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* * RANICULTURA Profª Drª Kátia Kalko Schwarz UNESPAR/FAFIPAR * * RANICULTURA Definição: Criação racional de rãs, através de técnicas específicas, com a finalidade de produzir carne e couro de rã. Produção anual de rã no Brasil: 400ton/ano. http://www.youtube.com/watch?v=yMpd4W7FN6s * * * * As rãs são animais ANFÍBIOS ( do grego AMPHI = Duplo e BIOS = Vida; Animais que vivem parte de sua vida na água e parte na terra); São vertebrados, simétricos bilaterais (externamente a metade esquerda é bem semelhante a metade direita); Com circulação dupla (sangue venoso e arterial) e fechada; Temperatura corporal varia com a temperatura ambiente sempre a 1º C acima desta; Hibernamtes; Temperaturas médias abaixo de 18º C. Fonte: http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICULTURA.pdf * * CLASSIFICAÇÃO REINO ANIMALIA ----- FILO CHORDATA ----- SUB-FILO VERTEBRATA SUPERCLASSE GNATHOSTOMATA ------- CLASSE DOS ANFÍBIOS. NA CLASSE DOS ANFÍBIOS TEMOS AS SEGUINTES ORDENS: 1) ORDEM URODELA ou CAUDATA ( EX: Salamandra. Com patas e cauda na fase adulta). 2) ORDEM ANURA (EX: Rãs, Sapos e Pererecas. É o maior grupo de anfíbios vivos; Sem cauda na fase adulta). 3) ORDEM APODE ou GYMNOPHIANA (EX: Cobra cega e Cecílios. Animais escavadores sem membros e de corpo alongado). Fonte: http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICULTURA.pdf * * Fonte: http://www.herpetofauna.com.br/Anfibios.htm * * 1) RÃS: - Da família Ranidae, Pipidae e Leptodactylidae. - Possuem pele fina e úmida. - As pernas posteriores são bem mais desenvolvidas (quase 60% do corpo) . - Dão longos saltos. - Os ovos ficam em forma de sagu ou espuma. - São comestíveis. - São de tamanho médio a grande. - As cores variam do verde ao marrom claro. 2) SAPOS: - Da família Bufonidae - Pele seca e rugosa e de cor escurecida (tendência a marron). - Dão saltos curtos. - Põe os ovos em forma de cordões. - Têm tamanho médio. 4 - Não são comestíveis (possuem glândula venenosa atrás dos olhos) Fonte: http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICULTURA.pdf * * 3) PERERECAS: - Da família Hylidae. - Possuem ventosas no término de todos os dedos escalando qualquer superfície. - Vivem em árvores e ambientes úmidos. - Os ovos são colocados num pequeno bolo de espuma. - São bem pequena em comparação a sapos e rãs. - Não são comestíveis pelo ser humano. http://globotv.globo.com/tv-anhanguera-go/bom-dia-go/v/ranicultura-volta-a-ganhar-espaco-em-jatai-no-sudoeste-de-goias/2822500/ Fonte: http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICULTURA.pdf * * ESPÉCIES NATIVAS - RÃ PIMENTA: (Leptodactylus labyrinthicus) – A maior rã brasileira e atualmente em extinção. Tem cor de tijolo com flancos avermelhados. - RÃ MANTEIGA: (Leptodactylus ocellatus) – Tem musculatura do braço bem desenvolvida mas com produtividade inferior a da Touro-Gigante. Fonte: http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICULTURA.pdf * * RÃ PALMIDES: É de pequeno porte sem valor comercial. - RÃ PARADOXO: Seu girino atinge 25 cm e ele se transforma numa rã de apenas 5 cm (daí o paradoxo). * * RÃ TOURO GIGANTE – Rana catesbeiana (SHAW, 1802) É a mais estudada; Originaria dos Estados Unidos (RANA Catesbeiana, Shaw) chamada bull-frog americana, a rã mugidora; Introduzida no Brasil em 1935. Fonte: http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICULTURA.pdf http://www.youtube.com/watch?v=hDSt7FDyK4w * * RANICULTURA A rã criada comercialmente em cativeiro no Brasil é a rã-touro gigante (Rana catesbeiana). Este animal de origem norte americana foi introduzido em nosso país em 1935, e foi escolhido pelos criadores devido as suas características zootécnicas tais como: precocidade (crescimento rápido); prolificidade (alto número de ovos por postura); e rusticidade (facilidade de manejo). Outras espécies de rãs (nativas do Brasil como a rã-pimenta, rã-manteiga ou paulistinha), também podem ser criadas em cativeiro, mas apresentam comparativamente com a rã-touro, até o momento, menor desempenho produtivo e maiores dificuldades técnicas e burocráticas. Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm * * CARACTERÍSTICAS Vive no em média 16 anos sendo de 10 anos a sua capacidade reprodutiva.; No Brasil um reprodutor permanece de 4 a 5 anos no ranário; Sua postura chega a 3.000 ovos na 1ª desova, podendo ir a 20.000 ovos nos subseqüentes. (No Brasil a média é de 5.000 a 6.000 ovos); É precoce pois atinge a maturidade sexual com 1 ano quando peso médio de 250 gramas de peso vivo; Chega a 30 cm no comprimento total.; O tom da pele vai do verde-claro ao cinza-escuro; Possui membrana interdigital nas pastas traseiras (característica que as rãs nativas não têm). Fonte: http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICULTURA.pdf * * DIFERENÇA ENTRE MACHOS E FÊMEAS O ouvido ( a membrana timpânica que fica atrás dos olhos e a cavidade ocular têm tamanhos semelhantes na fêmea); No macho a membrana timpânica é maior do que a cavidade ocular; Fonte: http://www.espacodoagricultor.rj.gov.br/pdf/criacoes/RANICULTURA.pdf * * Fonte: http://www.aquariodeperuibe.com.br/noticias/10.htm * * DIFERENÇA ENTRE MACHOS E FÊMEAS Note o tamanho e a borda escurecida do tímpano e o papo amarelo do macho (esquerda). A fêmea (direita) não apresenta essas características. Fonte: http://www.ib.usp.br/grant/Ra-touro_no_Brasil/Biologia.html * * DIFERENÇA ENTRE MACHOS E FÊMEAS O braço do macho é forte e volumoso. Os machos são menores que as fêmeas. O papo do macho é intensamente mais amarelado na época do acasalamento (na fêmea é creme-esbranquiçado). O polegar do macho fica dilatado (verrugas nupciais) na época do acasalamento para melhor aderência nas fêmeas nesse período. O macho coaxa forte no período reprodutivo; As fêmeas emitem sons quase imperceptíveis. * * Fonte: LIMA, S.L., & AGOSTINHO, C. A. A Tecnologia de criação de Rãs. Imprensa Universitária/UFV, 1992. 168p.:il. CICLO DE VIDA * * CICLO DE VIDA G0- Primeiros dias de vida (até 1 grama), se alimenta de microorganismos (bactérias, fungos, algas) flutantes (planctônicos) ou aderidos na vegetação e outros substratos (perifiton). Nos ranários passam a receber gradativamente ração em pó; G1- fase de crescimento onde ainda não se iniciou a metamorfose. Neste estádio, em algumas espécies de rãs, já ocorre o desenvolvimento do pulmão, o que possibilita ao girino respirar quando vem á superfície; G2- Inicia-se a metamorfose: os membros se desenvolvem e já podem ser observados como dois pequenos apêndices na parte posterior do corpo; G3- As patas posteriores agora já se exteriorizam quase totalmente, mas ainda não estão completamente formadas. Inicia-se a pré-metamorfose; G4- Os girinos aproximam-se do clímax da metamorfose. As quatro patas estão totalmente prontas, as posteriores já têm a forma das pernas do adulto; G5- É o clímax da metamorfose. Nesta fase, as patas anteriores exteriorizam-se. A cauda, ainda grande, afila-se, e vai sendo absorvida, gradativamente, fornecendo energia para o animal que, enquanto isto, não se alimenta. As principais modificações que ocorrem durante o clímax da metamorfose estão relacionadas com a respiração, a circulação, a digestão, os órgãos dos sentidos (olfato, visão) e com os membros. Fonte:http://www.ufv.br/dta/ran/ * * Ovos botados pelas rãs Os ovos botados pelos adultos se tornam girinos Fonte: http://www.aquariodeperuibe.com.br/noticias/10.htm * * Depois, enquanto as patas dianteiras se formam, os órgãos internos do girino começam a mudar. Ele desenvolve um par de pulmões, de modo que possa respirar ar, e seu sistema digestivo muda para acomodar sua dieta como um adulto. Fonte: http://www.aquariodeperuibe.com.br/noticias/10.htm* * O imago deixa o ambiente aquático para viver no terrestre, trata-se de rãzinha recém-metamorfoseada, que apresenta a forma do corpo totalmente semelhante à do adulto, porém imatura sexualmente. * * Quando o filhote sai da água, normalmente lhe resta uma pequena parte da cauda que é absorvida gradualmente Diminuição da cauda Fonte: http://www.aquariodeperuibe.com.br/noticias/10.htm * * Rãs jovens Fonte: http://www.aquariodeperuibe.com.br/noticias/10.htm * * Casal de Adultos Fonte: http://www.aquariodeperuibe.com.br/noticias/10.htm * * http://www.youtube.com/watch?v=1N8TGv3nMtA * * As rãs após a metamorfose são canibais (uma come a outra), carnívoras e caçadoras, ou seja, precisam ser induzidas ou condicionadas a se alimentar de alimentos que elas “acreditam” estarem vivos ou em movimento. Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm http://www.dailymotion.com/video/x109f99_ra-touro-gigante-embrulha-com_animals * * RANÁRIOS Os ranários de São Paulo em sua grande maioria ocupam uma área média construída de 500 m2. Para dimensionar seu empreendimento calcule primeiro o quanto você irá querer de lucro, o quanto você tem para aplicar no negócio e a taxa de retorno. Só então inicie a construção de suas instalações. A quantidade de água média (= vazão) utilizada em um ranário de 500 m2(conforme sugestões apresentadas pelo IP) é de 0,5 litros por segundo. O custo médio para a construção de um ranário segundo sugestão do IP, em região próxima a São Paulo, é de aproximadamente R$ 50,00 a R$ 70,00 por metro quadrado. O custo de produção médio de um quilo de carne de rã é de aproximadamente R$ 14,00. Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm * * Tabela: Composição química e valor calórico de alguns tipos de carne branca. Rã Touro Rã Pimenta Galinha Pescado (carne magra) Calorias (Kcal/100g) 69,65 82,34 117,70 91,00 Proteínas (g/100g) 16,13 19,01 22,00 20,50 Lipídeos (g/100g) 0,57 0,70 3,30 1,00 Cinzas (g/100g) 0,57 0,67 1,00 1,40 Umidade (g/100g) 82,71 78,51 73,70 77,10 Fonte: * Dados obtidos da Tabela do ENDEF (1979) Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm * * RANICULTURA O tempo que o animal leva desde a fase de ovo até o peso de abate é em média de 7 meses, e varia conforme a temperatura, manejo, alimentação e potencial genético. Destes 7 meses apenas 4 meses são relativos à engorda propriamente dita, sendo que os 3 meses iniciais são relativos ao tempo em que ocorre a eclosão. Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm * * * * RANICULTURA Para os girinos recomenda-se administrar ração farelada de trutas ou rãs com 35 a 40% de proteína bruta. Já para as rãs, a ração a ser ofertada, deve ser peletizada ou extrusada com 40% de proteína bruta, que pode ser acrescida de 20% de larvas de dípteros, ou oferecida sobre cochos vibratórios, ou ainda “a lanço” dentro da parte aquática, conforme o sistema de engorda adotado. Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm * * http://www.youtube.com/watch?v=m2iJWEN6bk0 * * RANICULTURA A área média recomendada para a implantação de um ranário rentável comercialmente varia entre 500 a 700m2. Com esse projeto o ranicultor pode atingir uma produção de anual média de 2.000 Kg de carne. Recomenda-se água de boa qualidade preferencialmente de mina ou poço. O custo de implantação médio no Estado de São Paulo varia entre R$ 50,00 a R$ 70,00/m2 de área construída. O custo de produção médio é de aproximadamente R$ 14,00/Kg de carne, e o preço médio no atacado em São Paulo gira em torno de R$ 17,00 a R$22,00/Kg de carne (AGO/07). Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm * * RANICULTURA Terreno próximo aos centros consumidores e pouco acidentado, variando seu tamanho de acordo com a produção almejada (tamanho médio 500 a1000 m2). · Água de boa qualidade, sem coliformes fecais, metais pesados e ferro, com pH neutro, sendo preferencialmente de mina ou poço artesiano. · Disponibilidade de mão-de-obra tempo integral (2a a 2a). · Condição financeira adequada ao tamanho do projeto. · Locais com a temperatura ambiente mais elevada são recomendados, pois as rãs são animais ectotérmicos, adaptando sua temperatura corporal ao ambiente. Em outras palavras “quanto mais quente melhor”. · É aconselhável que o terreno escolhido possua luz elétrica, o que auxiliará na manutenção de um caseiro ou responsável e a utilização de bombas, freezer etc.. Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm * * RANICULTURA Os ranários comerciais, em sua maioria, são constituídos por vários setores tais como: Reprodução, Desenvolvimento Embrionário, Girinagem, Metamorfose e Engorda. O setor de Engorda representa cerca de 70% das instalações em um ranário. Fonte:http://www.aquicultura.br/informacoes_tecnicas.htm * * RANICULTURA * * Fonte: www.panoramadaaquicultura.com.br%2Fpaginas%2Frevistas%2F28%2FRanicultura.asp&ei=Y3VuUof4Odeu4APA5oDQDQ&bvm=bv.55123115,d.dmg&psig=AFQjCNE6PiKC2GibB0rfJ31G4Ye072juUg&ust=1383056732080718 * * http://www.youtube.com/watch?v=9YAHWqbrFec
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