso, retirada do seio, inchaço no braço (linfedema) e alterações na pele e 
na unha. O tratamento com a quimioterapia, matam as células de crescimento 
rápido, por exemplo, os folículos capilares. A radioterapia e a hormonioterapia 
também podem causar esse efeito colateral. 
Os problemas na mama, assim como os problemas no braço, também estão 
associados à pior qualidade de vida16,19,24. A presença do linfedema parece estar 
associada com a quimioterapia e com a irradiação das regiões supraclavicular e 
paraesternal24. Enquanto que a dor na mama parecer ser aumentada pela 
radioterapia. 
A idade parece ser significativamente correlacionada com a depressão em 
pacientes com câncer de mama16, com mulheres jovens relatando mais problemas. 
A fadiga, relatada por muitas mulheres tratadas para câncer de mama, é citada em 
muitos estudos como um sintoma que apresenta influência negativa na qualidade de 
vida. Esse sintoma aumenta durante a quimioterapia9 e a radioterapia, e, de modo 
geral, muitas mulheres parecem continuar com fadiga depois do tratamento, porém 
outras experimentam melhora da fadiga após o período de dois anos. 
Quando as mulheres recebem quimioterapia adjuvante relatam que o câncer 
de mama tem efeito negativo sobre suas vidas sexuais, sendo problemas como 
interesse sexual, lubrificação vaginal e dor à penetração os mais relatados por essas 
pacientes. 
Apesar de alguns conflitos encontrados na literatura, percebe-se neste estudo 
de revisão que, de modo geral, existe grande influência do tratamento para câncer 
de mama na vida dessas mulheres. Observa-se que a mastectomia apresenta 
relação negativa com a qualidade de vida, bem como a quimioterapia e a 
radioterapia. Dos sintomas decorrentes dos tratamentos, pode-se relatar que a 
13 
 
 
 
fadiga, a depressão, os sintomas da menopausa, os sintomas na mama e no braço 
são os mais relacionados negativamente. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Apesar de alguns efeitos colaterais causados pelo tratamento com a 
radioterapia, ainda sim é recomendado desde o estágio inicial do câncer de mama 
pois foi observado que a radioterapia em conjunto com outras estratégias 
terapêuticas tem um papel fundamental na cura de grande parte dos cânceres 
diagnosticados, além do que diminui a recidiva e contribui diretamente na sobrevida 
da mulher. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BITENCOURT, A.G.V. et al Indicações de ressonância magnética das mamas em 
um centro de referência em oncologia. Disponívelem: 
http://www.scielo.br/pdf/rb/v44n6/a07v44n6. Acesso em: 19 jun.2018 
 
BRANDÃO, H. N. et al. Química e farmacologia de quimioterápicos antineoplásicos 
derivados de plantas. Química Nova, São Paulo, v. 33, n. 6, p. 1359-1369, 2010. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/qn/v33n6/26.pdf. Acesso em: 19 jun. 2018. 
 
CAMPOS, T. P. R. de; LIMA, C. F. de; CUPERSCHMID, E. M. Radioterapia 
Adjuvante em Câncer de Mama com Balão de 99mTc Comparativo ao Balão HDR 
192Ir. Radiologia Brasileira, São Paulo, v. 49, n. 2, p. 92-97, mar. /abr. 2016. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rb/v49n2/pt_0100-3984-rb-49-02-0092.pdf. 
Acesso em: 13 jun.2018. 
 
CHALA, L. F.; BARROS, N. de. Avaliação das mamas por métodos de imagem. 
Revista Radiologia Brasileira, São Paulo, v. 40, n. 1, fev. 2007. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/rb/v40n1/001.pdf. Acesso em: 19 junh.2018. 
 
FIALHO, R. F. et al. Rastreamento de câncer de mama por imagem. Revista Femina, 
São Paulo, v. 36, n. 2, p. 91-97, fev. 2008. Disponível: 
http://www.febrasgo.org.br/site/wpcontent/uploads/2013/05/Femina-2_fevereiro_91-
97.pdf. Acesso em: 19 jun.2018. 
 
FUZIMOTO, F.; OLIVEIRA, M. H. R.; MACHADO, R. R. de S. ABC do Câncer: 
14 
 
 
 
Abordagens Básicas para o Controle do Câncer. Rio de Janeiro/RJ: Ministério da 
Saúde,2012. 134 p. Disponível em: 
http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/livro_abc_2ed.pdf. Acesso em: 13jun.2018. 
 
GADELHA, M. I. P. et al. Manual de bases técnicas da oncologia. 19. ed. Brasília, 
DF:Ministério da Saúde, jan. 2015.Disponível 
em:http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/manual_oncologia_19_edicao_2014.pdf 
Acesso em: 19jun.2018. 
 
GUERRA M.R. et al, 2009. Sobrevida de cinco anos e fatores prognósticos em 
coorte de pacientes com câncer de mama assistidas em Juiz de Fora, Minas Gerais, 
Brasil. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/csp/2009.v25n11/2455-2466/pt 
20 jun.2018 
 
HADDAD, C. F. Radioterapia adjuvante no câncer de mama operável. Revista 
Femina, Belo Horizonte, v. 39, n. 6, jun. 2011. Disponível em: 
http://files.bvs.br/upload/S/01007254/2011/v39n6/a2685.pdf. Acesso em: 13 jun.2018 
 
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER (INCA) 
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home+/mama/cancer_
mama 
http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/Cartilha_cancer_de_mama_vamos_falar_sobr
e_isso2016_web.pdf Acesso em: 19 jun.2018 
http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/ Acesso em: 19 jun.2018 
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2018/in
ca-estima-cerca-600-mil-casos-novos-cancer-para-2018. Acesso em: 19 jun.2018 
 
MORAES, A.B. et al.2006 Estudo da sobrevida de pacientes com câncer de mama 
atendidas no hospital da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 
Brasil. Rio de Janeiro. Disponível em: 
https://www.scielosp.org/article/csp/2006.v22n10/2219-2228/. Acesso em 20 jun. 
2018 
 
MARTINS, W. de P. et al Ultrassonografia no rastreamento do câncer de mama. 
Disponível:http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n2/a2454.pdf. Acesso em: 
19 jun.2018. 
 
OLIVEIRA, M. F. et al. Estudo retrospectivo de pacientes diagnosticados com 
câncer de mama internados em hospital universitário. Rev Bras Mastologia. 
2016;26(2):56-9 Disponível em:http://www.mastology.org/wp-
content/uploads/2016/04/MAS-v26n2.pdf#page=24. Acesso em: 20 jun. 2018 
 
RODRIGUES, B. T. Radioterapia em câncer de mama – importância da 
determinação da curva de isodose. 2012. 29f. Monografia (Bacharel em Física 
Médica) – Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Botucatu, 2012. Disponível 
em:http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/120813/rodrigues_bt_tcc_botib
.pdf? sequência=1. Acesso em: 13 jun.2018. 
 
15 
 
 
 
SILVA, V. R. Avaliação de estratégias de hipofracionamento no Cancro de Mama de estágio 
inicial –2015. Disponível em: 
https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/82374/2/37938.pdf Acesso em: 17 jun.2018

Outros materiais