ou seja, se torna identificável e categorizado. O marco principal em relação ao pensamento categorial é o advento orgânico do início do amadurecimento dos centros de inibição e discriminação, sendo essas bases para o desenvolvimento das disciplinas mentais, auxiliando também, na superação do sincretismo. 3.5. Adolescência/Puberdade Esse estágio, que para Wallon têm início aos 12 anos com a puberdade, é caracterizada pelas transformações fisiológicas, mudanças corporais impostas pelo amadurecimento sexual. Não somente, começa a aparecer a auto exploração. A busca de uma identidade autônoma é a base desse estágio, onde mediante atividades de confronto, autoafirmação, indagações e ideias contrárias às impostas desde então, o indivíduo se contrapõe aos valores interpretados pelos adultos com quem convive (MAHONEY; ALMEIDA, 2004). Esse caminho percorrido para a busca por sua identidade, na puberdade e adolescência, dá ao sujeito uma dimensão mais clara sobre seus limites de autonomia e sua dependência. Concomitantemente, na aprendizagem, o recurso principal do ponto de vista afetivo volta a ser a oposição. O processo de ensino-aprendizagem dentro desse estágio (do ponto de vista afetivo) se dá por contestação cujo aprofundamento e possibilidade de identificação de ideias, sentimentos, valores próprios é permeado de ambiguidades. Segundo Mahoney e Almeida (2005), a definição descrita por Wallon dos valores e compromissos ''achados'' no decorrer dessa fase é que marca o fim da adolescência, onde a mesma foi determinada primordialmente pela luta por essas definições na vida do indivíduo. ''Esse é um indicador de amadurecimento: conseguir um equilíbrio entre ''estar centrado em si'' e ''estar centrado no outro'', um equilíbrio nas direções para dentro- conhecimento de si- e para fora - conhecimento do mundo'' (MAHONEY; ALMEIDA, 2005. p.24). 9 REFERÊNCIAS BARONE, L. M. ; MARTINS, L. C. ; CASTANHO, M. I. Psicopedagogia - Teorias de aprendizagem. 1. ed. Editora Casa do Psicólogo, 2011. FARIA, D.R. Contribuições Da Teoria Psicogenética De Henri Wallon À Educação Infantil. Educere: xii nacional de educação. PUC-PR, Curitiba, 2015. GUEDES, A. O. A psicogênese da pessoa completa de Henri Wallon: desenvolvimento da comunicação humana nos seus primórdios , 2007. GRATIOT-ALFANDÉRY, H. Henri Wallon. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010. MAHONEY, M. Terminal terminology: A self-regulated response to Goldiamond. Journal of Applied Behavior Analysis, 1976. MAHONEY, A. A.; ALMEIDA, L. R. Henri Wallon - Psicologia e Educação. 63. ed. São Paulo: Editora Loyola, 2000. MAHONEY, A. A.; ALMEIDA, L. R. A constituição da pessoa na proposta de Henri Wallon. São Paulo: Loyola, 2004. MAHONEY, A. A.; ALMEIDA, L. R. Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. Psic. da Educação, São Paulo, 2005. p. 11-30. MORAES, R. R.; ONCALLA, S. A. A teoria psicogenética de Henri Wallon e suas contribuições para a Psicopedagogia. In: BARONE, L. M. ; MARTINS, L. C. ; CASTANHO, M. I. Psicopedagogia - Teorias de aprendizagem: 1. ed. Editora Casa do Psicólogo, 2011. cap. 6, p. 222-255. 10